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NEOPLASIAS JUNIOR PEREIRA BACHARELADO EM ENFERMAGEM CARUARU-PE-2015 NEOPLASIA:DEFINIÇÃO A regulação desordenada do processo celular pode resultar na perda de controle sobre o crescimento, a diferenciação e a restrição espacial celulares. A neoplasia humana, de uma forma geral, representa um espectro de doenças caracterizadas pelo crescimento anormal e pela invasão celular. Embora os cânceres sejam tipicamente classificados pela sua origem tecidual ou pela sua localização anatômica, várias características são compartilhadas por todos os tipos. NEOPLASIA:DEFINIÇÃO NEOPLASIA:DEFINIÇÃO NEOPLASIA:DEFINIÇÃO Tumor é um termo genérico que indica um aumento anormal de uma parte ou da totalidade de um tecido. Neoplasia é o processo patológico que resulta no desenvolvimento de um neoplasma, isto é, o crescimento anormal, incontrolado e progressivo de tecido, mediante proliferação celular. Na verdade as palavras tumor e neoplasia são sinônimas. Tanto o tumor quanto a neoplasia podem ser benignos ou malignos. Quando uma neoplasia ou tumor é maligno, é que é chamado câncer. NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA é um tumor maligno que se desenvolve na mama como consequência de alterações genéticas em algum conjunto de células da mama, que passam a se dividir descontroladamente. Ocorre o crescimento anormal das células mamárias, tanto do ducto mamário quanto dos glóbulos mamários. O câncer da mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo, sendo 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS); NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Existem diversos tipos e subtipos de câncer de mama. No geral, o diagnóstico para o câncer de mama leva em conta alguns critérios: se o tumor é ou não invasivo, seu tipo tipo histológico, avaliação imunoistoquímica e seu estadio (extensão); NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Avaliação Imunoistoquímica Também chamada de IQH, a avaliação imunoistoquímica para o câncer de mama avalia se aquele tumor tem os chamados receptores hormonais. Aproximadamente 65 a 70% dos cânceres de mama tem esses receptores, que são uma espécie de ancoradouro para um determinado hormônio. Existem três tipos de receptores hormonais para o câncer de mama: o de estrógeno, o de progesterona e o de HER-2. Esses receptores fazem com que o determinado hormônio seja atraído para o tumor, se ligando ao receptor e fazendo com que essa célula maligna se divida, agravando o câncer de mama. NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA A progesterona e o estrógeno são hormônios que circulam normalmente por nosso organismo, que podem se ligar aos receptores hormonais do câncer de mama, quando houver. Já o HER-2 (sigla para receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano) é um gene que pode ser encontrado em todas as células do corpo humano, que tem como função ajudar a célula nos processos de divisão celular. O gene HER-2 faz com que a célula produza uma proteína chamada proteína HER-2, que fica na superfície das células. NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Tipo histológico O tipo histológico é como se fosse o nome e o sobrenome do câncer de mama. Os tipos histológicos de câncer de mama se dividem em vários subtipos, de acordo com fatores como a presença ou ausência de receptores hormonais e extensão do tumor. NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Carcinoma ducta in situ:é o tipo mais comum de câncer de mama não invasivo. Ele afeta os ductos da mama, que são os canais que conduzem leite. O câncer de mama in situ não invade outros tecidos nem se espalha pela corrente sanguínea, mas pode ser multifocal, ou seja, pode haver vários focos dessa neoplasia na mesma mama. Carcinoma ductal invasivo:ele também acomete os ductos da mama, e se caracteriza por um tumor que pode invadir os tecidos que os circundam. O câncer de mama do tipo ductal invasivo representa de 65 a 85% dos cânceres de mama invasivos. NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Carcinoma lobular in situ: ele se origina nas células dos lobos mamários e não tem a capacidade de invasão dos tecidos adjacentes. É um tipo de câncer de mama que frequentemente é multifocal. Carcinoma lobular invasivo: ele também nasce dos lobos mamários e é o segundo tipo mais comum de câncer de mama. O carcinoma lobular invasivo pode invadir outros tecidos e crescer localmente ou se espalhar Carcinoma inflamatório: raramente apresenta receptores hormonais, podendo ser chamado de triplo negativo. Ele é a forma mais agressiva de câncer de mama – e também a mais rara. O carcinoma inflamatório se apresenta como uma inflamação na mama e frequentemente tem uma grande extensão. NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Estadiamento da doença O câncer de mama é dividido em quatro estadios ou estágios, conforme a extensão da doença, que vão do 0 ao 4: Estadio 0: as células cancerosas ainda estão contidas nos ductos, por isso o problema é quase sempre curável Estadio 1: tumor com menos de 2 cm, sem acometimento das glândulas linfáticas da axila NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Estadio 3: nódulo com mais de 5 cm que pode alcançar estruturas vizinhas, como músculo e pele, assim como as glândulas linfáticas. Mas ainda não há indício de que o câncer se espalhou pelo corpo Estadio 4: tumores de qualquer tamanho com metástases e, geralmente, há comprometimento das glândulas linfáticas. No Brasil cerca de 60 a 70% dos casos são diagnosticado em estadio 3 ou 4. NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA FATORES DE RISCO: OBESIDADE; HISTÓRICO FAMILIAR; IDADE ; MENSTRUAÇÃO PRECOCE; MENOPAUSA TARDIA; REPOSIÇÃO HORMONAL; AUSÊNCIA DE GRAVIDEZ; TUMOR DE MAMA ANTERIOR; LESÕES DE RISCO; COLESTEROL ALTO ; NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Sintomas de Câncer de mama A maioria dos tumores da mama, quando iniciais, não apresenta sintomas. Caso o tumor já esteja perceptível ao toque do dedo, é sinal de que ele tem cerca de 1 cm³ - o que já uma lesão muito grande. Por isso é importante fazer os exames preventivos na idade adequada, antes do aparecimento de qualquer sintoma do câncer de mama. Entretanto, o nódulo não é o único sintoma de câncer de mama. Veja outros sinais: NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Sintomas de Câncer de mama Vermelhidão na pele Alterações no formato dos mamilos e das mamas Nódulos na axila Secreção escura saindo pelo mamilo Pele enrugada, como uma casca de laranja Em estágios avançados, a mama pode abrir uma ferida NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Diagnóstico de Câncer de mama Além da mamografia, ressonância magnética, ecografia e outros exames de imagem que podem ser feitos para identificar uma alteração suspeita de câncer de mama, é necessário fazer uma biópsia do tecido coletado da mama. Nesse material da biópsia é que a equipe médica identifica se as células são tumorosas ou não. Caso seja feito o diagnóstico, os médicos irão fazer o estudo dos receptores hormonais para saber se aquele tumor expressa algum ou não, além de sua classificação histológica. O tratamento para o câncer de mama vai ser determinado pela presença ou ausência desses receptores na célula maligna, bem como o prognóstico do paciente; NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Diagnóstico de Câncer de mama: NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Tratamento de Câncer de mama Existem alguns tratamentos para o câncer de mama, que podem ser combinados ou não. Todo o câncer de mama deverá ser retirado ou uma cirurgia, que pode ser parcial ou total – entretanto, em alguns casos pode ser que a cirurgia seja combinada ou com outros tratamentos para o câncer de mama. O que vai determinar a escolha do tratamento é a presença ou ausência de receptores hormonais, o estadiamento do tumor, se já apresenta o diagnóstico com metástase ou não. Outro fator determinante para o tratamento do câncer de mama é a paciente e qual o seu estado de saúde e época da vida. Trata o câncer de mama em uma mulher de 45 anos, saudável, é completamente diferente de fazer o tratamento em uma mulher com 80 anos e doenças relacionadas – ainda que o tipo e extensão do câncer sejam exatamente iguais. NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Tratamento de Câncer de mama: NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Terapia local O câncer de mama tratado localmente será submetido a uma cirurgia parcial ou total seguida de radioterapia: Cirurgia: é a modalidade de tratamento mais antiga para o câncer de mama. Quando o tumor encontra se em estágio inicial, a retirada é mais fácil e com menor comprometimento da mama. NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Terapia local Radioterapia: terapia que usa radiação ionizante no local do tumor. É muito utilizada para tumores que ainda não se espalharam e não metástases, para os quais não é necessária a retirada de grande parte da mama. A radioterapia também pode ser usada nos casos em que o câncer de mama não pode ser retirado completamente com a cirurgia, ou quando se quer diminuir o risco de o câncer de mama voltar a crescer. Dura aproximadamente um mês. NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Terapia sistêmica: O tratamento sistêmico se faz com um conjunto que medicamentos que serão infundidos por via oral ou diretamente na corrente sanguínea. Em ambos os casos, o tratamento não é feito de forma local – ou seja, o medicamento irá circular por todo o organismo, inclusive onde o tumor se encontra. Há três modalidade de terapia sistêmica: Quimioterapia: tratamento que utiliza medicamentos orais ou intravenosos, com o objetivo de destruir, controlar ou inibir o crescimento das células doentes. A quimio pode ser feita antes ou após a cirurgia, e o período de tratamento varia conforme o câncer de mama e a paciente NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Terapia sistêmica: Hormonioterapia: tem como objetivo impedir a ação dos hormônios que fazem as células cancerígenas crescerem. A hormonioterapia, portanto, só poderá ser utilizada em pacientes que apresentam pelo menos um receptor hormonal para câncer de mama. Terapia alvo (anticorpos monoclonais): também conhecido como terapia anti HER-2, essa modalidade é constituída de drogas que bloqueiam alvos específicos de determinadas proteínas ou mecanismo de divisão celular presente apenas nas células tumorais ou presentes preferencialmente nas células tumorais. São medicamentos ministrados geralmente via oral. NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Como minimizar os efeitos adversos da quimioterapia? Náuseas e vômitos: consuma alimentos de fácil digestão e converse com seu oncologista sobre a necessidade da utilização de antieméticos. Planeje a alimentação: algumas pessoas sentem-se bem comendo antes da quimioterapia e outras, não – nesse caso, o hábito varia conforme a necessidade da paciente com câncer de mama. Entretanto, deve-se sempre aguardar pelo menos uma hora após a sessão para consumir qualquer alimento ou bebida. NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Como minimizar os efeitos adversos da quimioterapia? Coma devagar: consuma pequenas refeições, cinco ou seis vezes por dia, em vez de três grandes refeições, evitando ingerir líquidos enquanto come. Isso evite enjoos e vômitos. Prefira alimentos frescos e evite consumi-los muito quentes Evite alimentos e bebidas fortes, como café, peixe, cebola e alho. Eles também favorecem os vômitos. NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Cuidados durante a radioterapia O radioterapeuta e a equipe de enfermagem debem orientá-la sobre os cuidados específicos que deverão ser adotados durante o tratamento de radioterapia. Esses cuidados variam muito de acordo com a região a ser irradiada. Pele: lave a pele irradiada com sabão suave e água morna. Tente não coçar nem esfregar a área. Pomada: aplique pomadas ou cremes sobre a pele somende com aprovação médica. Prefira roupas folgadas e confortáveis e se possível cubra a região irradiada com roupas claras. NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Fisioterapia Ela promove a independência funcional da paciente, permitindo que realize as atividades que deseja sozinha e sem inconveniências. Proporciona alívio da dor e reduz a necessidade do uso de analgésicos. Geralmente o tratamento é indicado após a cirurgia. Nutrição O acompanhamento nutricional para o câncer de mama ajuda a prevenir a perda de peso e a desnutrição durante o tratamento. Além disso, ele ajuda a paciente com câncer de mama a seguir as restrições dietéticas corretas para evitar possíveis efeitos colaterais do tratamento NEOPLASIA:DEFINIÇÃO:CÂNCER DE MAMA Prevenção A prevenção do câncer de mama pode ser dividida em primária e secundária: a primeira envolve a adoção de hábitos saudáveis, e a segunda diz respeito a realização de exames de rastreamento, a fim de diagnosticar o câncer de mama em estágio precoce; AS BASES MOLECULARES E BIOQUIMICAS DAS NEOPLASIAS O processo da neoplasia é o resultado de alterações progressivas na função celular. Essas alterações fenotípicas conferem os potenciais proliferativo, invasivo e metastático que são as marcas distintivas do câncer. Geralmente se acredita — ainda que não comprovado de forma conclusiva — que alterações genéticas sejam subjacentes a todas as aberrações celulares e bioquímicas responsáveis pelo fenótipo maligno. AS BASES MOLECULARES E BIOQUIMICAS DAS NEOPLASIAS Um número crescente de alterações genéticas e celulares tem sido catalogado a partir do estudo das células cancerosas, tanto in vivo, a partir dos tumores primários dos pacientes, como in vitro, a partir de linhagens celulares cancerosas estabelecidas que crescem em culturas de tecido; Certas alterações são relacionadas com fenótipos celulares particulares, tais como uma elevada taxa proliferativa ou o potencial metastático. AS BASES MOLECULARES E BIOQUIMICAS DAS NEOPLASIAS As características fenotípicas progressivas das neoplasias resultem predominantemente de alterações moleculares sequenciais e da disfunção das células tumorais proliferativas, está claro atualmente que, pelo menos em algum nível, a disfunção das células do estroma do hospedeiro está fundamentalmente envolvida na manutenção da progressão do tumor. As anormalidades das células do estroma podem ser não-proliferativas, como a secreção de fatores de crescimento essenciais, ou proliferativas, como a expansão da rede de vasos sanguíneos para suportar o crescimento de tumores em expansão. AS BASES MOLECULARES E BIOQUIMICAS DAS NEOPLASIAS Processos neoplásicos Alterações moleculares invasivo Fatores de crescimento bioquímica metástase ALTERAÇÕES GENÉTICAS NA NEOPLASIA A manutenção da integridade genômica é uma tarefa celular fundamental. Um aparato celular complexo serve para reconhecer a lesão ou erros do DNA na replicação; ativar pontos de verificação para deter a replicação celular posterior e implementar medidas corretivas ou sinalizar a morte da célula suicida. ALTERAÇÕES GENÉTICAS NA NEOPLASIA Genes que conferem um estímulo de crescimento às células tumorais através de uma alteração por perda de função são denominados genes supressores tumorais. Os genes que conferem um estímulo de crescimento através de um evento de ganho de função são denominados proto -oncogenes, e suas contrapartes ativadas são denominadas oncogenes. ALTERAÇÕES GENÉTICAS NA NEOPLASIA Os genes supressores tumorais podem ser inativados pela mutação mudança de estrutura, pela deleção de parte ou de todo o gene, e pelo silenciamento do gene por meio da metilação do promotor. Os proto-oncogenes podem ser ativados pela mutação, pela amplifcação e superexpressão gênicas, pela translocação cromossômica e possivelmente por outros mecanismos. PROTO-ONCOGENES E GENES SUPRESSORES TUMORAIS NA FISIOLOGIA NORMAL E NA NEOPLASIA As proteínas codificadas pelos proto-oncogenes e pelos genes supressores tumorais desempenham diversas funções celulares. De forma esperada, essas incluem proteínas que reconhecem e reparam lesões do DNA, que regulam o ciclo celular, que medeiam as vias de transdução do sinal para o fator de crescimento e que regulam a programação da morte celular, proteínas envolvidas na adesão celular, proteínas proteolíticas e fatores de transcrição. PROTO-ONCOGENES E GENES SUPRESSORES TUMORAIS NA FISIOLOGIA NORMAL E NA NEOPLASIA Atualmente, permanecem desconhecidas as funções de vários proto-oncogenes e genes supressores tumorais. Mutações que conferem vantagens seletivas aos tumores são aquelas que resultam no aumento da instabilidade genômica, na eliminação de pontos de verificação do ciclo celular, na inativação das vias de programação da morte celular (apoptóticas), na sinalização aumentada para o fator de crescimento, na diminuição da adesão celular e na proteólise extracelular aumentada. PROTO-ONCOGENES E GENES SUPRESSORES TUMORAIS NA FISIOLOGIA NORMAL E NA NEOPLASIA Os proto-oncogenes incluem proteínas envolvidas em várias etapas das vias de sinalização extracelulares para o fator de crescimento, dos receptores de membrana para os intermediadores de membrana e para as proteínas mediadoras das cascatas de sinalização citoplasmáticas. PROTO-ONCOGENES E GENES SUPRESSORES TUMORAIS NA FISIOLOGIA NORMAL E NA NEOPLASIA Atualmente está claro que a inativação de um único gene supressor tumoral ou a ativação de um único oncogene são insuficientes para o desenvolvimento da maior parte dos tumores humanos. Na verdade, o processo vincula a aquisição seqüencial de vários golpes durante um período de tempo, que levam às alterações seqüenciais do fenótipo celular, da atipia, à displasia, à hiperplasia, ao câncer in situ, ao câncer invasivo e, subseqüentemente, ao câncer metastático. PROTO-ONCOGENES E GENES SUPRESSORES TUMORAIS NA FISIOLOGIA NORMAL E NA NEOPLASIA A identificação de genes supressores tumorais e de oncogenes como permissores fundamentais da gênese tumoral levou à hipótese de que o câncer pode ser tratado com sucesso por terapias que se contrapõem às seqUelas bioquímicas dessas anormalidades moleculares. PROTO-ONCOGENES E GENES SUPRESSORES TUMORAIS NA FISIOLOGIA NORMAL E NA NEOPLASIA PROTO-ONCOGENES E GENES SUPRESSORES TUMORAIS NA FISIOLOGIA NORMAL E NA NEOPLASIA ALTERAÇÕES DO METABOLISMO E DA OXIGENACAO NA NEOPLASIA Além de anormalidades na proliferação e sobrevivência celulares, na transdução de sinal, na adesão e na migração, as células tumorais apresentam alterações em vias metabólicas a fim de suprir as suas necessidades metabólicas aumentadas. A pressão do oxigênio está reduzida nos tecidos tumorais e sinais de hipoxia tumoral revertem na expressão gênica para a adaptação ao ambiente hipóxico. As células tumorais secretam fatores de crescimento angiogênico, que sinalizam a proliferação de estruturas vasculares para a nutrição e a oxigenação do interior do tecido tumoral. ALTERAÇÕES DO METABOLISMO E DA OXIGENACAO NA NEOPLASIA A identificação de fatores tumorais que sinalizam a neovascularização patológica tem sido de particular interesse, porque tais fatores podem ser alvos para o desenvolvimento de medicamentos e produzir tratamentos que inibam a angiogênese tumoral. ALTERAÇÕES DO METABOLISMO E DA OXIGENACAO NA NEOPLASIA O fator pró-angiogênico melhor estudado é o fator de crescimento endotelial vascular (FCEV), um mitógeno para as células endoteliais que é geralmente secretado pelas células tumorais e que ativa os receptores do FCEV nas células endoteliais, levando à neovascularização. ALTERAÇÕES CELULARES NA NEOPLASIA As alterações morfológicas e funcionais acompanham as alterações moleculares e bioquímicas nas doenças malignas, tanto ao nível celular, como ao nível tecidual. Essas anormalidades podem existir dentro de um espectro que vai do normal ao pré-invasivo, até células francamente malignas e invasivas. A arquitetura tecidual é quebrada pelo crescimento anormal e pela capacidade invasiva das células malignas. ALTERAÇÕES CELULARES NA NEOPLASIA As alterações moleculares e celulares nas células tumorais são, em certo sentido, uma modificação da fisiologia normal, que beneficia seu crescimento e disseminação. As alterações iniciais podem ser pré-programadas nas doenças malignas hereditárias raras, ou podem ser adquiridas como uma conseqUência das mutações desencadeadas pela exposição ambiental, ou que ocorrem aleatoriamente durante a divisão celular normal. ALTERAÇÕES CELULARES NA NEOPLASIA ALTERAÇÕES CELULARES NA NEOPLASIA CLASSIFICAÇÃO DA NEOPLASIA A neoplasia descreve um grande número de doenças humanas com características extremamente diversas. Portanto, a classificação das doenças neoplásicas em categorias e subcategorias é de grande valor para compreendê-las, diagnosticá-las, estudá-las e para o desenvolvimento de tratamento para as mesmas. CLASSIFICAÇÃO DA NEOPLASIA A transformação maligna, por definição, resulta no comportamento celular anormal. As células tumorais que retiveram várias de suas funções tissulares especializadas e que são muito similares em aparência às suas correspondentes celulares normais são identificadas como bem diferenciadas CLASSIFICAÇÃO DA NEOPLASIA De forma inversa, as células tumorais que perderam a maioria de suas funções e que apresentam pouca semelhança com as suas correspondentes normais são identificadas como pouco diferenciadas. Às vezes, os tumores pouco diferenciados são tão anormais que suas células ou órgãos de origem não podem ser reconhecidos CLASSIFICAÇÃO DA NEOPLASIA A mais ampla classificação dos tumores repousa sobre a caracterização mais fundamental dos tipos celulares baseada nas suas origens embriológicas primitivas. Durante o desenvolvimento embrionário inicial, três linhagens de células são estabelecidas: ectoderma, endoderma e mesoderma. CLASSIFICAÇÃO DA NEOPLASIA os tumores são amplamente classificados na categoria dos carcinomas, caso eles se originem de tecidos ectodérmicos ou endodérmicos;ou como sarcoma, caso eles se originem dos tecidos mesodérmicos. Mesmo se completamente irreconhecível pela análise morfológica, diferenças fundamentais na expressão de certas proteínas, especialmente os filamentos intermediários, como a ceratina e a vimentina, irão identifcar a linhagem de origem. CLASSIFICAÇÃO DA NEOPLASIA Os carcinomas são o tipo mais comum de câncer e incluem todos os cânceres comuns do tecido epitelial, como os cânceres do pulmão, do cólon, da mama e da próstata. Os sarcomas se originam de tipos celulares mesenquimatosos, que são predominantemente dos tecidos conjuntivos. As doenças malignas das células sanguíneas, incluindo-se as leucemias e os linfomas, são tecnicamente um subtipo dos sarcomas, porque elas são de origem mesenquimatosa. CLASSIFICAÇÃO DA NEOPLASIA:TECIDO EPITELIAL As células epiteliais estão em constante renovação, surgindo de uma camada basal que gera continuamente novas células. A camada de células maduras e funcionais exerce funções especializadas nos órgãos ou tecidos e, com o envelhecimento, são finalmente descartadas. As células epiteliais em proliferação normalmente observam fronteiras anatômicas como a membrana basal, que está subjacente à camada de células basais no epitélio. CLASSIFICAÇÃO DA NEOPLASIA:TECIDO EPITELIAL O potencial para a divisão, a migração e a diferenciação é estreitamente controlado. O estímulo para a divisão pode ser autônomo ou exógeno, como uma resposta a fatores das células adjacentes ou distantes. Os sinais e fatores inibitórios também podem estar presentes e funcionam como reguladores negativos para verificar o crescimento descontrolado. O fenótipo neoplásico das células epiteliais pode ser observado como um espectro que vai da neoplasia hiperplásica, à pré-invasiva e até a francamente invasiva e metastática. CLASSIFICAÇÃO DA NEOPLASIA:TECIDO EPITELIAL A hiperplasia pode ser uma resposta fisiológica normal em algumas situações, tais como as que ocorrem no revestimento uterino em resposta aos estrogênios antes da fase ovulatória do ciclo menstrual. Ela também pode ser um achado patológico associado à predisposição para o carcinoma invasivo. Nesses casos de hiperplasia, habitualmente existem distúrbios associados da maturação que podem ser reconhecidos pelo exame microscópico. Essas alterações são chamadas de displasia, hiperplasia atípica, ou metaplasia, dependendo do tipo de epitélio nas quais elas são observadas. CLASSIFICAÇÃO DA NEOPLASIA:TECIDO EPITELIAL CLASSIFICAÇÃO DA NEOPLASIA:TECIDO EPITELIAL CLASSIFICAÇÃO DA NEOPLASIA: MESENQUIMATOSAS,NEUROENDÓCRINAS E DE CÉLULAS GERMINATIVAS Os neoplasmas mesenquimatosos, neuroendócrinos e de células germinativas são responsáveis por uma grande proporção dos tumores da infância e dos adultos jovens, aparentemente porque essas células estão se dividindo ativamente e são mais sujeitas a eventos mutacionais. Devido à extensa migração e rotação das camadas celulares embrionárias durante o início do desenvolvimento, esses tipos de tumor podem não evoluir em locais anatômicos específicos. CLASSIFICAÇÃO DA NEOPLASIA: MESENQUIMATOSAS,NEUROENDÓCRINAS E DE CÉLULAS GERMINATIVAS Os tumores neuroendócrinos são derivados de células que migram através do corpo, desenvolveram capacidades enzimáticas específicas e acumularam proteínas citoplasmáticas que servem como função secretora. Assim, elas são freqUentemente identificadas por certos marcadores enzimáticos, em particular, a esterase inespecífica. Portanto, os tumores dessa classificação podem não ter uma ascendência embriológica comum. Entretanto, essa classificação tumoral tem sido mantida devido às suas funções secretórias especializadas comuns. CLASSIFICAÇÃO DA NEOPLASIA: MESENQUIMATOSAS,NEUROENDÓCRINAS E DE CÉLULAS GERMINATIVAS Os tumores neuroendócrinos podem secretar peptídios biologicamente ativos e produzir síndromes clínicas específicas devido a essas atividades secretoras. Os tumores das células germinativas podem surgir nos testículos ou em locais extratesticulares através dos quais as células germinativas migram durante o desenvolvimento. As células mesenquimatosas, em virtude de sua função, estão distribuídas em todo o corpo, e os tumores mesenquimatosos podem surgir em qualquer local anatômico. CLASSIFICAÇÃO DA NEOPLASIA: MESENQUIMATOSAS,NEUROENDÓCRINAS E DE CÉLULAS GERMINATIVAS CLASSIFICAÇÃO DA NEOPLASIA: MESENQUIMATOSAS,NEUROENDÓCRINAS E DE CÉLULAS GERMINATIVAS CLASSIFICAÇÃO DA NEOPLASIA: MESENQUIMATOSAS,NEUROENDÓCRINAS E DE CÉLULAS GERMINATIVAS EFEITOS SISTÊMICOS DA NEOPLASIA Vários efeitos das doenças malignas são mediados não pelas próprias células tumorais, mas por efeitos diretos e indiretos, Os efeitos diretos incluem a compressão e a invasão de estruturas vitais como o sangue e os vasos linfáticos, os nervos, a medula espinhal ou o cérebro, as vias respiratórias, os tratos gastrintestinal e urinário. Isso pode causar um padrão doloroso típico, assim como a disfunção do órgão envolvido e a obstrução de um conduto. Ocasionalmente, uma resposta inflamatória ou desmoplástica do hospedeiro, em vez do próprio tumor, pode resultar em efeito semelhante. EFEITOS SISTÊMICOS DA NEOPLASIA Os efeitos indiretos são heterogêneos e mal compreendidos. Da mesma forma, o aparecimento e a evolução clínica são imprevisíveis. Quando afeta alvos distantes não envolvidos pelo tumor, são coletivamente chamados de síndromes paraneoplásicas. Alguns desses efeitos são síndromes estereotípicas resultantes da elaboração de hormônios peptídicos ou citocinas com atividade biológica específica. Os peptídios secretados por um dado neoplasma podem refletir o tecido de origem ou podem resultar da ativação de genes latentes normalmente não expressos. Exemplos comuns de fenômenos paraneoplásicos incluem a síndrome da secreção inadequada do hormônio antidiurético (SIADH), visto mais freqüentemente no câncer de pulmão de células pequenas. EFEITOS SISTÊMICOS DA NEOPLASIA Em algumas doenças malignas como o carcinóide, vários peptídios ativos podem atuar em concerto, produzindo uma constelação de sintomas e efeitos teciduais. As citocinas, como as interleucinas e o fator de necrose tumoral, podem ser responsáveis pela febre e a perda ponderal relacionadas com o tumor. Algumas síndromes paraneoplásicas estão associadas ao desenvolvimento de auto-anticorpos como resultado de uma resposta imune aos antígenos associados ao tumor ou a uma produção inadequada de anticorpos, como pode ser observado nos neoplasmas linfóides. Efeitos sistêmicos diretos dos neoplasmas Efeito Síndrome clinica Compressão do vaso Edema, síndrome da veia cava superior Invasão e erosão do vaso Sangramento Invasão linfática Linfedema Invasão do nervo Dor, paralisia,disestesia Metástases cerebrais Fraqueza, dormência,cefaléia, anormalidades da coordenação e da marcha, alterações visuais Compressão da coluna vertebral Dor, paralisia, incontinência Invasão e destruição ósseas Dor, fratura Obstrução e perfuração intestinal Náuseas, vômitos, dor, íleo paralítico Obstrução das vias respiratórias Dispnéia, pneumonia, perda de volume pulmonar Obstrução ureteral Insuficiência renal, infecção urinária Invasão e metástase do fígado Insuficiência hepática Metástases pulmonar e pleural Dispnéia, dor torácica Infiltração na medula óssea Pancitopenia, infecção, sangramento Efeitos sistêmicos indiretos dos neoplasmas Tipo de tumor Causa do efeito indireto Síndrome clinica EFEITOS DA SECRECAO DE HORMONIOS OU PEPTIDIOS Pulmão ACTH Síndrome deCushing Pulmão, mama, rim, outros PTH ou proteína relacionada com o PTH Hipercalcemia Pulmão ADH, ANP SIADH,hiponatremia Célula germinativa,trofoblástico, hepatoblastoma Gonadotropinas(FSH, LH,βhCG) Ginecomastia, puberdade precoce Pulmão, gástrico Hormônio do crescimento Acromegalia Carcinóide, neuroendócrino Váriospeptídiosvasoativos Rubor, sibilos,diarréia Sarcoma,mesotelioma,insulinoma Insulina, fator de crescimento semelhante à insulina Hipoglicemia Efeitos sistêmicos indiretos dos neoplasmas Tipo de tumor Causa do efeito indireto Síndrome clinica EFEITOS CUTANEOS GI Desconhecido Acantosenigrans(hiperceratosee hiperpigmentação nas pregas cutâneas) GI, linfoma Desconhecido CeratosedeLeser-Trelat(seborréicaampla) Linfoma,hepatoma, melanoma Depósitos de melanina Melanose(escurecimento da pele) Linfoma Auto-anticorpospara proteínas subepidérmicas Bolha cutânea (vesículas) Leucemiamielóide Infiltradoscutâneosneutrofílicos Síndrome deSweet Efeitos sistêmicos indiretos dos neoplasmas Tipo de tumor Causa do efeito indireto Síndrome clinica EFEITOS NEUROLOGICOS Pulmão, próstata,colorretal, ovariano, cervical, outros Desconhecido Degeneração cerebelar subaguda Pulmão, testículo, doença de Hodgkins Desconhecido Encefalite límbica Pulmão Desconhecido Demência Pulmão,outros Desconhecido Esclerose amiotrófica lateral Pulmão,outros Desconhecido Neuropatia periférica sensorial ousensorimotora Linfoma Desconhecido,auto-anticorpos? Radiculopatiaascendente (síndrome deGuillain-Barré) Pulmão, GI Auto-anticorpospara os canais de Ca++ Síndrome deEaton-Lambert(semelhante àmiastenia) 76 Efeitos sistêmicos indiretos dos neoplasmas Tipo de tumor Causa do efeito indireto Síndrome clinica EFEITOS HEMATOLOGICOS E HEMOSTATICOS Vários Desconhecido Anemia Adenocarcinomas(especialmente gástrico) Desconhecido Anemia hemolítica microangiopática Vários Interleucinas-1, -3 e fatores de crescimento hematopoiéticos Granulocitose Doença de Hodgkin, outros Fatores de crescimentoeosinofílicohematopoiético Eosinofilia Vários Desconhecido Trombocitose Adenocarcinomas(especialmentepancreatico), outros Desconhecido, fosfolipídios das membranas celulares expostas? Tromboses Adenocarcinoma(especialmente próstata) Urocinase, outros mediadores dafibrinólise Coagulação intravascular disseminada REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS LIVRO BRUNNER DA ENFERMAGEM; LIVRO ROBBINS E KOTRANS; LIVRO CECIL DE MEDICINA; LIVRO LANGER; LIVRO ABCD DA SAÚDE ; LIVRO NANDA DE ENFERMAGEM ; LIVRO ATLAS DE HISTOLOGIA ,CITOLOGIA E EMBRIOLOGIA ; LIVRO ABBAS (IMUNOLOGIA BÁSICA) AGRADECIMENTOS! À TODOS QUE DERAM A ATENÇÃO PREVIAMENTE DITA AO TRABALHO! DEUS É FIEL SEMPRE!
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