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Responsabilidades do Contabilista

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As Responsabilidades dos Contabilistas
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Responsabilidade
É a obrigação que pessoa tem de responder ou moralmente por seus próprios atos ou por atos de outrem, caso haja lei ou contrato vinculado ao fato.
A responsabilidade pode decorrer das consequências da violação de normas jurídicas, estando o agente sujeito a penalidades, por exemplo, multa, reparação de perdas e danos, prisão ou outra modalidade. 
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O Ato
 O ato é considerado ilícito quando contraria o direito. 
Há ilegalidade no ato quando causa dano a alguém por dolo ou culpa. 
De acordo com o Código Civil, aquele que, por omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
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Escrituração Contábil
Por se tratar de um trabalho técnico-contábil, não poderá ser realizado por pessoas não habilitadas.
O Decreto-Lei nº 486/69 determina que a escrituração ficará sob a responsabilidade de profissional qualificado, nos termos da legislação específica.
Os proprietários e dirigentes da empresa também respondem pelos fatos escriturados. (Código Comercial)
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Escrituração Contábil
A legislação do IR expressa que o balanço patrimonial e as demonstrações do resultado do período apurado, os extratos, as discriminações de contas ou lançamentos e quaisquer documentos deverão ser assinados por contadores ou técnicos em contabilidade legalmente registrados no CRC.
O Decreto-Lei nº 5.844/43 determina que o contabilista, dentro do âmbito que se referir à parte técnica, será responsabilizado, com os contribuintes, por qualquer falsidade dos documentos que assinarem e pelas irregularidades de escrituração praticadas no sentido de fraudar o imposto.
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Campo Previdenciário
Comete crime contra a administração pública previdenciária o contabilista que:
-suprimir ou reduzir contribuição previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: omitir folha de pagamento da empresa ou documento de informação previsto na legislação previdenciária;
- deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios d contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados a títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços. 
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Campo Previdenciário
Comete crime contra a administração pública previdenciária o contabilista que:
- omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias, ficando o infrator sujeito à pena de reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
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Guarda de Livros e Documentos
 Os livros contábeis, fiscais e os documentos que embasaram os registros e demonstrativos deverão ser guardados e conservados em boa ordem até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações que se refiram (Código Tributário Nacional; Decreto-Lei nº 486/69).
Em hipótese da ocorrência de extravio, deterioração ou destruição de livros, fichas, documentos, etc, a pessoa jurídica fará publicar, em jornal de grande circulação local de seu estabelecimento, aviso concernente ao fato e deste dará minuciosa informação, dentro de 48 hs, ao órgão competente do Registro do Comércio, remetendo cópia da comunicação ao órgão da Secretária da Receita Federal de sua jurisdição.
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Guarda de Livros e Documentos
 Acrescenta, ainda, a legislação do Imposto de Renda que os comprovantes da escrituração da pessoa jurídica, relativos a fatos que repercutam em lançamentos contábeis de exercícios futuros, serão conservados até que se opere a decadência do direito de a Fazenda Pública constituir os créditos tributários relativos a esses exercícios. 
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Responsabilidade Civil
 Para o contabilista, qualquer ação praticada fora dos parâmetros da legislação, dos princípios e normas contábeis e da conduta ética, que venha provocar prejuízos a terceiros, poderá levar o contabilista a responder pelos danos, prejuízos morais e materiais decorrentes dos seus atos.
 Se o profissional no desempenho das suas atividades praticar qualquer ato ilícito, seja de livre e espontânea vontade ou por solicitação do seu cliente, se desse ato houve prejuízos a terceiros, poderá responder pelos danos causados, inclusive devendo reparar tal dano. 
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Responsabilidade Civil
 Constitui ato ilícito a assinatura de Decore falsa que, muitas vezes, é expedida sem base legal, para comprovação de rendimentos de pró-labores, distribuição de lucros , rendimentos de autônomos, dentre outros, quando esses valores não estão registrados na contabilidade.
 Em caso dessa natureza, se o beneficiário da declaração efetuar alguma operação, por exemplo, um empréstimo bancário, cujo cadastro foi aprovado com base na Decore falsa assinada pelo contabilista, este poderá ser responsabilizado na hipótese da inadimplência do tomados do empréstimo.
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Responsabilidade Civil
 Poderá responder pela reparação de dano ou pela dívida o contabilista que assinar demonstrativos contábeis simulados “balanços falsos”, que, em alguns casos, são elaborados sem existência da escrituração contábil ou em desacordo com o que está registrado na contabilidade.
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Responsabilidade Penal
 Decorre da obrigação de reparar do dano no campo criminal.
Na contabilidade pode haver a incidência de responsabilidade penal quando o ato praticado pelo agente envolver prejuízo contra patrimônio, o que pelo Código Penal está previsto no capítulo que trata do estelionato e de outras fraudes. 
Determinado ato praticado pelo contabilista, de forma intencional, que venha provocar prejuízo material a terceiros, poderá ensejar uma ação penal por parte do prejudicado.
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Responsabilidade Penal
 A assinatura de uma Decore sem base legal, com o intuito de favorecer a si próprio ou a terceiros, especialmente as relativas a pró-labores, quando esses valores não estão registrados na contabilidade poderá ter consequência de natureza penal.
Da mesma forma poderá cometer crime quem assina “balanço falso” quando esse demonstrativo favorece a aprovação de cadastros para a efetivação de operações em instituições financeiras e com fornecedores etc e que venham causar prejuízo a terceiros.
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Responsabilidade Penal
 Além da responsabilidade civil, dependendo do caso, o responsável pelo ato poderá ser enquadrado em crime de estelionato, falsificaçõ de documento particular, falsidade ideológica e uso de documento falso.
 Igualmente poderá ser punido o usuário ou beneficiário do documento falso, com fim de obter ou ludibriar terceiros.
 Pelo Código Penal Brasileiro quem comete esse tipo de crime a pena prevista é de reclusão de um a cinco anos, além de multa.
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Responsabilidade Penal
 Caracteriza crime de falsificação de documento particular quem falsificar no todo ou em parte, ou alterar documento particular verdadeiro.
Já falsidade ideológica, comete esse crime quem oitir, em documento público ou particular , declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa do que devia ser escrita, com fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre o fato juridicamente relevante. 
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Fraude e Sonegação Fiscal
 A Lei nº 4.502/64 define fraude, que é uma ação praticada de má-fé, como sendo toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, ou excluir ou modificar as suas características essenciais, de modo a reduzir o montante do imposto devido, ou evitar ou diferir o seu pagamento.
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Fraude e Sonegação Fiscal
 A sonegação fiscal consiste no fato de o contribuinte agir com dolo (fraude, conluio) ou culpa, com o objetivo de evitar, diminuir ou retardar o pagamento do imposto
devido.
Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo ou contribuição social e qualquer acessório.
Ex.: omitir informação ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias/ fraudar a fiscalização tributária; falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, etc; elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documentos que saiba ou deva saber falso ou inexato; outros.
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Fraude e Sonegação Fiscal
Para esse tipo de crime está prevista a pena de reclusão, de dois a cinco anos, além de multa.
Negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, documentos ou fornecê-lo em desacordo com a legislação constitui infração.
No caso de funcionário público que cometa algum crime contra a ordem tributária a pena é de reclusão de três a oito anos, além de multa.
O Decreto-Lei nº 5.844/43 determina o contabilista erá responsabilizado por qualquer falsidade dos documentos que assinar e pelas irregularidades de escrituração praticadas no sentido de fraudar o imposto.

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