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05.08 - CORRENTES CRÍTICAS Angélica Soares

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE LETRAS
DISCIPLINA: TEORIAS CONTEMPORÂNEAS DA LITERATURA – TURMA: 257 – PROFESSORA: ANA MARIA LISBOA DE MELLO
 
TAREFA Nº 1
CORRENTES CRÍTICAS
Angélica Soares
A crítica consiste na conciliação do modo de ser (da obra) com o modo de ver (do crítico), ambos firmados historicamente em conceitos teóricos de literatura que, de acordo com cada teoria distinguirá, os diferentes posicionamentos críticos. Isto é, serão sempre teóricos-críticos, embora a teorização do objeto literário nem sempre seja através da investigação da obra. 
CRITICA BIOGRÁFICA:
A crítica literária passa a organizar-se sistematicamente, destacando o método biográfico: Um processo de descrição que procurava explicar a obra através dos traços biográficos do autor, como sua educação na infância, sua hereditariedade, o físico, o ambiente, as experiências importantes etc.
CRÍTICA DETERMINISTA:
Sob a influência do positivismo, cuja característica principal é o naturalismo, ou seja, utiliza os métodos das ciências naturais na literatura, destacando-se o enfoque na sociologia da literatura, relacionando o estudo da obra com o homem e o meio.
CRÍTICA IMPRESSIONISTA:
Opondo-se a postura científica e objetiva desenvolve-se uma tendência crítica voltada para a subjetividade do leitor, ele então transmitia suas impressões, marcas da sua sensibilidade, suas experiências pessoais, mantendo assim a obra em segundo plano, sendo apenas cenário para atuação de suas reações.
CRITICA FORMALISTA:
Neste movimento critico predominou o enfoque sincrônico da literatura, tomando a própria literatura como um sistema, levando em consideração que no sistema os elementos desempenham uma função, cada uma delas entra em correlação com elementos similares de outras obras, com diversos sistemas de diferentes culturas e a evolução seria uma mudança de relação entre os elementos do sistema.
ESTILISTICA:
A Estilística busca uma fundamentação linguística para estudar os aspectos expressivos da língua, afim de chegar a um conjunto de operações metodológicas que se deve dirigir aos recursos utilizados no seu uso oral numa determinada época, buscando determinar seu estilo.
A NOVA CRITICA:
Essa teoria critica marca a passagem da crítica literária para o meio universitário, o que caracteriza a crítica cientifica do século XX, possuindo um método e uma teoria. A nova crítica se propõe a romper com a hermenêutica, ontologia, filologia e com a leitura do texto com a “intenção do autor”. O crítico busca significados denotativos e conotativos das palavras, ambiguidades, sintagmas, imagens, vocábulos, retorica, etc. A nova crítica objetiva aproximar o crítico do texto poético e afasta-lo da interpretação ontológica, hermenêutica, filológica, que extrapola os limites do texto.
ESTRUTURALISMO:
Herança do Formalismo Russo, aparecem sob o rótulo de estruturalismo pesquisas literárias que reconheciam a obra como uma estrutura, isto é, um sistema de relações, um todo formado de elementos solidários, um dependendo do outro, não sendo o que é sem a presença do outro. Resumidamente, a crítica estruturalista deixou-se guiar pelos princípios de funcionalidade e de generalização, buscando, quantitativamente, o que as obras do mesmo gênero tinham em comum, numa postura descritiva, objetiva e científica.
SOCIOLOGIA DA LITERATURA:
A sociologia é a ciência que estuda as sociedades, por tanto, a sociologia da literatura estuda dentro do romance os aspectos sociais contidos nele. O romance exprime uma consciência coletiva, mas não é uma realidade imediata, nem autônoma. A consciência coletiva constrói-se implicitamente no comportamento global dos indivíduos membros da sociedade.
SEMIÓTICA LITERÁRIA: 
Constituído por uma operação mimética da dinâmica que elabora, no nível da realidade objetiva, a relação existencial do homem com o mundo, no nível do imaginário, através da ficcionalidade do espaço, do personagem e do acontecimento. Os discursos ficcionais do espaço, do personagem e do acontecimento, na qualidade de investimento semiológico do discurso narrativo, são incorporados ao fio narrativo como lógicas estruturantes da realidade ficcional. A critica semiótica fazendo uso desse corpo teórico/operacional, procura legitimar a logicidade estrutural do universo signico a partir da dinâmica estruturante da imagem de mundo ficcional, num segundo momento interpreta a imagem de mundo ficcional, comparando-a com a imagem de mundo realidade, assim o ficcional é entregado a realidade pela experiência critica da leitura.
ESTÉTICA DA RECEPÇÃO:
A estética da recepção parte do formalismo russo e das críticas literárias marxistas, porem seguindo a tradição alemã da hermenêutica (interpretação). Essa nova teoria busca deslocar o foco de analise desde para a recepção pelo leitor. Não mais voltada para estética da produção (autor/texto) e sim da recepção (leitor). Esta teoria buscar dar autonomia de organização de seus próprios significados do texto literário, dando ênfase na construção da leitura por parte do leitor. 
HERMENÊUTICA:
A hermenêutica substitui a tarefa analítico-descritiva por um trabalho de interpretação, que parte do texto e se encaminha para uma reflexão sobre a essência humana. A razão da hermenêutica é, portanto, antimpositiva, mantendo a pergunta como única resposta possível, deixando tantas vezes que o poema fale, ao invés de falar por ele, pois a imagem poética, como lembra Octavio Paz, não pode ser explicada com outras palavras, senão pelas da própria imagem, que enquanto imagem deixam de ser simples palavras.
HERMENÊUTICA ATUAL:
É a leitura enquanto ato crítico, o ler que pronuncia a existência ao mobilizar compreensão e interpretação. A crítica atual estrutura-se conflituosamente porque este é o modo de ser contemporâneo. Adotando o conflito, a crítica atual, acolhe o sujeito em sua existencial idade de interprete, crítico de seu próprio descobrimento. Enfim, compreender e interpretar obras literárias é um caminho critico petico que permite ao sujeito compreender-se e interpretar-se com quem é, ou seja, descobrir-se e viver uma vida autêntica. 
CRITICA LITERÁRIIA E PSICANÁLISE:
Nos anos sessenta falava-se de uma critica que reivindicava a sua filiação com um campo de saber – a psicanalise. Acreditava-se que a concepção de estrutura formulada por Lévi-Strauss se aproximava da construção teórica que Jacques Lacan elaborava sobre o inconsciente a partir de um retorno a Freud.

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