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LINDB - Resumo

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LINDB – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (antiga LICC)
Art.1 e 2 – Vigência das Normas
Art.3 – Obrigatoriedade das Normas
Art.4 – Integração das Normas ou Colmatação da Lei
Art.5 – Interpretação das Normas
Art.6 – Aplicação das Normas no Tempo
Art.7 – Aplicação das Normas no Espaço
Vigência das Normas
Art. 1 – A lei entra em vigor 45 dias após a sua publicação, ou no caso da lei
brasileira, aceita no estrangeiro, 3 meses depois da publicação(parágrafo
primeiro do art.1).
Este é o chamado prazo de vacatio legis, prazo de vacância da lei, tempode de
adaptação da regra.
Os prazos são contados de acordo com o parágrafo primeiro do art.8 da LC
95/98, incluindo o dia começo e o dia do fim, ao contrário do que ocorre nas
relações obrigacionais, em que os prazos são contados na forma do art.132
C.C., que exclui do dia do começo e inclui o dia do fim.
O parágrafo segundo do art.8 da LC 95/98 impede que o prazo de vacatio seja
contado em meses ou em anos, devendo ser contado em dias.
Se antes de vigorar ocorrer nova publicação, ainda que com o objetivo único de
corrigir erros materiais, de datilografia, o prazo dos artigos corrigidos recomeça
a correr da nova publicação (parágrafo segundo do art.1).
As correções de texto de lei já em vigor consideram-se lei nova (parágrafo
terceiro do art.1).
Art.2 – Princípio da Continuidade das Leis, pelo qual a lei vigora até que outra
a modifique ou revogue. Isso quer dizer que somente lei revoga lei, não se
aplicando o instituto do desuetudo, que impõe a revogação de uma norma pelo
seu desuso.
A exceção à regra de que somente lei revoga lei está nas leis temporárias.
A revogação se subdivide em ab-rogação, como processo de revogação total, e
em derrogação, como processo de revogação parcial. Além disso, a revogação
pode ser expressa ou tácita. No primeiro caso o próprio texto de lei explicita a
revogação total ou parcial da lei anterior, e no segundo, se presume a
revogação pelo fato da lei nova tratar integralmente da matéria relatada na
anterior, ou ainda pelo fato de ser com ela incompatível.
O parágrafo terceiro do art.2 da LINDB proíbe a repristinação tácita. A
repristinação é o retorno à vigência da lei anterior pela revogação da lei
posterior, revogadora, ou seja, a Lei A revoga a Lei B e posteriormente a Lei C
revoga a Lei B, trazendo a tona, automaticamente, a Lei A. Isso é repristinação
tácita que, como dito antes, é proibida pelo nosso Direito. Entretanto, a
repristinação expressa é possível, quando a Lei C expressamente declara o
retorno à vigência da Lei A.
OBS: É importante ressaltar ainda que não se pode confundir repristinação
com efeito repristinatório. Nesse último nunca existem três leis, mas apenas
duas, uma revogada e uma revogadora com uma decisão posterior do STF
declarando a inconstitucionalidade da lei revogadora. Nesse caso existe a idéia
de que a declaração de inconstitucionalidade gera a nulidade da lei revogadora
e em razão do efeito ex tunc é como se a revogação nunca tivesse ocorrido,
motivo pelo qual a lei revogada continua produzindo efeitos.
Obrigatoriedade da Lei
Art.3- Ninguém se escusa de cumprir a lei alegando seu desconhecimento.
A palavra escusa deve ser interpretada como má-fé, ou seja, a leitura atual do
artigo deve ser feita da seguinte forma: ninguém deve se furtar ao cumprimento
da lei alegando que a desconhece. No entanto, se o objetivo não é esse, se o
sujeito não tem por finalidade fugir da aplicação da norma e, justificadamente,
de fato, a desconhece, ocorre erro de direito, regulado no art.139, III, C.C, o
qual permite a anujlação do negócio jurídico. Por este motivo diz-se que o erro
de direito mitigou a Princípio da Obrigatoriedade Legal.
Integração ou Colmatação da Lei
Art. 4 - Existem lacunas na lei, mas não no ordenamento jurídico, pois este
fornece meios de suprir as lacunas da lei, processo chamado de
autointegração.
O juiz não pode deixar de julgar os conflitos que a ele se apresentam por falta
de norma específica = Princípio do Non Liquet (art.126 C.C.), devendo utilizar,
se necessário, os elementos de integração.
Os elementos de integração do Direito são a analogia, os costumes, os
Princípios Gerais do Direitos e a Equidade. Eles devem ser utilizados nessa
ordem.
A analogia é o fenômeno por meio do qual o julgador utiliza uma norma
prevista para uma determinada situação, em outra semelhante, para a qual não
há previsão legal. Ex: Quando as relações entre homossexuais não eram
reguladas pelo Direito, parte desses casais, quando do término do
relacionamento, procuravam a Justiça com o objetivo de partilhar o patrimônio
que eles adquiriam juntos e o Tribunal decidia a questão a partir das normas
previstas para a partilha patrimonial de uma sociedade, em razão da
semelhança dos fatos = pessoas que adquirem patrimônio comum por esforço
conjunto.
A sua utilização depende de três fatores: falta de previsão legal para o caso,
semelhança entre os fatos e identidade jurídica (semelhança do ponto de vista
do Direito).
Espécies - analogia legis (legal) e analogia juris (jurídica). Na primeira o juiz
utiliza apenas uma norma,, prevista para um fato semelhante, a outro despido
de regulamentação legal. Na segunda o juiz aplica um conjunto de normas
próximas com o fim de extrair elementos que possibilitem a analogia. Ex: o
contrato de leasing não possui regulamentação específica, então são utilizadas
as regras da locação e/ou compra e venda, como suporte legal.
Costumes são comportamentos socias reiterados que em determinados
momentos passam a ser absorvidos pelo senso de obrigatoriedade da
população.
Existem três espécies: Praeter Legem, Secundum Legem e Contra Legem. A
primeira é aplicada na hipótese de lacuna da lei, em razão da sua omissão. A
secunda tem aplicação quando o própio legislador a determina. Ex: art.569, II,
C.C. A última não é admitida, pois absorve como costume um comportamento
que contraria a lei.
Os Princípios Gerais do Direito são regras gerais orientadoras das normas
jurídicas, valores gerais que servem de base para a formação das regras
específicas.
A Equidade é a justiça do caso concreto, é a possibilidade do julgador, em
determinados momentos, flexibilizar a aplicação da regra de maneira a aplicá-la
mais justamente. Ex: O art. 413 C.C., tratando de cláusula penal (uma multa,
em regra pecuniária, inserida nos contratos com o fim de penalizar aquele que
descumpri-lo), esclarece que o juiz tem o poder de reduzir a multa na hipótese
de cumprimento parcial da obrigação, através do fenômeno da equidade.
OBS: A Equidade só pode ser utilizada quando houver previsão legal para
tanto.
Aplicação e Interpretação das normas
Art. 5 - Interpretar é buscar o verdadeiro alcance e sentido das normas.
Formas:
- Quanto à origem pode ser autêntica, doutrinária ou jurisprudencial. Autêntica
é aquela em que o sentido da regra é explicada por outra regra legal.
Doutrinária é aquela feita pela doutrina e jurisprudencial, aquela realizada pela
jurisprudência.
- Quanto ao metódo a interpretação pode ser gramatical, ou seja, baseada nas
regras da linguística; lógica, feita através da reconstituição do pensamento do
legislador; histórica, estudando o momento que a norma foi criada para poder
tentar entendê-la; sistemática, a partir do exame da regra com o sistema
jurídico como um todo; teleológica, na qual se examinam os fins para os quais
a regra foi criada.
- Quanto ao resultado a interpretação pode ser declaratória, aquela que se
limita a gramática da norma, dizendo qual o seu sentido literal; restritiva, a
partir da qual se restringe o campo de aplicação da regra; ampliativa, quando
se faz o contrário, ou seja, quando a interpretação amplia o campo de
aplicação da norma. Ex: Proibibo cães e gatos nesse restaurante. Essa regra
merece uma interpretação ampliativa para alcançar não apenas cãese gatos,
mas qualquer animal, caso contrário seria possível entrar no restaurante com
um elefante.
OBS: De acordo com o art.5 da LINDB o juiz deve sempre buscar o interesse
social.
Aplicação da norma no tempo.
Art. 6 - Esse dispositivo prega o Princípio da Irretroatividade da Lei Nova, o que
significa que, em regra, a lei nova tem efeito imediato e geral, ou seja, dela
para frente (ex nunc), não podendo alcançar o direitro adquirido, o ato jurídico
perfeiro ou a coisa julgada.
Direito adquirido é o que já integra o patrimônio do sujeito, ato jurídico perfeito
é aquele que se constituiu antes da nova lei, sob os ditames da lei anterior e na
sua conformidade, e coisa julgada é a decisão judicial que não comporta mais
alteração, que não pode mais ser modificada. Esses três valores não podem
ser atingidos pela lei nova.
A retroatividade é, portanto, exceção, e somente é cabível quando o legislador
assim dispuser e sem atingir os valores acima Destaca-se a possibilidade de
aplicação das Leis, Penal e Tributária, novas a fatos pretéritos, desde que mais
benéficas - in bonam partem (retroatividade benéfica).
Apesar do Princípio da Irretroatividade podem ocorrer fatos passados que
prolongam seus efeitos no tempo, e estes serão regulados pela lei nova, afinal
ela tem aplicação imediata e geral (art.2035 C.C.). É a chamada retroatividade
mínima.
Da mesma forma, excepcionalmente, pode ocorrer a sobrevida da lei antiga
(ultratividade), situação em que a lei nova permite que a legislaçao anterior
continue a ser aplicada em relação aos efeitos jurídicos futuros de fatos
precedentes à sua vigência. Ex: Enfiteuse, uma relação que não pode mais ser
criada após o C.C. novo, mas aquelas que já existiam antes da nova lei civil
continuam produzindo efeitos e sendo reguladas pela lei civil anterior.

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