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biologicaslic.ufpe@hotmail.com biolic2@hotmail.com biolic2011.1@hotmail.com E-mail: bioambientais2@gmail.com biobacharel2011.1@gmail.com http://dl.dropbox.com/u/17160261/Aulas/ Crustacea/Crustacea-Ralf.pdf Sem 2012.2: bio.licufpe2012@hotmail.com ufpeinvertebrados2@gmail.com Subfilo Crustacea Ralf Schwamborn Depto. de Zoologia UFPE E-mail: rs@ufpe.br Subfilo Crustacea • Mais de 52.000 espécies • Maioria marinhos – Existem espécies de água doce e terrestres • Grande variedade morfológica Subfilo Crustacea • CARACTERÍSTICAS GERAIS • 2 pares de antenas • 1 par de mandíbulas • 2 pares de maxilas • Corpo frequentemente dividido em cefalotórax e abdome • Placa torácica (carapaça) recobrindo todo o corpo ou parte dele – comum. Subfilo Crustacea • CARACTERÍSTICAS GERAIS • Apêndices birremes • Adaptados para realizarem diferentes funções (dependendo do grupo) • Numerosos pares de patas (geralmente cinco ou mais) Apêndice Birreme Subfilo Crustacea • Grande variedade morfológica e de modos de vida: – Há crustáceos sésseis, como as cracas (Cirripedia), que vivem fixas a um substrato. – Outros, são bentônicos reptantes, como o paguro (ou bernardo-eremita), ocupam a concha deixada por moluscos mortos. Subfilo Crustacea • Grande variedade morfológica: – Há crustáceos natantes, como alguns camarões – Muitos, são planctônicos, ou seja, vivem à deriva, levados pelas correntes. Exemplo: Copepoda Subfilo Crustacea – Habitam ecossistemas marinhos e de água doce, havendo mesmo representantes no ambiente terrestre úmido: Isopoda (tatuzinho-de-jardim). Porcellio spLigia sp. Exemplos de Isopoda Organização Estrutural • Aparelho digestivo Boca, esôfago, Estômago dividido em duas partes: 1º- anterior, denominada câmara cardíaca e a 2º- posterior chamada de câmara pilórica. Na câmara cardíaca existem dentes calcificados formando um moinho gástrico que ajuda na trituração dos alimentos. Intestino médio, intestino tubular e ânus. Organização Estrutural • Aparelho circulatório Coração dorsal curto e irregular com artérias que se distribuem por todo o corpo. Hemocele Óstios/Ostíolos Sangue: pigmento hemocianina Este sistema circulatório é denominado aberto ou lacunar, porque o sangue não está sempre no interior dos vasos. Organização Estrutural • Aparelho respiratório Vários pares de brânquias situadas nos dois lados de todos os segmentos torácicos Estão associadas aos apêndices Localização, número e forma: muito variados Organização Estrutural • Aparelho excretor 1 par de glândulas que se abrem sobre as bases do segundo par de antenas (glândulas antenais) ou segundo par de maxilas (glândulas maxilares) Excreção tambêm ocorre pelas brânquias Excreção de amônia (NH4 +) Organização Estrutural • Sistema nervoso Cérebro (Gânglio supra-esofágico) Gânglio sub-esofágico é resultante de fusão de 5 ou 6 pares de gânglios, Cordão nervoso ventral duplo. Organização Estrutural • Órgãos sensoriais Apresentam sensibilidade ao tato, gosto, olfato e visão. • A visão e dada pelos olhos compostos que podem ser pedunculados e móveis • olho naupliano (composto por 3 ou 4 pares de ocelos) – pode não persistir no adulto. • O tato é percebido pelos pêlos tácteis que se distribuem pelo corpo. • O sentido químico, paladar e olfato, reside em pêlos localizados nas extremidade das antenas, peças bucais e extremidade daquelas. Organização Estrutural • Órgãos sensoriais • Equilíbrio e orientação à gravidade é dado pelo estatocisto • Localizado no artículo basal de cada antênula (Decapoda) ou nos Urópodos (Mysidacea). Organização Estrutural Organização Estrutural Organização Estrutural Organização Estrutural • Crescimento –Muda –Órgão X, uma pequena glândula, produz hormônios que inibe a muda, enquanto que os hormônios do órgão Y induz a muda. –Em camarão por exemplo, ocorre várias mudas que determina estágios larvais, onde os jovens são muito diferente dos animais adultos. –Estágios larvais do camarão: Nauplius, Protozoea, Zoea, Mysis e Adulto. Organização Estrutural • Reprodução – Sexuada – São dióicos – Fecundação interna, na maioria das espécies – Desenvolvimento indireto. Os ovos costumam ser incubados junto da face ventral do abdome das fêmeas e, ao eclodirem, liberam uma larva chamada náuplio Organização Estrutural • Reprodução – Larva Náuplio: Natante e de vida livre. Apresenta um olho naupliano mediano e apenas 3 pares de apêndices. Eventualmente, em uma mesma espécie há passagem por até cinco estágios larvais diferentes. Náuplios de Crustacea Larva Náuplio 1a. Antena (unirreme) 2a. Antena (birreme) Mandíbula (birreme) Trato digestivo Olho naupliar Desenvolvimento de um camarão Penaeidae Náuplios de Crustacea Copepoda Cirripedia Penaeidae • Subfilo Crustacea (número de espécies) – Classe Remipedia (2) – Classe Cephalocarida (9) – Classe Branchiopoda (821) – Classe Ostracoda (5650) – Classe Copepoda (8405) – Classe Mystacocarida (9) – Classe Tantulocarida (4) – Classe Branchiura (150) – Classe Cirripedia (900) – Classe Malacostraca (22651) + conhecidos Classificação Segundo Ruppert e Barnes, 1996 –Classes Remipedia e Cephalocarida e Cephalocarida Remipedia –Classe Branchiopoda Ordens Anostraca, Notostraca, Leptostraca, e Diplostraca Ordem Anostraca: Artemia sp. Ordem Anostraca: Artemia sp. Macho de Artemia sp. Com Antenas modificadas Fêmeas de Artemia sp. Ordem Anostraca: Artemia sp. Náuplios de Artemia sp. Servem de alimento para diversos organismos em cultivos da Aquariofilia e Larvicultura comercial Cistos de Artemia sp. –Classe Branchiopoda Ordem Diplostraca (“Crustáceos bivalvos”) Sub-Ordem Conchostraca Lynceaus sp. –Classe Branchiopoda Ordem Diplostraca, Sub-Ordem Cladocera Daphnia sp. Ovos de Resistência de Daphnia Daphnia sp.Cladocera Daphnia sp. Daphnia sp. Cladocera Daphnia sp. Classe Ostracoda - Morfologia (“Crustáceos bivalvos”) An ostracod Ostracoda A cypridinid ostracod Ostracoda Classe Ostracoda Diversidade morfológica • Classe Malacostraca – Maior número de espécies e a maioria das formas maiores – Tronco composto por: • Região torácica com 8 segmentos • Região abdominal com 6 segmentos – Todos os segmentos do tronco apresentam apêndices. (pereiópodos, pleópodos e urópodos) – Alguns podem estar orientados para a frente e auxiliar na manipulaçào dos alimentos Classe Malacostraca • Classe Malacostraca –Ordem Euphausiacea(“Krill”) o Características: Cesto fitrador, fotóforos, brânquias em forma de plumas o Formam cardumes o Importnantes componentes do plâncton, especialmente em águas frias: Antártida, Árctico, Mar profundo Classe Malacostraca sub-classe Hoplocarida, Ordem Stomatopoda oA carapaça somente cobre a cabeça e os primeiros três segmentos do tórax. o Olhos pedunculados complexos o 2o. maxilípede: Pata raptorial, alto impacto em algumas espécies. Classe Malacostraca Ordem Stomatopoda “Tamarutacas” (ou “lagostins”) As tamarutacas são predadores ativos que caçam presas com o auxílio de um sentido de visão muito apurado . Fazem tocas, cuidam do ninho, e tem um comportamento complexo Classe Malacostraca Ordem Stomatopoda Mais de 500 espécies Ordem Stomatopoda Hemisquilla ensigera californica Hemisquilla ensigera californica Classe Malacostraca – Ordem Decapoda “10 patas” (>10000 sp.) • camarões, lagostas, lagostins e caranguejos • Quase ¼ das espécies de Crustaceos • Maioria marinha • Lagostins e caranguejos – Água doce • Caranguejos terrestres Classificação: • Superfamília Penaeoidea (Camarões) • ... • ... • Infraordem Palinura (lagostas tropicais) • Infraordem Brachyura (caranguejos e siris) Classe Malacostraca Ordem Decapoda -> Braquiurização - O tema central da evolução de um ancestral alongado,natante e com corpo semelhante à de um camarão, em um animal mais curto, achatado, reptante e morfologicamente semelhante ao caranguejo. A classificação dos decápodes é baseada nesta tendência evolutiva, chamada de Braquiurização (sinônimo: Carcinização). Existem três formas de corpo básicas de decápodes: - semelhante a um camarão (Penaeidea, Stenopodidea, Caridea) - semelhante a uma lagosta (Astacidea, Thalassinidea, Palinura) - semelhantes a um caranguejo (Anomura, Brachyura). • Ordem Decapoda Latreille, 1802 • Subordem Dendrobranchiata Bate, 1888 (camarões com larva náuplio) – Superfamília Penaeoidea Rafinesque, 1815 (camarões da pesca + cultivo) – Superfamilia Sergestoidea Dana, 1852 (camarões planctônicos) • Subordem Pleocyemata Burkenroad, 1963 – InfraordemStenopodidea Claus, 1872 (camarões –limpadores-de-peixes) – Infraordem Caridea Dana, 1852 (camarões e pitús, sem larva náuplio) – Infraordem Eryonoidea de Haan, 1841 – Infraordem Achelata Scholtz & Richter, 1995 (antigos Palinura, lagostas tropicais sem grandes quelas) – InfraordemAstacidea Latreille, 1802 (lagostas de águas frias, com quelas) – Infraordem Thalassinidea Latreille, 1831 (camarões escavadores) – InfraordemAnomura MacLeay, 1838 • Superfamília Paguroidea Latreille, 1802 (paguros /ermitões) – Infraordem Brachyura Latreille, 1802 (caranguejos e siris) Classificação recente segundo Martin & Davis (2001) Classe Malacostraca –Ordem Decapoda Caracterísiticas gerais: • Primeiros 3 pares de apêndices torácicos modificados em maxilípedes • 5 pares de patas (pereiópodos) –> “10 patas” • Primeiro (ou primeiros 2 ou 3) par de patas frequentemente é maior e com pinça (quela) - quelípodo • Classe Malacostraca –Ordem Decapoda (10000 sp.) •Predadores, consumidores de detritos, filtradores e herbívoros • Fêmeas incubam os ovos na região dos pleópodos (exceto Dendrobranchiata) •Estágio larval de eclosão: Zoé (exceto Dendrobranchiata) Classificação Segundo Ruppert e Barnes, 1996 • Classe Malacostraca – Ordem Decapoda (10000 sp.) Camarões: adaptados para a natação (Natantia): pleópodos grandes e franjados. Podem não apresentar quelípodos grandes. Exoesqueleto flexível. São habitantes de fundo e nadadores • Classe Malacostraca – Ordem Decapoda Lagostas e Caranguejos: bentônicos, adaptados ao rastejamento (Reptantia). Pereiópodos fortes e pleópodos nunca utilizados p/ natação. São retidos p/ funções reprodutivas. Corpo dorsoventralmente achatado e exoesqueleto rígido. Infraordem Achelata Scholtz & Richter, 1995 (antigos Palinura, lagostas tropicais sem grandes quelas) Infraordem Astacidea (lagostas de águas frias, com quelas) Lagostas Fam. Paguridae (Ermitões) Classe Malacostraca Ordem Decapoda Infra-Ordem ANOMURA Birgus latro, Fam. Paguridae („ladrão de côco“, terrestre) Classe Malacostraca Ordem Decapoda Infra-Ordem ANOMURA Fam. Aeglidae (Anomuros de água doce, Sul do Brasil) Fam. Porcellanidae (Caranguejos-Porcellana, Filtradores) Classe Malacostraca Ordem Decapoda Infra-Ordem ANOMURA caranguejos e siris - abdome reduzido Caranguejo-aranha Maja squinado Classe Malacostraca Ordem Decapoda Infra-Ordem Brachyura Chama-maré Ou xié Uca spp. Caranguejo Terrestre de F. Noronha Jonghartia lagostoma Classe Malacostraca Ordem Decapoda Infra-Ordem Brachyura 1. Pereiópodos 2. Borda posterior 3. Abdômem 4. Cefalotórax 5. Borda posterior lateral 6. Borda ântero-lateral 7. Pedúnculo 8. Antena 9. Dedos da pinça (dáctilo da quela) 10. Quelas 11. Fronte Infra-Ordem Brachyura (caranguejos e siris) - Morfologia - Infra-Ordem Brachyura (caranguejos e siris) - Morfologia - Larvas de Decapoda Ciclo de vida do camarão (Fam. Penaeidae) Larvas de Decapoda Zoea de caranguejo-porcelana (Anomura, Fam. Porcellanidae) Larvas de Brachyura Zoea de caranguejo Zoea Megalopa Megalopa de caranguejo CARANGUEJOS BRACHYURA – CICLOS DE VIDA COMPLEXOS!! Larvas de Decapoda Ciclo de vida do Sirí Zoeas de caranguejos (Brachyura) Larvas de Decapoda Larvas de Decapoda Megalopas de caranguejo (Brachyura) Zoeas de camarao-estalo (Alpheidae) Filossoma de lagosta (Palinuridae) Larva de Sergestidae (camarão planctônico) Transporte e Retenção Larval Migração vertical Transporte e Retenção Larval Estratificação vertical Lagosta (Panulirus argus) Panulirus argus Distribuição Ciclo de vida Crescimento Pós-larva (Puerulus) e jovem (pós-puerulus) Migração reprodutiva Tendências evolutivas (Crustacea) • Cefalização: Aumento da complexidade da cabeça, geralmente através da incorporação dos segmentos adjacentes. Tendência comum no reino animal. • Tagmatização: Fusão total ou parcial de vários segmentos em unidades corporais (tagmata). Exemplos: Tórax, Céfalotorax, Abdome. Tendências evolutivas dentro da Ordem Decapoda • Braquiurização: Aumento da carapaça e redução do abdôme, na transição da vida natante para a vida reptante. • Sequência: Dendrobranchiata -> Caridea ->Astacura e Palinura -> Anomura ->Brachyura Classificação Segundo Ruppert e Barnes, 1996 • Classe Malacostraca –Ordens Amphipoda e Isopoda •2 maiores ordens depois de Decapoda •Não tem carapaça •Olhos compostos sésseis •1 par de maxilípedes •7 pares de pernas (pereiópodos) •Nenhuma demarcação entre tórax e abdômem Classificação Segundo Ruppert e Barnes, 1996 • Classe Malacostraca –Ordens Amphipoda e Isopoda •Predominantemente bentônicos, com algumas formas natantes ou planctônicas •Consumidores de detritos e carniça, mas podem existir carnívoros •Maioria marinha, mas alguns vivem em água doce ou em terra Classificação Segundo Ruppert e Barnes, 1996 • Classe Malacostraca –Ordem Amphipoda –Comprimidos lateralmente –Brânquias torácicas –Pulgas-de-praia: terrestres – habitantes comuns dos sedimentos ao longo do litoral Classificação Segundo Ruppert e Barnes, 1996 • Classe Malacostraca –Ordem Amphipoda Classificação Segundo Ruppert e Barnes, 1996 • Classe Malacostraca –Ordem Isopoda –Achatados dorsoventralmente –Pleópodos abdominais modificados em brânquias –Ectoparasitas denominados de piolho-de- peixe –Tatuzinhos-de-jardim: terrestres Classificação Segundo Ruppert e Barnes, 1996 • Classe Malacostraca –Ordem Isopoda Isopoda terrestres - respiração através de pseudotraquéias Isopoda terrestres - adaptações Adaptação: • Pseudotraquéias (somente nos terrestres) Pré-adaptação: • Corpo achatado dorsoventralmente (todos) • Sem larvas – desenvolvim. direto (todos) • Marsúpio (todos) • Olhos sésseis (todos) • Patas iguais e curtas (todos)
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