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CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
Sandra Vitória C. Cunha – 75580
Viçosa, MG
Setembro, 2013
ANTEPROJETO DE PESQUISA:
O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA PARA A TERCEIRA IDADE
Pré-projeto apresentado à 
d
isciplina de Metodologia Científica do curso de graduação em Letras para a turma de 2013-1.
Licenciatura Português/Inglês.
INTRODUÇÃO 
O contexto em que este anteprojeto se encontra está ligado diretamente à Academia Brasileira de Letras, na qual o objetivo é o aprimoramento dos estudantes no ato de lecionar. 
Diversas pesquisas e projetos já foram discutidos a respeito do ensino de línguas estrangeiras (LE) voltadas para jovens e adultos. Métodos de ensino já foram elaborados e muitos colocados em prática, visando atender os objetivos deste público alvo, dando atenção à influência da psicologia no ensino-aprendizagem. 
Contudo, é possível perceber a escassez de elaborações de projetos e métodos de ensino, visando um determinado público que, a cada vez mais, vem conquistando o seu espaço dentro da sociedade moderna. Sendo assim, este projeto tem como objetivo pesquisar possíveis didáticas a serem utilizadas para o ensino de línguas estrangeiras direcionadas à terceira idade, considerando também, como dito anteriormente, a psicologia e os objetivos presentes em indivíduos acima de 50 anos de idade.
OBJETIVO GERAL
O principal objetivo que o este anteprojeto têm em vista, baseia-se em formular possíveis didáticas a serem aplicadas ao ensino básico de inglês para o público da terceira idade, aprimorando assim a arte de educar dos graduandos em letras.
JUSTIFICATIVA
É possível perceber que, com o aumento da expectativa de vida, houve um crescimento da população idosa no Brasil e, junto com esse fator, surge também a necessidade da participação ativa destas pessoas no mundo moderno, cuja faixa etária está entre 50 a 80 anos de idade. [1: Segundo o Censo, simultaneamente, foi observado um crescimento na participação relativa da população com 65 anos ou mais, que era de 4,8% em 1991, passando a 5,9% em 2000 e chegando a 7,4% em 2010. O crescimento absoluto da população do Brasil nestes últimos dez anos se deu principalmente em função do crescimento da população adulta, com destaque também para o aumento da participação da população idosa. ]
É de amplo conhecimento que o século XXI está repleto de novidades na área da tecnologia que possibilita também novas formas de aprendizagem entre jovens e crianças, além de promover formas diversas de entretenimento. Baseando-se nesses fatos, levanta-se uma questão: Por que não apresentar novas fontes de recreação para os idosos? A aprendizagem de uma segunda língua, principalmente a inglesa, proporciona o aumento da bagagem cultural e colabora para cessar possíveis dificuldades encontradas por eles no dia-a-dia. 
METODOLOGIA
É fácil reconhecer que existe uma grande dificuldade em tornar um idoso um fluente em uma segunda língua uma vez que, em aspectos linguísticos, o aparelho fonador encontra-se em um estado totalmente rígido. Contudo, esta não é a meta principal. O anteprojeto procura pesquisar como o ensino básico da Língua Inglesa atende possíveis necessidades do público alvo tratado. [2: ALVES, Elisabete T. Amaral. A influência da aprendizagem da segunda língua no processo de alfabetização.]
Interesses diversos podem levar um aluno de idade avançada a procurar o ensino de Língua Inglesa, logo cabe ao educador obter o conhecimento de tais interesses e formular didáticas baseando-se nestes. Sabe-se que o principal interesse dos jovens e adultos à aquisição de uma segunda língua é o melhoramento do empenho no mercado de trabalho, mas quais são os objetivos da terceira idade? 
Para responder tal pergunta, foi necessário buscar dados de informações diretamente da fonte. Explicando o assunto abordado neste anteprojeto para um cidadão acima de 50 anos de idade, que iremos mencionar como Indivíduo I por questões meramente éticas, foi verificado que existe certo interesse no desenvolvimento de uma LE, porém este não é atendido como desejado, ou seja, nota-se que a sociedade e, consequentemente, os licenciados não estão preparados para o ensino de uma segunda língua para este público alvo.
Ao ser questionado sobre a motivação de tal procura, o Indivíduo I relatou sobre a sua dificuldade em compreender determinadas palavras encontradas em seu cotidiano exemplificando com uma situação vivenciada por ele, onde tentou realizar a leitura de uma expressão encontrada em uma peça de roupa, que ganhara como presente, e não obteve sucesso. Esta situação despertou em si, além de uma curiosidade, o interesse pela língua inglesa. Segundo ele, as aulas de inglês entrariam em seu agendamento como uma espécie de hobby para ocupar o tempo vago e possibilitar futuras leituras de até obras literárias em inglês.
É válido salientar, acima de tudo, a importância da alfabetização eficaz da língua materna (LM) uma vez que ela serve de base para um melhor aproveitamento no ensino de uma LE, caso contrário não há possibilidade de levantar alicerces sem uma base segura. Esse argumento não deve ser considerado apenas perante aos idosos, mas a todos que desejam adquirir uma segunda língua, principalmente visando a escrita e compreensão de textos, como está sendo tratado neste anteprojeto.
Com a globalização, a sociedade adotou o estrangeirismo, ou seja, atualmente é comum se deparar com prateleiras de supermercados, brinquedos, lojas de roupas e afins que contêm palavras de origem inglesa, o que acaba dificultando a compreensão de um indivíduo que não possui os conhecimentos básicos de tal língua. Com o avanço da tecnologia, o público da terceira idade também encontra dificuldades ao ler e compreender diversos léxicos que aparecem tanto em aparelhos tecnológicos quanto via internet.
Além de saber os interesses e objetivos do aluno, é importante que o professor saiba o que desperta a vontade de aprender deste dentro da sala de sala de aula. Segundo o Indivíduo I, a aula deveria ser dinâmica e conter vídeos e figuras indicando o nome destas em inglês assim ele iria avançar mais na aprendizagem e não seria uma aula maçante.
Partindo destes princípios teóricos, percebe-se que é possível lecionar para a terceira idade, classe esta que merece a atenção da sociedade, incentivos por parte do governo em abrir escolas especializadas para tal prática, elaboração de determinados livros didáticos e estudos mais elaborados do ensino-aprendizagem por parte de psicólogos e professores.
Conclui-se então que, antes de lecionar, é necessário ter conhecimento do interesse e dos objetivos dos alunos que deseja-se trabalhar assim a aprendizagem dentro de sala de aula ser tornar eficaz e, neste âmbito, levando cultura e qualidade de vida para a terceira idade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Elisabete T. Amaral. A influência da aprendizagem da segunda língua no processo de alfabetização.
PORTAL BRASIL, População idosa no Brasil cresce e diminui número de jovens, revela Censo. [www.brasil.gov.br]
FARIA, Fernanda S. Creston & MONTEIRO, Sandra H. Correia. Desafios na terceira idade: O ensino de Língua Inglesa sob novas perspectivas.