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surgimento da fonologia

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FONOLOGIA - SURGIMENTO
A Fonética, que estuda os sons da linguagem humana sob o ponto de vista articulatório (fonação) e acústico (audição) aperfeiçoou-se consideravelmente.
A partir de 1926, nos meios do Círculo Linguístico de Praga, um grupo de linguistas russos propôs a criação de uma nova disciplina relacionada aos sons da língua.
Causas para o surgimento da Fonologia:
Desgaste dos estudos fonéticos;
Surgimento do Estruturalismo.
A Fonética, quando começou a servir-se de aparelhos e a ser estudada em laboratório, progrediu mas afastou-se da Linguística.
Os foneticistas mostraram-se habilíssimos em depreender sutilezas articulatórias e acústicas, o que embaraçava as tentativas de elaborar uma gramática de sons, ou seja, a Fonética não consegue criar um estudo organizado e sistemático.
Com o aperfeiçoamento dos métodos fonéticos, o conjunto de sons para cada língua tendeu a multiplicar-se e complicar-se num emaranhado de diferenciações instáveis. Daí a conhecida afirmação de Sweet de que há um número infinito de vogais.
Estruturalismo: introduziu a dicotomia Língua x Fala.
A Fonética está para a fala assim como a Fonologia está para a língua.
A Fonologia seria uma disciplina integralmente linguística, enquanto a Fonética estudaria os sons da fala como produtos da física acústica e fonologia articulatória.
JAKOBSON: No primeiro Congresso Internacional de Linguística, realizado em Haia, na Holanda, em 1928, Roman Jakobson apresentou a Proposição 22. Propunha o surgimento da nova disciplina, que tratava de diferenças significativas que caracterizam o sistema de sons da língua e das correlações fonológicas, constituídas por séries de oposições binárias. 
BAUDOUIN DE COURTENAY (lingüista polonês): “deve haver duas fonéticas descritivas distintas uma da outra, conforme se queiram estudar os sons concretos como fenômenos físicos ou então como sinais fônicos empregados para fins de mútua compreensão no interior de uma comunidade linguística.”
TRUBETZKOY: a Fonética é a “ciência da face material dos sons da linguagem humana” ao passo que a Fonologia só considera “em matéria de som, aquilo que preenche uma determinada função na língua”. 
MARTINET: A Fonética estuda os sons da linguagem sem se preocupar com a língua a qual pertencem, enquanto a Fonologia os considera em função dessa língua. 
OBJETO DE ESTUDO: a Fonologia se interessa por um som na medida em que este tenha um papel funcional na língua. Seu objeto de estudo é o FONEMA. 
FONEMA:
 
BLOOMFIELD (1933): unidade mínima de traço fônico distintivo.
 
TRUBETZKOY: unidade mínima distintiva do sistema de som.
O fonema é um som que, dentro de um sistema fônico determinado, tem um valor diferenciador entre dois vocábulos. A realização fônica em si vai interessar à Fonética. À Fonologia interessa a oposição dos sons dentro do contexto de uma língua dada. 
No conceito de fonema, as características acústicas e articulatórias dos sons adquirem um valor secundário. O importante é papel funcional que o elemento fônico desempenha na língua: O VALOR LINGUÍSTICO. 
PERGUNTA PRINCIPAL: Quais diferenças fônicas estão ligadas a diferenças de significação na língua estudada? Isto varia de língua para língua. Por isso, a Fonologia perde o caráter universal da Fonética. 
Ex: Diferença entre p e b – para a Fonética e para a Fonologia.
 
Há línguas (falares polinésios) em que a diferença entre p e b não tem valor funcional.
Ex.: g de gato e de gula – dois fones, mas um só fonema.
FONÉTICA
FONOLOGIA
Estudo da substância sonora, enquanto fenômeno físico.
Estudo dos sons do ponto de vista de sua função linguística.
Estudo dos sons da fala: FONES.
Estudo dos sons da língua: FONEMAS.
Estuda os sons em geral, suas características físicas e articulatórias.
Estuda o sistema de sons; a função distintiva do som dentro do sistema de uma língua.

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