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PRÁTICA 4: EFEITO DE CAPILARIDADE DA ÁGUA EM TUBOS DE PEQUENO DIÂMETRO Celso Luiz Zorzo Filho Jackeline Santos de Oliveira Larissa Lorrany Silva Matheus Vaz Cruvinel Mylena Tosta Pamplona Silva Pedro José Trindade Campos Rafael Diman UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO – UFTM Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas – ICTE Laboratório de Fundamentos de Fenômenos de Transporte Uberaba – MG 10/2015 OBJETIVOS Comparar os dados experimentais e teóricos referentes ao efeito capilar da água dentro de tubos capilares de vidro. 2 INTRODUÇÃO Considera-se fluido o material que sofre deformação contínua e irreversivelmente com a aplicação de uma tensão cisalhante (LIVI, 2004). Quando em um tubo de pequeno diâmetro é inserido em um recipiente com água, ele tende a subir através das paredes do tubo até uma certa altura de equilíbrio. Já, no caso do mercúrio, ele tenderá a descer. Estes fenômenos são chamados de ascensão e depressão capilar, respectivamente. Deste comportamento, diz-se que a água “molha” a parede do tubo e o mercúrio não. Fazendo a análise através do ângulo formado pelo menisco em relação a parede do tubo é chamado de ângulo de contato 𝛷. • A elevação ou depressão podem ser calculadas pela seguinte relação: ℎ = 4𝜏𝑠 cos𝛷 𝛾𝐷 (1) onde, h é a altura ou depressão, 𝜏𝑠 é coeficiente de tensão superficial, 𝛷 é o ângulo de contato, 𝛾 é o peso específico do líquido e D o diâmetro do tubo. 3 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Capilares de diferentes tamanhos Paquímetro Termômetro Béquer de 1 L Corante (permanganato de potássio) Água 4 METODOLOGIA 5 DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DA ELEVAÇÃO DO LÍQUIDO ANALISADO: 1) o diâmetro dos capilares foi medido usando o paquímetro; 2) o béquer com 1 L foi preenchido com cerca de 400 mL de água e foi adicionado um pouco de corante; 3) a temperatura da água foi medida utilizando um termômetro; 4) um capilar foi inserido na coluna de água presente no béquer; 5) verificou-se a elevação de água até a estabilização; 6) a altura referente a ascensão de água, em relação ao nível de água no béquer, foi medida. O mesmo procedimento foi realizado três vezes. METODOLOGIA 6 CÁLCULO DA ELEVAÇÃO TEÓRICA: A elevação teórica da água foi calculada para pequenos capilares de vidro utilizando a Equação (1). O ângulo de contato entre a superfície do líquido e a parede do capilar foi adotado como 0º. METODOLOGIA 7 DETERMINAÇÃO DO ERRO EXPERIMENTAL: O erro padrão foi determinado experimental a Equação (2). 𝑃𝐸 % = 100 𝑛 𝑖=1 𝑛 |ℎ𝑒𝑥𝑝,𝑖 − ℎ𝑝𝑟𝑒𝑑,𝑖| ℎ𝑒𝑥𝑝,𝑖 (2) onde, 𝑃𝐸 é o erro padrão, 𝑛 é o número de pares de dados recolhidos, ℎ𝑒𝑥𝑝 e ℎ𝑝𝑟𝑒𝑑 as elevações experimental e predita, respectivamente. RESULTADOS E DISCUSSÃO Diâmetro do capilar (cm) h Experimental (cm) h Teórica (cm) Erro Padrão (%)Medida 1 Medida 2 Medida 3 Média 0,100 1,305 1,316 1,282 1,3010 2,9446 42,1115 0,212 1,114 1,182 1,176 1,1573 1,3890 6,6715 0,345 0,638 0,662 0,610 0,6367 0,8535 11,3531 Tabela 1 – Dados experimentais Fonte: Elaborado pelo autor, 2015. 8 RESULTADOS E DISCUSSÃO h Teórica (m) h Experimental Média (m) 0,02945 0,0130 0,01389 0,0116 0,00854 0,0064 Tabela 2 – Ascensão teórica e experimental Fonte: Elaborado pelo autor, 2015. Comparação dos valores de ascensão teórica e experimental 9 RESULTADOS E DISCUSSÃO Justificativa para o fenômeno de ascensão que ocorre para a água em capilares de vidro e o fenômeno de depressão ocorre para o mercúrio Fonte: Fundamentos da Física, 2010 Figura 1 - Fenômenos da Ascensão e Depressão em Capilares 10 RESULTADOS E DISCUSSÃO Justificativa para o fenômeno de ascensão que ocorre para a água em capilares de vidro e o fenômeno de depressão ocorre para o mercúrio O fenômeno de ascensão da água em capilares de vidro é explicado pelas forças de adesão entre as moléculas do vidro e da água, que é maior do que a força de coesão entre as próprias moléculas de água. Dessa forma, a água adere ao tubo de vidro (“molha o vidro”), formando uma pequena película de curvatura côncava (USP, 2000). Já no caso do mercúrio, a força de adesão entre as moléculas do vidro e da água é menor do que a força de coesão entre as moléculas de água. Assim, o mercúrio não adere ao tubo de vidro (“não molha o vidro”), formando uma pequena película de curvatura convexa (Fundamentos da Física, 2010). 11 CONCLUSÃO Conclui-se, a partir dos resultados obtidos, que o efeito da capilaridade se faz mais presente em tubos de menores diâmetros se comparado aos tubos de maiores diâmetros. Por outro lado, verificou-se que esse fenômeno está intimamente associado a forças de coesão e adesão existentes entre os corpos presentes no sistema em estudo. Por fim, a diferença entre a altura visualizada experimentalmente e a teórica deve-se ao fato de que o ângulo de contato foi escolhido como sendo igual a 0°. 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FUNDAMENTOS DA FÍSICA. Força de coesão e força de adesão, 2010. Disponível em: <http://osfundamentosdafisica.blogspot.com.br/2010/09/leituras-do-blog_24.html>. Acesso em: 20 set. 2015. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Capilaridade, 2000. Capítulo 7. Disponível em <http://www.leb.esalq.usp.br/au las/lce20 0/Cap7.pdf>. Acesso em: 20 set. 2015. BERTOLO. Tensão superficial da água à 25°C: Tensão superficial. Disponível em: <http://www.bertolo .pro.br/Biofisica/Fluidos/surten.htm>. Acesso em: 24 set. 2015. UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPO GRANDE. Massa específica da água à 25°C: Propriedades da água. Disponível em: <http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/A gua02.html>. Acesso em: 24 set. 2015. 13
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