Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
81Ano 01 | Número 01 | 2011 | ISSN 2238-1139 Resumo A partir de uma revisão de literatura sobre o processo de Orientação Vocacional, o artigo objetiva apresentar alguns pontos relevantes para a sua implementação na Marinha do Brasil, levando-se em consideração a impor- tância da promoção do desenvolvimento profissional saudável do sujeito e questões éticas da prática em si. Introdução O momento da escolha profissional é um momento complexo na vida de uma pessoa. Ao optar por uma car- reira, o sujeito busca conciliar suas idealizações pesso- ais com as demandas do mercado e as expectativas das pessoas que compõem o seu universo representacional. Entretanto, nem sempre essas três perspectivas conver- gem em uma mesma direção e muitos conflitos surgem no momento decisório. É nesse contexto, então, que a Orientação Vocacional (OV) assume a sua importância: por meio da promoção do autoconhecimento, a OV auxilia o sujeito na resolu- ção desses conflitos e na decisão pela profissão consi- derando-se um contexto mais amplo, o da construção de um projeto de vida (ANDRADE; MEIRA; VASCONCELOS, 2002). Durante a OV, os indivíduos se conhecem melhor como sujeitos reais, percebendo suas identificações, suas ca- racterísticas e suas singularidades e, consequentemen- te, adquirindo melhores condições de organizar seus projetos de vida e de fazer sua escolha profissional sem muitas fantasias sobre ela e sobre si mesmo (ANDRADE et. al, 2002). Baseada nos interesses e nas capacidades do sujeito, essa decisão contextualizada contribui para o desenvolvimento das potencialidades do indivíduo na atividade profissional escolhida. Percebe-se, assim, que a OV é mais do que um mo- mento para “a descoberta” da profissão a seguir. É um processo em que conflitos, estereótipos e preconceitos são trabalhados, informações sobre as carreiras são ofe- recidas e a escolha do caminho profissional é realizada a partir do auto-conhecimento adquirido na relação com o outro, dentro da realidade social em que o sujeito se encontra (BOCK; AGUIAR apud ANDRADE et.al, 2002). E, nesse sentido, a OV pode ser entendida como um pro- cesso que visa à promoção da saúde do indivíduo. As modadlidades de Orientação Vocacional OV estatística e OV clínica Segundo o psicólogo argentino Rodolfo Bohoslavsky (1942-1977) pode-se identificar dois tipos básicos de estratégias de orientação vocacional: a estatística e a clínica. Na modalidade estatística o orientador exerce uma função mais diretiva e os testes constituem-se em ins- trumentos fundamentais que permitem conhecer as aptidões e interesses do jovem para que este possa ser designado para aquelas profissões que mais se ajustam às suas reais possibilidades e gostos pesso- ais. Segundo Duarte (2008), o modelo clássico (estatístico) de OV consiste em analisar as capacidades do indivíduo, compará-las com as exigidas pela profissão e ajudá-lo a escolher a mais adequada ao seu perfil. Este tipo de abordagem caracteriza-se pela importância que os atri- butos mensuráveis têm enquanto preditores de sucesso vocacional. O objetivo da OV, na modalidade estatística, é permitir a melhor combinação entre as características do indivíduo e das profissões. Este modelo de intervenção baseia-se no princípio da estabilidade das dimensões avaliadas e na certeza de que os indivíduos são capazes de tomar suas decisões vocacionais a partir do que já conhecem sobre si mes- mos, no momento da escolha. Entretanto, em relação a isso, profissionais de OV que trabalham a partir da modalidade clínica, questionam se a pessoa realmente possui um conhecimento adequado de si própria e das profissões existentes no mercado a ponto de conseguir escolher, de maneira realista, a profissão a ser seguida. Nessa modalidade, a OV clínica, entende-se que a es- colha de uma carreira é facilitada quando o jovem con- segue assumir a situação que enfrenta e, ao compreen- dê-la, chega a uma decisão pessoal. Valoriza-se o uso da entrevista e dos exercícios de dinâmicas de grupo como A Importância da Orientação Vocacional e Profissional PRIMEIRO-TENENTE (T) THAIS OLIVEIRA DE ALMEIDA Ajudante da Divisão de Pesquisa do SSPM Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). PRIMEIRO-TENENTE (T) TATIANA TAVARES DE ARAUJO Ajudante da Divisão de Pesquisa do SSPM Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 82 Ano 01 | Número 01 | 2011 | ISSN 2238-1139 principais instrumentos de intervenção, sendo os testes utilizados como ferramentas secundárias. A prioridade é a escolha consciente do indivíduo. É importante enfatizar que, na modalidade clínica, incorpora-se à tarefa da OV uma dimensão ética: ao con- siderar o homem sujeito de escolha, entende-se que a opção pela sua carreira é algo que lhe pertence. Nenhum profissional, por mais capacitado que esteja, teria o di- reito de desapropriá-lo dessa escolha. O modelo desenvolvimentista de avaliação e de abordagem sócio- histórica Segundo Bastos (2005), a escolha do jovem se dá a partir de um contexto social, econômico e político es- pecífico, de um círculo espacial e temporal determina- do, historicamente construído, de estruturas e conjun- turas peculiares. Em determinados contextos desfavo- ráveis, aquilo que o Orientador Profissional interpreta como “escolha” ou “opção” do indivíduo pode, na rea- lidade, ser uma falta de opção, uma reação àquilo que é imposto pela conjuntura econômica e pela estrutura sócio-política. Levando-se em consideração a situação em a maioria da população brasileira vive, marcada por situações de escolha e não-escolha, a condição sócio-econômica é re- almente determinante. Neste sentido, Bastos (2005) sa- lienta que o Orientador Profissional comprometido com os ideais de uma sociedade verdadeiramente justa e igua- litária não pode perder de vista essas determinações, as quais podem limitar consideravelmente o grau de liber- dade do indivíduo a ponto de suas reais possibilidades de escolha se tornarem quase nulas. Conhecer o mundo do trabalho, a realidade social, política e econômica em que os sujeitos estão inseridos e compreender que a es- colha profissional possui graus de liberdade e que, por- tanto, não é o indivíduo o único responsável por sua tra- jetória, é extremamente necessário para que o Orientador Profissional construa sua prática a partir da reflexão e da conscientização desses determinantes (BASTOS, 2005). Nascimento (2007) igualmente pontua a necessidade do processo de OV levar em consideração o indivíduo como um todo e o meio social em que ele vive. Nesse sentido, a OV deve levar a pessoa a analisar a intera- ção de diversos elementos de sua vida, compreender em que estes aspectos interferem em sua escolha e quais os conflitos que desencadeiam as dificuldades para esco- lher um curso ou profissão. As escolhas não são construídas em um determinado momento, mas sim na história objetiva e subjetiva de cada um, ao longo da vida de uma pessoa, a partir de uma série de experiências (relacionamentos familiares, sociais etc.), identificações com figuras parentais, com os pares, com figuras idealizadas, além da construção e internalização dos valores transmitidos nas diversas etapas de sua vida. As várias experiências interagem de forma única e dinâmica em cada pessoa em relação à estrutura de personalidade, de forma não linear, cons- truindo uma identidade vocacional. Esta identidade vo- cacional faz parte da identidade do indivíduo como um todo (NASCIMENTO, 2007). Em seu trabalho, Duarte (2008) coloca que o desen- volvimento da carreira é um processo contínuo e a OV deve procurar sistematicamente a sua utilidade e efi- cácia em qualquer momento do ciclo de vida. Para tal, é importante ter um modelo conceitualcomo base de trabalho, na medida em que o modelo pode providen- ciar um método sistemático para se estabelecerem os objetivos da avaliação psicológica e a consequente utili- zação dos resultados da mesma. Entretanto, um modelo de avaliação na intervenção vocacional só tem sentido se for suficientemente flexível para responder às neces- sidades de cada um e se considerar a diversidade de contextos existentes. O modelo clássico de avaliação na intervenção voca- cional quedava-se na equação indivíduo-profissão, isto é, numa correta equação entre as aptidões, os interesses e a personalidade do sujeito, por um lado, e as aptidões, os interesses e a personalidade dos sujeitos que estão inseridos nos grupos profissionais relevantes para o indivíduo, por outro. Como resultado tem-se uma boa escolha profissional. O princípio deste tipo de modelo é o de que todos os indivíduos são capazes de fazer a me- lhor adequação entre os dados relativos ao seu perfil e as exigências relativas às profissões que pretendem, de modo a conseguirem fazer uma boa escolha profissio- nal. Isto significa que o modelo não contempla o nível de desenvolvimento vocacional, isto é, o grau em que o indivíduo se encontra preparado para tomar decisões vocacionais (DUARTE, 2008). A avaliação psicológica na intervenção vocacional que encara a carreira como um processo contínuo e que en- quadra e integra todos os resultados numa perspecti- va de exploração e de promoção de autoconhecimento ao longo do ciclo de vida, é uma avaliação desenvolvi- mentista. Aprender a ligar e a relacionar as aptidões, os interesses e os valores medidos com as exigências do trabalho e as preferências de estilo de vida é um bom exemplo de utilização dos resultados da avaliação para adotar uma pers¬pectiva de avaliação desenvolvimen- tista (DUARTE, 2008). Os modelos de avaliação são, assim, um instrumento de trabalho para ajudar o indivíduo a alcançar sua satis- fação. Enquanto o modelo clássico de avaliação se carac- teriza por uma abordagem traço-fator dos problemas, isto é, pela adequação/combinação indivíduo-profissão, o modelo desenvolvimentista de avaliação enfatiza, no plano conceitual, a compreensão do desenvolvimento e das mudanças que as atitudes na carreira vão tendo ao longo da vida, promovendo a satisfação em geral e não fo- cando somente no desempenho do papel de trabalhador. 83Ano 01 | Número 01 | 2011 | ISSN 2238-1139 A avaliação psicológica na intervenção vocacional comporta um grande e único objetivo: ajudar os indi- víduos na promoção do autoconhecimento para, em se- guida, desenvolverem escolhas de carreira consistentes com os objetivos que pretendem alcançar na vida (DU- ARTE, 2008). Segundo Andrade et. al (2002), o processo de OV deve ter em vista as mudanças ocorridas na sociedade e a realidade sociocultural e econômica. Surge como um caminho que os jovens podem percorrer com o objeti- vo de fazer a sua escolha profissional de maneira mais consciente e madura. Para atingir esse fim, o processo deve ser operacionalizado de maneira que supra essas necessidades. Além disso, todo o trabalho de OV deve ser baseado na troca de experiências entre os jovens e na reflexão conjunta sobre o processo de escolha da profissão, reflexão esta que deve ser organizada e coor- denada por profissionais competentes. É de suma im- portância criar condições para que os jovens possam ter acesso à maior quantidade possível de informações a respeito das profissões: suas características, aplicações, cursos, requisitos, locais de trabalho, etc. Na esfera do autoconhecimento, também devem ser criadas condi- ções e estratégias para que os jovens identifiquem suas aptidões, interesses e características de personalidade (BOCK; AGUIAR apud ANDRADE et. al, 2002). Outro aspecto questionado é a real finalidade do pro- cesso de OV. Este, ao passo que é entendido como um amplo processo que induz ao conhecimento, não pode ter apenas a finalidade de informar sobre carreiras pro- fissionais, e sim levar o jovem a fazer uma reflexão no sentido de realizar a sua escolha profissional de forma amadurecida e consciente. Sabe-se que a escolha profis- sional não é um momento estático no desenvolvimen- to de um indivíduo; ao contrário, é um comportamento que se inclui num processo contínuo de mudança da personalidade (BOHOSLAVSKY, 1991) e a OV só atinge sua finalidade quando leva em consideração essa mobi- lidade (ANDRADE et. al, 2002). O autoconhecimento trabalhado na OV deve ser enten- dido como um processo contínuo; os interesses e apti- dões, assim como as características de personalidade, não são estáticas, mudando conforme a experiência e o tempo. Assim, a melhor escolha é aquela que o jovem realiza a partir de um maior conhecimento de si como ser e sujeito ativo de sua própria história, determinado pela realidade social e econômica, e por um conheci- mento das possibilidades profissionais oferecidas pela sociedade em que está inserido (BOCK; AGUIAR, 1995). O uso de testes psicométricos em OV Na visão de Diuk (apud NUNES; LEVENFUS, 2002), é importante avaliar as competências intelectuais e as aptidões de cada orientando para a escolha ocupacio- nal e para o desempenho em alguma área específica de atividade. A ênfase não está no nível intelectual em si, mas na relação com todas as variáveis que são estuda- das em um processo de OV. São preocupantes ocasiões em que uma pessoa possa vir, por exemplo, a se inte- ressar por uma carreira na qual deverá estudar matérias que implicam alto nível de abstração, como matemática e física. Nessas ocasiões, as condições do sujeito de- vem ser exaustivamente investigadas para que se possa, preventivamente, trabalhar esses aspectos com o orien- tando, advertindo-o sobre sua situação antes da tomada de decisão. Para Diuk (apud NUNES; LEVENFUS, 2002) é tarefa fundamental do Orientador Vocacional ajudar a pessoa a se relacionar de forma realista com o mundo do trabalho, ou seja, relacionando os seus interesses com suas aptidões, seus valores e suas características de personalidade.” Segundo Anastasi e Urbina (2000), um teste psicológi- co é essencialmente uma medida objetiva e padronizada de uma amostra de comportamento. O valor diagnóstico ou preditivo de um teste psicológico depende do grau em que ele serve como um indicador de uma área rela- tivamente ampla e significativa de comportamento. Os itens de teste não precisam se assemelhar exatamente ao comportamento que o teste deve predizer. É necessá- rio apenas que seja demonstrada uma correspondência empírica entre os dois. O grau de semelhança entre a amostra do teste e o comportamento predito pode va- riar amplamente. Um grau menor de semelhança é ilus- trado por muitos testes de aptidão vocacional aplicados antes do treinamento na função, em que existe apenas uma semelhança modesta entre as tarefas realizadas na função e aquelas incorporadas ao teste. Segundo Nascimento (2007), os testes são utilizados quando se precisa de material fidedigno, passível de re- aplicação, que chegue a conclusões confiáveis em curto espaço de tempo para se tomarem as decisões. Os testes psicológicos são procedimentos sistemáticos de coleta de informações que municiam o processo amplo e com- plexo de avaliação psicológica, com dados úteis e confi- áveis, e sua utilização deve ser cuidadosa, nunca substi- tuindo a função do psicólogo. Para a boa utilização dos testes, o profissional deve conhecer seus fundamentos teóricos e suas características de validade, fidedignida- de, como também saber para que são aplicados. A autora elenca os seguintes cuidados ao se aplicar um teste: 1. Ter clareza do que estamos realizando e nos ques- tionar quanto ao que pretendemos com a introdu- ção deste instrumento; 2. Eticamente é necessário queo orientando seja es- clarecido quanto ao que podemos acrescentar ao processo com a utilização do instrumento; 3. Desconstruir a fantasia de que um teste pode tra- zer “a resposta”; e 4. Refletir sobre qual é o melhor instrumento para contribuir com as informações que consideramos necessárias. 84 Ano 01 | Número 01 | 2011 | ISSN 2238-1139 Conclusão O processo de Orientação Vocacional pode ser traba- lhado de muitas maneiras. Ainda que, em virtude da falta de condições de se implementar uma OV mais in- dividualizada numa instituição de grande porte como a Marinha, se pretenda adotar uma abordagem baseada no uso de testes intelectivos e personalógicos, é possí- vel preparar o sujeito para uma escolha mais compro- metida, munindo-o de informações consistentes sobre os diversos ramos de especialidades que a instituição oferece, bem como fazendo-o pensar sobre sua carrei- ra como um projeto de vida que deverá ser construído ativamente. A OV não deve só informar sobre as profissões, mas sim trabalhar o autoconhecimento e a questão da es- colha em si, situando o militar dentro da instituição e de suas possibilidades de crescimento e de escolha em uma carreira já preestabelecida. O trabalho seria o de implicar o sujeito nas ações que afetarão sua carrei- ra e em como lidar com os aspectos que ele não pode mudar ou não tem como escolher, levando-se em con- sideração o plano de carreira de muitos anos que a ins- tituição oferece. Por fim, a OV pode servir como um momento de re- flexão, permitindo ao sujeito avaliar até que ponto ele é capaz de se comprometer com a carreira que resol- veu abraçar ou se é preciso buscar satisfação em outro ambiente profissional que lhe permita desenvolver suas potencialidades, equilibrando seus anseios pessoais e profissionais. A aplicação de técnicas, testes psicológicos ou outros recursos só tem sentido e real eficácia quando são com- preendidos em um contexto amplo, onde cada orientan- do é único. Deve-se dar a cada indivíduo espaço e tempo necessários para que possa manifestar suas preocupa- ções, ansiedades e problemas, fazendo os possíveis es- clarecimentos para que ele vá elaborando seu projeto vocacional, definindo sua escolha e identificando os obstáculos que o impedem de fazê-la (ANDRADE et. al, 2002). Pensando a OV na Marinha do Brasil A proposta de orientação vocacional na Marinha do Brasil (MB) para a escolha de especialidades das Praças fundamenta-se no modelo estatístico, com base no uso de testes psicológicos e questionários de interesse pro- fissional, visando empregar as potencialidades de cada indivíduo em profissões mais adequadas ao seu perfil e aos interesses da instituição. No caso da MB, a Orientação Vocacional poderia ser útil na medida em que permitiria ao militar, recém saído do Curso de Formação, situar-se dentro da instituição e de suas possibilidades de crescimento e de escolha den- tro de uma carreira preestabelecida. O objetivo seria tra- balhar no sentido de ajudar os militares a enxergarem suas possibilidades de crescimento profissional dentro de um sistema já determinado. Com essa determinação, quais caminhos podem ser tomados ou evitados? Que tipo de investimento o militar precisa fazer para chegar onde quer? Por que ele quer chegar nesse lugar? No meio militar, a OV poderia auxiliar o individuo a compreender as implicações de sua escolha por uma carreira militar, bem como o grau de renúncia que esta envolve; e dentro dela, quais caminhos ele pode tomar. O Orientador Profissional trabalharia no sentido de le- var o sujeito a saber escolher: do que se abre mão nessa escolha, como se escolhe, qual a sua área de controle, o que não se pode controlar, etc. Daí a importância do trabalho dos Serviços de Orien- tação Educacional (SOE) das Escolas de Aprendizes- -Marinheiros (EAM), do Colégio Naval e da Escola Naval, desenvolvendo um processo continuado de Orientação Vocacional e Profissional por meio de encontros com os jovens. Tais encontros possibilitariam não somente ad- quirir informações consistentes sobre as diversas espe- cialidades, mas também propiciariam um momento de reflexão e autoconhecimento. Além disso, é importante reforçar para o jovem que ingressa na Marinha que sua carreira deverá desenvolver-se majoritariamente a bor- do de navios e outros meios operativos, já que essa é a razão de ser da instituição, criando um sentimento de orgulho e valorização da atividade no mar. 85Ano 01 | Número 01 | 2011 | ISSN 2238-1139 Referências Bibliográficas ANASTASI, A.; URBINA, S. Testagem psicológica. Por- to Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. ANDRADE, J. M.; MEIRA, G. R. J. M.; VASCONCELOS, Z. B. O processo de orientação vocacional frente ao sé- culo XXI: perspectivas e desafios. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília, v. 22, n.3, 2002. BASTOS, J. C. Orientação vocacional/profissional de abordagem sócio-histótica: Uma proposta de concre- tização da orientação para o trabalho sugerida pelos parâmetros curriculares nacionais. Virtú, 2, 2005. Disponível em: <http://www.virtu.ufjf.br/artigo 02.doc.>. Acesso em 27 abr. 2011. BOCK, A. M. B.; AGUIAR, W. M. J. A Escolha Profissio- nal em Questão. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1995. BOHOSLAVSKY, R. Orientação Vocacional: a estraté- gia clínica. São Paulo: Martins Fontes, 8ª ed., 1991. DUARTE, M. E. A avaliação psicológica na interven- ção vocacional: princípios, técnicas e instrumentos. In: TAVEIRA, M. C.; SILVA, J. T. Psicologia Vocacio- nal: perspectivas para a intervenção. Imprensa da Universidade de Coimbra, p. 123-140, 2008. LEVENFUS, R.S.; SOARES, D.H.P.S. (Orgs.). Orientação Vocacional Ocupacional: novos achados teóricos, técnicos e instrumentais para a clínica, a escola e a empresa. Porto Alegre: Artmed, 2002. NASCIMENTO, R. Avaliação psicológica em proces- sos dinâmicos de orientação vocacional individual. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 8 (1), pp. 33-44, 2007. NUNES, M. L. T.; LEVENFUS, R. S. O uso de Testes Psi- cológicos em Orientação Profissional. In: LEVENFUS, R.S.; SOARES, D.H.P.S. (Orgs.). Orientação Vocacio- nal Ocupacional: novos achados teóricos, técnicos e instrumentais para a clínica, a escola e a empresa. Porto Alegre: Artmed, 2002.
Compartilhar