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Introdução aos Socorros de Urgência-ABCDE

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Elaboração: Prof.ª Zoraide Immich Wagner UNISINOS/Disciplina: 22014-0 
 1 
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CURSO DE ENFERMAGEM 
DISCIPLINA – SOCORROS DE URGÊNCIA nº. 22014-0 
PROFESSORA – ZORAIDE IMMICH WAGNER 
 
 
INTRODUÇÃO AOS SOCORROS DE URGÊNCIA 
 
 
Socorros de Urgência ou Primeiros Socorros são um conjunto de medidas e cuidados necessários 
para o atendimento imediato às pessoas que sofreram acidentes ou mal súbito com o objetivo de 
assegurar a manutenção das funções vitais e evitar danos secundários até a chegada de um serviço 
especializado. 
O atendimento a uma pessoa que está passando por um desequilíbrio de suas funções vitais, 
independente das causas, deve ser IMEDIATO, uma vez que a demora ou retardo no início do 
atendimento podem significar a perda da vida ou ser responsável por seqüelas importantes. 
Na grande maioria das vezes os primeiros socorros são prestados por pessoas leigas, que por 
inabilidade, podem, muitas vezes, ocasionar danos secundários à vítima. 
Em função disto são importantes os treinamentos de pessoas da comunidade e principalmente de 
profissionais cuja atividade está intimamente ligada com situações de risco para acidentes. Estas 
pessoas treinadas são chamadas de SOCORRISTAS. Então, entende-se que socorrista é aquela 
pessoa que presta o primeiro socorro, já que no Brasil não existe esta categoria profissional dentro 
da área da saúde. 
 
Os socorristas devem aprender a manter a calma, agir no momento certo fazendo o que deve ser 
feito para assegurar a vida, evitar danos secundários e providenciar ajuda qualificada para as 
vítimas. Uma pessoa preparada para agir como socorrista deve estar também comprometida com a 
prevenção de acidentes, uma vez que medidas preventivas podem evitar ou diminuir o número de 
acidentes e a gravidade das lesões nas vítimas. 
O socorrista deve estar consciente das limitações da sua formação e estar seguro da sua capacitação, 
sabendo que os primeiros socorros são intervenções importantes, mas limitadas e temporárias até a 
chegada de uma assistência profissional qualificada. 
A atuação do socorrista frente a uma situação emergencial seja num acidente com várias vítimas ou 
diante de pessoas com mal súbito deve seguir uma rotina e respeitar ETAPAS Fundamentais de 
Atendimento: 
 
- Assumir a Situação 
- Avaliar a Cena 
- Avaliar as Vítimas 
- Estabelecer Prioridades de Atendimento 
- Iniciar Medidas de Suporte Básico de Vida. 
 
 
1.- ASSUMIR A SITUAÇÃO – Entendemos com isto assumir a LIDERANÇA do atendimento 
dando ordens claras parar evitar o PÂNICO, tranqüilizar as vítimas, coordenar as ações de ajuda e 
solicitar atendimento qualificado. 
 
2.- AVALIAR A CENA – A cena precisa ser avaliada para não colocar outras pessoas em risco e 
também deve ser SEGURA para os socorristas. Algumas situações especiais devem sempre ser 
lembradas pelo socorrista como o tráfego de veículos, riscos de explosão, fios elétricos, 
afogamentos, substâncias tóxicas e muitas outras. 
Elaboração: Prof.ª Zoraide Immich Wagner UNISINOS/Disciplina: 22014-0 
 2 
Na cena do acidente é também de extrema importância que o socorrista faça uma avaliação da 
CINEMÁTICA DO TRAUMA, ou seja, avalie o MECANISMO que originou a lesão na vítima. 
O entendimento do mecanismo de lesão permite ao socorrista reconhecer possíveis lesões e fazer o 
atendimento com técnica para proteger e evitar danos adicionais à vítima. Para facilitar este 
entendimento é necessário que se conheça algumas leis básicas de física (leis de Newton - energia 
cinética, troca e conservação de energia, etc). 
Existem duas etapas de atendimento as emergências. 
 
a) SUPORTE BÁSICO DE VIDA – Consiste na oxigenação e perfusão de órgãos vitais, 
através de medidas simples sem o uso de equipamentos. 
b) SUPORTE AVANÇADO DE VIDA – Atendimento especializado para a manutenção das 
funções vitais com a utilização de equipamentos e medicamentos. 
 
3.- AVALIAR AS VÍTIMAS – A abordagem inicial das vítimas consiste na avaliação e 
identificação das condições clínicas e lesões que produzem risco iminente de vida e, 
concomitantemente, estabelecer condutas para a estabilização das Funções Vitais. As condições 
clínicas que representam risco de vida são obstruções das vias aéreas, respiração ineficaz, trauma 
cervical, instabilidade circulatória e, às vezes, alterações no nível de consciência. Posicione a 
vítima, abra as vias aéreas, tranqüilize a vítima, nunca dê água ou qualquer outra bebida para a 
vítima. 
 
4.- ESTABELECER PRIORIDADES – Estabelecer prioridades no atendimento significa que o 
socorrista deve selecionar a vítima que necessita atendimento prioritário (risco iminente de vida) e 
portanto deverá ser atendida em primeiro lugar. Fazer esta triagem nem sempre é tarefa fácil, mas 
existem regras sistematizadas de atendimento. Esta sistematização organiza e orienta os socorristas 
em relação às manobras prioritárias no suporte básico à vida. 
 
5.- INICIAR MEDIDAS DE SUPORTE BÁSICO À VIDA- 
Tendo sido estabelecida a prioridade de atendimento o socorrista inicia as manobras de suporte 
básico de vida. Ambas utilizam a sistematização preconizada por Órgãos Oficiais de Assistência às 
Emergências como o ATLS, ACLS entre outros. Esta sistematização segue a regra do “ABCDE”. 
 
 
“A” - Airway 
 Via Aérea com Controle da Coluna Cervical 
“B” - Breathing and Ventilation 
 Respiração e Ventilação 
“C” - Circulation with Hemorrage Control 
 Circulação e Controle das Hemorragias 
“D” - Disability: Neurologic Status 
 Avaliação Neurológica - Nível de Consciência 
“E” - Exposure with control of Hipothermia 
 Exposição do Paciente com Controle da Hipotermia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaboração: Prof.ª Zoraide Immich Wagner UNISINOS/Disciplina: 22014-0 
 3 
- A - 
VIAS AÉREAS com 
CONTROLE DA COLUNA CERVICAL 
 
 
A impossibilidade de suprir o cérebro com sangue oxigenado é o fator que mais rapidamente pode 
levar a morte vítimas de trauma ou pessoas inconscientes. Por esta razão a abordagem das vias 
aéreas deve ser PRIORITÁRIA sobre todas as demais etapas do atendimento inicial de emergência. 
A obstrução das vias aéreas freqüentemente é a causa da hipóxia que leva as vítimas ao óbito. Esta 
obstrução pode ser ocasionada por corpos estranhos, sangue, secreções ou até mesmo a própria 
língua. 
Existem alguns fatores que contribuem para a obstrução das vias aéreas: 
 
- Traumatismo Crânio Encefálico com Coma; 
- Traumatismos graves de face com sangramento abundante na cavidade oral; 
- Lesões no pescoço com formação de hematomas e conseqüente compressão da laringe, 
faringe e traquéia; 
- Lesões torácicas que impedem uma ventilação adequada; 
- Uso abusivo de álcool ou drogas que impossibilitam o paciente a abrir as vias aéreas; 
- Nos pacientes inconscientes ou em coma ocorre a perda do tônus dos músculos 
submandibulares que sustentam a língua o que pode levar a queda da própria língua com obstrução 
da via aérea ou aspiração de secreções e corpos estranhos alojados na orofaringe; 
- Atraso no atendimento inicial; 
- Inexperiência dos profissionais que atendem as vítimas com escolha equivocada das 
manobras de desobstrução ou ainda por falta de material adequado. 
 
 
 
 
 
a)AVALIAÇÃO INICIAL DAS VIAS AÉREAS: 
Na avaliação inicial devem ser identificados rapidamente os sinais sugestivos de obstrução das vias 
aéreas e sinais de hipoxemia. 
Isto pode ser feito através da utilização de três sentidos – Visão, Audição, Tato - associados ao 
Mecanismo do Trauma. 
Na primeira abordagem a qualquer paciente devemos observar sempre o seu nível de consciência, 
verificando se abre os olhos espontaneamente, se conversa adequadamente e se não apresenta 
dificuldade para falar, assim já teremos uma noção rápida da existência ou não de algum 
comprometimento nas vias aéreas e se possui uma ventilação adequada. Devemos ainda pesquisar 
sinais que podem indicar obstrução da via aérea e hipóxia: 
- Agitação – pode sugerir hipóxia devido à má perfusão cerebral; 
- Sonolência – pode indicar hipercapnia devido à retenção de CO2; 
- Cianose – pode indicar hipóxia devido à má perfusão tecidual; 
- Sons anormais (roncos e gargarejos) – podem estar associados à obstrução da faringe; 
- Disfonia – pode sugerir obstrução na laringe. 
Elaboração: Prof.ª Zoraide Immich Wagner UNISINOS/Disciplina: 22014-0 
 4 
b) PERMEABILIZAÇÃO DAS VIAS AÉREAS E ESTABILIZAÇÃO CERVICAL: 
Se durante a abordagem inicial for identificado ou houver alguma suspeita de problemas 
respiratórios devemos instituir imediatamente medidas de desobstrução das vias aéreas. 
Concomitante a estabilização das vias aéreas deve-se proceder o exame e o controle da coluna 
cervical, já que via de regra “Todo paciente com múltiplos ferimentos, com lesões aparentes acima 
do nível das clavículas e, especialmente com alterações no nível de consciência, é altamente 
sugestivo de ter lesão em coluna cervical e deve ser tratado como tal”. 
 
O restabelecimento da permeabilidade das vias aéreas deve obedecer as seguintes etapas: 
1.- Posicionar a Vítima (decúbito dorsal com técnica adequada) 
2.- Imobilizar a Coluna Cervical (fixar a coluna com coxins, papelão, sacos de areia, fita adesiva, 
colar cervical) 
3.- Posicionar a Língua (elevar o mento – Manobra de Chin-Lift) 
4.-Visualizar a Cavidade Oral (tracionar a mandíbula – Manobra de Jaw-Thrust) 
5.- Abrir a Boca e Retirar Corpos Estranhos –(limpar a cavidade oral) 
6.- Ventilar Adequadamente o paciente 
7.- Manter a permeabilidade da via aérea e uma ventilação adequada 
8.- Instituir uma via aérea definitiva quando da chegada do serviço especializado. 
 
MANOBRAS PARA LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS 
 
- MANOBRA DE CHIN-LIFT: 
Consiste no levantamento do mento e posicionamento da língua. Coloca-se uma das mãos na região 
frontal para fixar a cabeça da vítima, enquanto a outra mão se posiciona abaixo da mandíbula e 
delicadamente projeta o queixo para frente (o polegar da mesma mão pode ser colocado atrás dos 
incisivos para abrir a boca). Esta manobra permeabiliza a via aérea sem a necessidade de 
hiperextender a coluna cervical. 
 
 
 
 
 
- MANOBRA DE JAW-THRUST: 
Consiste na projeção da mandíbula e visualização da cavidade oral, permitindo a pesquisa de 
corpos estranhos, próteses dentárias, sangue, restos alimentares, etc. 
Colocam-se os 3º, 4º e 5º dedos de cada mão em ambos os lados da face, alcançando os ângulos 
mandibulares inferiores, projeta-se a mandíbula para frente com os polegares acima do queixo do 
paciente e conseguindo abrir a boca. 
Elaboração: Prof.ª Zoraide Immich Wagner UNISINOS/Disciplina: 22014-0 
 5 
 
 
 
c) MANUTENÇÃO DA PERMEABILIDADE DA VIA AÉREA E VENTILAÇÃO: 
Para manter a língua em posição que não comprometa a passagem de ar e impedir que o paciente 
feche a boca, cerrando os dentes, deve-se ficar segurando através das manobras de Chin-Lift e/ou 
Jaw-Thrust até a chegada do serviço especializado. Este, então, fará uso de equipamentos como 
cânula orofaríngea ou Guedel e se necessário providenciará uma via aérea definitiva através da 
entubação traqueal ou de uma via aérea cirúrgica, uma cricotireoidostomia. 
Se a vítima encontrar-se em apnéia e/ou apresentar cianose das extremidades deve-se iniciar 
manobras de ventilação artificial. 
 
 
LIBERAR E MANTER a PERMEABILIDADE DA VIA AÉREA e VENTILAÇÃO 
 
1. Posicionar a Vítima 
2. Imobilizar a coluna cervical 
3. Abrir e visualizar a cavidade oral (MANOBRAS) 
4. Aspirar a cavidade oral (Aspirador Rígido) 
5. Manter a liberação da cavidade oral e o posicionamento da língua 
6. Ventilar e ofertar oxigênio em altas concentrações 
7. Providenciar Via Aérea definitiva (EntubaçãoTraqueal ou Cricotireoidostomia). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaboração: Prof.ª Zoraide Immich Wagner UNISINOS/Disciplina: 22014-0 
 6 
SITUAÇÕES ESPECIAIS DE OBSTRUÇÃO DA VIA AÉREA 
 
- ASFIXIAS - 
 
1.- Conceito: Perda ou não dos sentidos devido à ausência de oxigenação do sangue. 
 
2.- Causas: 
- Mecânicas – Obstrução de vias aéreas por corpo estranho SÓLIDO, quase afogamento, saco 
plástico, etc. 
- Gases Tóxicos - gases venenosos, gás de cozinha. 
- Rarefação Extrema do Ar – em locais muito frios, altitudes elevadas, ambientes mal 
ventilados. 
- Depressão do Centro Respiratório – intoxicações, choque elétrico, enfermidades do SNC. 
 
3.- Sinais e Sintomas: 
 Na obstrução Parcial da Via Aérea – 
 1ª Fase: falta de ar, chiado, tosse forte. 
 2ª Fase: dispnéia mais acentuada, chiado, tosse fraca. 
 
 Na obstrução Total da Via Aérea – 
- Impossibilidade de falar, respirar, tossir 
- A vítima aperta o pescoço entre o polegar e os outros dedos (sinal clássico de asfixia) 
- Ausência de respiração – PARADA RESPIRATÓRIA 
- Cianose 
- Inconsciência - Estupor – COMA 
- Ausência de Pulso – PARADA CARDÍACA 
- MORTE (pode ser rápida) 
 
 
 
 4.- Atendimento e Condutas: 
- Remover a Causa – retirar o corpo estranho - estimular a tosse se tosse efetiva; se tosse 
fraca, manobra de HEIMLICH para pessoas conscientes ou para vítima inconsciente se for o caso. 
- Colocar a vítima em ambiente arejado 
- Desapertar as roupas 
- Fazer respiração artificial se apnéia e/ou cianose importante 
- Solicitar atendimento especializado. 
 
 
MANOBRA DE HEIMLICH 
 
- Posicione-se atrás da vítima e a apóie em seu corpo 
- Posicione seus braços ao redor da vítima, apoiados nas cristas ilíacas. 
- Posicione sua mão fechada com a face do polegar encostada na parede abdominal, entre o 
apêndice xifóide e a cicatriz umbilical. 
- Com a outra mão espalmada sobre a primeira realize repetidas compressões abdominais 
direcionadas para dentro e para cima. 
- Observe a saída do corpo estranho ou repita as compressões até a desobstrução. 
- Se visualizar o corpo estranho faça sua remoção manual da boca da vítima. 
- Em pacientes inconscientes devemos deitar a vítima no chão e fazer as compressões 
abdominais. 
Elaboração: Prof.ª Zoraide Immich Wagner UNISINOS/Disciplina: 22014-0 
 7 
 
 
 
- Esta manobra poderá ser utilizada em crianças a partir de um ano de idade, utilizando-se 
nestes casos apenas uma das mãos fechada entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical. Em bebês 
(0 a 1 ano) esta manobra sofrerá algumas modificações. 
 
 
 
Manobra de Heimlich modificada para Desobstrução de Vias Aéreas em Lactentes: 
 
- Posicione obebê de bruços em seu antebraço apoiado em sua coxa, deixando-o levemente 
inclinado para baixo com a cabeça do bebê firmemente apoiada pela mandíbula 
- Com a outra mão efetue 5 pancadas entre os omoplatas 
- Gire o bebê de costas no outro braço, levemente inclinado para baixo e efetue 5 compressões 
abdominais para dentro e para cima 
- Observe a saída do corpo estranho 
- Ventile a criança e 
- Repita a seqüência se necessário. 
 
 
 
 
Elaboração: Prof.ª Zoraide Immich Wagner UNISINOS/Disciplina: 22014-0 
 8 
 
 
Elaboração: Prof.ª Zoraide Immich Wagner UNISINOS/Disciplina: 22014-0 
 9 
- QUASE AFOGAMENTO - 
 
São acidentes comuns entre crianças e adultos jovens devido ao espírito de aventura e pouca noção 
do perigo. 
Sufocação após imersão em meio líquido. A conseqüência mais importante da submersão em água 
é a hipoxemia. Ocorre obstrução das vias respiratórias por líquido, levando a asfixia com 
diminuição de ar nos pulmões. 
O quase afogamento pode ser classificado de acordo com a ocorrência ou não de aspiração de 
líquido para os pulmões. 
A maioria dos casos segue um padrão comum. Após um período de pânico, a vítima tenta manter-se 
em apnéia, enquanto luta para emergir. Nesta fase é freqüente a deglutição de água por um 
mecanismo reflexo. Com o surgimento de hipóxia e hipercapnia ocorrem respirações involuntárias 
e aspiração de quantidades variáveis de água. A passagem de água pela laringe causa nas fases 
iniciais um intenso laringoespasmo, que previne a aspiração de maiores quantidades de água. A 
asfixia é ocasionada por um fechamento da glote (porta de entrada de ar na traquéia) secundária a 
presença de líquido, fazendo com que a vítima fique sem respirar – Quase Afogamento Seco. 
Ocorre, então, a perda da consciência fazendo com que o laringoespasmo ceda, permitindo que uma 
quantidade maior de água seja aspirada - Pulmões Molhados. 
As vítimas que não aspiram líquido geralmente se recuperam quando socorridas precocemente. Já 
as vítimas com aspiração pulmonar têm um prognóstico mais sombrio devido à lesão pulmonar. 
A água doce tem efeitos mais danosos à função pulmonar do que a água salgada, pois inativa o 
surfactante, que é a substância que mantém a estabilidade alveolar, levando ao edema pulmonar. O 
mecanismo de desenvolvimento da hipoxemia na aspiração da água salgada é diferente, pois não 
ocorre inativação do surfactante. A água salgada é hipertônica em relação ao plasma, e por ação 
osmótica faz com que o líquido do intravascular vá para o interior do alvéolo. Os alvéolos cheios de 
líquidos não realizam as trocas gasosas adequadamente causando um distúrbio de 
ventilação/perfusão. Ambas as situações levam a vítima a Síndrome da Angústia Respiratória do 
Adulto. O tipo de água aspirada não é relevante para o socorrista, mas sim para o tratamento 
hospitalar posterior. 
A presença de corpos estranhos como areia, algas, óleo, produtos químicos no fluido aspirado 
causam lesão adicional ao parênquima pulmonar. 
A hipotermia também causa danos severos à vítima e ainda associada à hipóxia gera distúrbios 
cardíacos que podem levar a vítima ao óbito. 
A gravidade de um quase afogamento está diretamente associada ao tempo que a vítima levará para 
ter sua ventilação restabelecida, isto é, o tempo que o cérebro e os demais tecidos ficam sem 
oxigenação. 
As complicações clínicas estarão diretamente relacionadas com a rapidez e a eficiência do socorro 
além da quantidade e o tipo de água aspirada. 
Os fatores associados com o quase afogamento são ingestão de álcool ou drogas, epilepsia, 
distúrbios cardíacos, hipotermia, incapacidade de nadar, exaustão, trauma cervical ou da cabeça em 
acidentes por mergulho. 
 
 
Atendimento e Condutas com a vítima de Quase Afogamento: 
 
 Remover a vítima da água e levar à superfície o mais rápido possível 
 Proteger a coluna cervical 
 Abrir as vias aéreas 
 Remover corpos estranhos 
 Iniciar ventilação pulmonar (boca a boca) 
 Não tentar drenar líquido dos pulmões, a manobra de Heimlich para esvaziar o estômago 
não é recomendada pelo risco de broncoaspiração 
Elaboração: Prof.ª Zoraide Immich Wagner UNISINOS/Disciplina: 22014-0 
 10 
 Aquecer a vítima 
 Iniciar RCRC na ausência de pulsos carotídeos e em pacientes hipotérmicos 
 Colocar a vítima de lado, protegendo a coluna cervical, após 4 ciclos de respiração boca 
a boca e compressões torácicas externas, para deixar fluir eventual líquido que se encontre na via 
aérea superior, reiniciando as manobras de RCRC imediatamente 
 As manobras de RCRC só podem ser interrompidas com a chegada do socorro 
especializado ou com o restabelecimento da respiração voluntária, retorno da pulsação e se a 
temperatura corporal da vítima tenha sido elevada em torno de 33º C. 
 
 
Elaboração: Prof.ª Zoraide Immich Wagner UNISINOS/Disciplina: 22014-0 
 11 
- B - 
RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO 
 
 
A permeabilidade das vias aéreas não garante uma ventilação satisfatória do paciente, para isto são 
necessários um adequado funcionamento do Tórax, Pulmões e Diafragma. 
Mesmo que as vias aéreas estejam pérveas, a respiração e a ventilação podem estar comprometidas 
por lesões intratorácicas. 
 
A caixa torácica é constituída por 12 pares de costelas articuladas posteriormente com a coluna 
torácica e anteriormente com o osso esterno. Os nervos, artérias e veias localizam-se no interior de 
cada espaço intercostal. Os músculos intercostais unem as costelas umas as outras. Esses músculos 
juntamente com o diafragma são responsáveis pelos movimentos respiratórios. 
As pleuras são finas membranas que revestem a caixa torácica internamente e os pulmões. São 
denominadas de parietal e visceral, revestindo a cavidade torácica e os pulmões respectivamente. 
Entre as pleuras existe uma pequena quantidade de fluido que permite que uma pleura deslize sobre 
a outra durante os movimentos respiratórios. 
Os pulmões ocupam a maior parte da cavidade torácica direita e esquerda. Entre os pulmões existe 
um espaço chamado de mediastino. Neste espaço localizam-se o coração, os grandes vasos, a 
traquéia, brônquios e parte do esôfago. 
 
A ventilação é um processo mecânico no qual o ar se desloca da atmosfera para dentro do corpo, 
passando pela boca, nariz, faringe, traquéia, brônquios, pulmões e alvéolos. 
A respiração é um processo biológico no qual o oxigênio é trocado pelo gás carbônico entre a 
atmosfera e as células do corpo. Esses termos geralmente são usados como sinônimos apesar de 
serem funcionalmente diferentes. Para o indivíduo se manter vivo é necessário a integridade desses 
dois processos. 
Durante a inspiração, o diafragma e os músculos intercostais se contraem, causando um 
rebaixamento do diafragma e movendo as costelas para baixo. Este movimento aumenta o volume 
da cavidade torácica e diminui a pressão proporcionalmente, permitindo a passagem do ar da 
atmosfera para o interior do tórax, através da boca, nariz, faringe, traquéia, brônquios e pulmões. 
Durante a expiração, o diafragma e os músculos intercostais relaxam, causando uma elevação do 
diafragma e o retorno das costelas na sua posição normal. Esta diminuição do volume torácico faz 
com que o ar inspiradoretorne através dos brônquios, traquéia, faringe, nariz e boca. 
A respiração é controlada também pelo sistema nervoso. O centro respiratório localiza-se no tronco 
cerebral. Este controle ocorre através de células nervosas sensíveis à diferença de concentração dos 
gases sangüíneos (oxigênio x gás carbônico), gerando estímulos nervosos no controle da respiração. 
Qualquer lesão em uma destas estruturas ou enfermidades clínicas que comprometam o 
funcionamento de todo processo respiratório podem ser responsáveis pela má oxigenação do sangue 
e por isto comprometem a vida. 
As mortes são causadas por hipóxia resultante da hipoventilação e ou hipovolemia. 
Devem-se pesquisar sinais sugestivos de lesões intratorácicas ou enfermidades que possam 
comprometer a ventilação adequada através da história do acidente, história clínica pregressa, 
exame físico, sinais e sintomas do paciente. 
 
a) AVALIAÇÃO E EXAME FÍSICO DO TÓRAX: 
 
- Expor o tórax do paciente 
- Inspecionar o tórax pesquisando simetria na expansibilidade pulmonar, esforço respiratório 
com dispnéia, cianose, escoriações, hematomas, afundamentos, sangramentos, objetos empactados, 
ferimentos penetrantes, perfurações, ferimentos aspirativos; 
- Observar a região cervical à procura de dilatação das jugulares e desvio da traquéia; 
Elaboração: Prof.ª Zoraide Immich Wagner UNISINOS/Disciplina: 22014-0 
 12 
- Palpar delicadamente o tórax e pesquisar dor, enfisema subcutâneo, crepitação óssea 
(fraturas de costelas, esterno, clavículas, escápula); 
- Verificar o número de movimentos respiratórios por minuto (12 a 20 = normal; menos que 
12 = necessita assistência ventilatória; mais que 30 deterioração das funções vitais = ventilação 
assistida); 
- Observar sinais de hipovolemia – analisar a cor da pele, freqüência cardíaca, sudorese. 
 
b) LESÕES TORÁCICAS MAIS COMUNS: 
 
Os traumas de tórax podem ser CONTUSOS ou PENETRANTES. 
 
- Pneumotórax – Acúmulo progressivo de ar no espaço existente entre a pleura visceral e 
parietal fazendo com que a pressão nesta cavidade se torne cada vez mais positiva em relação à 
atmosfera possibilitando a aderência entre os pulmões e a parede torácica e impedindo a expansão 
completa dos pulmões. Pode ser Simples, Hipertensivo, Aberto ou Fechado. 
- Pneumotórax Hipertensivo ocorre quando a lesão permite que o ar entre no espaço pleural 
na inspiração, mas dificulta sua saída na expiração. A pressão intrapleural se eleva rapidamente 
produzindo grave distúrbio ventilatório. Pode ocorrer também comprometimento circulatório, com 
hipotensão e choque devido ao impedimento do retorno venoso. 
A intervenção imediata deve ser a toracocentese para aliviar a pressão intratorácica. 
- Pneumotórax Aberto é caracterizado por uma lesão na caixa torácica que permite a 
comunicação entre o meio interno e o ambiente. A abertura permite, rapidamente, o equilíbrio entre 
a pressão intrapleural e a atmosférica causando ansiedade, dispneia, taquicardia, etc. 
Pode ocorrer o que se chama de traumatopneia. 
A intervenção precoce deve ser um curativo valvulado ou em três pontas. 
 
São sinais sugestivos de Pneumotórax Hipertensivo: 
 Desvio da traqueia p/ o lado contra lateral 
 Desvio do mediastino (distensão jugulares) 
 Taquicardia 
 Dispneia 
 Diminuição ou ausência de murmúrio vesicular (Ausculta) 
 Hipertimpanismo (Percussão) 
 Cianose 
 Enfisema subcutâneo 
 Traumatopneia (aberto) 
 Mecanismo pendular (aberto) 
 Hipoventilação 
 
Exame Físico do Paciente com Pneumotórax: 
1. INSPEÇÃO – escoriações, hematomas, afundamentos, perfurações,simetria na 
expansibilidade torácica, objetos impactados, distensão das jugulares 
2. PALPAÇÃO – dor, crepitação, enfisema subcutâneo. 
3. AUSCULTA – diminuição ou ausência de murmúrio vesicular. 
4. PERCUSSÃO – hipertimpanismo. 
 
- Hemotórax – Acúmulo de sangue no espaço pleural, produzida por laceração das veias 
intercostais ou artéria mamária interna. Pode ser causado por traumatismos contusos ou penetrantes. 
 
Exame Físico do Paciente com Hemotórax: 
1. INSPEÇÃO – pesquisar lesões no tórax 
2. PALPAÇÃO – dor, crepitação, rigidez torácica. 
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3. AUSCULTA – ausência ou diminuição dos murmúrios vesiculares. 
4. PERCUSSÃO – macicez torácica. 
5. SINAIS DE HIPOVOLEMIA – cor da pele pálida, FC aumentada, PA diminuída, 
estreitamento da Pressão de Pulso, sudorese fria e pegajosa. 
 
O Tratamento Definitivo tanto para o Pneumotórax como para o Hemotórax é a drenagem do 
tórax. 
Nos casos de Hemotórax maciço pensar em Autotransfusão. 
 
- Tórax Instável – Caracterizado por fraturas de múltiplos arcos costais produzindo dor 
intensa e conseqüente hipoventilação por restrição na expansão pulmonar. 
 
- Contusão Pulmonar - São lesões comuns originadas por contusão do tórax no momento do 
acidente. São lesões graves uma vez que a área atingida é grande e no parênquima pulmonar 
contundido ocorre exsudação de líquidos e sangue para dentro dos alvéolos e do interstício devido à 
perda da integridade vascular, causando distúrbios na ventilação. Normalmente se manifesta 
algumas horas após um trauma fechado. Isto ocorre do gradativo edema que se desenvolve no 
tecido pulmonar, e que vai impedindo as trocas gasosas. Levando a atelectasias e infiltrados, 
causando hipoxemia. 
Sinais Clínicos de Contusão Pulmonar: 
 Dispneia 
 Estertores 
 Hemoptise 
 Taquipneia 
 Aumento Constante Da Pressão Nas Vias Aéreas 
 Hipoxemia 
 Acidose Respiratória 
 
Intervenções no Paciente com Contusão Pulmonar: 
 Cuidados Respiratórios 
 Altas Concentrações De O2 
 Peep Elevada 
 Monitorização Gasométrica 
 Controle Da Dor 
 Avaliação Da Perfusão Tecidual (DC, PAM, DU) 
 Reposição Hídrica 
 Pvc, Pcp (????) 
 
 
- Tamponamento Cardíaco – Acúmulo de pequena quantidade de líquido (sangue) no saco 
pericárdico que é uma estrutura fibrosa e não tolera grandes quantidades de líquidos e por isto 
restringe a atividade cardíaca, diminuindo conseqüentemente o débito cardíaco. 
 
Exame Físico do Paciente com Tamponamento Cardíaco: 
 
1. INSPEÇÃO – Pesquisar Lesões Torácicas 
2. AUSCULTA – Pesquisar Alterações Fonéticas Nas Bulhas Cardíacas (Hipofonéticas) 
3. Caracterizar a “TRÍADE DE BECK”  FC  PVC  PA 
 
Tratamento do Paciente com Tamponamento Cardíaco: 
 PERICARDIOCENTESE 
 TORACOTOMIA 
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c) ASSISTÊNCIA AOS PACIENTES COM COMPROMETIMENTO DA 
VENTILAÇÃO: 
 
- A – Avaliar as vias aéreas e realizar manobras necessárias para manter a permeabilidade das 
vias aéreas com cuidado com a coluna cervical; 
- B – Avaliar o padrão respiratório e observar sinais de dificuldade respiratória progressiva; 
- Inspecionar o tórax buscando sinais de lesões torácicas; 
- Palpar a parede torácica procurando sinais de fraturas; 
- Realizar o curativo valvulado na presença de pneumotórax aberto; 
- Se possível, percutir e auscultar o tórax, isto no caso do atendimento ser realizado por 
profissionais capacitados; 
- C – Examinar o paciente buscando sinais de choque hipovolêmico – pele descorada e pálida, 
sudorese, taquicardia, pulsos finos; 
- Estar preparado para iniciar manobras de ressuscitação cárdio respiratória cerebral básica atéa chegada de equipe especializada; 
- O tratamento definitivo é hospitalar, a vítima deve ser removida para um serviço de 
emergência o mais rápido possível, assim que as medidas essenciais forem efetuadas. Em 
determinadas situações, no entanto, é necessário retardar o transporte para realizar procedimentos 
emergenciais, tais como entubação endotraqueal e descompressão de pneumotórax hipertensivo 
(toracocentese). 
 
 
TRATAMENTO E INTERVENÇÕES NAS LESÕES TORÁCICAS GRAVES 
 
 Via Aérea Definitiva 
 Toracocentese 
 Acesso Venoso 
 Drenagem De Tórax 
 Autotransfusão 
 Monitorização Cardíaca 
 Pericardiocentese 
 Toracotomia 
 Cuidados Intesivos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MÉTODOS DE RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL 
 
A Respiração Artificial consiste em insuflar, a intervalos regulares, ar nos pulmões da vítima. 
Sempre que a respiração estiver ausente. 
Todos os métodos de respiração artificial requerem do socorrista: Ritmo, Segurança e Persistência. 
 
Existem vários métodos de respiração artificial: 
- Boca a Boca 
- Boca-Nariz 
- Boca-Máscara 
- Balão-Máscara com reservatório de oxigênio 
- Ambú-TET ou Balão-TET 
- TET-Ventilador Mecânico 
 
 
 
 
Respiração Boca a Boca ou Boca-Nariz e Boca-Máscara 
 
- Coloca-se a vítima em decúbito dorsal com os braços ao longo do corpo 
- Posicionar-se ao lado da cabeça da vítima 
- Abrir a via aérea usando as manobras de Chin-Lift e Jaw-Thrust ou extensão da cabeça e 
elevação da mandíbula (manobra de Rubem - VÍTIMA SEM TRAUMA) 
- Colocar sua boca com firmeza sobre a boca e/ou nariz da vítima; se fizer boca a boca, feche 
bem as narinas da vítima (usando o polegar e o indicador) 
- Soprar para dentro da boca e/ou nariz da vítima, até notar elevação do seu tórax (um sopro 
longo e contínuo para expandir os alvéolos) 
- Deixar a vítima expirar livremente 
- Repetir o movimento de 12 a 20 vezes por minuto (aproximadamente 15 vezes no adulto e 
20 vezes na criança) 
- É possível assim produzir-se uma FiO2 de 16-18%. O valor da PaO2 é habitualmente 
superior a 75mmHg e nos pacientes com pulmões sadios a saturação da hemoglobina pode ser 
superior a 90%. 
 
- C - 
CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DE HEMORRAGIAS 
 
 
É através do Sistema Circulatório (coração, vasos sangüíneos e sangue) que o sangue se distribui 
por todo corpo, transportando oxigênio em especial para o Cérebro. 
O sangue circula pelo corpo através de um sistema fechado onde o coração funciona como bomba 
propulsora. Com os movimentos de contração e dilatação ele recebe e lança o sangue através das 
artérias e veias que o transportam para o interior dos tecidos e destes retornam para o coração. 
As artérias transportam o sangue oxigenado (arterial) e fazem a distribuição do oxigênio pelo 
organismo. 
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As veias fazem a circulação de retorno transportando sangue rico em dióxido de carbono. Este 
sangue venoso passa pelo coração e deste vai para os pulmões onde é oxigenado para então retornar 
para a circulação através das artérias. 
Qualquer interrupção séria neste circuito implicará na diminuição de oxigênio para o cérebro e 
poderá ocasionar a morte. 
Situações de naturezas diversas podem ocasionar um desequilíbrio entre a oferta e o consumo de 
oxigênio caracterizando então o ESTADO DE CHOQUE. 
O denominador comum de todos os estados de choque é a perfusão celular deficiente e a oferta de 
oxigênio inadequada para a demanda metabólica dos tecidos do organismo. 
 
O ESTADO DE CHOQUE é uma condição na qual existe uma desproporção entre a quantidade de 
sangue em circulação e a capacidade total do sistema circulatório alterando a provisão de sangue ao 
cérebro. 
Esta desproporção pode ocorrer nos casos de perda de sangue através de ferimentos ou lesões 
traumáticas (hemorragias)  a capacidade do sistema circulatório mantém-se igual e ocorre uma 
diminuição do volume de sangue circulante ou quando  por algum problema estrutural o coração 
deixa de funcionar como bomba propulsora, não conseguindo manter um débito cardíaco adequado 
para um bom funcionamento do organismo ou, ainda, quando  por alguma situação (medo, dor, 
envenenamento, intoxicação) o organismo reage provocando uma dilatação dos vasos e como 
conseqüência tem-se um aumento da capacidade do sistema circulatório embora a quantidade 
(volume) de sangue continue o mesmo. 
 
LOGO, três elementos do sistema vascular - o coração, o sangue e os vasos sangüíneos - estão 
relacionados com a falha na manutenção do espaço vascular “cheio” e o conseqüente 
desenvolvimento do choque  1- se o coração falhar como bomba; 2- se o volume de sangue 
estiver diminuído ou; 3- se os vasos sangüíneos estiverem dilatados gerando um aumento da 
capacidade do “recipiente” vascular requerendo um maior volume de sangue, estamos diante de um 
paciente em estado de choque. 
 
O estado de choque pode ser provocado por qualquer acidente, ferimento ou doença repentina. 
Dependendo do fator desencadeante (trauma, quase afogamento, intoxicações, picada de cobra, 
infarto do miocárdio), teremos tipos diferentes de choque. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DO CHOQUE DE ACORDO COM O FATOR DESENCADEANTE: 
 
1.- CHOQUE HIPOVOLÊMICO: 
Ocorre redução do volume de sangue circulante. 
Pode ser HEMORRÁGICO ou NÃO HEMORRÁGICO. 
a) Hemorrágico – Comum nos traumas, varizes esofagianas sangrantes, aneurisma roto de 
aorta, etc. 
b) Não Hemorrágico – Pode ocorrer nos casos de Diabetes Mellitus, queimaduras, 
desidratação, vômitos, diarréias, sudorese intensa, etc. 
 
2.- CHOQUE CARDIOGÊNICO: 
Ocorre um baixo rendimento cardíaco. Pode estar presente nas bradiarritmias, taquiarritmias, 
Infarto Agudo Miocárdio, ruptura de septo interventricular, contusão miocárdica, choque elétrico, 
etc. 
 
3.- CHOQUE OBSTRUTIVO: 
O débito cardíaco cai devido à dificuldade de esvaziamento das câmaras cardíacas, como nos casos 
de tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo, coartação da aorta, embolia gordurosa, etc. 
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 17 
 
4.- CHOQUE DISTRIBUTIVO: 
Ocorre quando há dilatação do leito vascular, embora o volume de sangue e a bomba cardíaca 
inicialmente estejam normais (alteração na relação conteúdo-continente). Pode ocorrer nos casos de 
septicemia, intoxicação, trauma raquimedular (choque neurogênico), reação anafilática. 
 
 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE EM CHOQUE 
(Sinais e Sintomas) 
 
 
1.- Avaliar o Conjunto (vítima e cena) atentando para: 
- Agitação ou ansiedade 
- Náuseas e/ou vômitos 
- Sede 
- Tremores e calafrios 
- Sangramento externo profuso 
- Mecanismo da lesão sugestivo de sangramento interno 
2.- Nível de Consciência 
- Lúcido, orientado, coerente 
- Ansioso, Agitado 
- Sonolento, Apático 
- Confuso, Desorientado 
- Inconsciente, torporoso 
- COMA 
3.- Respiração 
- Rápida e Superficial 
4.- Pulso e Freqüência Cardíaca 
- Sinal que aparece precocemente 
- Fraco, filiforme 
- FC alterada – Taquicardia 
  160 bpm na infância 
  140 bpm no pré-escolar 
  120 bpm na adolescência PENSAR EM CHOQUE 
  100bpm no adulto 
5.- Pressão Arterial 
- Hipotensão ( 90x60mmHg) 
- Sinal mais tardio 
- Se tiver pulso radial PAS  80mmHg 
 
 
6.- Características da Pele 
- Pele descorada, Pálida 
- Fria 
- Sudorética, úmida 
7.- Olhos 
- Embaçados 
- Pupilas Dilatadas 
8.- Face 
- Palidez cutânea 
- Cianose Perioral e nos lóbulos da orelha 
9.- Perfusão Periférica 
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- Vasoconstrição ou Vasodilatação 
- Cor da extremidade é cianótica 
- Enchimento Capilar Lento (  2 seg) 
10.- Jugulares 
- Na presença de veias do pescoço dilatadas pensar em choque obstrutivo 
11- Temperatura 
- Hipotermia 
- Sinal mais tardio em casos de choque grave 
 
 
ASSISTÊNCIA IMEDIATA AO PACIENTE EM CHOQUE SUPORTE BÁSICO DE VIDA 
 
- Avaliar a cena, procurando identificar fatores de risco para a vítima e o socorrista. 
Procurar evidências de trauma e hemorragias; 
- Colher informações com a finalidade de se identificar a causa do choque, 
concomitantemente com a avaliação primária; 
- Tranqüilizar pacientes lúcidos; 
- Não administrar e nem permitir administração de líquidos ou medicamentos; 
- Posicionar a vítima em decúbito dorsal (atenção com coluna cervical); 
- Desobstruir a via aérea através das manobras manuais; 
- Assistir a ventilação pulmonar na presença de bradipnéia ou apnéia – Fazer ventilação 
artificial; 
- 0ferecer oxigênio em altas concentrações, sempre que isto for possível, para todos os 
pacientes; 
- Verificar pulsos carotídeos e femurais – Na ausência de pulso iniciar compressão 
cardíaca externa; 
- Observar sinais de sangramento externo e sinais de choque (pulso, cor e temperatura da 
pele, enchimento capilar, pressão arterial, sudorese); 
- Controlar HEMORRAGIAS EXTERNAS por compressão direta da lesão e elevação da 
extremidade que apresenta sangramento; 
- Comprimir os pontos arteriais (pode ser uma medida adotada pelo socorrista num 
sangramento de extremidade de difícil controle); 
- Aquecer o paciente com cobertores (evitar hipotermia); 
- Pesquisar lesões que podem comprometer a circulação nos casos de trauma (lesões 
intratorácicas, lesões abdominais, fraturas de pelve e/ou de fêmur, lesões penetrantes com 
comprometimento venoso e/ou arterial); 
- Alinhar e imobilizar fraturas de extremidades (reduz a velocidade da hemorragia no foco 
da fratura); 
- Avaliar o nível de consciência (grau perfusão cerebral); 
- Providenciar transporte rápido para um atendimento avançado (aumenta a sobrevida da 
vítima). 
 
INTERVENÇÕES NECESSÁRIAS PARA O RESTABELICIMENTO DO PADRÃO 
HEMODINÂMICO NOS PACIENTES EM CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
ATENDIMENTO AVANÇADO 
 
1.- ACESSO VENOSO – Puncionar 2 acessos venosos calibrosos com cateter de teflon (abocath)14 
ou 16. As veias de preferência são as veias dos membros superiores, jugulares externas, safenas e 
femurais. 
A punção das femurais está contra-indicada em crianças. Em crianças menores de 6 anos pode ser 
feita a punção intra-óssea. 
 
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2.- COLHER AMOSTRA DE SANGUE – Colher amostras de sangue após as punções para 
tipagem sangüínea, contra-prova, dosagem de hematócrito e hemoglobina. 
 
3.- INFUNDIR LÍQUIDOS – Está indicado a administração de soluções eletrolíticas isotônicas 
aquecidas que proporcionam expansão vascular, diminuindo as perdas para o espaço intersticial. No 
adulto administram-se 2000 ml de Ringer com Lactato morno rápido que pode ser repetido uma vez 
de acordo com a resposta do paciente. Após este volume deve-se pensar em transfusão sangüínea. 
Nas crianças a reposição recomendada é de 20 ml/kg de peso corporal, podendo ser repetida e só 
então está indicada a transfusão sangüínea. 
Quando falamos em transfusão sangüínea devemos ter sempre presente a possibilidade de se 
realizar AUTOTRANSFUSÃO. 
 
4.- MONITORAR A RESPOSTA DO PACIENTE À REPOSIÇÃO VOLÊMICA – Esta 
monitorização deve ser feita através da normalização dos sinais vitais (PA,FC), melhora do nível de 
consciência e débito urinário adequado. 
O paciente também deve ter o ECG e a oximetria de pulso monitorados. 
 
5.- PASSAR SONDA GÁSTRICA E SONDA VESICAL - A passagem das sondas serve tanto 
como diagnóstico, através da avaliação do líquido drenado, como de alívio, através da 
descompressão gástrica e prevenção de vômitos nas Sondas Gástricas e do esvaziamento da bexiga 
com avaliação do débito urinário no caso das Sondas Vesicais. Atentar para as contra-indicações. 
 
6.- MONITORAR DÉBITO URINÁRIO – A melhor maneira de avaliar a eficácia da reposição 
volêmica é através da monitorização do débito urinário. 
O débito urinário esperado para um paciente adulto é em torno de 50 ml/hora. 
Para as crianças menores de um ano de idade (lactentes) é de 2 ml/kg/hora e para as crianças 
maiores é de 1 ml/kg/hora. 
 
7.- CONTROLAR SANGRAMENTOS – Controlar sangramentos externos e visíveis através da 
compressão direta. Pesquisar possíveis sangramentos internos através da associação do mecanismo 
da lesão; exame físico, principalmente do tórax, abdômen e pelve; exames complementares como 
Rx, lavado peritonial diagnóstico (LPD) e ecografia abdominal. Caso indicado o tratamento será 
exploração cirúrgica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PUNÇÃO INTRA-ÓSSEA 
 
Este procedimento está indicado em crianças menores de seis anos de idade que se encontram em 
choque hipovolêmico e nas quais não é possível outro tipo de acesso venoso, necessário para o 
restabelecimento do padrão hemodinâmico. 
 
TÉCNICA: 
 
1.- Colocar a criança em posição supina, com um coxim sob a articulação do joelho; 
2.- Fazer a antissepsia da área a ser puncionada; 
3.- Identificar o local a ser puncionado – 2 cm abaixo do platô tibial (fugir da placa de crescimento); 
4.- Puncionar com agulha de grosso calibre num ângulo de 90°, com o bissel voltado para baixo - 
existem agulhas especiais tipo sacarrolhas, que possuem mandril e que são ideais para este tipo de 
punção; 
5.- Conectar uma seringa de 20 ml contendo soro fisiológico e aspirar conteúdo medular para 
certificar-se de que está no interior do osso; 
6.- Fixar a agulha num ângulo de 45 a 60°; 
7.- Administrar qualquer solução prescrita pelo médico (pode-se administrar qualquer tipo de 
solução, a velocidade de infusão apresenta um retardo de 20 segundos em relação a circulação 
direta); 
8.- Esta punção pode permanecer até que seja possível outro tipo de acesso venoso (geralmente 
quando a criança melhora o padrão hemodinâmico). 
 
COMPLICAÇÕES: 
- Infiltração subcutânea, hematomas, abscesso e necrose no local, osteomielites, septicemia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- HEMORRAGIAS - 
 
Hemorragia é definida como uma perda súbita de volume sangüíneo circulante. O volume de 
sangue de um adulto normal corresponde a 7% do seu peso corporal ideal, aproximadamente 5000 
ml, e não o seu peso real, pois em indivíduos obesospoderíamos superestimar o cálculo. Em 
crianças considera-se 8 a 9% do seu peso corporal (80 a 90ml/kg). 
As hemorragias com conseqüente hipovolemia estão entre as principais causas de morte em 
pacientes traumatizados. O diagnóstico está baseado na clínica de inadequada perfusão tecidual e na 
história do trauma. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRAGIAS 
 
As hemorragias podem ser classificadas quanto à porcentagem de sangue perdido; quanto à sua 
localização; quanto aos tipos de vasos sangrantes e quanto ao fator desencadeante. 
 
1.- Quanto a porcentagem de sangue perdido: 
a) Classe I – Perda de 10 a 15% do volume sangüíneo. Os sinais e sintomas clínicos são 
mínimos. Equivale a uma doação de sangue. 
b) Classe II – Perda de 15 a 30% do volume circulante. Alguns sinais clínicos começam a 
se evidenciar: ansiedade, taquicardia, aumento da FR, retardo no enchimento capilar, PAS pode 
estar normal. Paciente necessita de reposição volêmica com soro (cristalóides). 
c) Classe III – Perda entre 30 a 40% do volume circulante. Paciente apresenta sinais de má 
perfusão tecidual: confusão mental, taquicardia (FC acima de 120bpm), taquipnéia, pulso filiforme, 
hipotensão arterial sistólica. Necessita de reposição volêmica com cristalóides e transfusão 
sangüínea. 
d) Classe IV – Perda de aproximadamente 40% da volemia. Sinais clínicos evidentes: 
taquicardia, taquipnéia, alteração neurológica importante (COMA), pressão arterial praticamente 
inaudível. Exige reposição volêmica com sangue e em muitos casos intervenção cirúrgica. 
 
2.- Quanto à Localização: 
a) Externa – são consideradas hemorragias externas aquelas em que o sangue se 
exterioriza logo após a sua ocorrência. 
b) Interna – são as hemorragias que se interiorizam para dentro das cavidades naturais. 
Não são de identificação óbvia, pois não são visíveis. É necessário alto grau de suspeição do 
socorrista, baseado no mecanismo da lesão, presença de marcas ou ferimentos externos e sinais e 
sintomas de choque. 
 
3.- Quanto ao Tipo de Vaso que sangra: 
a) Hemorragia Arterial – quando o sangramento é proveniente de uma artéria. 
Caracterizada pela saída em jato forte de sangue vermelho-vivo, que acompanha os movimentos 
pulsáteis do coração. 
b) Hemorragia Venosa – é originada pelo rompimento de uma veia. O sangue que jorra 
é vermelho-escuro (pobre em oxigênio) e se exterioriza continuamente como se “babasse”. É mais 
freqüente que a arterial e de mais fácil controle, já que o sangue sai com menor pressão e mais 
lentamente. 
c) Hemorragia Capilar – ocorre nos pequenos ferimentos, em que os vasos atingidos 
são capilares, sejam de artérias ou veias. O sangue é de cor intermediária entre o vermelho-vivo e o 
vermelho-escuro e brota em pequenas gotas. 
 
 
 
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4.- Quanto ao Fator Desencadeante: 
a) Hemorragia Traumática – decorre da ação de um instrumento contundente, 
perfurante ou cortante sobre a pele. Muitas vezes o traumatismo contunde apenas a pele, resultando 
em uma contusão, isto é, não se realiza a ferida, mas pode haver rompimento de vasos. Se o vaso 
rompido for de certo calibre, o sangue inunda os tecidos vizinhos, formando uma pequena coleção 
de sangue que denominamos de HEMATOMA. Se os vasos rompidos forem bem pequenos, o 
sangue que invade os tecidos, por ser em pequena quantidade, forma marcas arroxeadas 
denominadas de EQUIMOSES. 
b) Hemorragia Patológica – são as que ocorrem sem traumatismo algum. São 
ocasionadas por certas enfermidades que enfraquecem as paredes dos vasos e a simples pressão do 
sangue faz com que estes se rompam. 
 
 
TIPOS DE HEMORRAGIA EXTERNA 
 
Otorragia – saída de sangue pelo conduto auditivo externo. É observada nas fraturas de crânio e 
em traumatismos no conduto auditivo externo. 
Epistaxe – sangramento dos vasos do nariz. Pode ocorrer por alterações na pressão atmosférica, 
crise hipertensiva, traumatismos, etc. Manter a pessoa sentada, com a cabeça reta e respirando pela 
boca. Apertar as narinas firmemente por 8 a 10 minutos. Se não cessar o sangramento, colocar um 
chumaço de algodão ou gaze na narina e voltar a pressionar. 
Hemoptise – saída de sangue pela boca, originado do aparelho respiratório. O sangue flui em jatos, 
simulando golfadas, precedido de tosse, de cor vermelho-vivo e de aspecto espumoso. Pode ser 
causado por TB, pneumopatias, edema agudo de pulmão, etc. Colocar a vítima em repouso com a 
cabeça virada para o lado e encaminhar para serviço de saúde. 
Estomatorragia – é a saída de sangue pela boca por lesões na cavidade oral. Pode acontecer nas 
avitaminoses, extrações dentárias, ferimentos. 
Hematêmese – perda de sangue pela boca oriundo do tubo digestivo. É comum nas varizes 
esofagianas, úlceras gástricas, traumatismos. Podem ocorrer náuseas que terminam em vômitos de 
aspecto sangüinolento escuro, devido a ação do suco gástrico (borra de café). Deitar a vítima sem 
travesseiro, não deixar ingerir nada pela boca, cuidar para não aspirar, encaminhar para atendimento 
especializado. 
Hematúria – é a eliminação de urina sangüinolenta. Ocorre em lesões do aparelho urinário, 
nefropatias, cálculos renais, fraturas pélvicas. 
Melena – perdas de sangue pelo orifício anal. Sangue de cor negra e odor forte. Em lesões 
próximas ao anús o sangue é vermelho-vivo. Ocorrem em rupturas de hemorróidas, sangramentos 
no tubo digestivo, lesões traumáticas de órgãos abdominais que sangram para dentro de uma víscera 
oca. 
Metrorragias – é a hemorragia genital. Ocorre nos tumores uterinos e traumatismos do aparelho 
genital feminino. 
 
 
TÉCNICAS PARA CONTENÇÃO DAS HEMORRAGIAS 
 
HEMOSTASIA – Controle ou interrupção do sangramento. Pode ser espontânea ou provocada; 
que por sua vez pode ser provisória ou definitiva. 
 
1.-Compressão Direta – É o método indicado nos casos de hemorragias venosas. Consiste em 
comprimirmos fortemente o local da lesão com uma das mãos utilizando-se uma gaze ou pano 
limpo e seco colocado diretamente sobre o ferimento. Se não houver um pedaço de pano disponível 
exerça pressão direta com as mãos. Exercer pressão contínua e demorada até coibir o sangramento. 
Fazer curativo compressivo com uma atadura após a hemostasia. 
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2.-Elevação - Consiste em elevar o membro ferido a um nível superior ao do coração e está 
indicado para diminuir a pressão sangüínea no local da hemorragia. 
 
 
 
3.-Compressão Indireta ou Digital – Este método está indicado nos casos de hemorragias arteriais 
que não cessam com a compressão direta e a elevação. São raros os casos onde é necessário aplicar 
o método dos “Pontos de Pressão”. A técnica dos pontos de pressão consiste em comprimir a artéria 
lesada contra o osso mais próximo a ela para diminuir a afluência de sangue na região do 
ferimento. Ao contrário do ponto de pressão, a compressão direta diminui a afluência de sangue 
apenas no ferimento, por isto é o método de escolha. 
 
 
 
 
4.- Curativo Compressivo – É a colocação de uma compressa grossa presa fortemente a um 
ferimento para conter a hemorragia. A pressão da mão é substituída pela bandagem. 
5.- Aplicação de Compressas Frias – as compressas frias são indicadas nos casos de hemorragia 
capilar, tendo o cuidado de não aplicar por tempo prolongado. 
 
 
 
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6.- Constrição Por Laços Mecânicos – Este método só pode ser aplicado por um especialista ou 
sob a sua orientação (cirurgião vascular). É utilizado nas hemorragias profusas das extremidades. 
Estas técnicas de hemostasia conhecidas como garroteamento e torniquete, impedem totalmente a 
passagem de sangue para a artéria trazendo conseqüências graves quando não aplicadas 
corretamente. Por isto, seu uso ESTÁ CONTRAINDICADO. 
 
 
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- D – 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 
 
 
O sistema nervoso é formado pelo encéfalo e medula espinhal, ambos com suas extensões eferentes 
e suas conexões aferentes. Sua função é controlar e coordenar as atividades celulares através do 
corpo. O mecanismo utilizado é a transmissão de impulsos elétricos em um sistema que permite que 
cada estímulo seja enviado corretamente à área em que se pretende que seja recebido. Estes 
impulsos são dirigidos pelas fibras nervosas e as respostas que produzem são praticamente 
instantâneas, pois as alterações nas potências elétricas transmitem os sinais. 
 
 
REVISÃO DA ANATOMIA E FISIOLOGIA CEREBRAL 
 
 
O esqueleto cefálico é composto por 22 ossos articulados. A função primária deste esqueleto é 
proteger o encéfalo e os órgãos a ele associados para o sentido da visão, audição, gosto e olfato. 
Quatorze ossos irregulares da cabeça constituem o esqueleto facial. 
Oito ossos chatos formam o CRÂNIO ou ABÓBODA CRANIANA (cápsula protetora do 
encéfalo), revestida externamente pelo couro cabeludo. 
 
O encéfalo está dividido em Cérebro, Tronco Cerebral e Cerebelo. Está inserido numa caixa óssea 
rígida – O Crânio. Na base desta caixa existe uma abertura – o Forâmen Magno – através da qual a 
medula espinhal faz conexão contínua com o encéfalo. 
O Encéfalo apresenta três coberturas ou envoltórios – as Meninges. 
Fazem parte ainda dos elementos que compõem o conteúdo intracraniano o Líquido 
Cefalorraquidiano e o Complexo Vascular (sangue). 
 
ESTRUTURAS CRÂNIO-ENCEFÁLICAS: 
 
 
1.- COURO CABELUDO - Composto por pele, tecido subcutâneo, gálea aponeurótica, tecido 
areolar e periósteo. 
 
2.- CRÂNIO – Composto por: 
a) Calota Craniana - Ossos chatos e planos mais espessos posteriormente e mais finos e 
delgados lateralmente. São eles: 1 osso FRONTAL; 2 ossos TEMPORAIS; 2 ossos PARIETAIS e 
1 osso OCCIPITAL. 
b) Base do Crânio – Áspera e irregular, permite a movimentação do crânio durante 
aceleração e desaceleração. Composta pelos ossos ESFENÓIDE e ETMÓIDE. 
 
3.- MENINGES – São envoltórios, camadas protetoras do Encéfalo. 
 
a) Dura-Máter – Membrana fibrosa firmemente aderida à face interna do crânio. É ricamente 
vascularizada principalmente pela artéria meningéia média. 
b) Aracnóide – Membrana muito delicada, justaposta à Dura-Máter da qual se separa por um 
espaço virtual, o espaço Subdural. 
c) Pia-Máter - É a mais interna das meninges, firmemente aderida ao córtex cerebral e a 
medula espinhal. 
Entre a Aracnóide e a Pia-Máter existe o Espaço Subaracnoideu por onde circula o líquido cérebro-
espinhal ou líquor. 
 
Elaboração: Prof.ª Zoraide Immich Wagner UNISINOS/Disciplina: 22014-0 
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4.- ENCÉFALO – Composto por: 
 
a) Cérebro – É a maior parte do encéfalo e na sua superfície ou córtex estão localizados os 
centros a partir dos quais os impulsos motores são enviados aos músculos, e para o qual chegam os 
impulsos sensitivos a partir de vários nervos sensitivos. O cérebro está dividido em dois 
hemisférios (direito e esquerdo-dominante) que consistem de quatro lóbulos: Frontal, Parietal, 
Temporal e Occipital. 
As fibras nervosas de todas as partes do córtex convergem em cada hemisfério e fazem a sua saída 
em forma de feixes compactos conhecidos como “cápsula interna”. Ao penetrar no bulbo, cada 
feixe cruza o feixe correspondente do lado oposto. Estes axônios são conduzidos através da ponte e 
do bulbo para a medula espinhal. 
 
b) Tronco Cerebral – Constituído de cima para baixo de Mesencéfalo, Ponte e Bulbo. 
- Mesencéfalo: Conecta a Ponte e o Cerebelo aos Hemisférios Cerebrais; 
- Ponte: Situada anteriormente ao Cerebelo entre o Mesencéfalo e o Bulbo. Faz a ligação 
entre as duas metades do Cerebelo assim como entre o Bulbo e o Cérebro. A Ponte também contém 
importantes centros controladores para o coração, respiração e pressão sanguínea. Também dá 
origem a nervos cranianos; 
- Bulbo - (Medula Oblonga): Por ele passam as fibras motoras do Encéfalo para a 
Medula Espinhal e as fibras sensitivas da Medula Espinhal para o Encéfalo. 
 
c) Cerebelo – Está localizado abaixo e atrás do Cérebro. Sua função é de controle ou 
coordenação dos músculos e do equilíbrio. 
 
5.- MEDULA ESPINHAL – A medula espinhal, uma continuação direta do bulbo, é a parte do 
sistema nervoso contida no interior da coluna vertebral. A medula espinhal é um importante centro 
de ação reflexa do corpo e contém vias de condução aferentes e eferentes para os centros superiores 
na medula e no encéfalo. 
 
6.- LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO – O líquor é um fluído aquoso e incolor que ocupa o 
espaço subaracnoideu e as cavidades ventriculares. Sua principal função é de proteção mecânica do 
Sistema Nervoso Central, formando um verdadeiro coxim líquido entre este e o estojo ósseo. É 
produzido pelos plexos coróides e existe num volume médio de 150ml, renovando-se a cada 8 
horas. Pode sofrer variação na sua absorção, mas não na sua produção que é constante. 
 
7.- PRESSÃO INTRACRANIANA – Pode ser descrita como a relação entre o volume de líquido 
cefalorraquidiano, volume do sangue circulante e volume da massa cerebral. 
 
 
DIVISÃO E FUNÇÕES DOS LOBOS CEREBRAIS (CORTEX CEREBRAL): 
 
As células no córtex cerebral são muito semelhantes no seu aspecto, mas as suas funções variam 
amplamente dependendo de sua localização geográfica. 
 
- A porção posterior de cada hemisfério, isto é, o Lobo Occipital, está dedicada a todos os aspectos 
da Percepção Visual; 
 
- A região lateral ou Lobo Temporal incorpora o Centro Auditivo; 
 
- A zona central média, ou zona Parietal, posterior a Fissura de Rolado, é responsável pela 
sensibilidade; a porção anterior está relacionada com os movimentos musculares voluntários; 
 
Elaboração: Prof.ª Zoraide Immich Wagner UNISINOS/Disciplina: 22014-0 
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- A parte anterior do cérebro, isto é, os Lobos Frontais contém vias associativas que determinam 
atitudes, comportamentos e respostas emocionais e contribui para a formação do processo do 
pensamento. 
 
 
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA e COMA: 
 
 
A consciência é um estado fisiológico gerado pelo encéfalo. O nível de consciência ou estado de 
alerta é o conjunto de funções do encéfalo que permite ao indivíduo despertar e reagir aos estímulos 
do meio externo e interagir com o ambiente. A depressão de ambos os hemisférios cerebrais 
deprime o nível de consciência. As funções cerebrais especializadas, tais como a linguagem, 
controle motor e percepção são regionalizadas. Já o nível de consciência não tem representação 
focal em quaisquer dos hemisférios cerebrais, se relacionando com a massa de córtex funcionante. 
O nível de consciência é estimado a partir da natureza da resposta do paciente a váriosestímulos e 
da intensidade do estímulo necessária para produzi-la. Vários são os termos existentes para 
determinar o nível de consciência assim como são inúmeras as maneiras de se classificar o grau de 
inconsciência (COMA). Porém todos estes termos e classificações são muito vagos e é melhor 
evitar o seu uso. A melhor maneira de descrever o nível de consciência é descrever a resposta do 
paciente aos diferentes estímulos. Por exemplo, o paciente acorda ao ser chamado pelo nome, ou 
precisa ser sacudido, chamado aos gritos ou submetido a estímulos dolorosos? Suas respostas são 
adequadas? 
O COMA pode ter origem estrutural ou metabólica. No primeiro caso, existe destruição anatômica 
de áreas do tronco encefálico ou de hemisférios cerebrais (hemorragias, hematomas cerebrais, 
tumores cerebrais, isquemias cerebrais, etc.). No segundo, rotura dos processos metabólicos do 
neurônio, com interrupção do fornecimento de substrato energético (hipóxia, isquemia, 
hipoglicemia, hipo ou hipertensão, febre, hipotermia, etc.) ou pela alteração das respostas 
fisiológicas das membranas neurais (intoxicação por drogas ou álcool, epilepsia, concussão 
cerebral, etc.). 
As integridades funcional e anatômica do encéfalo dependem do fluxo sangüíneo contínuo e aporte 
de oxigênio e glicose para todas as áreas do encéfalo. 
 
 
 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA: 
 
Independente do tipo de acometimento neurológico seja clínico ou traumático, a avaliação 
neurológica prestada pela equipe de socorro deve basear-se em três aspectos fundamentais: 
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA, EXAME DAS PUPILAS e QUALIFICAÇÃO 
DA RESPOSTA MOTORA. 
A avaliação do nível de consciência durante o primeiro atendimento prestado pelo socorrista pode 
ser sumária e para isto utilizamos a metodologia proposta pelo ATLS através do método AVPU ou 
AVDI: 
 
A - ALERTA ou Acordado 
V - Responde a estímulos VERBAIS 
D - Reage a DOR 
I - INCONSCIENTE 
 
Importante também lembrar que os acometimentos neurológicos são resultantes de uma série de 
eventos DINÂMICOS e que, portanto, EXIGEM uma avaliação criteriosa e continuada da equipe 
responsável pelo paciente. 
Elaboração: Prof.ª Zoraide Immich Wagner UNISINOS/Disciplina: 22014-0 
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1.- Avaliação do Nível de Consciência: 
O melhor parâmetro para avaliar neurologicamente um paciente é através do seu nível de 
consciência. Para isto existe a ESCALA DE COMA DE GLASGOW (ECG) onde avaliamos 
sempre a melhor resposta do paciente em relação à ABERTURA OCULAR; RESPOSTA 
VERBAL e RESPOSTA MOTORA. Esta escala é prática e universalmente conhecida. Ao 
aplicarmos esta escala pontuamos a melhor resposta do paciente ao estímulo do examinador. A 
Escala de Coma de Glasgow varia de 3 a l5 pontos. Quanto mais baixa a pontuação mais 
comprometido neurologicamente está o paciente. 
Os pacientes com Escala de Glasgow igual ou menor que 8 estão em coma. A avaliação do nível de 
consciência através da aplicação da Escala de Glasgow possibilita à equipe traçar parâmetros sobre 
a evolução dos pacientes, já que a diminuição de 2 ou mais pontos no escore da ECG significa que 
o paciente esta deteriorando neurologicamente e é um alerta para quem presta assistência ao 
paciente. 
ESCALA DE COMA DE GLASGOW 
 Espontânea 4 
ABERTURA Ordem Verbal 3 
OCULAR Dor 2 
 Sem Resposta 1 
 
 Orientado 5 
MELHOR Confuso 4 
RESPOSTA Palavras Inapropriadas 3 
VERBAL Sons, Gemidos 2 
 Sem Resposta 1 
 
 Obedece comando verbal 6 
MELHOR Localiza Dor 5 
RESPOSTA Flexão Normal 4 
MOTORA Flexão Anormal (decorticação) 3 
 Extensão à Dor (descerebração) 2 
 Sem Resposta 1 
TOTAL 3 - 15 
2.- Exame das Pupilas: 
As pupilas devem ser avaliadas em função do seu diâmetro, da sua simetria e da sua reatividade à 
luz. 
Pupilas pequenas são chamadas de mióticas e pupilas dilatadas de midriáticas. Uma diferença de 1 
mm de diâmetro de uma pupila em relação à outra é um achado anormal. Pupilas do mesmo 
tamanho são denominadas isocóricas e pupilas com tamanhos diferentes são chamadas 
anisocóricas. 
Na reação a luz se avalia a rapidez da resposta. Uma resposta lenta pode ser indicativa de lesão 
intracraniana. 
 
3.- Qualificação da Resposta Motora: 
Examinam-se os movimentos espontâneos dos membros superiores e inferiores em busca simetria. 
Uma resposta diminuída ou a necessidade de um maior estímulo doloroso em um lado do corpo 
sugere alteração neurológica. Um déficit francamente lateralizado é sugestivo de comprometimento 
neurológico importante. 
PARESIAS - retardo no início do movimento ou necessidade de maior estímulo doloroso. 
PLEGIAS - déficit francamente lateralizado. Ausência total de movimentos, ou seja, flacidez 
muscular. 
FLEXÃO ANORMAL ou POSTURA em EXTENSÃO - Sinais de comprometimento do córtex 
cerebral e do tronco cerebral respectivamente. 
Elaboração: Prof.ª Zoraide Immich Wagner UNISINOS/Disciplina: 22014-0 
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-E- 
EXPOSIÇÃO DO PACIENTE COM CONTROLE DA HIPOTERMIA 
 
O paciente deve ser despido para que sejam pesquisados outros sinais ou lesões que podem 
representar risco de vida. 
O ato de despir o paciente é importante, porém não se pode esquecer que em climas frios a 
exposição ambiental poderá acarretar HIPOTERMIA o que trará mais danos e dificuldades no 
restabelecimento das funções vitais. 
 
Alguns fatores predispõem as vítimas a desenvolver hipotermia como: 
- Trauma associado à intoxicação por drogas ou álcool 
- Hipoglicemia compromete a produção de calor 
- TCE pode comprometer o centro termorregulador 
- Tempo de exposição a ambientes frios, vestimentas molhadas, e muitas outras. 
 
A hipotermia pode provocar efeitos em outros sistemas: 
- Neurológico – pode levar ao coma 
- Cardiovascular – alterações eletrocardiográficas com arritmias cardíacas, bradicardias, 
hipotensão e assistolia 
- Respiratório – depressão respiratória 
- Renal – diminuição da filtração glomerular 
- Laboratoriais – aumento da hemoglobina e predisposição para coagulopatias. 
 
O tratamento do paciente hipotérmico deve sempre seguir a regra do “ABC”. 
 
 
“AQUECER O PACIENTE E O AMBIENTE.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observação: Texto em elaboração – Professora Zoraide Immich Wagner 
 
Bibliografia que está sendo utilizada até o momento, mas está incompleta.... 
1 NAEMT (National Association of Emergency Medical Technicians) - Atendimento pré-hospitalar ao 
traumatizado - PHTLS - Tradução Diego Alfaro e Hermínio de Matos Filho - Rio de Janeiro: Editora 
Elsevier, 2007. 
2 Santos, Márcio Neres e Soares, Odon Melo (organizadores). Urgência e Emergência na Prática da 
Enfermagem – Porto Alegre: Editora Moriá, 1ª Edição, 2014. 
3 Sousa, Regina Márcia Cardoso de; Calil, Ana Maria; Paranhos, Wana Yeda; Malvestio, Marisa Amaro. 
Atuação no Trauma: uma abordagem para a enfermagem - São Paulo: Editora Atheneu, 2009. 
Calil, Ana Maria E Paranhos, Wana Yeda - O enfermeiro e as situações de emergência - São Paulo: 
Editora Atheneu, 2007. 
4 FREIRE, EVANDRO – TRAUMA: A Doença do Século, São Paulo: Editora Atheneu, 2001. 
5 Martins, Herlon Saraiva; Brandão Neto, Rodrigo Antonio; Scalabrini Neto, Augusto; Velasco, Irineu Tadeu. 
Emergências Clínicas – Abordagem Prática. São Paulo: Editora Manole, 7ª edição, 2012. 
6 Mendes, Norma Takei; Oliveira, Viviane L.; Gonçalves, Valterli C.S.; Campanharo, Regina V.; Cohrs, 
Cibeli R.; Guimarães, Hélio Penna. Manual de Enfermagem em Emergências. São Paulo; Editora Atheneu,1ª Edição, 2013.

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