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5º ENCONTRO-PROCESSO ENSINO-APREND. Aprendizagem significativa

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� INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE BOITUVA
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA 
PROFA: TEREZINHA BERSANI 
5º- ENCONTRO
ASSUNTO: 2. DIDÁTICA E O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM 
2.1. Pressupostos de aprendizagem 
2.2. Aprendizagem significativa 
OBJETIVO: refletir sobre a didática.
METODOLOGIA: Exposição de síntese sobre o assunto; revisão do conteúdo das aulas anteriores mediante material de instrução programada.
TEXTO DE AULA:
DA REFLEXÃO A AÇÃO: busca de resultados
Terezinha Bersani�
 “Ninguém ensina ninguém. Os homens aprendem uns com os outros”.
Paulo Freire
 Pretende-se, neste texto, rever o conceito de didática e seu objeto de estudo, o ensino.ai nos colocamos a seguinte questão: se o elemento de estudo da didática é o ensino, será que podemos afirmar que houve o ensino se o aluno não aprendeu 
 Ate agora, apoiados em (MASETTO: 1997) temos considerado a didática como “reflexão sistemática de um processo que ocorre na sala de aula”, isto é, o ensinar e o aprender. Essa reflexão pressupõe debruçar-se sobre a prática educativa e radiografar a ação ocorrida em sala de aula, fazer um balanço dos resultados obtidos com os alunos ao final da realização de um trabalho intencionalizado, isto é, um trabalho com vistas a alcançar objetivos. 
 Saber as implicações do ensino direciona a verificação do que o aluno aprendeu. Isso nos conduz a desvelar quais as nossas suposições sobre a aprendizagem, informados por uma teoria na qual se possa sustentar as suposições. MASETTO: (1997: p.14-16) afirma que a “Aprendizagem é o desenvolvimento do aluno como um todo” e que esse desenvolvimento comporta as três dimensões, (humana, político-social, técnica). Vejamos como o autor explica: 
Interessa à didática tudo o que o aluno aprende na relação com o professor e com o grupo-classe, bem como o processo de aprendizagem através do qual isso ocorre. Por aprendizagem estamos entendendo o desenvolvimento da pessoa como um todo: inteligência; afetividade; padrões de comportamento moral; relacionamento com a família; com o bairro, com a cidade e com o pais; desenvolvimento da coordenação motora; capacidades artísticas; comunicação, etc. o aluno esta em continua evolução e fazendo parte da historia de seu povo, de sua nação. 
 O processo de ensino-aprendizagem está situado no tempo e no espaço. Acontece em uma sala de aula, com professor, alunos, material didático, etc. Tem endereço, pertence a um tempo histórico. Subordina-se a um Município, a um Estado, sendo orientado pela legislação e normas educacionais. Essa ação de (ensinar-aprender) deve ser vista sob diferentes pontos, ou dimensões.
 A dimensão humana não pode ser esquecida, visto que, a aprendizagem ocorre no relacionamento interpessoal entre os alunos e professores, alunos e alunos, professores e professores, e a direção da escola. O ambiente escolar é um forte componente no processo de ensino/aprendizagem. O clima afetivo pode ser responsabilizado, pelo sucesso (ou fracasso) do processo. 
 A dimensão político-social se refere a cultura e as convicções políticas e sociais das pessoas envolvidas com a educação. “Professores, diretores, alunos, pais, técnicos, funcionários, autores de livros didáticos, editores que produzem material pedagógico são pessoas reais, que vivem num tempo e numa cultura especifica. Tem posições políticas e sociais que são transmitidas em seus trabalhos e nas suas relações na escola”. (idem, p.14-15).
 A dimensão técnica se refere a intencionalidade do processo de aprendizagem. Orientada por objetivos a serem alcançados pelos participantes, o que interessa nesse processo é que os alunos consigam aprender bem o que se propõe. Para que isso ocorra o processo de ensino tem que ocorrer em condições apropriadas. A dimensão técnica da aprendizagem relaciona-se à da Didática, no quesito da organização das condições de ensino. Assim, a “definição de objetivos, a seleção de conteúdos, técnicas e recursos de ensino, organização do processo de avaliação e escolha de técnicas avaliativas, planejamento de curso, e de aulas constituem o núcleo da dimensão técnica do processo de aprendizagem”. (idem, p.14-15).
 Falta esclarecer neste texto a questão fundamental da aprendizagem colocada aqui entre a repetição e a significação. Ou seja, saber repetir de cor a informação ou saber atribuir sentido a ela. A resposta esta claramente ligada as expectativas dos professores. 
 MASETTO: (1997: p.42-47) no título “Diferentes concepções de Ensinar e Aprender”, apresenta as diferentes abordagens da ação de ensinar e de aprender. Entre elas mostra a busca de uma aprendizagem significativa. Aqui distanciamos o texto do autor, e transcrevemos o que diz no livro introdutório “Os parâmetros curriculares nacionais” sobre a aprendizagem significativa.
 
Para que uma aprendizagem significativa possa acontecer, é necessária a disponibilidade para o envolvimento do aluno na aprendizagem, o empenho em estabelecer relações entre o que já sabe e o que está aprendendo, em usar os instrumentos adequados que conhece e dispõe para alcançar a maior compreensão possível. Essa aprendizagem exige uma ousadia para se colocar problemas, buscar soluções e experimentar novos caminhos, de maneira totalmente diferente da aprendizagem mecânica, na qual o aluno limita seu esforço apenas em memorizar ou estabelecer relações diretas e superficiais.
A aprendizagem significativa depende de uma motivação intrínseca, isto é, o aluno precisa tomar para si a necessidade e a vontade de aprender. Aquele que estuda apenas para passar de ano, ou para tirar notas, não terá motivos suficientes para empenhar-se em profundidade na aprendizagem. 
A disposição para a aprendizagem não depende exclusivamente do aluno, demanda que a prática didática garanta condições para que essa atitude favorável se manifeste e prevaleça. Primeiramente, a expectativa que o professor tem do tipo de aprendizagem de seus alunos fica definida no contrato didático estabelecido. Se o professor espera uma atitude curiosa e investigativa, deve propor prioritariamente atividades que exijam essa postura, e não a passividade. Deve valorizar o processo e a qualidade, e não apenas a rapidez na realização. Deve esperar estratégias criativas e originais e não a mesma resposta de todos.
A intervenção do professor precisa, então, garantir que o aluno conheça o objetivo da atividade, situe-se em relação à tarefa, reconheça os problemas que a situação apresenta, e seja capaz de resolvê-los. Para tal, é necessário que o professor proponha situações didáticas com objetivos e determinações claros, para que os alunos possam tomar decisões pensadas sobre o encaminhamento de seu trabalho, além de selecionar e tratar ajustadamente os conteúdos. A complexidade da atividade também interfere no envolvimento do aluno. Um nível de complexidade muito elevado, ou muito baixo, não contribui para a reflexão e o debate, situação que indica a participação ativa e compromissada do aluno no processo de aprendizagem. As atividades propostas precisam garantir organização e ajuste às reais possibilidades dos alunos, de forma que cada uma não seja nem muito difícil nem demasiado fácil. Os alunos devem poder realizá-la numa situação desafiadora.
Nesse enfoque de abordagem profunda da aprendizagem, o tempo reservado para a atuação dos alunos é determinante. Se a exigência é de rapidez, a saída mais comum é estudar de forma superficial. O professor precisa buscar um equilíbrio entre as necessidades da aprendizagem e o exíguo tempo escolar, coordenando-o para cada proposta que encaminha.
Outro fator que interfere na disponibilidade do aluno para a aprendizagemé a unidade entre escola, sociedade e cultura, o que exige trabalho com objetos socioculturais do cotidiano extra-escolar, como, por exemplo, jornais, revistas, filmes, instrumentos de medida, etc., sem esvaziá-los de significado, ou seja, sem que percam sua função social real, contribuindo, assim, para imprimir sentido às atividades escolares.
Mas isso tudo não basta. Mesmo garantindo todas essas condições, pode acontecer que a ansiedade presente na situação de aprendizagem se torne muito intensa e impeça uma atitude favorável. A ansiedade pode estar ligada ao medo de fracasso, desencadeado pelo sentimento de incapacidade para realização da tarefa ou de insegurança em relação à ajuda que pode ou não receber de seu professor, ou de seus colegas, e consolidar um bloqueio para aprender.
Quando o sujeito está aprendendo, se envolve inteiramente. O processo, assim como seu resultado, repercutem de forma global. Assim, o aluno, ao desenvolver as atividades escolares, aprende não só sobre o conteúdo em questão mas também sobre o modo como aprende, construindo uma imagem de si como estudante. Essa auto-imagem é também influenciada pelas representações que o professor e seus colegas fazem dele e, de uma forma ou outra, são explicitadas nas relações interpessoais do convívio escolar. Falta de respeito e forte competitividade, se estabelecidas na classe, podem reforçar os sentimentos de incompetência de certos alunos e contribuir de forma efetiva para consolidar o seu fracasso.
O aluno com um autoconceito negativo, que se considera fracassado na escola, ou admite que a culpa é sua e se convence de que é um incapaz, ou vai buscar ao seu redor outros culpados: o professor é chato, as lições não servem para nada. Acaba por desenvolver comportamentos problemáticos e de indisciplina.
Aprender é uma tarefa árdua, na qual se convive o tempo inteiro com o que ainda não é conhecido. Para o sucesso da empreitada, é fundamental que exista uma relação de confiança e respeito mútuo entre professor e aluno, de maneira que a situação escolar possa dar conta de todas as questões de ordem afetiva. Mas isso não fica garantido apenas e exclusivamente pelas ações do professor, embora sejam fundamentais dada a autoridade que ele representa, mas também deve ser conseguido nas relações entre os alunos. O trabalho educacional inclui as intervenções para que os alunos aprendam a respeitar diferenças, a estabelecer vínculos de confiança e uma prática cooperativa e solidária.
Em geral, os alunos buscam corresponder às expectativas de aprendizagem significativa, desde que haja um clima favorável de trabalho, no qual a avaliação e a observação do caminho por eles percorrido seja, de fato, instrumento de auto-regulação do processo de ensino e aprendizagem.
Quando não se instaura na classe um clima favorável de confiança, compromisso e responsabilidade, os encaminhamentos do professor ficam comprometidos.
Conclusões provisórias
 Ciente de que nem de longe respondemos as duas primeiras questões do quarto encontro, deixamos as mesmas, nestas considerações, apenas para os (as) intrigar: ● como criança e o adolescente aprendem; ● como é a atividade do professor em aula; tentem encontrar repostas.
BIBLIOGRAFIA
AUSUBEL, D. P. et alii. Psicologia educacional. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais : introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997. 126p.
MASETTO, Marcos. Didática: a aula como centro. São Paulo: FTD, 1997. P. 14-23; 45.
� Professora de Didática. FIB/UNIESP

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