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HARTE I - aula 3 - Panorâma da Arte e da Arquitetura Egípicia

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Universidade Estácio de Sá
História da Arte I
PANORÂMA DA ARTE E DA ARQUITETURA EGÍPCIA
Prof ª: Eliane Barbosa, M Sc. 
Rio de Janeiro
2013
PANORÂMA DA ARTE E DA ARQUITETURA EGÍPCIA
● Fundamentos históricos, sociais, políticos e religiosos do Baixo e Alto Egito;
● A educação artística nas oficinas do templo e do palácio;
● Desenvolvimento da arte tumular;
● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides;
● O complexo funerário de Djoser e Amenhotep;
● Os templos de Karmak e Luxor;
● A racionalização das técnicas artísticas;
● A lei da frontalidade;
● O dualismo estilístico da arte egípcia.
PANORÂMA DA ARTE E DA ARQUITETURA EGÍPCIA
● Fundamentos históricos, sociais, políticos e religiosos do Baixo e Alto Egito;
O rei era considerado um ser divino que tinha completo domínio sobre o súditos e, ao partir desde mundo, voltava a ascender para junto dos deuses de onde viera.
As pirâmides elevando-se para o céu “ajudaria” ao rei a fazer sua ascensão.
Os egípcios acreditavam que o corpo deve ser preservado para que a alma possa continuar vivendo no além.
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● Fundamentos históricos, sociais, políticos e religiosos do Baixo e Alto Egito;
Era para a múmia do rei que a pirâmide tinha sido erigida, e seu corpo era colocado no centro da gigantesca montanha de pedra.
Em toda a volta da câmara funerária, fórmulas mágicas e encantamentos eram escritos para ajudá-lo em sua jornada para o outro mundo.
PANORÂMA DA ARTE E DA ARQUITETURA EGÍPCIA
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● Fundamentos históricos, sociais, políticos e religiosos do Baixo e Alto Egito;
Os egípcios sustentavam a crença de que a preservação do corpo não era bastante.
Ordenavam aos escultores que esculpissem a cabeça do rei em imperecível granito e a colocassem na tumba onde ninguém a via, para aí exercer sua magia e ajudar a manter-se viva na imagem e através dela.
Expressão egípcia para designar o escultor era: “Aquele que mantém vivo”.
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● Fundamentos históricos, sociais, políticos e religiosos do Baixo e Alto Egito;
Característica da arte egípcia: Regularidade geométrica e aguda observação da natureza;
Relevos e pinturas que adornavam as paredes dos túmulos;
As pinturas e os modelos encontrados em túmulos egípcios estavam associados a ideia de suprir a alma de ajudantes no outro mundo.
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● Fundamentos históricos, sociais, políticos e religiosos do Baixo e Alto Egito;
Os pintores egípcios tinham um método de representar a vida real muito diferente do nosso.
Tudo tinha de ser representado pelo seu ângulo mais característico.
Seguiam uma regra que lhes permitia incluir tudo o que consideravam importante na forma humana.
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● Fundamentos históricos, sociais, políticos e religiosos do Baixo e Alto Egito;
Não é apenas o seu conhecimento de formas e contornos que o artista consubstancia em sua pintura, mas também o conhecimento que ele possui do significado dessas formas.
Os egípcios desenhavam o patrão maior que seus criados ou até do que suas esposas.
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● Fundamentos históricos, sociais, políticos e religiosos do Baixo e Alto Egito;
Olhar experimentado do artista egípcio para captar padrões.
As regras que governam toda a arte egípcia conferem a cada obra individual o efeito de equilíbrio, estabilidade e austera harmonia.
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● Fundamentos históricos, sociais, políticos e religiosos do Baixo e Alto Egito;
O estilo egípcio englobou uma série de leis muito rigorosas, que todo mundo tinha que aprender desde muito jovem.
As estátuas sentadas tinham que ter as mãos sobre os joelhos; os homens tinham que ser pintados com a pele mais escura que as mulheres; a aparência de cada deus egípcio era rigorosamente estabelecida.
Ninguém queria coisas diferentes, ninguém pedia ao pintor que este fosse “original”.
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● Fundamentos históricos, sociais, políticos e religiosos do Baixo e Alto Egito;
Era considerado o melhor artista aquele que pudesse fazer as suas estátuas o mais parecidas com os monumentos do passado.
No transcurso de três mil anos ou mais, arte egípcia mudou muito pouco. Surgiram novos temas, mas o modo de representarem o homem e a natureza permaneceu essencialmente o mesmo.
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● Fundamentos históricos, sociais, políticos e religiosos do Baixo e Alto Egito;
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● Fundamentos históricos, sociais, políticos e religiosos do Baixo e Alto Egito;
A civilização egípcia é datada do ano de 4000 a.C., permanecendo estável por 35 séculos, apesar das inúmeras invasões sofridas.
Localizado no nordeste africano de clima semi-árido e chuvas escassas ao longo do ano, o vale do Nilo é um oásis em meio a uma região desértica.
O rio Nilo é essencial para a sobrevivência do Egito.
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● Fundamentos históricos, sociais, políticos e religiosos do Baixo e Alto Egito;
A história política do Antigo Egito é tradicionalmente divindade em duas épocas:
Pré Dinastia: até 3.200 a.C. – ausência de centralização política. População organizada em nomos.
Dinastia: Forte centralização política Menés, rei do alto Egito. Promoveu a unificação das duas terras sob uma monarquia centralizada na imagem do faraó. Menés, primeiro faraó.
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● Fundamentos históricos, sociais, políticos e religiosos do Baixo e Alto Egito;
Periodização Histórica: a época da Dinastia é dividida em três períodos:
Antigo Império: 3.200 a.C. a 2.300 a.C. foi inventada a escrita hieroglífica e construção das grandes pirâmides de Gizé.
Hicsos: povo de origem caucasiana, com grande poder bélico que conquistou e controlou o Egito até 1.580 a.C.
Novo Império: 1.580 a.C. a 525 a.C. Dinastia governante descendente de militares.
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● Fundamentos históricos, sociais, políticos e religiosos do Baixo e Alto Egito;
ASPECTOS POLÍTICOS 
O governante (faraó) era soberano hereditário, absoluto e considerado uma encarnação divina. Era auxiliado pela burocracia estatal nos negócios de Estado.
Centralização do poder com anulação dos poderes locais devido à necessidade de conjugação de esforços para as grandes construções.
O governo era proprietário das terras e cobrava impostos das comunidades camponesas. Podiam ser pagos via trabalho gratuito nas obras públicas ou com parte da produção.
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● Fundamentos históricos, sociais, políticos e religiosos do Baixo e Alto Egito;
ASPECTOS ECONÔMICOS 
Agricultura de regadio com cultivo de cereais (trigo, cevada, algodão, papiro, linho) favorecida pelas obras de irrigação.
Agricultura extensiva com um alto nível de organização social e política.
Outras atividades econômicas: criação de animais (pastoreio), artesanato e comércio.
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● Fundamentos históricos, sociais, políticos e religiosos do Baixo e Alto Egito;
ASPECTOS SOCIAIS 
Predomínio das sociedades estamentais (compostas por categorias sociais, cada uma possuía sua função e seu lugar na sociedade). 
O Egito possuía uma estrutura social estática e hierárquica vinculada às atividades econômicas. A posição do indivíduo na sociedade era determinada pela hereditariedade (o nascimento determina a posição social do indivíduo).
A estrutura da sociedade egípcia pode ser comparada a uma pirâmide. No vértice o faraó, em seguida a alta burocracia e, na base, os trabalhadores em geral . 
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● Fundamentos históricos, sociais, políticos e religiosos do Baixo e Alto Egito;
ASPECTOS SOCIAIS 
- A sociedade era dividida nas seguintes categorias sociais:
O faraó e sua família - O faraó era responsável por todos os aspectos da vida no Antigo Egito. Controlava as obras de irrigação, a
religião, os exércitos, promulgação e cumprimento das leis e o comércio. 
- Na época de carestia era responsabilidade do faraó alimentar a população. Aristocracia (nobreza e sacerdotes). A nobreza ajudava o faraó a governar.
grupos intermediários (militares, burocratas, comerciantes e artesãos). Camponeses e escravos
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● Fundamentos históricos, sociais, políticos e religiosos do Baixo e Alto Egito;
ASPECTOS CULTURAIS 
- A cultura era privilégio das altas camadas.
- Destaque para engenharia e arquitetura (grandes obras de irrigação, templos, palácios).
- Desenvolvimento da técnica de mumificação de corpos.
- Conhecimento da anatomia humana.
- Escrita pictográfica (hieróglifos).
- Calendário lunar.
- Avanços na Astronomia e na Matemática, tendo como finalidade a previsão de cheias e vazantes.
- Desenvolvimento do sistema decimal. Mesmo sem conhecer o zero, os egípcios criaram os fundamentos da Geometria e do Cálculo.
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● Fundamentos históricos, sociais, políticos e religiosos do Baixo e Alto Egito;
ASPECTOS RELIGIOSOS 
- Politeísmo
- Culto ao deus Sol (Amom – Rá)
- As divindades são representadas com formas humanas (politeísmo antropomórfico), com corpo de animal ou só com a cabeça de um bicho (politeísmo antropozoomórfico)
- Crença na vida após a morte (Tribunal de Osíris), daí a necessidade de preservar o cadáver, desenvolvimento de técnicas de mumificação, aprimoramento de conhecimentos médico-anatômicos.
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● A educação artística nas oficinas do templo e do palácio
Os artesãos egípcios trabalhavam coletivamente em oficinas, dispostas junto aos templos e palácios nas comunidades locais.
Alguns artesãos viviam juntos em vilas construídas especialmente para o trabalho de projetos importantes como a construção de uma tumba ou palácio
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● A educação artística nas oficinas do templo e do palácio
Máscara funerária de
 Tutankhamon. 
Objeto feito por Artesãos egípcios
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● Desenvolvimento da arte tumular
A arte egípcia é profundamente simbólica. 
As representações estão repletas de significados que ajudam a caracterizar figuras, a estabelecer níveis hierárquicos e a descrever situações. 
Do mesmo modo a "simbologia" serve à estruturação, à simplificação e clarificação da mensagem transmitida criando um forte sentido de ordem e racionalidade extremamente importantes.
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● Desenvolvimento da arte tumular
Pintura de oferendas
na câmara tumular 
de Menna
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● Desenvolvimento da arte tumular
A harmonia e o equilíbrio devem ser mantidos, qualquer perturbação neste sistema é, consequentemente, um distúrbio na vida após a morte.
 Para atingir este objetivo de harmonia são utilizadas linhas simples, formas estilizadas, níveis retilíneos de estruturação de espaços, manchas de cores uniformes que transmitem limpidez e às quais se atribuem significados próprios
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● Desenvolvimento da arte tumular
A hierarquia social e religiosa traduz-se, na representação artística, na atribuição de diferentes tamanhos às diferentes personagens, consoante a sua importância. Como exemplo, o faraó será sempre a maior figura numa representação bidimensional e a que possui estátuas e espaços arquitetônicos monumentais.
 
Reforça-se assim o sentido simbólico, em que não é a noção de perspectiva (dos diferentes níveis de profundidade física), mas o poder e a importância que determinam a dimensão.
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● Desenvolvimento da arte tumular
Pintura na câmara tumular de
Nefertari, mulher de Ramses II
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
A arquitetura egípcia aliava imponência e simplicidade.
 
Todas as suas formas se originavam da casa residencial. Esta tinha plano retangular e dispunha-se em torno de troncos de palmeiras ou de outras árvores. 
Mesmo depois que os egípcios adotaram outros materiais - como a pedra -, subsistiram na decoração os temas vegetais: lótus, palma, papiros.
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
 - As pirâmides são o paradigma da arquitetura egípcia. Suas técnicas de construção continuam sendo objeto de estudo para engenheiros e historiadores. 
A pirâmide foi criada durante a dinastia III, pelo arquiteto Imhotep, e essa magnífica obra lhe valeu a divinização.
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
No início as tumbas egípcias tinham a forma de pequenas caixas; eram feitas de barro, recebendo o nome de mastabas (banco). 
Foi do arquiteto Imhotep a ideia de superpor as mastabas, dando-lhes a forma de pirâmide. 
Mastabas portanto, eram edificações que se sobressaiam da terra, nas tumbas egípcias, e eram formadas por um módulo compacto de pedras ou tijolos, tendo as paredes inclinadas e de forma retangular.
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
Mastabas
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
Mastabas
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
Mastabas
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
Mastabas
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
Mastabas
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
A pirâmide escalonada de Djeser, idealizada pelo arquiteto e médico Imhotep, é a primeira estrutura desse tipo. 
Construída com pedra em vez de adobe, veio a ser a novidade que deixou para trás a tradicional mastaba, muito mais simples na forma. 
Também se deve a Imhotep a substituição do barro pela pedra, o que sem dúvida era mais apropriado, tendo em vista a conservação do corpo do morto.
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
Pirâmide escalonada de Djeser
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
As primeiras pirâmides foram as do rei Djeser, e elas eram escalonadas.
 As pirâmides mais célebres do mundo pertencem à dinastia IV e se encontram em Gizé: Quéops, Quéfren e Miquerinos, cujas faces são completamente lisas. 
A regularidade de certas pirâmides deve-se aparentemente à utilização de um número áureo, que muito poucos arquitetos conheciam.
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
Pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
Pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
Miquerinos
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
Pirâmides de Quéops
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
Pirâmides de Quéfren
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
Complexo Piramidal no Vale de Gizé
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
Outro tipo de construção foram os hipogeus, templos escavados nas rochas, dedicados a várias divindades ou a uma em particular. 
Normalmente eram divididos em duas ou três câmaras: a primeira para os profanos; a segunda para o faraó e os nobres; e a terceira para o sumo sacerdote. 
A entrada a esses templos era protegida por galerias de estátuas de grande porte e esfinges.
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
Entrada
do Templo de Abu Simbel
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
Interior de um Hipogeus – Destaque para as pinturas
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● A arquitetura colossal das mastabas e pirâmides
Evolução das Mastabas a Pirâmides
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● O complexo funerário de Djoser e Amenhotep
Complexo Funerário de Djoser
Primeira construção de pedra em escala monumental do Egito.
Criou um precedente para as pirâmides posteriores dos faraós.
Muito mais do que uma simples pirâmide, o túmulo do faraó Djoser formava um complexo funerário.
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● O complexo funerário de Djoser e Amenhotep
Complexo Funerário de Djoser
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● O complexo funerário de Djoser e Amenhotep
Complexo Funerário de Djoser
O material básico para sua construção foram pequenos blocos de pedra calcária, imitando blocos de adobe. 
A pedra de melhor qualidade, o excelente calcário branco proveniente das pedreiras de Tura, foi usado no revestimento, fazendo com que o monumento resplandecesse ao sol.
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● O complexo funerário de Djoser e Amenhotep
Complexo Funerário de Djoser
- Todo o conjunto de vários pátios e construções ocupava uma área de aproximadamente de 545 por 277m, 150.965m² e estava cercado por um grande muro de pedra.
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● O complexo funerário de Djoser e Amenhotep
Complexo Funerário de Amenhotep
A gigantesca dupla de faraós entronizados, cercados por plantações, sem face e repletas de rachaduras, é tudo o que sobrou de um dos maiores complexos arquitetônicos e religiosos de Luxor. 
O antes grandioso e amplo templo funerário de Amenhotep III (governou de 1390-1352 a.C.), antes cobrindo uma área supostamente do tamanho do complexo de Karnak, sofreu todo tipo de devastações do tempo: enchentes (ele fica na parte alagável do Nilo
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● O complexo funerário de Djoser e Amenhotep
Complexo Funerário de Amenhotep
Tudo o que sobrou foram estas estátuas e alguns outros artefatos espalhados por museus de todo o mundo. Por sua grandiosidade e beleza, no entanto, valem a visita.
O nome pelo qual são conhecidos hoje, Colossos de Memnon, também vem da antiguidade. Visitantes gregos acreditavam que estas eram estátuas de Mêmnon, rei etíope aliado do rei Príamo de Troia e morto por Aquiles, o próprio.
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● O complexo funerário de Djoser e Amenhotep
Complexo Funerário de Amenhotep
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● O complexo funerário de Djoser e Amenhotep
Complexo Funerário de Amenhotep
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● Os templos de Karnak e Luxor
O templo de Karnak
Foi iniciado por volta de 2200 a.C. e terminado por volta de 360 a.C. 
O Templo de Karnak era naquela altura o principal local de culto aos deuses de Tebas, entre os quais: Amon, Mut e Khonsu.
 No maior templo do Egito nenhum pormenor era descurado, e durante a XIX dinastia trabalharam no templo cerca de 80 000 pessoas. 
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● Os templos de Karnak e Luxor
O templo de Karnak
O templo esteve submerso nas areias egípcias durante mais de mil anos, antes dos trabalhos de escavação começarem em meados do século XVIII, a enorme tarefa de restauro e conservação continua até aos nossos dias
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● Os templos de Karnak e Luxor
O templo de Karnak
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● Os templos de Karnak e Luxor
O templo de Karnak
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● Os templos de Karnak e Luxor
O templo de Karnak
Em um de seus complexos, o Templo de Amon, está o maior obelisco do Egito, com 27 metros de altura e 340 toneladas de peso. 
Este monumento representa a única mulher faraó que governou os egípcios, Hatshepsut, e contém uma inscrição que diz: “Vós que vires este monumento nos anos vindouros e falarem disto que fiz…”
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● Os templos de Karnak e Luxor
O templo de Karnak
Ao longo do corredor do Templo de Karnak, há um saguão ornado com uma floresta de pedras, sustentado por 134 colunas gigantes em forma de papiro. 
No templo, também encontra-se um lago que era sagrado para os egípcios da Antiguidade, pois representava a purificação dos deuses e o renascimento pela manhã do deus-sol Amon.
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● Os templos de Karnak e Luxor
O templo de Karnak
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● Os templos de Karnak e Luxor
O templo de Karnak
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● Os templos de Karnak e Luxor
O templo de Luxor
Templo de Luxor, foi iniciado na época de Amenhotep III e aumentado mais tarde por Ramsés II, só foi acabado no período muçulmano.
 É o único monumento do mundo que contém em si mesmo documentos das épocas faraónica, greco-romana, copta e islâmica, com nichos e frescos coptas e até uma Mesquita. Este templo era dedicado ao deus Amon, mas não só, era também dedicado às divindades Mut (esposa de Amon] e Khonsu. As suas dimensões são menores do que as do Templo de Karnak, e ambos são dedicados ao mesmo deus.
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● Os templos de Karnak e Luxor
O templo de Luxor
 - Por volta do século II, o templo foi ocupado pelos romanos, mas foi sendo abandonado gradualmente. 
Foi coberto pelas areias do deserto, até que em 1881 o arqueólogo Gaston Maspero redescobriu o templo que, se encontrava muito bem conservado. 
Para iniciar a escavação a vila que entretanto tinha crescido perto do templo teve de ser retirada, apenas permanecendo uma mesquita, construída pelos árabes no século XIII.
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● Os templos de Karnak e Luxor
O templo de Luxor
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● Os templos de Karnak e Luxor
O templo de Luxor
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● Os templos de Karnak e Luxor
O templo de Luxor
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● Os templos de Karnak e Luxor
O templo de Luxor
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● Os templos de Karnak e Luxor
O templo de Luxor
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● A racionalização das técnicas artísticas
A arte egípcia, à semelhança da arte grega, apreciava muito as cores. As estátuas, o interior do templos e dos túmulos eram profusamente coloridos. Porém, a passagem do tempo fez com que se perdessem as cores originais que cobriam as superfícies dos objetos e das estruturas.
As cores não cumpriam apenas a sua função primária decorativa, mas encontravam-se carregadas de simbolismo, que se descreve de seguida:
Preto (kem)
Era obtido a partir do carvão de madeira ou de pirolusite (óxido de manganésio do deserto do Sinai). Estava associado à noite e à morte, mas também poderia representar a fertilidade e a regeneração. 
Este último aspecto encontra-se relacionado com as inundações anuais do Nilo, que trazia uma terra que fertilizava o solo (por esta razão, os Egípcios chamavam Khemet, "A Negra", à sua terra). 
Na arte o preto era utilizado nas sobrancelhas, perucas, olhos e bocas. O deus Osíris era muitas vezes representado com a pele negra, assim como a rainha deificada Ahmés-Nefertari. 
Branco (hedj)
Obtido a partir da cal ou do gesso, era a cor da pureza e da verdade. Como tal era utilizado artísticamente nas vestes dos sacerdotes e nos objetos rituais. As casas, as flores e os templos eram também pintados a branco. 
Vermelho (decher)
Obtido a partir de ocres. O seu significado era ambivalente: por um lado representava a energia, o poder e a sexualidade, por outro lado estava associado ao maléfico deus Set, cujos olhos e cabelo eram pintados a vermelho, bem como ao deserto, local que os Egípcios evitavam. Era a vermelho que se pintava a pele dos homens. 
Amarelo (ketj)
Para criarem o amarelo, os Egípcios recorriam ao óxido de ferro hidratado (limonite). Dado que
o sol e o ouro eram amarelos, os Egípcios associaram esta cor à eternidade. As estátuas dos deuses eram feitas a ouro, assim como os objetos funerários do faraó, como as máscaras. 
Verde (uadj)
Era produzido a partir da malaquite do Sinai. Simboliza a regeneração e a vida; a pele do deus Osíris poderia ser também pintada a verde. 
Azul (khesebedj)
Obtido a partir da azurite (carbonato de cobre) ou recorrendo-se ao óxido de cobalto. Estava associado ao rio Nilo e ao céu. 
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● A racionalização das técnicas artísticas
 - Preto (kem)
Era obtido a partir do carvão de madeira ou de pirolusite (óxido de manganésio do deserto do Sinai). Estava associado à noite e à morte, mas também poderia representar a fertilidade e a regeneração. 
Este último aspecto encontra-se relacionado com as inundações anuais do Nilo, que trazia uma terra que fertilizava o solo (por esta razão, os Egípcios chamavam Khemet, "A Negra", à sua terra). 
Na arte o preto era utilizado nas sobrancelhas, perucas, olhos e bocas. O deus Osíris era muitas vezes representado com a pele negra, assim como a rainha deificada Ahmés-Nefertari. 
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● A racionalização das técnicas artísticas
Branco (hedj)
Obtido a partir da cal ou do gesso, era a cor da pureza e da verdade. Como tal era utilizado artísticamente nas vestes dos sacerdotes e nos objetos rituais. As casas, as flores e os templos eram também pintados a branco. 
Vermelho (decher)
Obtido a partir de ocres. O seu significado era ambivalente: por um lado representava a energia, o poder e a sexualidade, por outro lado estava associado ao maléfico deus Set, cujos olhos e cabelo eram pintados a vermelho, bem como ao deserto, local que os Egípcios evitavam. Era a vermelho que se pintava a pele dos homens. 
PANORÂMA DA ARTE E DA ARQUITETURA EGÍPCIA
● A racionalização dasa técnicas artísticas
● A racionalização
Amarelo (ketj)
Para criarem o amarelo, os Egípcios recorriam ao óxido de ferro hidratado (limonite). Dado que o sol e o ouro eram amarelos, os Egípcios associaram esta cor à eternidade. As estátuas dos deuses eram feitas a ouro, assim como os objetos funerários do faraó, como as máscaras. 
Verde (uadj)
Era produzido a partir da malaquite do Sinai. Simboliza a regeneração e a vida; a pele do deus Osíris poderia ser também pintada a verde. 
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● A racionalização das técnicas artísticas
Azul (khesebedj)
Obtido a partir da azurite (carbonato de cobre) ou recorrendo-se ao óxido de cobalto. Estava associado ao rio Nilo e ao céu. 
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● A racionalização das técnicas artísticas
Os artistas egípcios foram criadores de uma arte anônima, com o domínio das técnicas de execução e não o estilo do artista.
A arte egípcia estava intimamente ligada à religião e era bastante padronizada, não dando margem à criatividade ou à imaginação pessoal. 
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● A lei da frontalidade
O corpo humano, é representado utilizando dois pontos de vista simultâneos, os que oferecem maior informação e favorecem a dignidade da personagem: os olhos, ombros e peito representam-se vistos de frente; a cabeça e as pernas representam-se vistos de lado.
O facto de, ao longo de tanto tempo, esta arte pouco ter variado e se terem verificado poucas inovações, deve-se aos rígidos cânones e normas a que os artistas deveriam obedecer e que, de certo modo, impunham barreiras ao espírito criativo individual.
A conjugação de todos estes elementos marca uma arte robusta, sólida, solene, criada para a eternidade.
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● A lei da frontalidade
Embora seja uma arte estilizada é também uma arte de atenção ao pormenor, de detalhe realista, que tenta apresentar o aspecto mais revelador de determinada entidade, embora com restritos ângulos de visão. 
Para esta representação são só possíveis três pontos de vista pela parte do observador: de frente, de perfil e de cima, e que cunham o estilo de um forte componente de estática, de uma imobilidade solene.
PANORÂMA DA ARTE E DA ARQUITETURA EGÍPCIA
● A lei da frontalidade
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● A lei da frontalidade
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● A lei da frontalidade
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● A lei da frontalidade
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● O dualismo estilístico da arte egípcia
A arte do antigo Egito serve políticos e religiosos. 
Para compreender a que nível se expressam estes objetivos é necessário ter em conta a figura do soberano absoluto, o faraó. 
Ele é dado como representante de Deus na Terra e é este seu aspecto divino que vai vincar profundamente a manifestação artística.
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● O dualismo estilístico da arte egípcia
Todas as representações artísticas estão repletas de significados que ajudam a caracterizar figuras, a estabelecer níveis hierárquicos e a descrever situações.
 Do mesmo modo a "simbologia" serve à estruturação, à simplificação e clarificação da mensagem transmitida criando um forte sentido de ordem e racionalidade extremamente importantes.
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● O dualismo estilístico da arte egípcia
A harmonia e o equilíbrio devem ser mantidos, qualquer perturbação neste sistema é, consequentemente, um distúrbio na vida após a morte. 
Para atingir este objetivo de harmonia são utilizadas linhas simples, formas estilizadas, níveis rectilíneos de estruturação de espaços, manchas de cores uniformes que transmitem limpidez e às quais se atribuem significados próprios.
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● O dualismo estilístico da arte egípcia
A hierarquia social e religiosa traduz-se, na representação artística, na atribuição de diferentes tamanhos às diferentes personagens, consoante a sua importância. Como exemplo, o faraó será sempre a maior figura numa representação bidimensional e a que possui estátuas e espaços arquitectónicos monumentais. 
Reforça-se assim o sentido simbólico, em que não é a noção de perspectiva (dos diferentes níveis de profundidade física), mas o poder e a importância que determinam a dimensão.
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● O dualismo estilístico da arte egípcia
BIBLIOGRAFIA:
GOMBRICH, E.H.; A História da Arte, Círculo do livro S.A., 1972 
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