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Pequenas arteríolas controlam o fluxo de sangue para qualquer região tecidual Condições locais nos tecidos (concentração de nutrientes, produtos finais do metabolismo, íons de hidrogênio etc) controlam diâmetro das artérias, adequando o fluxo à necessidade do tecido. ARTÉRIA ARTERÍOLA (10 a 15 micrômetros, apresenta muitas fibras musculares que alteram seu diâmetro) METARTERÍOLA (São arteríolas terminais com 5 a 9 micrômetros, apresenta revestimento muscular liso em pontos intermitentes) CAPILARES Capítulo 16 – A Microcirculação e o Sistema Linfático Microcirculação: Transpote de nutrientes para os tecidos Remoção de produtos de excreção celular São 10 bilhões de capilares, cuja superfície total está em torno de 500 à 700 m² todas as células estão próximas de algum capilar. Estrutura da Microcirculação e do Sistema Capilar A microcirculação em um órgão depende de sua necessidade. Metarteríola e capilar estão em contato íntimo com o tecido. Esfincter pré-capilar fibra muscular que circunda a origem de um capilar, abrindo e fechando sua entrada. Vênulas apesar do revestimento muscular mais fraco, têm contração considerável pois suportam menos pressão. Estrutura da Parede Capilar Parede constituída por uma camada unicelular de células endoteliais circundada externamente por uma membrana basal fina. 0,5 micrômetros de espessura 4 a 9 micrômetros de diâmetro (necessário para a passagem de eritrócitos e outras células sanguíneas). “Poros” na Membrana Capilar Vias de passagem que ligam o interior do capilar ao exterior: Fenda intercelular canal entre células endoteliais adjacentes, interrompido por proteínas de junção (que não impedem a difusão do líquido). A difusão resulta da movimentação térmica das moléculas de água e substâncias dissolvidas no líquido, provocando mistura contínua do líquido intersticial e do plasma. A permeabilidade dos poros capilares para as diferentes substâncias varia de acordo com seus diâmetros moleculares (exemplo: o diâmetro dos poros é menor que a albumina e 20 vezes maior que a molécula de água). A permeabilidade do capilar varia de acordo com o tecido (exemplo: capilar hepático é Ocorrem através da parede delgadas das arteríolas, formada por uma camada de células endoteliais. VASOMOTILIDADE Contração intermitente das metarteríolas e dos esfíncteres pré-capilares Interrupção do fluxo a cada poucos segundos ou minutos FLuxo Intermitente do consumo de O2 da [O2] no tecido Períodos intermitentes com maior frequência e duração aporte de O2 para os tecidos extremamente permeável, permitindo passagem de proteínas plasmáticas e de nutrientes; capilar renal tem permeabilidade à eletrólitos e água extremamente elevada, permitindo a filtração sanguínea). Por esses poros passam moléculas hidrossolúveis (água, íons sódio, íons cloreto, glicose etc). As substâncias lipossolúveis (como O2 e CO2) podem se difundir diretamente pela membrana, sem atravessar os poros (difusão ainda mais rápida). Vesículas plasmalêmicas diminutas formadas na superfície celular pela captura de porções do plasma ou do LEC. Podem se coalescer formando os canais vesiculares, com pouca importância de transporte. Tipos especiais de “poros” Adaptados às necessidades do órgão que nutrem Cérebro junções oclusivas entre as células epiteliais permite que apenas moléculas extremamente pequenas (água, oxigênio, dióxido de carbono etc) se difundam. Fígado fenda entre as células são muito abertas e quase todas as substâncias do plasma podem se difundir para os tecidos hepáticos. Membranas capilares gastrointestinais tamanhos intermediários entre poros dos mm e do fígado. Glomérulos renais fenestrações (aberturas ovais) atravessam as células endoteliais e permitem filtração de íons e moléculas pequenas sem necessidade de passar entre células endoteliais. Fluxo de sangue nos capilares – Vasomotilidade Regulação da Vasomotilidade Concentração de O2 nos tecidos Função Média do Sistema Capilar Representação da função de bilhões de capilares atuando de forma intermitente, em resposta às condições locais dos tecidos Intensidade média de fluxo sanguíneo no leito capilar Pressão capilar média Transferência média de substâncias Intensidade efetiva de difusão Δ de concentração da substância entre os lados da membrana = Intensidade efetiva de sua difusão. Exemplo: concentração de O2 no sangue é maior que nos tecidos, logo, sangue se difunde do sangue para o tecido. Já o CO2 está em maior concentração nos tecidos, indo destes para o sangue. A intensidade efetiva de difusão é grande para a maioria das substâncias e pequenas Δ de concentração são capazes de promover difusão. Interstício e Líquido Intersticial Interstício é o espaço entre as células na qual se encontra o líquido intersticial (1 6⁄ do líquido corporal). Contém 2 tipos principais de estruturas sólidas: Feixes de fibras de colágeno maior parte da força tensional dos tecidos Filamentos de proteoglicanos trama de delicados filamentos reticulares (arbusto). Contem espaços que retêm o líquido intersticial. A combinação dos filamentos de proteoglicanos com o interstício é chamada de gel tecidual, que promove resistência ao fluido do líquido (velocidade de difusão de 95 a 99% em relação à difusão do plasma). Há pequenas corrente e vesículas de líquido livre (sem moléculas de proteoglicanos), que aumentam em caso de edema. O líquido intersticial é derivado da filtração e difusão pelos capilares, contendo praticamente os mesmos constituintes do plasma (exceto por concentrações muito menores de proteínas, que não passam facilmente pelos poros capilares). Filtração do líquido pelos capilares Determinada por pressões osmóticas, hidrostáticas e coloidais e pelo coeficiente de filtração capilar A pressão hidrostática nos capilares força saída do líquido e substâncias nele dissolvidas para líquido intersticial. A pressão osmótica, gerada pelas proteínas plasmáticas, promove movimentação do líquido do interstício para o sangue, por osmose, impedindo perda significativa de líquido sanguíneo. O sistema linfático leva de volta à circulação pequena quantidade de proteína e líquido em excesso que extravasam para o interstício. Forças de Starling 4 forças primárias que determinam a difusão Pressão capilar (PC) o Força o líquido para fora da membrana. Valores: Na extremidade arterial 25 mmHg Na extremidade venosa 10 mmHg Líquido é filtrado para fora na extremidade arterial e reabsorvido na extremidade venosa. Pressão do líquido intersticial (Pli) o Quando positiva, força o líquido para dentro da membrana e quando negativa, para fora. o Valor normal -6,3 mmHg Pressão coloidosmótica plasmática (πp) o Provoca osmose do líquido para dentro da membrana. o Normal: 28 mmHg o Causada pelas proteínas plasmáticas (albumina – 80% –, globulinas, fibrinogênio) que não são capazes de passar pelos poros da membrana e pelos cátions mantidos no plasma pelas proteínas. Definida pelo número de moléculas dissolvidas no líquido e não por sua massa. Pressão coloidosmótica intersticial (πli) o Provoca osmose do líquido para fora da membrana. o 8 mmHg o Concentração média de proteína de 40% em relação ao plasma. Forças que provocam filtração na extremidade arterial do capilar Pressão no tecido subcutâneo o -3mmHg Pressão efetiva de filtração (PEF) = Pc – Pli – πp + πli PEF (+) filtração de líquido pelos capilares (condição fisiológica) PEF (-) absorção de líquido Coeficiente de filtração capilar Kf Medida da capacidade das membranas capilares de filtrar água sob uma dada PEF, expresso em mL/min por mmHg da PEF. Determinado por: Forças de Starling Número de capilares Número de poros em cada capilar Bombeamento pelo Sistema Linfático Remove excesso de líquido, proteínas, detritos orgânicos e outros materiais dos espaços teciduais e bombeia para a circulação sanguínea causando ligeira pressão negativa no espaço intersticial. 9 10⁄ do líquido filtrado é reabsorvido e o restante segue para os vasos linfáticos, por onde retorna para o sangue circulante. Equilíbrio de Starling Sob condições normais, a quantidade de líquido filtrado para fora, nas extremidades arteriais dos capilares, é quase exatamente igual ao líquido que retorna à circulação por absorção. O ligeiro desequilíbrio existente é responsável pelo líquido que retorna à circulação pelos linfáticos. Média das forças que tendem ao extravasamento Pressão capilar média 17,0 Pressão negativa do líquido intersticial 3,0 Pressão coloidosmótica do interstício: 8,0 TOTAL 28,3 mmHg Somatória das forças que tendem para a reabsorção Pressão coloidosmótica do plasma 28,0 Pressão de filtração: 28,3 – 28,0 = 0,3 mmHg Filtração = Kf x PEF Reabsorção na extremidade venosa Desequilíbrio de 0,3 mmHg faz com que filtração seja maior que reabsorção. Esse excesso na filtração (filtração efetiva) retorna ao sangue pelos vasos linfáticos.
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