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Deficiência Visual

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DEFICIÊNCIA VISUAL 
OBJETIVO 
Abordar a deficiência visual, sua classificação e suas causas. 
TEXTO 
“O nosso olho é a máquina fotográfica do cérebro.” 
(Kirk e Gallagher) 
Os distúrbios sensoriais são os que comprometem os nossos canais de sensibilização e 
comunicação com o mundo: o nosso ouvir, o ver e o nosso sentir. A deficiência visual refere-se 
a esse meio. Existe a diferença entre OLHAR e VER; o olhar é uma indicação de atenção, 
voltada ao interesse, à investigação. Já o ver está relacionado com o conhecer, perceber ou 
distinguir estímulos. 
Quando enxergamos, estabelecemos uma comunicação visual com o mundo exterior. A visão é 
soberana no mundo que nos encontramos, antes de tudo vemos, olhamos. 
A visão, segundo Sá, Campos e Silva (2007): 
... É o elo de ligação que integra outros sentidos, permite associar som e 
imagem, imitar um gesto ou comportamento e exercer uma atividade 
exploratória circunscrita a um espaço delimitado. Desta forma, para 
compreender a deficiência visual, deveríamos antes de tudo passar por uma 
experiência de tentar passar um dia com os olhos vendados. 
O que aconteceria conosco? Que sensações viriam? Que entendimentos viriam? 
Está comprovado pelos neurocientistas que possuímos mais de dez sentidos, mas será que 
valorizamos e reconhecemos todos? 
Para todas as pessoas esses sentidos têm as mesmas características e potencialidades, porém 
para as pessoas deficientes visuais ou com baixa visão, principalmente as informações táteis, 
auditivas, sinestésicas e olfativas são mais desenvolvidas. Essas pessoas recorrem com maior 
frequência a esses sentidos para decodificar e registrar na memória as informações. 
Podemos até inferir que nesses casos a lei da natureza impera, fazendo com que todos os 
sistemas estejam intensificados, favorecendo a sobrevivência e o desenvolvimento da espécie. 
Para reconhecer o mundo precisamos registrar imagens mentais em nosso cérebro, as pessoas 
deficientes visuais utilizam todos esses sentidos para formar conceitos e as representações 
mentais. Nós nos comunicamos de várias formas, não só pela linguagem. Nosso corpo, nossas 
mãos (gestos), olhares, expressões faciais estão sempre comunicando. A pessoa cega não 
consegue entrar nesse meio de comunicação. 
Convivemos com apelos visuais o tempo todo, somos solicitados para o mundo exterior a todo 
instante, esquecendo-nos do nosso interior, do que somos. 
Classificações 
• Cegueira: “... alteração grave ou total de uma ou mais funções elementares da visão que 
afeta de modo irremediável a capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma, posição 
ou movimento em um campo mais ou menos abrangente” (SÁ; CAMPOS; SILVA, 2007, p.15). 
Não existe nenhuma visão, as pessoas só percebem a luz. Existem dois tipos de cegueiras: a 
congênita, presente desde o nascimento, e a adquirida, decorrentes de causas orgânicas ou 
acidentais. 
• Baixa visão: (visão subnormal, reduzida ou ambliopia). É complexa essa definição devido à 
intensidade de comprometimentos das funções visuais (SÁ; CAMPOS; SILVA, 2007, p. 16). 
Observa-se também nesses quadros o nistagmo, movimento rápido e involuntário dos olhos, 
causando redução da acuidade visual e fadiga durante a leitura. Essas pessoas têm um 
conhecimento restrito sobre tudo que as rodeia, pois recebem as informações visuais 
reduzidas e muitas vezes distorcidas. Essas autoras referem que uma pessoa com baixa visão 
oscila de sua condição visual de acordo com seu estado emocional, a posição em que se 
encontra para leitura e condições de iluminação do ambiente. 
Kirk e Gallagher (2000, p. 184) referem-se à prevalência de crianças deficientes visuais, em que 
o número dessas é menor do que o de crianças deficientes mentais ou com distúrbios de 
aprendizagem. 
Causas da deficiência visual 
• doenças infecciosas; 
• acidentes, ferimentos; 
• envenenamentos; 
• tumores; 
• doenças gerais; 
• influencias pré-natais; 
• hereditariedade; 
• diabete; 
• sífilis; 
• glaucoma; 
• cerite (inflamação da córnea); 
• rubéola; 
• sarampo. 
 
Causas hereditárias: 
• catarata; 
• atrofia do nervo ótico; 
• albinismos. 
A deficiência visual não está relacionada diretamente com déficit cognitivo. O que os autores 
acima descrevem é que a perda da visão pode causar: 
• alguma restrição e profundidade sobre certas experiências cognitivas; 
• alguma restrição de experiência devido ao fato da mobilidade ser restrita; 
• algumas restrições nas interações com o ambiente. 
O que encontramos, porém, em vários estudos, é que a capacidade das crianças deficientes 
visuais para ouvir e comunicar-se oralmente tem permitido que desenvolvam suas capacidades 
intelectuais (KIRK ; GALLAGHER, 2000, p.193). 
REFERÊNCIAS 
 
KIRK, S. A.; GALLAGHER, J. J. Educação da criança excepcional. Tradução de Maria Zanella 
Sanvincente. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. 
 
SÁ, E. D.; CAMPOS, I. M.; SILVA, M. B. C. Deficiência visual. São Paulo: MEC/SEESP, 2007 
(Atendimento educacional especializado). “Formação continuada a distância para professores 
para o atendimento educacional especializado.” 
 
 
DESEMPENHO VISUAL NA ESCOLA 
OBJETIVO 
Tratar do desempenho visual na escola assim como de alguns cuidados e estratégias para 
trabalhar com crianças com deficiência visual e o Sistema Braille. 
TEXTO 
O trabalho com alunos com baixa visão baseia-se na ideia de estimular o potencial da visão do 
aluno e dos sentidos remanescentes, além de mediar dificuldades e conflitos emocionais. 
O Atendimento Educacional Especializado deverá oferecer um trabalho a essas crianças 
planejando materiais e estratégias, adequando-os caso a caso. Recursos ópticos e não-ópticos: 
Sá, Campos, Silva, (2007, p.19) referem que a utilização desses recursos envolve profissionais 
da pedagogia, psicologia de orientação de mobilidade. Existem recursos ópticos para longe, 
para perto e lupas manuais ou lupas de mesa e de apoio. Os recursos não-ópticos podem ser: 
tipos ampliados, acetato amarelo, planos inclinados e acessórios (lápis 4B ou 6B, canetas 
especiais...) softwares com ampliadores de tela e programa com síntese de voz. 
São necessários alguns cuidados e estratégias para trabalhar com crianças deficientes visuais. 
Segue uma lista de recomendações úteis para professores elaborados por Sá, Campos, Silva 
(2007, p. 20): 
Recomendações Úteis 
• Sentar o aluno a uma distância de aproximadamente um metro do quadro negro na parte 
central da sala. 
• Evitar a incidência de claridade diretamente nos olhos da criança. 
• Estimular o uso constante dos óculos, caso seja esta a indicação médica. 
• Colocar a carteira em local onde não haja reflexo de iluminação no quadro negro. 
• Posicionar a carteira de maneira que o aluno não escreva na própria sombra. 
• Adaptar o trabalho de acordo com a condição visual do aluno. 
• Em certos casos, conceder maior tempo para o término das atividades propostas, 
principalmente quando houver indicação de telescópio. 
• Ter clareza de que o aluno enxerga as palavras e ilustrações mostradas. 
• Sentar e aluno em lugar sombrio se ele tiver fotofobia (dificuldade de ver bem em ambiente 
com muita luz). 
 
 
 
• Evitar iluminação excessiva em sala de aula. 
• Observar a qualidade e nitidez do material utilizado pelo aluno: letras, números, traços, 
figuras, margens, desenhos com bom contraste figura/fundo. 
• Observar o espaçamento adequado entre letras, palavras e linhas. 
• Utilizar papel fosco, para não refletir a claridade. 
• Explicar, com palavras, as tarefas a serem realizadas. 
Para crianças que ficaram cegas antes da alfabetização, é necessário um trabalho de 
estimulação precoce, de exploraçãodo ambiente. Deve haver todo cuidado com o espaço 
físico e mobiliário a fim de favorecer a comunicação e a interação social. 
Sistema Braille 
Esse sistema foi criado por Louis Braille, em 1825, como um meio de leitura e escrita para 
pessoas cegas. Baseia-se na combinação de 63 pontos que representam letras do alfabeto, os 
números e outros símbolos gráficos. É recomendável que os educadores tenham domínio 
sobre esse sistema não só o professor especializado. 
A figura abaixo é o Alfabeto Braille (SÁ; CAMPOS; SILVA, 2007, p. 23). 
 
 
 
 
Reflexões 
 
Haveria então dois tipos de olhos: 
• olho físico: olho das formas das aparências; 
• olho do coração: olho da alma, considerado como janela da alma. 
O primeiro observa o TEMPO, o outro observa a Eternidade... 
O que significa ser cego? 
Para alguns, significa ignorar a realidade das coisas, negar as evidências... 
Para outros, ser cego é ignorar as aparências e viver da essência. 
E para você? 
 
REFERÊNCIAS 
 
KIRK, S. A.; GALLAGHER, J. J. Educação da criança excepcional. Tradução de Maria Zanella 
Sanvincente. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. 
 
SÁ, E. D.; CAMPOS, I. M.; SILVA, M. B. C. Deficiência visual. São Paulo: MEC/SEESP, 2007 
(Atendimento educacional especializado). “Formação continuada à distância para professores 
para o atendimento educacional especializado.”

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