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TP Histriônica

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FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - FACISA
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO EXTREMO SUL DA BAHIA - CESESB
CURSO: DIREITO
TURMA: II SEMESTRE
DISCIPLINA: PSICOLOGIA JURÍDICA
DISCENTES: ADRIEL JESUS
ANA PAULA
CATIELE COSTA
DUILIO
EZEQUIEL MENDES
GERÔNIMO
PRISCILLA CAMPOS
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE HISTRIÔNICA
ITAMARAJU-BA
2015
ADRIEL JESUS
ANA PAULA
CATIELE COSTA
DUILIO
EZEQUIEL MENDES
GERÔNIMO
PRISCILLA CAMPOS
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE HISTRIÔNICA
Trabalho apresentado ao curso de Direito, como requisito parcial de avaliação da disciplina psicologia jurídica.
Orientação: Prof.ª Carolina Cavalcante.
ITAMARAJU-BA
2015
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE HISTRIÔNICA
“A característica essencial do Transtorno da Personalidade Histriônica consiste de um padrão invasivo de emocionalidade excessiva e comportamento de busca de atenção, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos” (KAPLAN, 1993).
“Transtorno Histriônico de Personalidade, é caracterizada por um comportamento colorido, dramático e extrovertido que se apresenta sempre exuberantemente. É um dos únicos distúrbios de personalidade mais freqüentes no sexo feminino, onde os pacientes apresentam uma tendência de comportamento em busca de atenção” (KAPLAN, 1993).
Existem poucos dados de estudos de prevalência desse transtorno, os que existem indicam uma prevalência na população de cerca de 2-3%. Já em contextos ambulatoriais e de internação em saúde mental, ao utilizar-se de avaliações mais estruturadas, as taxas foram identificadas como cerca de 10 a 15% dos casos.
Ainda que algumas pesquisas sugiram que a proporção seja próxima entre os sexos, este diagnóstico tem sido muito mais freqüente em mulheres. Enquanto os homens tenderiam a exibir masculinidade e habilidades físicas, as mulheres tenderiam a exaltar sua feminilidade e sensualidade.
Esquemas de diagnósticos diferenciais compreendem que homens com sintomas similares tendam a ser diagnosticados com transtorno de personalidade narcisista. Visto que a sintomatologia do quadro coincide com uma expressão exagerada do estereótipo do sexo feminino, tem sido considerado o negativo do transtorno de personalidade anti-social, freqüentemente associado a uma expressão exagerada de masculinidade.
CARACTERÍSTICAS
Pessoas com este transtorno em geral são capazes de conviverem normalmente e às vezes alcançarem sucesso profissional e baixo índice de sucesso social. Indivíduos com transtorno de personalidade histriônica geralmente possuem bons dotes sociais em um círculo restrito de pessoas e tendem a usá-los para manipular os outros para tornaram-se o centro das atenções.
Esses indivíduos começam bem relacionamentos, porém, tendem a hesitar quando profundidade e durabilidade são necessárias, alternando entre extremos de idealização e desvalorização. São pessoas caracterizadas pela infidelidade contumaz e inconseqüente em relações amorosas. Com o fim de relações românticas podem buscar tratamento para depressão, embora isto não seja de forma alguma uma característica exclusiva a este transtorno. Inicialmente o TPH pode ser confundido com a mitomania.
Um padrão invasivo de excessiva emocionalidade e busca de atenção, que inicia na idade adulta e está presente em uma variedade de contextos, entre os sintomas principais estão:
Sente desconforto em situações nas quais não é o centro das atenções;
A interação com os outros freqüentemente se caracteriza por um comportamento inadequado, sexualmente provocante ou sedutor;
Exibe mudança rápida e superficialidade na expressão das emoções;
Usa consistentemente a aparência física para chamar a atenção sobre si própria;
Tem um estilo de discurso excessivamente impressionista e carente de detalhes;
Exibe autodramatização, teatralidade e expressão emocional exagerada;
É sugestionável, ou seja, é facilmente influenciado pelos outros ou pelas circunstâncias;
Consideram os relacionamentos mais íntimos do que realmente são.
CID-10
A CID-10 da Organização Mundial da Saúde lista o transtorno de personalidade histriônica sob o código F60.4, sendo caracterizado por pelo menos três dos seguintes:
Dramatização, teatralidade, e expressão exagerada de emoções;
Sugestionabilidade, facilmente influenciável por outrem ou ambientes;
Afetividade superficial e instável;
Busca contínua por excitação e atividades onde o paciente é o centro das atenções;
Sedução inapropriada em aparência ou comportamento;
Busca de parceiros simultâneos;
Desprezo por diagnósticos, críticas e sugestões que não coincidam com seu comportamento;
Preocupação excessiva com aparência física, vestimenta e acessórios;
Em casos extremos, pode insinuar-se para depois ser receptiva ao assédio do sexo oposto, mesmo que de pessoas com pouca ou nenhuma intimidade;
Inconformismo com o fim de relacionamentos, seguido de TOC -Transtorno Obsessivo Compulsivo com prevalência à obsessão pelo Déjà-vu na busca de reeditar relacionamentos que já não existem mais.
É exigido pela CID-10 que o diagnóstico de quaisquer transtornos de personalidade específicos também satisfaça uma relação de critérios de transtornos de personalidade em geral.
TRATAMENTOS
O tratamentos é à longo prazo com psicoterapia, as descobertas empíricas do tratamento de tais transtornos permanece baseada no método de avaliação de casos, conjunto de sintomas e em ensaios clínicos. Sendo que o tratamento de escolha é psicoterapia e/ou terapia cognitivo-comportamental, focada no auto-desenvolvimento através da resolução de conflitos e no avanço de linhas de desenvolvimento inibidas. A terapia em grupo pode auxiliar os indivíduos a aprenderem a controlar a exibição de comportamentos excessivamente dramáticos, insinuantes ou permissivos.
Os terapeutas especializados sabem que o Transtorno de Personalidade Histriônica (TPH) é retro patológicos, o que pode agravar o quadro clínico. Em ambientes terapêuticos, constatou-se ser este um dos motivos do fracasso nas relações afetivas do portador de TPH.
CAUSAS
A causa deste transtorno é desconhecida, mas eventos da infância como mortes ou doenças de familiares próximos, que resultam em ansiedade constante, divórcio ou problemas de relacionamento dos pais e principalmente genética podem estar envolvidos. Poucas pesquisas foram realizadas para determinar as fontes biológicas, se é que existem, deste transtorno. Teorias psicanalíticas incriminam atitudes autoritárias ou distantes por um (principalmente a mãe) ou ambos os pais, ou os pais desses pais, ou amor baseado em expectativas que a criança jamais poderia alcançar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KAPLAN, HI. et. al. Compêndio de Psiquiatria: Ciências Comportamentais e Psiquiatria Clínica. 6 ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

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