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3_meioinformacional

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DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS
Disciplina Análise Regional
Prof. Heitor Soares de Farias
A constituição do meio técnico-científico-informacional
Podemos entender a informação como recurso – há áreas de abundância e áreas de carência.
Coexistem territórios bem informados e territórios mal informados - daí a necessidade de conhecer a qualidade da informação e os seus usos.
A especialização dos lugares, que é também uma manifestação da divisão territorial do trabalho, exige produção e circulação de torrentes de informação, que ao mesmo tempo a retroalimentam.
Por isso, a informação também é uma forma de trabalho – fundamento do trabalho contemporâneo, também dado relevante na divisão regional do trabalho.
Hoje, há uma informação globalmente organizada que se difunde com instrumentos de trabalho específicos (satélites) – sistemas técnicos sofisticados que exigem produtores de informação sobre o território.
As sucessivas inovações técnicas dos satélites permitem um conhecimento mais detalhado do território, e da previsão do tempo também.
É o mundo do tempo real – informação instantânea.
Nas grandes firmas, essa informação instantânea é imprescindível para a criação e a reprodução da mais-valia.
Todos esses novos instrumentos colonizam o território de forma seletiva – quanto maior a densidade técnica maiores as possibilidades.
Essa instrumentalização do território agrava as disparidades entre quem pode conhecer o território e quem é manos favorecido à fazê-lo – áreas informadas e áreas menos informadas.
Mesmo a pesquisa científica, embora se alastre pelo país, verifica-se uma presença maciça das maiores universidades na região concentrada.
O uso do território é marcado, de um lado, por uma maior fluidez, com menos fricções e rugosidades e, de outro, pelo fixidez, dada por objetos maciços e grandes e também pelos micro-objetos da eletrônica e da informática, cujas localizações devem ser adequadas e precisas.
No presente há uma tendência à generalização da psicosfera – característica do período histórico.
Contudo, existem modos de resistência à homogeneização da psicosfera – formas de viver regionais frente a novos padrões de comportamento.
Exemplo: as comidas regionais constituem empecilhos à propagação das cadeias de fast food globais.
Por outro lado, a região concentrada tem o espaço fluido. A difusão do meio técnico científico informacional deve muito ao paralelismo da psicosfera – seleciona ângulos e privilegia segmentos.

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