Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CONTABILIDADE SOCIAL Contabilidade social, procura definir e medir os principais agregados a partir de valores já realizados ou efetivados (ex post a posteriori, após ocorridos). Já a Macroeconomia, procura- se antecipar ou prever o que pode ocorrer, trabalhando-se com valores previstos, planejados (ex ante, a priori, antes de ocorrerem). Sistemas de contabilidade social Os agregados macroeconômicos , são determinados a partir de um sistema contábil que trata o país como se ele fosse uma grande empresa que produz um produto único , o produto nacional bruto, que é o agregado de tudo que é produzido nessa economia. Existem dois sistemas de contabilidade social: Sistema de contas nacionais - discrimina as transações dos grandes agentes macroeconômicos: famílias, empresas, governo e setor externo. Não se consideram as transações com bens e serviços intermediários, que são utilizados como insumos ou matérias-primas na produção de outros bens. Matriz de relações intersetoriais – inclui as transações intermediarias, permitindo analisar as relações econômicas entre os vários setores de atividade (o que cada setor gasta e o que vende para outros setores). Princípios básicos das contas nacionais: consideram-se apenas as transações com bens e serviços finais, não são computados bens e serviços intermediários, apenas a remuneração aos fatores de produção (salários, juros, alugueis e lucros); mede-se apenas a produção corrente do próprio período; as transações são definidas ao longo de certo período de tempo; moeda é apenas unidade de medida; não são considerados os valores das transações puramente financeiras. Ótica do produto e ótica da despesa – mercado de bens e serviços. Renda gerada no processo de produção. Ótica da renda – mercado de fatores de produção, é a remuneração dos fatores (salários, juros, alugueis e lucros). Ótica de quem vende: Produto Nacional= preçoX quantidade (PN=PxQ). Produto nacional é o valor de todos os bens e serviços finais, medidos a preços de mercado (preço praticado). Ótica de quem compra: Despesa Nacional= consumo+investimentos+gastos do governo+(exportações – importações). DN= C+I+G+(X-M). Despesa nacional é composta apenas pelos gastos das famílias com bens de consumo. Ótica da Renda – renda nacional é a soma dos rendimentos pagos aos fatores de produção no período. Renda Nacional=salários+juros+alugueis+lucros (RN= w+j+a+l). Valor adicionado ou agregado – é o valor que se adiciona ao produto em cada estágio de produção, ou seja, é a renda adicionada por setor produtivo. Somando o valor adicionado em cada estágio de produção, chegaremos ao produto final da economia. Poupança agregada – é toda a renda recebida pelas famílias, na forma de salários, juros, alugueis, e lucros, a parcela que não for gasta em consumo num dado período. Poupança agregada= renda nacional – consumo (S=RN-C). Investimento agregado – é o gasto com bens que foram produzidos, mas não foram consumidos no período, e que aumentam a capacidade produtiva da economia nos períodos seguintes. Investimento total= investimentos em bens de capital+variação de estoques. Depreciação – é o desgaste do equipamento de capital da economia num dado período (desgaste de máquinas no processo de produção). Investimento liquido= investimento bruto- depreciação. Receita fiscal do governo – impostos indiretos: transações com bens e serviços (IPI,ICMS); impostos diretos: pessoas físicas e jurídicas (IR); contribuições a previdência social: empregados e empregadores; outras receitas: taxas, multas, pedágios, alugueis. Gastos do governo - gastos dos ministérios, gastos das empresas públicas, gastos com transferências e subsídios. Superávit ou déficit público – se a arrecadação superar os gastos públicos nas varias esferas de governo, tem-se um superávit das contas públicas, caso contrário tem-se um déficit . Renda nacional a custo de fatores e produto nacional a preços de mercado – custos de fatores é o que a empresa paga aos fatores de produção, salários, juros. Alugueis e lucros, enquanto preço de mercado, que é o preço final pago na venda, adiciona ao custo de fatores de produção os impostos indiretos (ICMS e IPI). PNL a preços de mercado= RNL a custo de fatores+Impostos indiretos – Subsídios. Renda pessoal disponível – procura medir o quanto da renda gerada no processo econômico fica em poder das famílias. Quanto sobra para as famílias decidirem gastar na compra de bens e serviços ou então poupar. Carga tributária bruta e liquida – é o total de arrecadação fiscal do governo, parte desses tributos retorna ao setor privado na forma de transferências e subsídios. Ao se deduzirem da carga tributária bruta os subsídios e as transferências do setor privado chega-se à carga tributária líquida. Carga tributária líquida= carga tributária bruta- transferências e subsídios do governo ao setor privado. Economia a quatro setores: agregados relacionados ao setor externo: exportações e importações: as exportações representam as compras de mercadorias produzidas pelas empresas localizadas em nosso país efetuadas pelos estrangeiros. As importações representam as despesas que nós fazemos com produtos estrangeiros. Produto interno bruto, produto nacional bruto e renda líquida no exterior: produto interno bruto é o somatório de todos os bens e serviços finais produzidos dentro do território nacional num dado período, valorizados a preço de mercado, sem levar em consideração se os fatores de produção são de propriedade de residentes ou não-residentes. Somando o PIB a renda recebida do exterior e subtraindo a renda enviada ao exterior, tem-se o produto nacional bruto (PNB), que é a renda que efetivamente pertence aos residentes do país. A diferença entre renda recebida e renda enviada ao exterior é chamada de renda líquida do exterior (RLE).
Compartilhar