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O SIMPLES NACIONAL E A INCLUSÃO DAS ATIVIDADES ADVOCATÍCIAS COMO BENEFÍCIO TRIBUTÁRIO

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O SIMPLES NACIONAL E A INCLUSÃO DAS ATIVIDADES ADVOCATÍCIAS 
COMO BENEFÍCIO TRIBUTÁRIO 
 
GRABOSKI, Adriana1; PINTO, Peter Emanuel2 
 
Com a Emenda Constitucional nº 42/2003, que acrescentou a alínea “d” ao inciso III do 
artigo 146 da Constituição Federal, em que dispõe que cabe a Lei Complementar a 
definição de um sistema simplificado que alcançasse mais tributos, neste sentido versa o 
já citado diploma legal: (...)d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para 
microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou 
simplificados no caso do disposto no art.155, II, das contribuições previstas no art. 
195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. Parágrafo único. A lei 
complementar de que trata o inciso III, “d”, também poderá instituir um regime único 
de arrecadação de impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios. Nessa perspectiva, o Simples Nacional foi regulamentado pela Lei 
Complementar nº 123/2006, em substituição ao anterior regime, vindo a abarcar tributos 
federais, estaduais e municipais. O novo sistema revogou, portanto, a Lei nº 9.317/96, 
do SIMPLES federal. O Simples Nacional é um regime especial unificado de 
arrecadação de impostos e contribuições, por meio de um único sistema de apuração, 
reduzindo assim a burocracia tributária através de um tratamento tributário diferenciado 
com o intuito de reduzir a carga tributária das microempresas e das empresas de 
pequeno porte. O sistema utiliza-se de uma única base de cálculo, ou seja, a receita 
bruta auferida no mês, da pessoa jurídica, sobre a qual incidirá um percentual de 
alíquota, maior ou menor, dependendo é claro do enquadramento da microempresa ou 
da empresa de pequeno porte. Portanto, o recolhimento é mensal, utilizando-se de um 
único documento de arrecadação (DARF) e deverá ser pago sempre no dia 20 do mês 
seguinte. Importante ressaltar que os tributos devidos pelos contribuintes ficaram 
distribuídos da seguinte forma: as contribuições – PIS/PASEP, COFIS,CSLL, CPP e os 
impostos – IRPJ, IPI, ICMS e ISS, os dois últimos instituídos pela EC/123/2006.Com a 
alteração trazida pela Lei Complementar nº 147/2014 que entrou em vigor em 1º de 
janeiro de 2015 houve um grande avanço em relação inclusão de inúmeros profissionais 
no âmbito do Simples Nacional, os quais anteriormente pagavam seus tributos 
separadamente, utilizando-se do Lucro Presumido. Com a universalização do Simples 
Nacional foram também enquadrados nesse sistema de unificação de tributos mais de 
140 atividades que antes eram proibidas de aderir a esse regime, possibilitando as 
empresas prestadoras de serviços de atividade intelectual, técnica, cientifica, desportiva, 
artística, cultural, as que realizam atividades de consultoria, dentista, fisioterapeutas, 
advogados, dentre outros aderirem ao novo regime. O contribuinte deve manifestar seu 
interesse pela opção ao Simples Nacional para o ano seguinte e deve ser renovado a 
cada exercício, valendo para o ano todo, podendo ser modificado somente no exercício 
seguinte. O importante passo foi em relação a Lei Complementar 123/2006 no seu 
artigo 17, onde vedava as microempresas e empresas de pequeno porte a recolher na 
forma do Simples Nacional. E com isso as outras atividades, inclusive as advocatícias 
que não podiam tributar pelo Simples Nacional. No entanto, a Lei Complementar nº 
147/2014, revogou o dispositivo acima mencionado. Permitindo que a atividade 
advocatícia passasse a fazer parte do rol de atividades abarcadas pelo sistema de 
tributação diferenciada, que anteriormente eram tributados pelo regime do Lucro 
 
1
 Acadêmica do Curso de Direito do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais - CESCAGE. 
2
 Especialista em Direito Tributário pelo IBET/PR, Membro do Instituto de Direito Tributário do Paraná – 
IDTPR. Docente do Curso de Direito do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais - CESCAGE. 
Presumido. Após a inclusão da categoria no regime, os advogados, na condição de 
pessoa física ou as sociedades de advogados necessitam decidir até que ponto vale a 
pena optar pelo Simples Nacional. É necessário uma orientação precisa, no sentido de 
fazer um planejamento tributário estimado de qual será o total da receita do escritório 
com honorários advocatícios para o exercício seguinte. Com o objetivo de verificar qual 
regime de recolhimento tributário será mais vantajoso; Simples Nacional, Lucro 
Presumido ou ainda o Lucro Real. A adesão pelo regime se mostra benéfica, pois 
diminuí as alíquotas dos tributos pagos, podendo variar a carga tributária dependendo 
do faturamento mensal. O Simples Nacional veio para dar oportunidade de crescimento 
para os advogados individuais, para as pequenas sociedades de advogados e muito mais 
para aqueles que estão entrando para o mercado de trabalho. Com isso há uma 
diminuição significativa na carga tributária, também uma desburocratização na questão 
de cadastramento, início e encerramento de suas atividades. 
 
Palavras-chave: Simples Nacional, Tributação Diferenciada, Atividade Advocatícia.

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