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TAE DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL II SOBRE PROCEDIMENTO SUMÁRIO DARLANA HACKBARTH 1 FELIPE TEDESCO BONETTI² RESUMO Ao decorrer-se sobre o Direito Processual Civil II, torna-se imprescindível a observação do conceito e aplicação do procedimento sumário, o qual atualmente é de extrema relevância para o mundo jurídico, pois o mesmo tem propósitos desburocratizantes e agilizadores, com o objetivo de dar às ações solução mais rápida. Palavras–chave: Direito Processual Civil. Procedimento. Sumário. ABSTRACT In the course up on the Civil Procedure II, it is essential to the concept of observation and application of summary procedure, which is currently extremely relevant to the legal world because it has desburocratizantes purposes and expeditors, in order to give the quickest solution actions. Keywords: Civil Procedure. Procedure. Summary. 1 Aluna do Curso de Direito. Unoesc – Universidade do Oeste de Santa Catarina, 2013/2. Email: lana16011995@gmail.com. ² Aluno do Curso de Direito . Unoesc- Universidade do Oeste de Santa Catarina, 2013/2. Email: felipetbonetti9@gmail.com. 2 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por objetivo, primeiramente conceituar o Procedimento Sumário, comparando- o ao procedimento ordinário e posteriormente explorar os princípios basilares deste rito processual, elencando-os aos artigos 275 a 281 do CPC, 2 O QUE É PROCEDIMENTO SUMÁRIO O procedimento comum pode ser classificado em ordinário e sumário, sendo este cabível pelo critério do valor da causa ou em razão da matéria, conforme previsão legal. O procedimento sumário é mais rápido em relação ao ordinário. Ele somente será adotado nos casos em que não houver previsão de procedimento especial e não versar a demanda sobre o estado de capacidade das pessoas. É um procedimento mais célere, cuja as causas são de mais fácil prova. 3 DO CABIMENTO DO PROCEDIMENTO SUMÁRIO Quanto à aplicação ou não do procedimento Sumário, disciplina o artigo 275 e seus incisos: Determina o artigo 275 do Código de Processo Civil que: Observar-se-á o procedimento sumário: I - nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo Ou seja, o rito sumário será observado nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo vigente no tempo da propositura da demanda, sendo irrelevantes as alterações posteriores do salário mínimo ou do bem da vida objeto do pedido. A mesma é de extrema relevância para a sistemática processual, pois toda causa deve ter um valor certo e determinado, ainda que não haja para ela um conteúdo econômico imediato, sendo requisito da petição inicial conforme o artigo 282 do CPC, onde será ela quem caracterizará o juiz competente para tal ação. Também é indispensável para a alçada recursal e o cabimento ou não do procedimento sumário. O inciso II e suas alíneas do mesmo artigo preveem as causas em que se adotará o procedimento sumário em relação a matéria: 3 II - nas causas, qualquer que seja o valor: A alínea a prevê o rito sumário em casos de: a) de arrendamento rural e de parceria agrícola; Art 1º O arrendamento e a parceria são contratos agrários que a lei reconhece, para o fim de posse ou uso temporário da terra, entre o proprietário, quem detenha a posse ou tenha a livre administração de um imóvel rural, e aquêle que nela exerça qualquer atividade agrícola, pecuária, agro-industrial, extrativa ou mista (art. 92 da Lei nº 4.504 de 30 de novembro de 1964 - Estatuto da Terra - e art. 13 da Lei nº 4.947 de 6 de abril de 1966). A parceria rural é considerada gênero, da qual são espécies (i) parceria agrícola, (ii) parceria pecuária, (iii) parceria agroindustrial e (iv) parceria extrativa vegetal ou mista. Como se vê, a alínea “a” do inciso II do artigo 275 se refere textualmente à parceria agrícola, nada mencionando quanto às demais espécies de parceria rural. Portanto, as causas que versarem sobre parceria agrícola, independentemente do valor, deverá ser processado pelo rito sumário. Já ações que discutam as outras espécies de parceria rural (agroindustrial, pecuária e extrativa) segundo alguns juristas, deverão seguir o procedimento ordinário. A alínea “b” do mesmo inciso também prevê o procedimento sumario para: b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio; Em relação às ações de “cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio”, não se existe qualquer restrição, quantificação ou qualificação da natureza da quantia. Como se vê, o procedimento sumário é previsto para as ações promovidas pelo condomínio em face do condômino, ficando excluída a ação do locador em face do locatário, mesmo porque, em tais casos, havendo contrato escrito (CPC, art. 585, IV do CPC), tem cabimento a ação de execução. Não havendo tal documento, entretanto, o locador terá de valer-se do processo de conhecimento, mas o procedimento será o comum: ordinário ou sumário, dependendo do valor, tendo em vista que o dispositivo legitima apenas o condomínio, e não o locador. Também: c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico; Afirma CARREIRA ALVIM que “Os danos que ensejam o ressarcimento, pela via sumária, são os decorrentes da má utilização do imóvel (lato sensu), seja de decorrência de contrato celebrado entre as partes (locação, sublocação, comodato, cessão de uso, etc.), seja de ato ilícito ou antijurídico, civil ou penal” Nesse prisma, a alínea “c” trata da obrigatoriedade da adoção do rito sumário nos processos que tenham por objeto o ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico. 4 Ainda: d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre; . A Lei nº. 9.245/95 determinou que somente devem ser processadas pelo rito sumário as demandas que versem sobre danos causados em acidente de veículo de via terrestre, seja este utilizado para transporte de pessoa, seja de coisas, motorizado ou movido por força mecânica, excluindo-se desse tipo de procedimento todos os outros não terrestres. Também: e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo, ressalvados os casos de processo de execução; A alínea “e” trata de cobrança de seguro relativamente aos danos causados em acidente de veículo, ressalvados os casos de processo de execução. Nesses casos, ao contrário do que ocorre na alínea anterior, a lei não faz qualquer restrição quanto à modalidade de veículo: terrestre, aéreo ou marítimo. Esta ação é movida em face da seguradora. Analisando-se o teor deste dispositivo restritivamente, não pode a seguradora, sub-rogada nos direitos do segurado, promover ação valendo-se do rito sumário, a não ser que a quantia cobrada esteja dentro do valor estabelecido no inciso I. Já a alínea: f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação especial; O profissional liberal é aquele que, por conta própria, exerce uma atividade profissional. É pessoa física, independente do nível de escolaridade, excluída a pessoa jurídica. A alínea “e” prevê também o rito sumário para a cobrança de honorários destes profissionais. E por fim: g) nos demais casos previstos em lei. Como por exemplo, a ação revisional de aluguel, prevista no art. 68 da Lei nº. 8.245/91, a ação que envolve atividade de representante comercial, com base na Lei nº. 4.866/65 com as alterações trazidaspela Lei nº. 8.420/92, ações que visem à correção de erros de grafia no registro civil das pessoas naturais, nos casos do art. 110, § 4º da Lei nº. 6.015/73 ações relativas a danos pessoais causados por 5 veículos cobertos pelo seguro obrigatório de que trata a Lei nº. 6.194/74, entre outras. Ainda o parágrafo único do mesmo artigo: Parágrafo único: Este procedimento não será observado nas ações relativas ao estado e a capacidade das pessoas. Por conseguinte as ações de estado não podem ser promovidas sob o rito sumário, como as que visam à anulação e a nulidade de casamento, separação judicial, divórcio, investigação de paternidade, suprimento do consentimento para fins de casamento, suspensão ou destituição do pátrio poder, nulidade, anulação ou revogação de adoção, ação para pedir posse em nome do nascituro, emancipação, interdição, entre outras. 4 OS PRINCÍPIOS DO PROCEDIMENTO SUMÁRIO Assim como todos os fundamentos legais da área jurídica, o Procedimento Sumário do Código de Processo Civil também possui princípios que norteiam a sua aplicabilidade. São eles: 4.1 PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL O Princípio do Devido Processo Legal é a base do processo civil, é tão importante que bastava a sua observância para a concretização da justiça, através de um processo justo e uma sentença justa. O mesmo deve ser visto como uma efetiva possibilidade que as partes devem ter para a garantia de acesso à ordem jurídica justa, sendo a manifestação tanto do direito de ação, do direito à defesa e ao contraditório e da igualdade entre as partes. 4.2 PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO O princípio do contraditório, também chamado de bilateralidade da audiência, é fundamental à função jurisdicional e mantém estreita ligação com os princípios do direito de ação e do tratamento igualitário entre as partes. Envolve tanto o direito de invocar a prestação da tutela jurisdicional quanto o direito de contraposição à pretensão, ou seja, o direito amplo de ação e o direito de defesa. No decorrer do processo deve ser assegurado às partes o conhecimento de todos os atos do 6 processo assim como a oportunidade de reação aos atos que lhe sejam desfavoráveis. Deve-se garantir não só para o autor e para o réu, mas para todas as partes litigantes as mesmas oportunidades e os mesmos instrumentos processuais para que possam amparar seus direitos e pretensões. 4.3 PRINCÍPIO DA ORALIDADE A oralidade permite que o juiz apreenda oralmente as alegações produzidas pelas partes, permitindo-o tirar conclusões a partir de manifestações de fisionomia, som da voz, firmeza, emoções, embaraços, entre outras expressões. É este um dos principais princípios do Procedimento Sumário , visto que há uma simplificação dos atos processuais, marcado por uma aceleração do ritmo do procedimento, 4.4 PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ O princípio da Identidade Física do Juiz se traduz na exigência de que o juiz seja o mesmo do começo ao fim da causa. Essa identidade não poderá ser observada, contudo, nos casos de afastamento, licenciamento, convocação, promoção ou aposentadoria do juiz, quando caberá ao seu sucessor a prolação da sentença. 4.5 PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO O princípio da concentração exige que os atos do processo sejam realizados em um período breve do tempo, preferencialmente em uma única oportunidade, sucessivamente, uns próximos ao outros. 4.6 PRINCÍPIO DA UNIDADE E CONTINUIDADE DA AUDIENCIA “Esse princípio significa que a audiência, tônica do procedimento oral, é sempre una e contínua, ainda que se desdobre em mais de uma etapa” Sendo prorrogada para dia próximo, não se repetem as fases já vencidas, é a mesma audiência, ainda que realizada por etapas, fragmentada no tempo. Destarte, dispõe o art. 455 que a audiência e uma e contínua, e que não sendo possível concluir no mesmo dia a instrução, o debate e o julgamento, o juiz deve marcar o seu prosseguimento para dia próximo. 7 4.7 PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO DO JUIZ De acordo com este princípio, o Juiz pode analisar livremente as provas produzidas nos autos, agindo em conformidade com o seu convencimento, devendo sempre explicitar os fundamentos que o levaram a chegar à conclusão obtida. 4.8 PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS Este princípio objetiva dar maior celeridade ao procedimento, sem prejuízo de sua apreciação pelo tribunal em caso de eventual recurso. No processo civil brasileiro, a regra é a recorribilidade das interlocutórias através do agravo, nas modalidades retidas e por instrumento. A partir da reforma, se verifica uma tendência de afastar a recorribilidade dessas decisões através do agravo de instrumento, estabelecendo-a, preponderantemente, por meio do agravo na modalidade retida. 4.9 PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE Reza o art 133 do CPC: O segredo de justiça pode ser ordenado sempre que trate de matéria que humilhe, rebaixe, vexe ou ponha a parte em situação de embaraço, que dificulte o prosseguimento do ato, a consecução da finalidade do processo, ou possa envolver revelação prejudicial à sociedade, ao Estado, ou a terceiro”. Porém mesmo nesses casos a sentença deve ser publicada, evitando-se a menção ao nome das pessoas, referindo-se apenas às iniciais dos nomes das partes e dos terceiros interessados, e constando apenas a conclusão. A comunicação dos atos deve ser feita de forma cifrada permitindo a comunicação apenas às partes e aos seus procuradores. 4.10 PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO Conforme declarou J J Gomes Canotilho: “A exigência da fundamentação das decisões judiciais está radicada em três razões fundamentais: 1) controle da administração da justiça; 2) exclusão do caráter voluntarístico e subjetivo do exercício da atividade jurisdicional e abertura do conhecimento da racionalidade e 8 coerência argumentativa dos juízes; 3) melhor estruturação dos eventuais recursos, permitindo às partes em juízo um recorte mais preciso e rigoroso dos vícios das decisões judiciais recorridas” O princípio da motivação nada mais é do que o dever do Juiz indicar as razões de fato e de direito que o convenceram a decidir tal questão daquela maneira. 4.11 PRINCÍPIO DA LEALDADE O Princípio da Lealdade prega que as partes devem sempre agir de boa fé. Não podem, assim, postular de má-fé a prestação da tutela jurisdicional, e tampouco atuar de forma abusiva ou antiética. Busca-se reprimir o comportamento desleal e permitir que o processo cumpra a sua finalidade, fazer valer o direito abstrato ao caso concreto, incompatível com a ideia de má-fé. 4.12 PRINCÍPIO DO DISPOSITIVO Conforme este princípio o juiz deve decidir a lide nos limites em que foi proposta, com base nos fatos apresentados e comprovados pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa das partes (art.128 CPC). Portanto, os limites da lide são definidos pelo autor em sua petição inicial. 5 ARTIGO 276 CPC Na petição inicial, o autor apresentará o rol de testemunhas e, se requerer perícia, formulará quesitos, podendo indicar assistente técnico. No rito sumário, se for pretensão da parte autora a produção de prova testemunhal, esta deverá apresentar o rol já na petição inicial. Existem controvérsias na doutrina e na jurisprudência quanto ao assunto. Enquanto uma parte é pacífica ao entendimento de que o não cumprimento do artigo implicará na preclusão , outra sustenta a inocorrência da preclusão desde que a apresentação intempestiva do rol nãocause prejuízo à defesa, porquanto elemento indispensável ao convencimento do julgador. 9 Em relação a prova pericial, se pretendida pelo autor, o artigo ora analisado impõe a obrigatoriedade da indicação de assistente técnico e de apresentação de quesitos já na petição inicial, a exemplo do que ocorre com a prova testemunhal, sob pena de preclusão. 6 ARTIGO 277 DO CPC Extrai-se do artigo 277 do Código de Processo Civil: Art. 277. O juiz designará a audiência de conciliação a ser realizada no prazo de 30 (trinta dias), citando-se o réu com a antecedência mínima de dez dias e sob advertência prevista no § 2º deste artigo, determinando o comparecimento das partes. Sendo ré a Fazenda Pública, os prazos contar-se-ão em dobro. Muito embora o procedimento sumário tenha como característica a concentração dos atos processuais em audiência, que deverá ser realizada em até 30 dias contados do ajuizamento da ação, pode ocorrer de a pauta de audiências da vara estar abarrotada, não permitindo o cumprimento desse prazo. Ainda nestes casos, por vezes não há necessidade de produção probatória em audiência, que serviria apenas para a tentativa de conciliação. Se a Ré for a Fazenda Pública os prazos deverão ser contados em dobro, constituindo exceção à regra genérica da contagem prevista no artigo 188 do CPC, pois, no procedimento ordinário, o prazo é quadruplicado para contestar e dobrado para recorrer. Pelo que se depreende da análise do dispositivo ora comentado, existe apenas a dobra e somente para a Fazenda Pública, restando excluído do benefício previsto no artigo mencionado linhas atrás o Ministério Público. § 1º A conciliação será reduzida a termo e homologada por sentença, podendo o juiz ser auxiliado por conciliador. § 2º Deixando injustificadamente o réu de comparecer à audiência, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados na petição inicial (art. 319), salvo se o contrário resultar da prova dos autos, proferindo o juiz, desde logo, a sentença. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.245, de 26.12.1995) O réu deve ser citado no prazo mínimo de dez dias antes da data da audiência. O prazo refere-se ao dia em que o réu toma efetivamente ciência da demanda e não 10 juntada e não do aviso de recebimento. Caso o réu tendo sido devidamente citado não compareça a audiência de conciliação será reputa revel, aplicando-se ao mesmo os efeitos da revelia, salvo se as provas dos autos indicarem o contrário. § 3º As partes comparecerão pessoalmente à audiência, podendo fazer-se representar por preposto com poderes para transigir. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.245, de 26.12.1995). As partes devem, obrigatoriamente, comparecer pessoalmente à audiência, podendo fazer-se representar por preposto com poderes para transigir, em se tratando de pessoa jurídica, a exemplo do que dispõe a Lei dos Juizados Especiais Cíveis. § 4º O juiz, na audiência, decidirá de plano a impugnação ao valor da causa ou a controvérsia sobre a natureza da demanda, determinando, se for o caso, a conversão do procedimento sumário em ordinário. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.245, de 26.12.1995). O réu deverá apresentar a resposta e o juiz realizar as providências preliminares, decidindo sobre eventual impugnação ao valor da causa apresentado pelo réu, controvérsia sobre a natureza da demanda e eventual conversão de procedimento. § 5º A conversão também ocorrerá quando houver necessidade de prova técnica de maior complexidade. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.245, de 26.12.1995). 7 ARTIGO 278 Não obtida a conciliação, oferecerá o réu na própria audiência, resposta escrita ou oral acompanhada de documentos e rol de testemunhas, e, se requerer perícia , formulará seus quesitos desde logo, podendo indicar assistente técnico. Não conquistada a conciliação e não convertido o procedimento o juiz receberá resposta do réu. Esta poderá ser oral, escrita ou pericial. A mesma poderá ser contestação, reconvenção ou exceção. 11 §1° É lícito ao réu, na contestação, formular pedido ao seu favor, desde que fundado nos mesmos fatos referidos na inicial. O réu só poderá formular pedido baseando-se nos fatos alegados na Petição Inicial . §2° Havendo necessidade de produção de prova oral e não ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 329 e 330, I e II, será designada audiência de instrução e julgamento para data próxima, não excedente de trinta dias, salvo se houver determinação de perícia. Se houver necessidade de prova oral e não ocorrer na audiência, esta deverá ser remarcada para uma data próxima. (Princípio da Unidade e continuidade da audiência). 8 ARTIGO 279 Os atos probatórios realizados em audiência poderão ser documentados mediante taquigrafia, estenotipia ou outro método hábil de documentação fazendo-se respectiva transcrição se a determinar o juiz. Parágrafo único: Parágrafo único. Nas comarcas ou varas em que não for possível a taquigrafia, a estenotipia ou outro método de documentação, os depoimentos serão reduzidos a termo, do qual constará apenas o essencial. Trata-se de norma destinada a propiciar modernidade a documentação dos atos processuais mediante absorção dos processos tecnológicos. Hoje os mesmos encontram-se ultrapassados. Nos locais onde não for possível o juiz utilizar-se das técnicas mencionadas na disposição o termo escrito irá se resumir ao essencial. 9 ARTIGO 280 No procedimento sumário não são admissíveis a ação declaratória incidental e a intervenção de terceiros, salvo a assistência, o recurso de terceiro prejudicado e a intervenção fundada em contrato de seguro. 12 No procedimento em comento , só será aceita a intervenção de terceiro se este for o prejudicado . Ex: seguradora do réu na ação contemplada no artigo 275, II, “d”. 10 ARTIGO 281 Findos a instrução e os debates orais, o juiz proferirá sentença na própria audiência ou no prazo de dez dias. Encerrada a audiência o juiz deverá proferir a sentença, se não na própria audiência no máximo em 10 dias 13 11 PROCEDIMENTO SUMÁRIO ILUSTRADO 14 12- CONCLUSÃO Tendo em vista o estudo realizado, pode-se dizer que o procedimento sumário é de grande relevância para a grande parte dos processos, pois visa uma maior celeridade e eficiência na resolução dos litígios ocorridos em nossa sociedade. Cabe a cada um de nós, aprendizes do direito ter o máximo de conhecimento sobre ele, em vista de que o mesmo é muito utilizado atualmente. 15 REFERÊNCIAS ALVIM, Arruda. Reexame do valor da prova. In: Direito processual civil 2 (estudos e pareceres). São Paulo: RT, 1995. THEODORO JUNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. 42 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005. BRASIL, Código Civil 2002,disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm Acesso em 14/10/2015. PORTALDIREITO.COM. Do Processo e do Procedimento. Disponível em: http://www.direitocom.com/cpc-comentado/livro-i-do-processo-de-conhecimento-do- artigo-1o-ao-artigo-565/titulo-vii-do-processo-e-do-procedimento-do-artigo-270-ao- 281/artigo-277. Acesso em 14/10/2015. LERRER, FELIPE JAKOBSON. Procedimento Sumário (CPC, arts. 275 a 281). Revista Páginas de Direito, Porto Alegre, ano 5, nº 297, 15 de agosto de 2005. Disponível em: http://www.tex.pro.br/home/artigos/99-artigos-ago-2005/5283- procedimento-sumario-cpc-arts-275-a-2. Acesso em 14/10/2015.·.
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