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Direito Civil DO DIREITO DAS COISAS DO USO Alunos: Barbara Ribeiro– Cynthia Otvos – Sandra Regina Art. 1412, caput, do Código Civil “o usuário usará da coisa e receberá os seus frutos, quando exigirem as necessidades suas e de sua família”. Conceito: Orador: Barbara “ius utendi” – o direito de usar... Orador: Barbara Art. 1412, §1º, do Código Civil “Se o direito de uso for constituído sobre uma casa, dela será excluído o direito de locação, porque a locação ultrapassa a sua necessidade e de sua família, tendo esses o direito tão somente de morar na casa, e não podendo aluga-la.” (Silvio de Salvo Venosa) A norma jurídica descreve em necessidades pessoais, ou seja, estão excluídas necessidades comerciais ou industriais do beneficiário. O uso tem por condição, a sua condição pessoal e o local em que ele vive. Orador: Barbara Art. 1412, §2º, do Código Civil “As necessidades da família do usuário, compreendem as de seu cônjuge, dos filhos solteiros e das pessoas de seu serviço doméstico.” É excluído parente ou visitas que com o usuário venham morar. Orador: Barbara (Art. 1412, CC) e (Art. 1394, CC) Uso (Art. 1412, CC): “o usuário usará da coisa e receberá os seus frutos, quando exigirem as suas necessidades e de sua família.” Distinção entre uso e usufruto: Usufruto (Art. 1394, CC): “o usufrutuário tem direito a posse, uso, administração e percepção dos frutos.” Orador: Barbara Características Uso: Direito Real: sobre coisa alheia, porque recai diretamente sobre o bem pertencente a outrem; Temporário: porque sempre existirá prazo estabelecido, quando não estabelecido, contrato se estende a duração da vida do titular; Indivisível: porque não pode ser constituído por partes, não pode ser desmembrado da propriedade; Intransmissível: não pode ser cedido, nem o seu direito e nem o seu exercício; Personalíssimo: só se constitui ao usuário, utilizar de forma imediata de acordo com suas necessidades e de sua família, falecendo o usuário extingue-se o uso, pois este não se transmite por herança. Orador: Sandra O objeto de uso pode recair, em coisa móvel ou imóvel, infungíveis e inconsumíveis, sendo a coisa móvel não poderá ser fungível nem consumível. Objeto: Orador: Sandra Concessão de Uso: Orador: Sandra A relação jurídica só produzirá seus efeitos se tais pessoas forem capazes e legitimas. O uso não pode ser constituído por lei, deriva de ato jurídico “intervivos” exigindo contrato ou escritura publica devidamente registrada. Constituição de Uso: Também por ato jurídico “mortis causa”, isto é, através de testamento ou por sentença judicial. O professor Venosa (2013, p. 504) explica em sua obra: “no ato constitutivo, o concedente pode delimitar e descrever o direito de uso, sem privá-lo da essência procurada pela lei.” Orador: Barbara Avaliar as necessidades pessoais do usuário conforme a sua condição social e lugar onde viver. Necessidades pessoais do Usuário: Art. 1412, §1º, CC É que o usuário pode perceber os frutos correspondentes às necessidades próprias e da respectiva família, conforme a concepção do direito atual. É, inclusive, o que se extrai do art. 1.412 do Código Civil: O usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos, quanto o exigirem as necessidades suas e de sua família. Orador: Cynthia Avaliar as necessidades pessoais do usuário conforme a sua condição social e lugar onde viver. Necessidades pessoais do Usuário: Art. 1412, §1º, CC O usuário deverá restituir os frutos excedentes a suas necessidades, ao proprietário. Orador: Cynthia As necessidades da família do usuário compreendem: Necessidades da Família do Usuário: Art. 1412, §2º, CC As de seu cônjuge; As dos filhos solteiros; As das pessoas de seu serviço domestico (é taxativo essa enumeração), pois pode beneficiar outras pessoas além das indicadas; O direito de uso recebe a denominação de usufruto anão, usufruto reduzido ou restrito. Justamente por conter essas restrições, limites de uso e fruição Orador: Cynthia Quando o uso consistir no direito de habitar gratuitamente casa alheia, o titular deste direito não a pode alugar, nem emprestar, mas simplesmente ocupá-la com sua família. Direitos e Deveres do usuário: Art. 1.414 do CC: Orador: Cynthia São aplicáveis ao Uso no que não for contrario a sua natureza as disposições relativas ao Usufruto. Extinção do Uso: Art. 1413, §2º, CC Arts. 1410 e 1411 Algumas das formas de extinção: renúncia ou morte. Por culpa do usuário que deixou arruinar os bens não fazendo os reparos de conservação. Orador: Cynthia Confira-se decisão do STJ: Direito real de habitação. Ação possessória. Artigos 718, 748, 1.611, § 2º, e 1.572 do Código Civil de 1916. 1. O titular do direito real de habitação tem legitimidade ativa para utilizar a defesa possessória, pouco relevando que dirigida contra quem é compossuidor por força do art. 1.572 do Código Civil de 1916. Fosse diferente, seria inútil a garantia assegurada ao cônjuge sobrevivente de exercer o direito real de habitação. 2. Recurso especial conhecido e provido. Como obrigações, sobressaem a guarda e conservação do imóvel, a restituição na época aprazada, realização dos reparos necessários, pagamento das despesas ordinárias, prestação de caução se o reclamar o proprietário, e recolhimento dos impostos incidentes no imóvel. A falta do pagamento dos impostos, não desencadeia a extinção do direito real de habitação, consoante o seguinte aresto: Direito real de habitação vitalícia. A falta de pagamento dos tributos atinentes ao imóvel, a cargo do habitador, não é fato extintivo do direito real, podendo ser efetuada a correspondente cobrança pela via processual própria (...) Não se cuida de contrato de direito obrigacional, resolúvel por inadimplemento, mas de direito real imobiliário vitalício. Não se pode, portanto, admitir a resolução pelo não pagamento de encargos ou títulos. Se efetivamente há débito, cabe à parte cobrá-lo pela via própria. A dívida é irrelevante para a desconstituição do direito real, que tem seu termo na morte do titular ou de ser empregado o imóvel em finalidade outra que não a de habitação. Jurisprudência: FIM
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