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Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 55 CAPÍTULO 4 - DERIVADAS 4.1- Incrementos e Razão Incremental Seja y = f (x) uma função real de variável real, contínua em um dado intervalo do qual fazem parte os números reais x1 e x2 e esses números são muito próximos entre si, isto é, |x2 – x1| < δ ou x2 – x1 tende a zero. Nestas condições são aceitas as seguintes definições: 1) Incremento da variável independente x: A variável independente x pode variar, aumentar ou diminuir de x1 até x2, variação esta, denominada incremento ou acréscimo da variável x, indicada por: ∆x = x2 – x1. 2) Incremento da função y = f (x) A função ou variável dependente y pode variar de f (x1) até f (x2), variação esta denominada aumento ou acréscimo da função y = f (x), o qual é indicado por: ∆y = f (x2) – f (x1). 3) Razão Incremental da y = f (x) Denomina-se razão incremental da função y = f (x) a razão entre os incrementos ∆y e ∆x → x y ∆ ∆ . ( ) ( ) ( ) ( ) x xfxxf x y xxx x xfxf x y 11 12 12 ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆∆ ∆ −+= += −= 4) Derivada de uma Função y = f (x) Seja y = f (x) definida e contínua em um dado intervalo real, denomina-se função derivada ou derivada de y = f (x) a função que se obtém através do limite da razão incremental de y = f (x) quando o incremento da variável independente x tende a zero. Tal função é indicada por: y’; f ’ (x); dx dy ; dx df ; ( ) dx )x(fd . ( ) x )x(fxxf lim x y lim)x('f 0x0x ∆ ∆ ∆ ∆ ∆∆ −−⇒= →→ Se este limite existir e for finito. Exercícios 1) Seja f (x) = x2 determine f ’(x).( ) 0 0 x )x(fxxf lim)x('f 0x =−+= → ∆ ∆ ∆ indeterminação ( ) ( ) ( ) ( ) x2 0x2 xx2lim x xx2.x lim x xxxx2x lim x xxx lim)x('f xxxxf x)x(f 0x 0x 222 0x 22 0x 2 2 = += += += −++= −+= +=+ = → → → → ∆ ∆ ∆∆ ∆ ∆∆ ∆ ∆ ∆∆ ∆ ∆ ∆ ∆ Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 56 ( ) ( ) x2x'fxxf 2 =→= 2) ( ) xaxf = ( ) ( ) ( ) ( ) aln.a aln u 1a lim:Lembrar x 1a lim.a x aa.a lim)x('f a.aa)xx(f a)x(f x xfxxf limx'f x u 0u x 0x x xxx 0x xxxx x 0x = =− −= −= ==+ = −+= → → → + → ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆∆ ∆ aln.a)x('f x= 3) xlog)x(f a= ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) elog x 1 elog eu1lim:Lembrar 1 x x 1limlog x x 1loglim x xx log x 1 lim x xlogxxlog lim)x('f xxlogxxf xlog)x(f x )x(fxxf lim)x('f a x 1 a u 1 0u x 1 0x a x 1 a 0x a 0x aa 0x a a 0x = =+ →= += += += −+= +=+ = −+= → ∞ → → → → → ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆∆ ∆ ∆ 4.2- Derivada de uma função y = f (x) em um ponto x = x0 Seja y = f (x) contínua em um domínio D e x0 um ponto de acumulação de D. Denomina-se derivada de f (x) no ponto x0 ao limite: 0 0 xx xx )x(f)x(f lim 0 − − → . Notação: ( ) 0xx 0 dx dy x'f = = Indeterminação Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni Exercícios 1) Seja f(x) = x3, determinar a derivada de f no ponto que x0 =1. ( ) 31xxlim 1x 1x lim1'f 2 1x 3 1x =++= − −= → → ( ) 31'f = 2) Seja f (x) = sen x, determinar a derivada de f no ponto que x0 = 0. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 1 x xsen lim 0x 0xsen lim0'f 00sen0f xx xfxf limx'f 0x 0x 0 0 0x 0 == − −= == − −= → → → ( ) 10'f = 3) ( ) 3 xxf = para x0 = 0. ( ) +∞== = = = = = − −= + → − → − → → → → 0 1 x 1 lim xlim x.xlim x x lim x x lim 0x 0x lim0'f 3 20x 3 2 0x 13 1 0x 3 1 0x 3 0x 3 0x ( ) ∃=0'f 4.3- Teorema da Existência da Derivada em um Ponto Existirá a derivada de uma função y = f (x) definida e contínua em um ponto x0 se e somente se as derivadas laterais no ponto de abcissa x0 forem iguais, isto é: 4.3.1- Derivadas Laterais( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 0 0 xx0 0 xx 000 0 0 xx 0 0 0 xx 0 xx )x(f)x(f lim xx )x(f)x(f lim .x'fx'fsesomenteeseexistiráx'f xx )x(f)x(f limx'f xx )x(f)x(f limx'f 00 0 0 =− −∃⇔− −∃ = − −=∗ − −=∗ + + − →→ +− → + → − x3 - 1 x-1 -x3 + x2 x2 +x +1 x2 - 1 -x2 + x x - 1 -x + 1 0 . 57 0 0 xx xx )x(f)x(f lim 0 − − −→ Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni Exercícios 1) Verificar se existe a derivada de f (x) = |x| em x0 ( ) ( ) ∃== − −= − −= <− ≥=∗ → → → x x lim 0x 0x lim 0x )x(f)x(f lim0'f 0xsex 0xsex xf 0x 0x 0 0x diferentessão 11lim x x lim x x lim 11lim x x lim x x lim 0x0x0x 0x0x0x −=−=−=∗ ===∗ −−− +++ →→→ →→→ ( ) ∃=0'f 4.4- Interpretação Geométrica da Derivada Seja y = f (x) uma função contínua e derivável em um domínio D. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) α∆ ∆ β∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ tan x xfxxf lim tan x xfxxf x xfxxf limx'f 00 0x 00 00 0x 0 =−+• =−+• −+= → → 4.4.1- Equação da Reta Tangente à curva y ( ) ( )0 000 x'fm y,xP = ( )00 xx.myy −=− Exercícios 1) Determinar a equação da reta tangen ( )4,2P )y,x(P 0 000 ( ) ( ) ( ) 4m .22'f x2x'f 2'fm = = = = tangente α y x0 f (x0) f (x0+∆x) ∆x β = f (x) no te à curva 42 = x0 = 0. 58 ponto P0 (x0, y0) y = x2 no ponto onde x0 = 2. x+∆x ( ) ( ) 8x44y 2x44y xxmyy 00 −=− −=− −=− 04x4y =+− → Equação da reta tangente Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 59 Observação: A derivada de uma função y = f (x) em um ponto é um número que corresponde ao coeficiente angular da reta tangente à curva y = f (x) no ponto x = x0. 4.4.2-Equação da Reta Normal a uma curva y = f (x) no ponto P0 (x0, y0) ( )00 xx.m 1 yy −−=− onde, m = f ’(x0) Exercícios 1) Determinar as equações da reta tangente e da reta normal à curva definida pela equação y = x3 onde x0 = 1. ( ) 3m 3 1x 1x lim dx dy m 1,1P 1y1x 3 1x1x 0 00 0 =∴ =− −⇒= ∴ =→= →= 4.5- Álgebra das Derivadas Suponha que u = h (x) , y = f (x) e z = g (x) em que: { { { zyu (x) g (x) f (x)h += (Derivada da Soma) ( ) ( ) ( ) +=+ +=+ +=+ xxgzz xxfyy xxhuu ∆∆ ∆∆ ∆∆ a) Derivada da Soma Demonstração: zyu += ( ) zyuse dx dz dx dy dx du x z lim x y lim x u lim x z x y x u xzyu zyzzyyu zyu:doSubstituin uzzyyu zzyyuu 0x0x0x +=∗ += += += ÷+= −−+++= −−=−∗ −+++= +++=+ →→→ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆∆∆∆ ∆∆∆ ∆∆∆ ∆∆∆ ∆∆∆ 'z'y'u += Equação da reta normal ( ) 1x3y3 3 1 x 3 1 1y xx m 1 yy 00 +−=− +−=− −−=− 04xy3 =−+ A derivada da soma ou da diferença é a soma ou a diferença das derivadas. Equação da reta tangente ( ) ( ) 3x31y 1x31y xxmyy 00 −=− −=−−=− 02x3y =+− Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 60 Exercícios 1) y = x2 + ax y’ = 2x + ax. ln a b) Derivada do Produto ( ) ( ) zyuse dx dz 0 dx dy z dx dz y dx du 0y0xquandoxxfyy x z limy x y limz x z limy x u lim x zy x yz x zy x u xzyyzzyu yzzyyzzyyzu yz)zz()yy(u zyu:doSubstituin u)zz()yy(u )zz()yy(uu zyu 0x0x0x0x ⋅=∗ ++= →→+=+∗ ++= ++= ÷++= −+++= −+⋅+= ⋅−=−∗ −+⋅+= +⋅+=+ ⋅= →→→→ ∆∆∆∆ ∆ ∆∆∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆∆∆∆∆∆ ∆∆∆∆∆ ∆∆∆ ∆∆∆ ∆∆∆ ∆∆∆∆ 'yz'zy'u ⋅+⋅= Exemplo: 1) y = x2 . ax y’ = x2.ax.lna + ax.2x c) Derivada do Quociente z y use dx dz y dx dy z z 1 dx du x z limy x y limz z 1 x u lim 0z0xquando0zz )zzz(x zyyz x u )x( )zz(z zyyz u )zz(z zyyzyzzy u )zz(z )zz(y)yy(z u z y zz yy u u zz yy u zz yy uu z y u 2 0x0x20x 2 =∗ −= −= →→=∗ + += ÷+ += + +−+= + +−+= −+ += −+ += + +=+ = →→→ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆∆∆ ∆∆ ∆∆ ∆ ∆ ∆∆ ∆∆∆ ∆ ∆∆∆ ∆ ∆∆∆ ∆ ∆∆ ∆ ∆∆ ∆ ∆∆ ∆∆∆ Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 2z 'zy'yz 'u ⋅−⋅= Exercícios 1) x 2 a x y = ( )2x x2x a aln.a.xx2.a 'y −= d) Derivada das Funções Elementares 0 x kk x )x(f)xx(f lim)x('f k)x(f 0x =−=−+= =∗ → ∆∆ ∆ ∆ 0)x('f = ( ) ( ) ( ) 1 x xxx lim)x('f xxxxf x)x(f x xfxxf lim)x('f 0)x(f 0x 0x =−+= +=+• =• −+= =∗ → → ∆ ∆ ∆∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ( ) 1x'f = ( ) ( ) ( ) 1n n n n 0x n n 0x n n n n 0x n n n n n n nn 0x n x.nn x x n x 1 x x x 1 1 x x 1 lim x 1 x x 1 x xx limx x x x xx x limx'f x xx x x xxx )xx( )xx()xx(f x)x(f x xxx lim)x('f x)x(f − → → → → === − + = − + = − + = += +=+ +=+• =• −+= =∗ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆∆∆ ∆∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ( ) 1nx.nx'f −= Exercícios 1) f (x) = x5 f ’(x)= 5 . x4 2) f (x) = x –3 61 ( ) ( ) a.k u 1u.k1 lim a u 1u1 lim Lembrar a 0u a 0u =−+• =−+• → → Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni f ’(x)= -3 . x -4 3) 5 5 x x 1 )x(f −== f ’(x) = -5 . x –6 Formulário de Derivadas 1) y = k → y’ = 0 (Derivada do constante k em relação a x) 2) y = x → y’ = 1 3) y = xn → y’ = n.x n-1 4) y = ax → y’ = ax.lna 5) aln.x 1 'yalogy x =→= 6) y = ln x → y’ = x 1 7) y = sen x → y’ = cos x 8) y = cos x → y’ = - sen x 9) y = tan x → y’ = sec2 x 10) y = cot x → y’ = - cossec2 x 11) y = sec x → y’ = sec x . tan x 12) y = cossec x → y’ = - cossec x . cot x Demonstrações Fórmula 5:( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) alog 1 x 1 x'f elog x 1 x'f elogx'f x x 1loglimx'f x xx log x 1 limx'f x xlogxxlog limx'f xxlogxxf xlogxf e a x 1 a e x 1 a 0x a 0x aa 0x a a x 1 = = = ∆+= ∆+ ∆= ∆ −∆+= ∆+=∆+ = ∆ →∆ →∆ →∆ 44 344 21 ( ) aln.x 1 x'f = 62 ( ) ku1 0u eku1lim Lembrar =+ → Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 63 Fórmula 7: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) xcos0xsenx'f xcos x 1xcos limxsenx'f x xcos.xsen x 1xcosxsen limx'f x xsenxcos.xsenxcos.xsen limx'f xxsenxxf xsenxf 0x xcos 0x 0x +⋅= +∆ −∆⋅= ∆ ∆+∆ −∆= ∆ −∆+∆= ∆+=∆+ = →∆ = →∆ →∆ 4434421 ( ) xcosx'f = Fórmula 9: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) xcos 1 x'f xcos xsenxcos x'f xcos xsen.xsenxcos.xcos x'f v 'uv'vu 'y v u ySe xcos xsen xtanxf 2 2 1 22 2 2 = += −−= −=→=∗ == = 44 844 76 ( ) xsecx'f 2= Fórmula 11:( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) xcos.xcos xsen x'f xcos xsen x'f xcos xsen0 x'f xcos xsen10.xcos x'f xcos 1 xf xsecxf 2 2 2 = = += −−= = = ( ) xsec.xtanx'f = Propriedades 1) y = k . v → y’ = k . v’ 2) y = u ± v → y’ = u’ ± v’ 3) y = u . v → y’ = u.v’ + v.u’ 4) y = 2v 'vu'uv 'y v u ⋅−⋅=→ Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 64 4.6- Regra da Cadeia para Derivação de Função Composta Seja a função composta y = h (x) = fog = f (g(x)) sendo g derivável em relação a x e f derivável em relação a g (x). Nessas condições demostra-se que a derivada dessa função ( ) ( ) )x('g)x(g'fx'h = . Sendo u = g (x) e y = f (u), dx du du dy dx dy ⋅= → Regra da Cadeia 4.6.1-Generalização da Regra da Cadeia para Derivada das Funções Compostas ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) = = = = = xfv vfw wfu ufy xfy 4 3 2 1 dx dv dv dw dw du du dy dx dy ⋅⋅⋅= → Regra da Cadeia Exercícios 1) 1x 2 ey += x2e dx dy dx du du dy dx dy x2 dx du 1xu e du dy ey 1x 2 uu 2 ⋅= ⋅= =→+= =→= + 2) ( )x5xseny 3 += dx du du dy dx dy 5x3 dx du x5xu ucos du dy useny 3 ⋅= +=→+= =→= ( ) ( )5x3x5xcos dx dy 3 +⋅+= 3) x3seny = ( ) 3x3cos dx dy 3.ucos dx dy 3 dx du x3u ucos du dy useny ⋅= = =→= =→= 4) ( )7x10xseny 2 −+= )10x2).(7x10xcos('y 2 +−+= Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 65 5) ( )4x5x 23ey ++= ( ) ( )x10x3.e'y 24x5x 23 += ++ 4.6.2- Regras da Derivada das Funções Compostas Sejam u e v funções em x, e k, a e n constantes. 1) y = k → y’ = 0 2) y = x → y’ = 1 3) y = un → y’ = n.u n-1.u’ 4) y = au → y’ = au.lna.u’ 5) y = eu → y’ = eu . u’ 6) 'u bln.u 1 'yulogy b ⋅=→= 7) y = ln u → y’ = u 'u 8) y = sen u → y’ = cos u . u’ 9) y = cos u → y’ = - sen u . u’ 10) y = tan u → y’ = sec2 u . u’ 11) y = cot u → y’ = - cossec2 u . u’ 12) y = sec u → y’ = sec u . tan u . u’ 13) y = cossec u → y’ = - cossec u . cot u . u’ Propriedades 1) y = k . v → y’ = k . v’ 2) y = u ± v → y’ = u’ ± v’ 3) y = u . v → y’ = u.v’ + v.u’ 4) y = 2v 'vu'uv 'y v u ⋅−⋅=→ 4.7- Derivação de Função Dada Implicitamente Consideremos uma equação nas variáveis x e y. Dizemos que uma função y = f (x) é dada implicitamente por tal equação se, para todo x no domínio de f, o ponto (x,f(x)) for solução da equação. F (x, y) = 0 mas y = f (x) Exercícios Determinar y’ = dx dy 1) 04y2x5yx 32 =−+−+ ( ) 2y3 5x2 'y 5x22y3'y 0'y25'y.y3x2 2 2 2 + +−= +−=+ =+−+ 2) 0u5vsenvu 332 =+++ ( ) vcosv3 u2u15 'v u2u15vcosv3'v 0u15'v.vcos'vv3u2 2 2 22 22 + −−= −−=+ =+++ Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 66 3) 05yyx 323 =+− ( ) ( )23 22 2223 2223 y3yx2 yx3 'y yx3y3yx2'y 0'y.y3x3.y'y.y2.x − −= −=− =−+ 4) 0y2xyxxy 2222 =−+− ( ) ( ) y4xxy2 yx2xy2 'yyx2xy2y4xxy2'y 0'y.y4x2x2.y'y.xy'y.y2.x 0'y.y4x2x2.y'y.xy'y.y2.x 2 2 22 22 22 −− −−= −−=−− =−+−−+ =−++−+ 4.8- Interpretação de dx dy como um quociente diferencial 4.8.1- Diferencial Até aqui, dx dy tem sido visto como uma simples notação para a derivada de y=f(x). O que faremos a seguir é interpretar dx dy como um quociente entre dois acréscimos. Inicialmente, vamos olhar para dx como um acréscimo em x e, em seguida, procuraremos uma interpretação para o acréscimo dy. Sabemos que ( )xf ' é o coeficiente angular da reta tangente T, no ponto (x,f(x)), e que ( )xf dx dy '= . Se olharmos, então, para dy como acréscimo na ordenada da reta tangente T, correspondente ao acréscimo dx em x, teremos ( )xf dx dy '= . Observe pelo gráfico sobre a interpretação geométrica de derivada que( ) ( )xfdxxfy −+=∆ é o acréscimo que a função sofre quando se passa de x a x+dx. O acréscimo dy pode então ser olhado como um valor aproximado para y∆ ; evidentemente, o erro dyy −∆ que se comete na aproximação de y∆ por dy será tanto menor quanto menor for dx. Definição: Seja )x(f uma função e sejam x e y , variáveis e relacionadas por )x(fy = . Então a diferencial dx é um número qualquer do domínio de )x(f para o qual )x(f ′ existe , a diferencial de dy é definida por dx)x(fdy ′= Exemplo: Se 1x2x3)x(fy 2 +−== , achar dy . Solução: ( )dx2x6dy2x6)x(f −=⇒−=′ Deve observar-se a diferença entre a diferencial dx da variável independente x e a diferencial dy da variável dependente y . Pois, dx pode assumir qualquer valor, mas o valor de dy depende de x , dx , )x(f e, por tanto, de )x(f ′ . 4.8.2- Interpretação geométrica de dy comparando-o a y∆ Aqui, supõe-se que )x(f é diferenciável em 1x e toma-se xdx ∆= , representa-se x∆ como um incremento no valor 1x até 11 xx ∆+ e y∆ será variação correspondente em 1y , isto é, yyy 12 ∆+= . Entretanto, desde que )x(f ′ é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de )x(f em ( ))x(f,x 11 , isto é,( )11 y,x ,segue-se que dx)x(fdy ′= será o incremento correspondente no valor de y , seguindo–se a direção da tangente. Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 67 Na Figura , tem-se que o incremento da função )x(fy = que é dada por ( ) ( )xfxxfy −+= ∆∆ Note que quando se dá o incremento x∆ , o ponto P desloca para Q , e observe que no ponto P passa uma reta tangente ( )T , enquanto por P e Q , passa uma reta secante ( )S . Aplicando o conceito de limite, quando x∆ tende para zero ( 0x →∆ ) , o ponto Q tende para o ponto P , e a reta secante tende para a reta tangente em P , o acréscimo y∆ tende para a diferencial dy e x∆ tende para a diferencial dx . Assim, ( ) ( )[ ]xfxxflimylimdy 0x0x −+== →→ ∆∆ ∆∆ dxyx x y limylimdy 0x0x ′=⋅ == →→ ∆∆ ∆∆ ∆∆ , ou finalmente : ( )dxxfdxydy ′=′= A expressão acima é a própria definição de diferencial, e pela Figura observa-se que quanto menor for x∆ , menor será a diferença entre o acréscimo y∆ e a diferencial dy . Assim, a diferencial de uma função é obtida pelo produto da derivada da função pela diferencial da variável de derivação. Para uma função ( )xf , a diferencial segue a seqüência abaixo Função derivada Diferencial( )xfy = ( )xf dx dy y ′==′ ( )dxxfdy ′= ( )tgy = ( ) dt dg tgy =′=′ ( ) dgdttgdy =′= 43421 x∆ dxxfdyy yyy xxx )( 12 12 ′=≅∆ −=∆ −=∆ Reta tangente T em P Reta tangente T ao ponto P= ( )11 y,x da função )x(f e reta secante S que passa por P= ( )11 y,x e Q= ( )yy,xx 11 ∆∆ ++ da função )x(f . 1x 2x T S reta S secante por P e Q } y∆} dy Q P 1y 2y ( )xf Y X Disciplina de Cálculo Diferenci Prof. Salete Souza de Oliveira B Exercícios 1- Achar a diferencial da função 5x2x3y 2 +−= Solução: Primeiro acha-se a sua derivada, que é 2x6y −=′ em seguida escreve-se a diferencial, ( ) dx2x6dxydy −=′= . 2-Diferenciar a função ( ) 5t2tg −= Solução: ( ) ( ) 2etg 5t2 ⋅=′ − , ( ) ( )dttgtdg =′= Da Figura fica claro q seja suficientemente pequeno. A pequeno α , donde dx dy x y ∆α∆ ∆ ⇒+= ⇒+= dx dy x y ∆α∆ ∆ dx dy y xx ∆=∆ →∆→∆ 00 limlim (xfy ddx dx dy dy = ⇒= ∆ Assim, Observação: A diferencial pod Exercícios 1- Calcular a raiz ( )xfy = a) Calcular ( 1 xxfy += ∆∆ b) Fazer uma estimativa de ∆ c) Determinar o erro y= ∆ε e al e Integral I uffoni 68 portanto a diferencial é ( )dte2 5t2 − ue dy pode ser considerado uma boa aproximação de y∆ desde que xdx ∆= e que x∆ razão ( )xf x y ′→∆ ∆ quando 0x →∆ que difere de dx dy por um número extremamente xx dx dy yx dx dy y ∆α∆∆∆α +=⇒ += +=⇒ += →→ xx dx dy limylimx dx dy y 0x0x ∆α∆∆∆α ∆∆ ( ) dx dx dy xdx dx dy dyxx x =∆+=⇒ ∆+ = →∆ 43421 0 0 lim αα ( ) ) ( ) dyy xfx dxxfy ≈⇒ −+ ′= ∆ ∆ e ser usada para efetuar cálculos aproximados. 4x2x3 2 +−= , para 02,0xdx,1x1 === ∆ ) ( )1xf− exatamente y , usando ( )dxxfdy 1′= dy− ( ) ( ) ( )dxxfxfxxf ′≈−+ ∆ Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 69 a) ( ) ( )11 xfxxfy −+= ∆∆ ( ) ( ) ( ) 541213xf 21 =+−= ( ) ( ) ( ) 0812,5402,1202,13xxf 21 =+−=+ ∆ 0812,050812,5y =−=∆ b) ( )dxxfdy 1′= ( ) ( )( ) 08,002,02x6dy2x6xf 1 =−=⇒−=′ c) O erro é: 0012,008,00812,0dyy =−=−= ∆ε 2- Usar diferenciais para estimar 35 . a) Para isso toma-se a raiz conhecida mais próxima como referência, ou seja, 636 = e faz-se 1x13635xdx36y −=⇒−=−==⇒= ∆∆ , então ( )dxxf6y3635 ′+≈+= ∆ ( ) ( ) K0833,0 12 1 6 1 2 1 1 36 1 2 1 dyy 36 1 2 1 xf 1 −=−=⋅−=− =≅⇒ =′ ∆ KK 9166,50833,06 12 1 635 =−== 3- Calcular a raiz 3 28 . Para isso toma-se a raiz conhecida mais próxima como referência, ou seja, 3273 = e faz-se 33 27xy == . Assim, 33 28xxyy =+=+ ∆∆ , logo 12728dxdxx =−=⇒=∆ , então ( ) 3 63 63 2 3 3.3 1 31 33 1 3dx x3 1 3dxy3y328 +=+=+=′+≈+= ∆ 037,3037,03 27 1 3 3 1 3 3.3 1 328 32 3 =+=+=+=+= 4- Avaliar por diferenciais o ( )o44cos . Para isso toma-se o coseno conhecido mais próxima como referência, ou seja, ( ) 2 2 45cos o = e faz-se ( ) ( )o45cosxcosy == . Assim, ( ) ( )o44cosxxcosyy =+=+ ∆∆ , logo K01745,0 180 14544dxdxx o 000 −=×−=−=⇒= π∆ , então ( ) ( ) ( )( )dx45sen 2 2 dxxf 2 2 y 2 2 44cos oo −+=′+=+= ∆ ( ) ( ) KK 7194,001745,0 2 2 2 2 44cos o =− −+= Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 70 5- O raio de uma esfera de aço mede cm5,1 e sabe-se que o erro cometido na medição é menor ou igual a cm1,0 . Estimar o erro possível no cálculo do volume da esfera. O volume de uma esfera é calculado a partir do raio é 3r 3 4 V π= . Note-se que, nesse caso, o raio da esfera de aço terá como medida ( ) cmr5,1r ∆±= , onde cm1,0r ≤∆ , por tanto, ( ) ( ) ( ) ( )3333 5,1 3 4 V015,1 3 4 V5,1 3 4 V015,1 3 4 V ππ∆ππ =−±=⇒=≠±= , Estimando-se V∆ por dr)r(VdV ′= , ( ) drr4Vr4r 3 4 dr d dr dV rV 223 π∆ππ =⇒= ==′ e como cm1,0drdrr =⇒=∆ , tem-se ( ) ( ) ( )( ) ππππ∆ 9,01,025,241,05,14drr4V 22 ±=±=±== , 3cm827,29,0V827,29,0V ==⇒±=±= π∆π∆ que é o erro possível no cálculo do volume da esfera, ou seja, 3cm827,2=ε . 6- Usar Diferenciais para encontrar o volume aproximado de uma casca cilíndrica circular CV , com altura de cm6 , cujo raio interno mede cm2 e possui espessura cm1,0. O volume de um cilindro é calculado a partir do raio e da base, isto é, bhV ×= , onde cm6h = e 2rb π= , assim o volume é 2r6V π= . Como a espessura da casca é cm1,0drdrr =⇒=∆ , tem-se que volume da casca cilíndrica circular é V∆ , portanto, estimando-se V∆ por dr)r(VdV ′= , ( ) ( ) drr12Vr12r6 dr d dr dV rV 2 π∆ππ =⇒===′ ( )( ) 3cm 5 12 10 1 241,0212drr12V ππππ∆ = === o volume aproximado da casca cilíndrica circular, ou seja, 3 C cm5,7V = . Como foi visto pode ser importante determinar a diferencial dy , de uma função qualquer y. Porém uma vez que se possua a derivada dx dy dessa função sempre é fácil determinar dy , pois dx dx dy dy = , isto é, ( )dxxfdy ′= , como no caso da função ( ) ( ) ( ) ⇒+= xvxuxy ( )dxxfdydx dx dv dx du dy dx dv dx du dx dy ′=⇒ +=⇒+= 7- Encontrar a diferencial dy da função 123 x3x21x47y −+−= ( )( ) ( )( ) ( )( ) 2 2212 x 3 x42x141x3x221x347 dx dy −−=+−= −− Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 71 dx x 3 x42x141dy 2 2 −−= 8- Encontrar a diferencial dy da função 5x3y −= ( ) 2155 x3x3y −=−= ( ) ( ) 5 4 42 1 5 x3 x 2 5 x5x3 2 1 dx dy − −=−= − dx x3 x 2 5 dy 5 4 − −= 9- Encontrar a diferencial dy da função 2yyx4x 323 =++ ( ) ( ) ( ) ( ) [ ] 0 dx dy y3xxy24x3 dx 2d dx yd dx yx4d dx xd 222 323 =+++⇒=++ ( ) ( )xy8x3 dx dy y3x40 dx dy y3 dx dy x4xy8x3 222222 +−=+⇒=+++ ( ) ( ) dx y3x4 xy8x3 dy y3x4 xy8x3 dx dy xy8x3 dx dy y3x4 22 2 22 2 222 + +−=⇒+ +−=⇒+−=+ 10- Encontrar a diferencial dy da função ( ) 0yxxy2xcosy 222 =++ ( ) ( ) ( ) 0yxx2xcosy0yxxy2xcosy 22222 =++⇒=++ ( )[ ] ( )[ ] ⇒=++ 0 dx yxx2d dx xcosyd 22 ( ) ( )[ ] ( ) ( ) 0 dx dy y2xx2yx22xsenyxcos dx dy 22 = ++++−+ ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( )2 2 22 xx2y2xcos yx22xseny dx dy yx22xseny dx dy xx2y2xcos ++ +−=⇒+−=++ ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) dxxx2y2xcos yx22xsenydyxx2y2xcos yx22xsenydxdy 2 2 2 2 ++ +−=⇒++ +−= 4.9- Derivadas Sucessivas ou Derivadas de Ordem Superior (ordem n ou enésimas) Seja y = f (x) definida contínua e derivável em um intervalo real. Nessas condições a derivada de y = f (x), indicada por y’; dx dy ; f ’(x) é definida por ( ) ( ) x xfxxf lim)x('f 0x ∆ ∆ ∆ −+= → . Se este limite existir e for finito teremos então a f ’(x), se esta função f ’(x) for derivável a sua derivada de acordo com a definição poderá ser calculada por ( ) ( ) x x'fxx'f lim 0x ∆ ∆ ∆ −+ → , se este limite existir e for finito teremos Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 72 uma função indicada por f ’’(x) ou y’’ ou 2 2 dx yd ;sucessivamente teríamos y’’’ ou f ’’’(x) ou 3 3 dx yd ; e y iv ou f iv (x) ou 4 4 dx yd ; e y v ou f v (x) ou 5 5 dx yd . → y n ou f n (x) ou n n dx yd . Exercícios: 1) Determine a derivada de 5a ordem de f (x) = 5.x5 – 3.x3. f ’(x) = 25x4 – 9x2 f ’’(x) = 100x3 – 18x f ’’’(x) = 300x2 - 18 f iv (x) = 600x f v (x) = 600 2) Dada f (x) = x4 – 2x3 + 4x2 – 1, calcular f ’’(-1) e f vi(15): f ’(x) = 4x3 – 6x2 + 8x f ’’(x) = 12x2 – 12x + 8 f ’’(-1) = 12(-1)2 – 12(-1) + 8 = 32 → f ’’(-1) = 32 f ’’’(x) = 24x - 12 f iv (x) = 24 f v (x) = 0 f vi (x) =0 → f vi (15) = 0 4.10- Derivada das Funções Inversas Trigonométricas y = arcsen x → x = sen y Determinar y’: x = sen y sen2 y + cos2 y = 1 1 = cos y . y’ cos y = ysen1 2− 2x1 1 'y − = y’ = ycos 1 * sen2 y = x2 cos y = 2x1− 1) y = arccos x x = cos y Derivando implicitamente: 1 = - sen y . y’ → y’ = ysen 1− sen2 y = 1 – cos2 y sen y = ycos1 2− * x = cos y sen y = 2x1− x2 = cos2 y y’ = 2x1 1 − − y = arcsen u → y’ = 2u1 u' − Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 73 2) y = arctan x x = tan y Derivando implicitamente: 1 = sec2 y . y’ → y’ = ysec 1 2 1 + tan2 y = sec2 y ytan1 1 'y 2+= * x = tan y 2x1 1 'y += x 2 = tan2 y 3) 4) 5) 6) Exercícios: 1) y = arcsen ( 3x-5 ) ( )25x31 3 'y −− = 2) y = arctan (x2 – 5) y ’ = ( )22 5x1 x2 −+ 3) xarcseny = 1xx2 1 'y 1x.x x 2 1 'y 2 1 2 1 −= − ⋅ = − 4) arcsen (cos x) 1 xcos1 xsen 'y 2 = − −= y = arccos u → y’ = 2 u1 u' − − y = arctan u → y’ = 2u1 u' + y = arccot u → y’ = 2u1 u' +− y = arcsec u → y’ = 1uu u' 2 − y = arccosec u → y’ = 1uu u' 2 − − Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 74 5) y = arccos (ln x) xln1 x 1 'y 2− −= 4.11- Derivada da Função Inversa Seja y = f (x) derivável e inversível em um dado intervalo real. Se y = f (x) admite sua inversa que indicamos por (y) f x -1= , então para determinar a derivada dy dx toma-se simplesmente a expressão : dx dy 1 dy dx = Exercícios 1) Se y = 2x + 1, determinar dy dx : 2 1 dy dx dx dy 1 dy dx 2 dx dy = = =∗ 2) Se x2 – y2 = 4xy, determinar dy dx ou x’: x2 – y2 - 4xy = 0 Determinar y’: 2x – 2yy’ – 4(xy’ + y) = 0 2x – 2yy’ – 4xy’ – 4y = 0 y’ (-2y – 4x) = 4y – 2x y’ = x4y2 x2y4 −− − → x’ = x2y4 x4y2 − −− ou Determinar x’: 2xx’-2y-4(x+yx’)=0 2xx’-2y-4x-4yx’=0 x’ (2x – 4y) = 2y + 4x x’ = y4x2 y2x4 − + 4.12- Derivada da Função na Forma Paramétrica ( ) ( ) = = tfy tfx 2 1 Exercícios 1) −= −= t4ty 1t2x 2 Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 75 ( ) ( ) 2 4t2 dx dy dt dx dt dy dx dy dt dx 1 dt dy dx dy então, dt dx 1 dx dt mas, dx dt dt dy dx dy xft tfy 2 1x t −= =∴⋅= =⋅= = =+= 2) −= −= t3ty 1ex 2 t2 , determinar dx dy : 2.e 3t2 dx dy dt dx dt dy dx dy t2 −= = 3) −= +−= t5ty 4t2tx 2 3 2t3 5t2 dx dy 2 − −= 4.13- Funções Hiperbólicas Introdução: As funções hiperbólicas são construídas a partir das funções xe e xe− . Elas têm interesse porque têm muitas propriedades análogas às das funções trigonométricas e porque aparecem no estudo da queda dos corpos, cabos suspensos, ondas no oceano e outros tópicos em Ciência e Engenharia. 4.13.1- O seno e o co-seno hiperbólicos O seno e o co-seno hiperbólicos são representados por senh x e cosh x. Eles têm as seguintes definições: Definição 1: Para qualquer número x 2 ee xsenh xx −−= e 2 ee xcosh xx −+= Observemos que senh x, como sen x, tem o valor 0 em x=0 e que cosh x tem o valor 1 em x=0. A derivada xx ee dx d = e xx ee dx d −− −= nos levam às formulas de derivação xcoshxsenh dx d = e xsenhxcosh dx d = Exercício Calcular a derivada de ( )x5x6senh 7 − 4.13.2- Os gráficos de senh x e cosh x Os gráficos de senh x e cosh x são mostrados nas figuras abaixo. Seus aspectos chave podem ser facilmente obtidos da definição e das fórmulas de derivação, lembrando que xe e xe− são positivas para todo x, que xe tende a Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 76 ∞ , quando x tende a ∞ , e tende a 0 quandox tende a −∞ e que xe− tende a 0 quando x tende a ∞ e tende a ∞ quando x tende a −∞ . 4.13.3- Outras funções hiperbólicas As definições de tangente, co-tangente, secante e co-secante hiperbólicas são análogas às definições das funções trigonométricas correspondentes. Definição: A tangente e a secante hiperbólicas são definidas para todo x e a co-tangente e a co-secante hiperbólicas, para todo x≠0 por xx xx ee ee xcosh xsenh xtgh − − + −== xx xx ee ee xsenh xcosh xtgh 1 xghcot − − − +=== xx ee 2 xcosh 1 xhsec −+== xx ee 2 xsenh 1 xechcos −−== As fórmulas dessas quatro funções são análogas às fórmulas para as funções trigonométricas correspondentes, mas não são muito importantes. Os gráficos das funções tgh x, cotgh x, sech x e cosech x são mostradas nas figuras abaixo. Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 77 4.13.4- Funções Hiperbólicas Inversas Assim como as funções hiperbólicas foram definidas em termos de funções exponenciais, as funções hiperbólicas inversas inversas arc senh x, arc cosh x etc. podem ser expressas em termos do logaritmo natural. Exercício 1- Dar uma expressão para arc senh x em função do logaritmo natural. Solução. Consideramos x=senh y= ( )yy ee 2 1 −− e calculamos o valor de xsenharcy = . Multiplicando por ye2 , obtemos a equação 1exe2 y2y −= , que reescrevemos sob a forma ( ) ( ) 01ex2e y2y =−− . Então pela fórmula quadrática. 1xx 2 4x4x2 e 2 2 y +±=+±= Devemos usar o sinal mais, pois ye é positivo. Portanto, ++== 1xxlnxharcseny 2
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