Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
19/06/2011 1 Profa. Dr. Fabiane Moreira Farias CURSO DE FARMÁCIA DISCIPLINA: FARMACOGNOSIA Uruguaiana Ornitina ALCALÓIDES PIRROLIDÍNICOS E ALCALÓIDES PIRROLIDÍNICOS E PIRROLIZIDÍNICOS N Pirrolidínicos N Pirrolizidínicos São alcalóides derivados da ornitina. ALCALÓIDES PIRROLIDÍNICOS E ALCALÓIDES PIRROLIDÍNICOS E PIRROLIZIDÍNICOS Presentes nas famílias Asteraceae e Boraginaceae. N Pirrolidínicos N PirrolizidínicosOrnitina ALCALÓIDES PIRROLIDÍNICOS E ALCALÓIDES PIRROLIDÍNICOS E PIRROLIZIDÍNICOS Os alcalóides pirrolizidínicos possuem pouco interesse farmacêutico devido a sua elevada toxicidade. Não são indicados para uso interno. Alcalóides pirrolizidínicos de Boraginaceae PULMONARIA Nome científico: Pulmonaria officinalis Família: Boraginaceae Farmacógeno: folhas �Princípios ativos: alcalóides pirrolizidínicos. �Usos: �Expectorante �Adstringente �Antinflamatório 19/06/2011 2 CONFREI Nome científico: Symphytum officinale Família: Boraginaceae Farmacógeno: folhas �Princípios ativos: alcalóide pirrolizidínico (sinfitina 64%). �Usos externo: analgésico e re-epitalizante, hematomas e cicatrização de ferimentos. � Uso interno: pode causar enfermidade veno-oclusiva hepática, degeneração do hepatócito e cirrose – cancerígeno. Derivam biogeneticamente do aminoácido LISINA. ALCALÓIDES PIPERIDÍNICOSALCALÓIDES PIPERIDÍNICOS N PiperidínicosLisina LOBÉLIA Nome científico: Lobelia inflata Família: Campanulaceae Farmacógeno: folhas e galhos floridos �Princípios majoritários: lobelina. �Usos: analéptico respiratório (via parenteral), substituto do tabagismo. �Elevada toxicidade. CICUTA Nome científico: Conium maculatum Família: Umbeliferaceae Farmacógeno: frutos e sementes �Princípios majoritários: conicerina (frutos) e coniína (sementes). �Usos: antineurálgico (uso externo) e homeopatia. �Elevada toxicidade. coniína Derivam do aminoácido HISTIDINA. ALCALÓIDES IMIDAZÓLICOSALCALÓIDES IMIDAZÓLICOS Característicos das famílias Rutaceae, Cactaceae e Fabaceae. Histidina N N Imidazólicos JABORANDI Nome científico: Pilocarpus jaborandi Família: Rutaceae Farmacógeno: folíolos �Alcalóides majoritários: pilocarpina e isopilocarpina (inativo). �Usos: miótico (glaucoma), promotor da circulação cutânea e estimulante da secreção bucal (adjuvante em radioterapia. pilocarpina 19/06/2011 3 Derivam do aminoácido TRIPTOFANO. ALCALÓIDES INDÓLICOSALCALÓIDES INDÓLICOS Característicos das famílias Rubiaceae, Loganiaceae e Apocynaceae. Triptofano Indólicos N Muitos alcalóides indólicos terapeuticamente úteis são moléculas policíclicas bastante complexas. ALCALÓIDES INDÓLICOSALCALÓIDES INDÓLICOS Possuem uma porção triptamina (derivada do triptofano) e uma porção não triptofânica originada a partir de derivados monoterpenoídicos. Triptofano Triptamina Três tipos de esqueletos monoterpenoídicos: aspidospermano, ibogano e corinano. ALCALÓIDES INDÓLICOSALCALÓIDES INDÓLICOS aspidospermano corinano ibogano IOIMBINA Nome científico: Pausinystalia yohimbe Família: Rubiaceae Farmacógeno: cascas da árvore �Alcalóides majoritários: a casca possui cerca de 6% de uma mistura de alcalóides, cujo majoritário é a ioimbina. �A ioimbina é utilizada no tratamento da impotência em pacientes portadores de problemas vasculares ou diabetes. �Atua sobre o sistema nervoso autônomo periférico aumentando a atividade colinérgica e diminuindo a adrenérgica. IOIMBINA Nome científico: Pausinystalia yohimbe Família: Rubiaceae Farmacógeno: cascas da árvore �Sua ação sobre a musculatura lisa determina um aumento do tônus e dos movimentos dos intestinos. �É contra indicada nos casos de insuficiência renal e hepática e, em doses elevadas ocasiona queda da pressão arterial, excitação do SNC, náuseas e vômitos. �No tratamento da disfunção erétil, são necessárias de 3 a 4 semanas para a obtenção de efeito máximo (5 a 10 mg, 3 a 4 doses diárias). N N H O CH3O H H OH H RAUVOLFIA Nome científico: Rauvolfia serpentina Família: Apocynaceae Farmacógeno: raiz �Pó da raiz utilizado no tratamento e controle da hipertensão. �Alcalóides majoritários: reserpina, rescinamina e deserpidina (alcalóides do tipo corinano), ajmalicina e ioimbina. �Usos: hipotensor (reserpina), isquemia cerebral (ajmalicina) e afrodisíaco (ioimbina). 19/06/2011 4 RAUVOLFIA VINCA Nome científico: Catharanthus roseus Família: Apocynaceae Farmacógeno: partes aéreas �Planta originária de Madagascar, mas dispersa pelos trópicos e cultivada como ornamental. �Partes aéreas contêm 0,2 a 1% de alcalóides totais, enquanto as raízes são fonte de ajmalicina. �Alcalóides mais importantes: vincristina e vimblastina – purificação difícil e cara. �Alcalóides obtidos por semi-síntese: vindesina e vinorrelbina. VINCA vincristina vimblastina VINCA �Causam parada da divisão celular na metáfase, pela ligação específica com a tubulina, e inibem sua polimerização. �As pequenas diferenças estruturais entre estes dois compostos causam grandes diferenças na toxicidade e no espectro antitumoral. �Ausência de resistência cruzada entre estes alcalóides. �Emprego terapêutico: Vincristina em associação com outros quimioterápicos – tratamento de diferentes linfomas (Hodgkin, sarcoma de Kaposi, câncer de ovário e tumores de testículo. A vincristina é empregada no tratamento de leucemia linfoblástica. Pode causar neurotoxicidade, leucopenia e trombocitopenia. FAVA DE CALABAR Nome científico: Physostigma venenosum Família: Fabaceae Farmacógeno: sementes �Cipó originário do Golfo da Guiné, cujas sementes eram empregadas pelos nativos para decidir o julgamento de criminosos suspeitos. �Alcalóides mais importantes: fisostigmina FAVA DE CALABAR �A fisostigmina é uma amina terciária, que inibe reversivelmente a acetilcolinesterase, atravessando facilmente a barreira hemato-encefálica e promovendo efeitos colinérgicos. �Utilizado para inibir os efeitos centrais e periféricos dos anticolinérgicos. �Neostigmina e piridostigmina são derivados sintéticos mais estáveis (aminas quaternárias) que atuam em nível periférico. �Emprego terapêutico: Fisostigmina – uso exclusivo em oftalmologia (lacrimação, miose, queimadura ocular e dor de cabeça). Reversão de intoxicação por anticolinérgicos. 19/06/2011 5 FAVA DE CALABAR �Emprego terapêutico: Neostigmina e piridostigmina – Comercializados no BR, como antimiastênicos (diagnóstico e tratamento da miastenia grave), atonia pós-operatória da musculatura lisa do intestino e da bexiga. ESPORÃO DO CENTEIO Nome científico: Claviceps purpurea �Fungo conhecido como ergô, que produz alcalóides do tipo ergolina. �O esporão deve conter no mínimo 0,15% de alcalóides totais, calculados em ergotamina e no mínimo 0,023% dos alcalóides solúveis em água, calculados em ergometrina. �A droga foi utilizada para acelerar partos até a descrição dos seus efeitos tóxicos. �A partir do século XIX, utilização em hemorragia pós- parto. ESPORÃO DO CENTEIO �Dados químicos: Os alcalóides se dividem em três grupos: aminas simples do ácido lisérgico (20% do total de alcalóides - ergometrina), ergopeptinas (peptídeos do ácido lisérgico - ergotamina) e ergotoxinas (mistura de ergocornina, ergocriptina e ergocristina) Ácido lisérgico Ergotamina ESPORÃO DO CENTEIO �Dados farmacológicos e toxicológicos: •Relacionados estruturalmente com aminas biogênicas, interagindo com seus receptores e promovendo efeitos agonistas e antagonistas. •A ergotamina atua sobre o sistema cardiovascular, devido a ação simultânea na vasoconstricção do sistema periférico, depressão dos centros vasomotores e bloqueio adrenérgico periférico. •ERGOTISMO: insuficiência arterial periférica, náusea, vômitos, parestesia e pulso fraco. ESPORÃO DO CENTEIO �Emprego terapêutico •BR: medicamentos anti-enxaquecosos com di- hidroergotamina, ergotamina e merisergida. •A ergometrina apresenta a propriedade de contração intensa dos músculos lisos uterinos, mais prolongada que a ação da ocitocina. •Ergometrina é contra-indicada nos casosde disfunções cardíacas, hepáticas e renais, hipertensão e problemas vasculares. •A ergometrina é útil no tratamento da hemorragia pós- parto e pós-aborto (devido a atonia uterina após a expulsão da placenta). ESPORÃO DO CENTEIO �Emprego terapêutico •A ergotamina é o fármaco de escolha no tratamento da dor de cabeça do tipo enxaqueca. •É um potente vasoconstritor, podendo produzir vasodilatação, dependendo do grau de resistência dos vasos sanguíneos.
Compartilhar