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19/06/2011 1 Profa. Dr. Fabiane Moreira Farias CURSO DE FARMÁCIA DISCIPLINA: FARMACOGNOSIA Uruguaiana NOZ-VÔMICA Nome científico: Strychnus nux vomica Família: Loganiaceae Farmacógeno: sementes secas �Alcalóides mais importantes: estricnina e brucina. �Usos: estimulante do SNC, utilização como rodenticida, homeopatia. Alcalóides do harmano �São alcalóides que possuem em comum um anel β- carbonílico e se parecem com a triptamina. �Possuem propriedades de inibição da MAO e são antagonistas serotoninérgicos. �São ligeiramente alucinógenos e analgésicos e frequentemente utilizados em bebidas rituais como potencializadores de outros psicotrópicos. β-carbolina harmina harmalina harmol tetrahidroharmina CIPÓ-MARIRI Nome científico: Banisteriopsis caapi Família: Malpighiaceae Farmacógeno: partes aéreas �Alcalóides mais importantes: harmina, harmalina e tetraidroharmina. �Usos: antidepressivo, rituais religiosos 19/06/2011 2 MARACUJÁ Nome científico: Passiflora alata e P. edulis Família: Passifloraceae Farmacógeno: folhas �Alcalóides mais importantes: harmano, harmina e harmol. �Usos: sedativo (inibidor do SNC), antiespasmódico COGUMELOS ALUCINÓGENOS Nome científico: Psylocibe cubensis Farmacógeno: partes aéreas �Alcalóides mais importantes: psilocina e psilocibina. �Usos: alucinógenos, estimulante para guerreiros psilocina psilocibina serotonina IBOGA Nome científico: Tabernanthe iboga Família: Apocynaceae Farmacógeno: raízes �Alcalóides mais importantes: ibogaína. �Usos: psicotrópico, estimulante e afrodisíaco, anti- aditivo (opióides, cocaína e nicotina). IBOGAÍNA E DERIVADOS ALCALÓIDES QUINOLÍNICOSALCALÓIDES QUINOLÍNICOS TriptofanoTriptofano quinolínicos N QUINA Nome científico: Cinchona sp. Família: Rubiaceae Farmacógeno: casca do tronco e raízes �Alcalóides mais importantes: quinina e cinchonina. �Usos: febrífugo específico para a malária ( ação antifibrilatória e esquizonticida). 19/06/2011 3 QUINA Cinchonina CARACTERES QUÍMICOS DIFERENCIAIS DE ESPÉCIES DE QUINA Cinchona succirubra (vermelha) Cinchona calisaya (amarela) Cinchona ledgeriana (amarela) Cinchona officinalis (parda) % AT 5 – 8 5 – 10 5 - 15 2 - 8 % quinina 30 - 60 > 50 > 80 > 50 ALCALÓIDES ISOQUINOLÍNICOSALCALÓIDES ISOQUINOLÍNICOS TirosinaTirosina isoquinolínicos N BOLDO Nome científico: Peumus boldus. Família: Monimiaceae Farmacógeno: folhas �Alcalóides mais importantes: boldina, isoboldina e isocoridina. �Usos: hepatoprotetor, digestivo, colagogo, colerético, diurético e anti-radicais livres. �Utilizado no tratamento da constipação (em associação com outras plantas). BOLDO N O H H O C H 3 C H 3O C H 3O N O H H O C H 3 C H 3O C H 3O boldina isoboldina IPECA Nome científico: Cephaelis ipecacuanha P. ipecacuanha, C. acuminata Família: Rubiaceae Farmacógeno: raízes e rizomas �Alcalóides mais importantes: emetina e cefalina. Usos: �Emetina: expectorante, antiamebiano - cardiotóxico �Cefaelina: emético 19/06/2011 4 IPECA emetina HIDRASTE Nome científico: Hidrastis cannadensis Família: Ranunculaceae Farmacógeno: raízes e rizomas �Alcalóides mais importantes: hidrastina, berberina e canadina. �Possuem sabor amargo e odor desagradável �Usos: Vasoconstrictor e hipotensor (hemorróidas), bactericida e leishmanicida, antinflamatório, tratamento de úlceras, conjuntivite, eczemas e otites. HIDRASTE Berberin Canadine PAPOULA Nome científico: Papaver somniferum Família: Papaveraceae Farmacógeno: látex obtido por incisão das Cápsulas - ópio �Alcalóides mais importantes: morfina, codeína e tebaína. Usos: �morfina: analgésico �Codeína: antitussígeno e antiespasmódico �Tebaínas: antitussígeno PAPOULA morfina codeína tebaína • Noscapina, berberina e PAPAVERINA – antiespasmódico (relaxante da musculatura lisa) Papoula: Alcalóides com núcleo isoquinolínico 19/06/2011 5 ALCALÓIDES DE AMARYLLIDACEAEALCALÓIDES DE AMARYLLIDACEAE Hippeastrum sp Gallanthus sp Narcissus sp ALCALÓIDES DE AMARYLLIDACEAEALCALÓIDES DE AMARYLLIDACEAE Função fisiológica • inibição do crescimento e divisão celular • inibição da biossíntese do ácido ascórbico �Narcissus poeticus; Licoris radiata; Hippeastrum auriculatum; Amaryllis beladona; Crinium asiaticum �Atividade Farmacológica � Antineoplásica: inibe síntese de proteínas e DNA em células murinas ⇒ reduz a viabilidade de células � Imunoestimulante: modula a atividade da calprotectina em reação inflamatória severa na apoptose de células tumorais �Gallanthus sp. Inhibidor da acetilcolinesterase Duplo mecanismo de ação: � inibe de forma reversível e competitiva a enzima acetilcolinesterase; � aumenta a resposta dos receptores nicotínicos pre- sinápticos à acetilcolina. �Usos: tratamento sintomático do mal de Alzheimer (Nivalin®; Reminyl®, GalantaMind® ) • Bromidrato de galantamina FENILETILAMINASFENILETILAMINAS TirosinaTirosina PEIOTE Nome científico: Lophophora williamsii Família: Cactaceae �Alcalóides mais importantes: mescalina �Usos: coadjuvante no tratamento de esquizofrenias e psicoterapia. �Utilização em rituais religiosos. 19/06/2011 6 DERIVADOS DA FENILALANINADERIVADOS DA FENILALANINA FenilalaninaFenilalanina EFEDRA Nome científico: Ephedra sp. Família: Ephedraceae Farmacógeno: partes aéreas �Alcalóides mais importantes: efedrina �Usos: adrenérgico (estimulante do SNC), broncodilatador e vasoconstritor, hipertensivo. CÓLCHICO Nome científico: Colchicum autumnale Família: Liliaceae Farmacógeno: sementes e bulbos �Alcalóides mais importantes: colchicina e colchicosídeo �Usos: analgésico e antinflamatório (tratamento da gota). �Elevada toxicidade na ingestão da planta �Parada respiratória e colapso cardiovascular METILXANTINASMETILXANTINAS PurinasPurinas METILXANTINASMETILXANTINAS São considerados pseudoalcalóides Principais representantes: cafeína, teobromina e teofilina. Cafeína Teobromina Teofilina Uso do chá desde 2737 a.C. METILXANTINASMETILXANTINAS Primeiro relato escrito sobre o uso do café: século X. Isolamento das metilxantinas: cafeína (1820), teobromina (1842) e teofilina (1888). Síntese da cafeína: 1900 19/06/2011 7 METILXANTINAS: DistribuiçãoMETILXANTINAS: Distribuição Famílias filogeneticamente não relacionadas Ocorrência restrita – 60 espécies vegatiais de regiões tropicais e subtropicais Sterculiaceae Cola sp.; Teobroma cacao L. Sapindaceae Paullinia sp. Aquifoliaceae Illex sp. Rubiaceae Coffea sp. Theaceae Camellia sinensis (L.) Kuntze METILXANTINAS: Propriedades físico-químicasMETILXANTINAS: Propriedades físico-químicas Hidroxipurinas ocorrem em formas tautoméricas N N N N OH OH H HO N N N N O O H O H H H Lactima Lactama Exceção: Cafeína – não pode formar enóis Apresentam caráter anfótero METILXANTINAS: Propriedades físico-químicasMETILXANTINAS: Propriedades físico-químicas Solubilidade: água, soluções aquosas ácidas a quente, etanol a quente, solventes orgânicos clorados e soluções alcalinas. METILXANTINAS: extraçãoMETILXANTINAS: extração Solventes clorados em meio amoniacal. Solventes clorados diretamente de suas soluções aquosas ácidas. Stas Otto Sublimação Fluido supercrítico METILXANTINAS: caracterizaçãoMETILXANTINAS: caracterização Em soluções diluídas, não são precipitadas pelo reativo de Mayer. Reação positiva com taninos, reativo de Dragendorff e soluções de iodo/iodeto em meio ácido. Reação de Murexida Cromatografia em camada delgada, utilizando reveladores a base de iodo. Reação de Murexida 19/06/2011 8 METILXANTINAS: doseamentoMETILXANTINAS: doseamento Gravimetria Iodometria Espectrofotometria Métodos cromatográficos METILXANTINAS: propriedades METILXANTINAS: propriedades farmacológicas Efeitos farmacológicos semelhantes, mas diferem em sua potência. SISTEMA NERVOSO CENTRAL -Estimulantes -Estimulam os centros respiratórios -Facilitam a atividade cortical -Inibem o sono -Diminuem a sensação de fadiga SISTEMA CARDIOVASCULAR -Aumento da frequênciae do débito cardíaco DIURESE Teobromina e teofilina: -Aumentam o débito sanguíneo renal e a filtração glomerular MUSCULATURA ESTRIADA -Contração MUSCULATURA LISA Teofilina: -Relaxamento da musculatura brônquica, vias biliares e dos uretéres METILXANTINAS: emprego terapêuticoMETILXANTINAS: emprego terapêutico CAFEÍNA -antigripais -antiálgicos -antipiréticos Ácido acetilsalicílico, paracetamol, codeína, dihidroergotamina TEOFILINA -consta na lista de medicamentos da Farmácia Básica Nacional -tratamento da asma - Formas espásticas de bronquiopneumopatias obstrutivas METILXANTINAS: ConsumoMETILXANTINAS: Consumo CONSUMO DIÁRIO DE CAFEÍNA: cerca de 50mg/pessoa - 1 xícara de café (175 mL): 85-115 mg de cafeína - 1 xícara de chá: 50 mg de cafeína e 1 mg teofilina - 1 xícara de chocolate: 4 mg de cafeína de 250 mg de teobromina - Refrigerantes de cola (350 mL): 50 mg DOSE LETAL 5 a 10 g (adultos) EFEITOS COLATERAIS Nervosismo, taquicardia, diurese, rubor facial e contração muscular. COLA Nome científico: Cola nitida. Família: Sterculiaceae Farmacógeno: sementes sem tegmento (“Noz de cola”) �Alcalóides majoritários: cafeína (1 a 2,5%) e teobromina (traços) �Usos: Bebidas estimulantes e refrigerantes. CACAU Nome científico: Theobroma cacao L. Família: Sterculiaceae Farmacógeno: sementes (fava) �Alcalóides majoritários: cafeína (0,3%) e teobromina (1,5%) �Usos: extração de manteiga de cacau, excipiente graxo em alimentos e nutracêuticos, bebidas e chocolates. 19/06/2011 9 ERVA MATE Nome científico: Ilex paraguarienis Família: Aquifoliaceae Farmacógeno: folhas �Alcalóides majoritários: cafeína (0,7 a 2,3%) e teobromina (0,3%) e teofilina (traços). �Usos: bebidas estimulantes e coadjuvantes em dietas hipocalóricas. CHÁ Nome científico: Camellia sinensis Família: Theaceae Farmacógeno: folhas e botões terminais �Alcalóides majoritários: cafeína, teobromina e teofilina. �Usos: in natura, chá alimentício e estimulante, coadjuvante em regimes dietéticos. CAFÉ Nome científico: Coffea arabica Família: Rubiaceae Farmacógeno: sementes �Alcalóides majoritários: cafeína (0,6 a 5,2%) �Usos: estimulantes do SNC, bebidas alimentícias e bebidas estimulantes. GUARANÁ Nome científico: Paullina cupana Família: Sapindaceae Farmacógeno: sementes (pasta de guaraná) �Alcalóides majoritários: cafeína (2,5 a 7%), teobromina (traços) e teofilina (traços). �Usos: estimulantes do SNC, bebidas e refrigerantes.
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