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F I L O K A M P T O Z O A ( E N T O P R O C T A ) CARACTERÍSTICAS GERAIS Corpo em forma de taça com anel de tentáculos Acelomados Medem entre 0,1 e 7mm de comprimento Apresentam tentáculos ciliados que tendem a se curvar para dentro. Alimentam-se por meio de mecanismos ciliares ESTRUTURA CORPORAL O corpo consiste de uma estrutura ovoide chamada cálice que contem os órgãos internos e de um pedúnculo pelo qual o cálice se prende ao substrato. O pedúnculo se fixa diretamente ao substrato nas formas solitárias e a ramos maiores ou estolões nas formas coloniais. O pedúnculo pode ser não segmentado, com músculos longitudinais contínuos, ou divido em dois segmentos, proximal e distal, que apresentam musculatura intumescida e um segmento intermediário entre eles. A margem superior do cálice porta uma coroa de 8 a 30 tentáculos sólidos que representam extensões da parede corporal. Os tentáculos não são retráteis mas podem se dobrar para baixo. VESTÍBULO OU ÁTRIO: Superfície do cálice envolvida pelos tentáculos, apresentando boca em uma extremidade e o ânus na outra, em uma elevação chamada de cone anal. Família Barentsiidae Pedicellinidae Gênero Barentsia Pedicellina Colonial Sim Sim Septo entre o pedúnculo e o cálice Sim Sim Céls. contráteis do orgão estrelado Sim Sim Ânus em um cone Não Não Pedúnculo presente Sim Sim Intumescimento muscular no pedúnculo Sim Não HABITAT Maioria marinha e colonial, vivendo presos a substratos duros ou como comensais em esponjas, poliquetas, briozoários e outros animais marinhos. Vivendo da faixa intertidal até 500 metros de profundidade. Um único gênero de água doce → Urnatella NUTRIÇÃO : FILTRADORES. Batimento dos cílios laterais dos tentáculos faz com que uma corrente hídrica passe sobre o vestíbulo entre os tentáculos, elas se prendem nos cílios laterais → Partículas são então transportadas pelos cílios frontais, que se localizam na face tentacular interna e batem para baixo, transportando as partículas para a base do tentáculo e para a boca. Trato digestivo em forma de U. SISTEMA EXCRETOR Dois protonefrídios abrindo-se em um nefridióporo comum atrás da boca. Anus localizado dentro do círculo de tentáculos SISTEMA RESPIRATÓRIO : Ausente As trocas gasosas ocorrem através da superfície do corpo, provavelmente em grande parte nos tentáculos. SISTEMA CIRCULATÓRIO : Ausente. SISTEMA NERVOSO Sistema nervoso subepidermal, com um único gânglio mediano com nervos para os tentáculos, pedúnculo e cálice. REPRODUÇÃO REPRODUÇÃO ASSEXUADA. Por brotamento, formando colônias extensas. Formas solitárias também formam brotos que se afastam do indivíduo parental. REPRODUÇÃO SEXUADA. Hermafroditas (alguns protândricos). Um único gonóporo mediano localizado atrás do nefridióporo. Óvulos fertilizados no ovário ou no oviduto. Ovos incubados em uma câmara incubadora no vestíbulo eclodindo em uma larva trocófora planctônica. T A X O N L O P H O P H O R A T A Lophophorata é o táxon mais controverso dentro de Protostomia. Alguns dados do desenvolvimento embrionário são consistentes com os dados moleculares: Nos foronídeos, o blastóporo origina a boca, como é típico nos protostômios, mas, nos braquiópodes, o blastóporo oblitera-se e tanto a boca como o ânus desenvolvem-se a partir de novas aberturas. Alguns aspetos do desenvolvimento sustentam o posicionamento desses táxons em Deuterostomia: • A clivagem é radial em todos os três filos, e cada um deles apresenta um celoma formado por enterocelia. • Como em alguns deuterostômios, o celoma é dividido em três partes: protocele, mesocele e metacele. O atual posicionamento destes táxons dentre os protostômios lofotrocozoários reflete a aceitação dos dados moleculares em face da inconsistência e conflito dentre os dados morfológicos. Membros de todos os três filos apresentam uma estrutura alimentar denominada lofóforo. O lofóforo é um arranjo singular de tentáculos ciliados que se projeta de uma crista ou dobra da parede do corpo. Os tentáculos são ocos e contêm uma extensão da mesocele. Portanto, os tentáculos finos e ciliados não formam apenas um mecanismo eficiente para a captura de alimento, mas também um mecanismo respiratório que permit trocas gasosas entre a água circundante e o fluido celomático interno. FI L O B R Y O Z O A ( E C T O P R O C T A ) Do grego, bryo = musgo e zoon = animal Do grego, ektos = externo e proktos = ânus CARACTERÍSTICAS GERAIS Apresenta células multiciliadas no lofóforo, que é retrátil. ESTRUTURA CORPORAL Cada membro da colônia é denominado zoóide e é menor que 0,5mm. O zoóide é formado por cistídio + polipídio. CISTÍDIO: Parede do corpo do animal, incluindo a parte secretada (zoécio) e a porção viva: epiderme, membrana basal, músculos e mesotélio. POLIPÍDIO: No interior do cistídio sendo constituído pelo lofóforo, sistema digestivo, gônadas, músculos e sistema nervoso. Os zoóides secretam diminutas câmaras pela epiderme formando um exoesqueleto, o zoécio. O zoécio pode ser gelatinoso, quitinoso ou enrijecido com cálcio, podendo estar impregnado com areia. O aspecto do zoécio pode ser em forma de caixa, oval ou tubular. O zoécio (ectocisto) apresenta um orifício por onde o lofóforo pode ser estendido e que pode ou não ser coberto por um opérculo. A aparência das colônias varia de gelatinosa à fortemente calcificada. Colônias podem ser incrustantes (até 1m de largura), eretas e ramificadas (até 30cm de altura), foliáceas, com estolões. A maioria das colônias apresenta apenas indivíduos tróficos, mas o polimorfismo ocorre em algumas espécies: AUTOZOÓIDE: Zoóide básico (trófico) com lofóforos e função de alimentação e digestão HETEROZOÓIDES: Zoóides reduzidos ou modificados com funções específicas. • Aviculários: Defendem a colônia de predadores e da fixação de organismos. • Vibráculas: Atuam na limpeza e no deslocamento de algumas espécies vágeis. • Ovicela ou Oécio: Função de incubar os ovos. • Cenozoóide: Modificados para servir como estolões, discos adesivos, estruturas fixadoras radiculares ou espinhos defensivos. LOPHOPHORATA BRACHIOPODA PHORONIDA BRYOZOA A crista do lofóforo geralmente é circular em briozoário marinho e em forma de U nas espécies límnicas. As regiões do corpo que abrigam a mesocele e metacele são denominadas mesossomo e metassomo, respectivamente. Um septo divide a mesocele do lofóforo da metacele, que é maior e posterior. Uma aba de tecido, o epistoma, que ocorre apenas nos ectoproctos límnicos, recobre a boca e contém uma extensão da protocele. HABITAT Formas bentônicas e coloniais (um gênero é solitário, Monobryozoon) Maioria marinhos de águas costeiras, mas já foram encontrados em até 8.200m de profundidade. Poucas espécies de água doce (50 spp.), 10 registradas no Brasil. Maioria sésseis, vivendo fixos a substratos como rochas, conchas, algas, em cascos de navios e etc. Alguns briozoários não são sésseis: • A colônia de uma forma marinha caminha rapidamente por meio de vibráculas (Cupuladria, habita substrato inconsolidado) • Monobryozoon ambulans, ocorre em ambientes intersticiais, entre os grãos de areia • A colônia de uma forma de água doce pode se arrastar lentamente por meio de um "pé" muscular. NUTRIÇÃO: SUSPENSÍVOROS → Fitoplâncton pequeno. Os zoóides de alimentam distendendo seus lofóforos na água para captura de alimento. LOFÓFORO: Coroa de tentáculos ciliados circundando a boca, especializada na captura de alimento por suspensivoria. Tentáculos consistem de uma dobra da parede do corpo e apresentam expansões do celoma. Os lofóforos podem ser retraídos e apresentam de 6 a 30 tentáculos ciliados circundando a boca. Os cílios dos tentáculos criam uma corrente de água para dentro e para fora do funilformado pelos tentáculos, através destes → Partículas de alimento levadas pelas correntes de água são arremessadas para a boca por uma flexão rápida dos tentáculos ou capturadas por muco dos tentáculos e levadas para a boca por cílios frontais → As partículas coletadas são acumuladas na cavidade bucal ciliada e então engolfadas por uma rápida dilatação da faringe muscular → Contrações peristálticas deslocam o alimento ao longo do estômago. Partículas indesejáveis podem ser rejeitadas pelo fechamento da boca, pela reversão da ação dos cílios, pela aproximação dos tentáculos ou pela retração de todo o lofóforo para o interior do zoécio. Trato digestivo em forma de U. SISTEMA FUNICULAR Uma fina corda de tecido conjuntivo cheia de líquido que liga o intestino à parede do corpo. Presente no celoma de todos os briozoários, associado a órgãos como testículos e câmaras uterinas. Conecta fonte de materiais nutritivos aos tecidos que os demandam (Sistema de transporte de alimento). Em algumas formas ele se estende até os poros interzooidais (que conectam zoóides adjacentes), funcionando também no transporte entre zoóides, além do intrazooidal. Transporte intrazooidal de gases, algum alimento e dejetos é feito pelo fluido celômico. Em zoóides grandes pode haver circulação do fluido celômico por batimento ciliar. O fluido celômico apresenta celomócitos que engolfam e armazenam materiais de refugo. O sistema funicular provê ao menos algum transporte de nutrientes, sendo o principal sistema de dispersão de metabólitos por toda a colônia em algumas formas. SISTEMA EXCRETOR : Ânus situado externamente ao lofóforo. CELOMÓCITOS : Englobam e armazenam os materiais a serem excretados, já que não apresentam órgãos excretores. AUSÊNCIA DE NEFRÍDIOS. Amônia difundi-se através da superfície do corpo e principalmente do lofóforo. Outras excretas, como o ácido úrico, podem ser armazenadas temporária ou indefinidamente por tecidos corporais. DEGENERAÇÃO DO POLIPÍDIO E EXCREÇÃO POR ACUMULAÇÃO: O polipídio (lofóforo e trato digestivo) de cada zoóide degenera após algumas semanas, deixando o cistídio (zoécio e parede do corpo) intacto. Alguns componentes do polipídio são fagocitados e suas moléculas reaproveitadas, mas a grande massa residual de células necróticas contendo produtos de excreção acumulados permanece alojada no celoma como uma esfera escura conspícua chamada de corpo bruno (marrom). CORPOS BRUNOS OU MARRONS: Corpúsculos de cor escura formados por matéria orgânica não reabsorvida resultante do processo de degeneração natural dos zoóides. A regressão do polipídio e formação do corpo bruno é uma forma de excreção por acumulação. A regressão é seguida pela regeneração de um novo polipídio a partir de tecidos do cistídio. Em algumas espécies o corpo bruno permanece para sempre no celoma, ao passo que em outras ele é incorporado pelo estômago do novo polipídio e expelido na primeira defecação. SISTEMA RESPIRATÓRIO O lofóforo serve também como superfície de trocas gasosas, já que não apresentam órgãos de trocas gasosas. SISTEMA CIRCULATÓRIO: Ausente Fluído celomático responsável pelo transporte interno (Sistema Funicular). Não há vasos sanguíneos ou coração típicos. SISTEMA NERVOSO Presença de uma massa ganglionar e de um anel nervoso que circunda a faringe, de onde parte nervos para todo o corpo. Não existem órgãos sensoriais, mas cílios sensoriais individuais ocorrem nos tentáculos. REPRODUÇÃO Colônias (zoários) com poucos a até milhões de indivíduos formados por brotamento assexual a partir de uma ancéstrula fundadora produzida sexualmente. Todas as formas de água doce e a maioria das marinhas são hermafroditas (maioria protândricos: 1° macho e 2° fêmea). Logo as colônias possuem indivíduos funcionalmente machos ou fêmeas. A autofecundação é rara, comumente a fertilização acontece entre indivíduos da mesma colônia ou de colônias diferentes. O zoóide possui um ou dois ovários, localizados na parte distal, e um ou muitos testículos na parte basal, junto ao funículo. Os espermatozoides são lançados diretamente na água do mar, através dos poros terminais localizados nos tentáculos do lofóforo. Espermatozoides lançados na água do mar podem ser capturados pelo batimento ciliar de um outro indivíduo → Fixam-se na superfície dos tentáculos, fecundando os óvulos que saem pelo órgão intertentacular (fertilização externa) ou penetram no zoóide para fertilização interna dos ovos no órgão intertentacular ou no celoma. Algumas espécie liberam os óvulos na água do mar, mas a maioria incuba os zigotos, alguns no interior do celoma e alguns externamente, em uma câmara incubadora, denominada ovicela, que é um zoécio modificado no qual o embrião se desenvolve. Os ovos são grandes, ricos em vitelo e pouco numerosos. Na minoria das formas os ovos são incubados no interior do celoma (trato digestivo e lofóforo podem se degenerar para prover espaço). Na maioria os ovos são incubados nas ovicelas (oécios). Em alguns casos, vários embriões proliferam-se assexuadamente a partir do embrião inicial, em um processo chamado poliembrionia. As larvas das espécies não incubadoras apresentam um tubo digestivo funcional e nadam por uns poucos meses antes do assentamento. As larvas das espécies incubadoras não se alimentam, fixando-se ao substrato após uma breve existência livre- nadante. DESENVOLVIMENTO LARVAL. Desenvolvimento indireto, com eclosão de larva livre-nadante (larva cifonauta), estruturalmente variada mas sempre com uma corona ciliada locomotora que circunda o corpo, um tufo anterior de cílios apicais e um saco metassômico ventral adesivo. No final de sua vida planctônica,a larva assenta-se sobre um substrato apropriado e fixa-se com seu saco metassômico evertido, que secreta um casulo que envolve a larva em metamorfose. A ancéstrula, o primeiro zoóide a se desenvolver a partir da larva assentada, dará origem assexuadamente aos primeiros componentes da colônia. Todos os componentes da colônia serão descendentes assexuais da ancéstrula. ESTATOBLASTOS. Corpo de resistência especiais por meio dos quais briozoários de água doce se reproduzem clonalmente (funcionalmente semelhantes as gêmulas das esponjas de água doce). São formados por valvas quitinosas que contém uma massa de células germinativas, sendo capazes de sobreviver à condições adversas como frio e dessecamento. Permanecem dormentes por períodos variáveis. Um zoóide irá se desenvolver a partir da massa de células quando as condições ambientais se tornarem favoráveis, dando origem a uma nova colônia. CLASSE PHYLACTOLAEMATA (Exclusivo de água doce) CLASSE GYMNOLAEMATA (Colônias polimorficas) ORDEM CHEILOSTOMATA SUB ORDEM ANASCA - Parede frontal membranosa, flexível. SUBORDEM ASCOPHORA - Parede frontal calcificada. FILOGENIA CARACTERÍSTICAS DE DEUTEROSTOMADOS: • Clivagem espiral • Blastóporo forma o ânus • Formação de celoma com três cavidades iniciais CARACTERÍSTICAS DE PROTOSTOMADOS: • Presença de quitina e características moleculares (18S rRNA e Hox gene) F I L O B R A C H I O P O D A Do latim, brachium = braço e do grego, pous = pé CARACTERÍSTICAS GERAIS Corpo envolvido por valvas dorsal e ventral. ESTRUTURA CORPORAL Menos de 10cm de comprimento ou de largura (maioria entre 4 e 6cm, menores com 1mm). Formas fósseis atingiram 30cm. Os braquiópodes apresentam valvas diferenciadas em dorsais e ventrais, em vez de laterais direita e esquerda, como os moluscos bivalves: • Valva dorsal (branquial) - menor, fica em baixo • Valva ventral (pedicular) - maior, fica em cima As valvas são revestidas externamente por perióstraco orgânico. A maioria dos braquiópodes se fixam ao substrato por meio de um pedúnculo carnoso denominadopedículo ou pedicelo. O pedículo é uma estrutura carnosa que sai de um orifício na valva ventral. Na maioria das formas, sua função é fixar o animal ao substrato. Porém algumas espécies não apresentam pedículo e se cimentam ao substrato. As valvas podem apresentar perfurações invadidas por cecos que contém tecidos do corpo (locais de síntese e armazenamento de produtos). HABITAT Marinhos bentônicos, solitários e geralmente sésseis. Encontrados em todas as profundidades, sendo mais abundantes na plataforma continental. Na costa do estado de São Paulo, ocorrem duas espécies de braquiópodos: Bouchardia rosea, da classe Articulata e único representante vivo da família Terebratullidae, e uma espécie do gênero Discinisca, da classe Inarticulata, família Discinidae. A distribuição de Bouchardia rosea abrange a costa atlântica da América do Sul, tendo sido referida sua presença no Brasil para os estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro. NUTRIÇÃO Presença de lofóforos: Uma coroa de tentáculos ocos que circunda a boca. Formato circular, em U ou muito enrolado. Utilizado na captura de alimento. SISTEMA EXCRETOR SISTEMA RESPIRATÓRIO O lofóforo é utilizado na respiração. SISTEMA CIRCULATÓRIO Todos os braquiópodes possuem sistema circulatório composto de um coração, sangue incolor e vasos sanguíneos. SISTEMA NERVOSO REPRODUÇÃO Reprodução exclusivamente sexuada Maioria gonocóricos Fertilização externa na maioria Algumas formas incubam os embriões Larva livre nadante FILOGENIA CARACTERÍSTICAS DE DEUTEROSTOMADOS: Clivagem radial Blastóporo forma o ânus em algumas espécies Celoma se origina em três partes Mesoderma formado por enterocelia na Classe Articulada. CARACTERÍSTICAS DE PROTOSTOMADOS: Mesoderma formado por esquizocelia na Classe Inarticulada. Presença de quitina. Características moleculares: 18S rRNA e Hox gene CLASSE INARTICULATA - Charneira simples, tubo digestivo completo, desenvolvimento direto. Valvas ligadas por musculatura e constituídas por fosfato de cálcio e quitina. Presença de ânus. O gênero Lingula tem ocorrência desde o Período Ordoviciano. As espécies de Lingula são consideradas fósseis vivos. Eles são filtradores como os braquiópodes em geral. CLASSE ARTICULATA - Charneira complexa, tubo digestivo cego, desenvolvimento indireto. Valvas articuladas por dentes da valva central inseridos em concavidades (soquetes) da valva dorsal e constituídas por carbonato de cálcio. Ânus ausente na maioria das formas. F I L O P H O R O N I D A Do grego, phoros = possuir e do latim, nidus = ninho CARACTERÍSTICAS GERAIS Corpo vermiforme Tubo secretado ESTRUTURA CORPORAL Entre 2 - 20cm de comprimento (1-2mm de diâmetro). Alguns chegam a 50 centímetros. Vermiformes e vivem em tubos quitinosos que são enterrados na areia ou lodo ou se prendem em substratos duros (rochas ou conchas). Alguns perfuram conchas de moluscos. Apresentam lofóforos: extensões ocas da parede do corpo, portadoras de cílios. Os lofóforos não se retraem, mas o animal se retrai dentro do tubo. Corpo sem apêndices ou diferenciação regional externa, com exceção do lofóforo e do bulbo (ampola) terminal, que aloja o estômago e ajuda a ancorar o animal no tubo. HABITAT Solirários ou gregários (ancorados em massas emaranhadas). Bentônicos e sésseis. Marinhos, principalmente em regiões temperadas, na faixa entre-marés até 400 metros de profundidade. NUTRIÇÃO: FILTRADORES Cílios tentaculares batem para baixo produzindo uma corrente de água. Partículas alimentares aderem ao muco produzido. Quando se alimentam, o lofóforo grande (até 15000 tentáculos) se projeta a partir da extremidade do tubo. SISTEMA EXCRETOR Ânus localizados dorsalmente e externamente ao anel tentáculos, com um nefridióporo de cada lado. SISTEMA RESPIRATÓRIO Os lofóforos auxiliam nas trocas gasosas. SISTEMA CIRCULATÓRIO Sistema vascular-sanguíneo fechado bem desenvolvido com células sanguíneas vermelhas (hemoglobina). SISTEMA NERVOSO Sistema nervoso difuso, na base da epiderme. REPRODUÇÃO REPRODUÇÃO ASSEXUADA por brotamento ou fissão transversal. REPRODUÇÃO SEXUADA: com a maioria hermafrodita, embora existam formas dióicas. Gametas se originam no peritônio e escapam via nefrídios através dos nefridióporos. Fecundação externa mas os ovos e larvas podem ser incubados no interior da cavidade encerrada pelo lofóforo ou dentro do tubo. DESENVOLVIMENTO LARVAL. Larva planctônica chamada de actinotroca. FILOGENIA CARACTERÍSTICAS DE DEUTEROSTOMADO: • Clivagem radial e indeterminada • Enterocélico modificado: mesoderma forma-se da parede do intestino CARACTERÍSTICAS DE PROTOSTOMADOS: • Blastóporo tornando-se a boca • Celoma formado por fendamento (esquizocelia) Características moleculares (18S rRNA e Hox gene) próximas de protostomados. F I L O M O L L U S C A Do latim, molluscus = mole CARACTERÍSTICAS GERAIS Protostomados (clivagem espiral, boca formada a partir do blastóporo, nele ou próxima dele). Celomados. Esquizocelomados (celoma formado por esquizocelia: cavidade no interior de blocos sólidos de células mesodérmicas). VANTAGENS PROPORCIONADAS POR UMA CAVIDADE CORPORAL: • Tubo digestivo fica separado da parede do corpo, permitindo que ambos se movam independentemente. • Cavidade do corpo cheia de líquido torna o transporte interno mais efetivo, possibilitando o aumento de tamanho e atividade. • Órgãos excretores, gônadas e seus produtos podem ser contidos no celoma • Celoma constitui um esqueleto hidrostático contra o qual os músculos podem contrair IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: • Alimento: ostras, polvos e lulas • Produção de pérolas (Bivalvia) • Bivalves perfuradores (teredos) destroem embarcações e ancoradouros de madeira • Pragas de plantações (gastrópodes pulmonados) • Médica - Hospedeiro intermediário de parasitas (gastrópodes) ESTRUTURA CORPORAL PLANO CORPORAL DOS MOLUSCOS Porção cefalopediosa (depende da ação muscular para o seu funcionamento) • Órgãos da alimentação • Órgãos sensoriais cefálicos • Órgãos da locomoção Massa viceral (depende de tratos ciliares para o seu funcionamento) • Órgãos dos sistemas digestivos, circulatório, respiratório e reprodutivo CABEÇA Geralmente bem desenvolvida Boca com rádula Órgão sensoriais especializados (olhos simples ou muito complexos e tentáculos) MANTO Parede dorsal do corpo dos moluscos que cobre a massa visceral O manto se prolonga além da massa visceral em uma aba que encerra parcialmente a cavidade do manto (ou cavidade palial) Cavidade do manto abriga as brânquias (ctenídios) ou um pulmão Superfície exposta do manto funciona também como superfície respiratória. CAVIDADE DO MANTO Com receptores sensoriais para testar água ao redor (osfrádios) Muitos moluscos podem recolher a cabeça e o pé para dentro da cavidade do manto, para proteção Produtos dos sistemas digestivo, excretor e reprodutor são lançados para dentro da cavidade do manto Corrente de água promovida por cílios da superfície do corpo ou ação muscular, entra na cavidade do manto trazendo oxigênio e as vezes, alimento, e sai levando dejetos e elementos reprodutivos. BORDA DO MANTO Mostrando os lobos secretor, sensorial e muscular e as três camadas da concha: perióstraco camada prismática e camada nacarada CONCHA Secretada pelo epitélio externo do manto Constituída por três camadas: • Perióstraco: mais externa, constituída por substância orgânica • Prismática: mediana, prismas de carbonato de cálcio em uma matriz protéica • Nacarada: mais interna, em contato com o manto, calcário PÉ Locomoção e/ou fixação Estrutura ventral em forma de sola HABITAT Ambientes marinhos: em todasas profundidades até os mares polares Todos os tipos de ambientes de água-doce Ambientes terrestres NUTRIÇÃO RÁDULA Órgão linguiforme raspador protrátil, exclusivo dos moluscos (ausente em Bivalvia). Membrana em forma de esteira, sobre a qual estão fixadas fileiras de dentes diminutos, flexionados em direção posterior. Sustentada por cartilagens (odontóforo) e movimentada por músculos. Os dentes da rádula são de quitina e proteínas esclerotizadas, em alguns táxons os dentes podem ser endurecidos com ferro ou composto silicoso. Funções: raspar o alimento e transportá-lo para o trato digestivo. O tubo digestivo consiste de três divisões: • Anterior - Boca, cavidade bucal e faringe (derivados da ectoderme e possuem cutícula) • Posterior - Reto e ânus (derivados da ectoderme e possuem cutícula) • Mediano - Esôfago, estômago, ceco digestivo, intestino (derivados da endoderme) Sistema digestivo complexo e altamente especializado de acordo com o hábito alimentar do molusco. Geralmente provido com extensos tratos ciliares A absorção do alimento ocorre no ceco digestivo ou glândula digestiva. Ceco digestivo está presente em todos os Eumollusca, mas ausente em Aplacophora. Um estilete cristalino composto de enzimas digestivas está presente em alguns Conchifera, principalmente bivalves e alguns gastrópodes. SISTEMA EXCRETOR A maioria com um par de metanefrídios Dutos dos metanefrídios em muitos moluscos também servem como via para liberação de ovos e espermatozoides SISTEMA RESPIRATÓRIO Trocas gasosas acontecem na superfície do corpo, especialmente o manto, ctenídios, brânquias secundárias e pulmão (formas terrestres). CTENÍDIOS A circulação da água entre os filamentos branquiais é promovida por cílios. Água flui em sentido contrário ao do sangue (mecanismo de contra-corrente). Existem três tipos de cílios nos filamentos da brânquia - cílios frontais, cílios abfrontais e cílios laterais. Destes os cílios laterais são os responsáveis pelo movimento da corrente respiratória através da brânquia. Dois ctenídios em lados opostos da cavidade paleal, cada um separa funcionalmente a cavidade paleal em câmara inalante e câmara exalante. SISTEMA CIRCULATÓRIO: Sistema aberto Coração propulsor, vasos sanguíneos e seios sanguíneos. O sangue se difunde através do filamento vindo do vaso aferente e passando para o vaso eferente. A Classe Cephalopoda possui sistema circulatório fechado SISTEMA NERVOSO Dois pares de cordões nervosos principais. Os cordões viscerais servem os órgãos internos e os cordões pedais servem ao pé. Cordões apresentam gânglios como centros locais de controle em importantes partes do corpo. GÂNGLIO CEREBRAL - Inerva os olhos, tentáculos e estatocisto GÂNGLIO BUCAL - Inerva a massa bucal, os músculos da rádula e o odontóforo GÂNGLIO PEDAL - Inerva o músculo do pé GÂNGLIO PLEURAL - Inerva o manto Os moluscos geralmente tem 4 cordões nervosos são então chamados de tetraneuros. As estruturas sensoriais típicas de molusco são tentáculos cefálicos, um par de olhos na cabeça, um par de estatocisto no pé e um par de osfrádio na cavidade palial. REPRODUÇÃO Maioria dioica Fertilização externa ou interna, com órgão copulador Ovos muitas vezes depositados dentro de cápsulas Muitos eclodem como uma larva livre-nadante do tipo trocofora (A larva trocofora é encontrada em Mollusca, Annelida, Sipuncula, Echiura e muitos outros protostomados) DESENVOLVIMENTO LARVAL. Em muitos gastrópodes e bivalves a trocófora se transforma em uma larva véliger, que apresenta os primórdios do pé, concha e manto. Em alguns a fase trocófora ocorre dentro do ovo, eclodindo diretamente em uma véliger. Cephalopoda, Gastropoda de água-doce e alguns marinhos e alguns Bivalvia de água-doce sem fase larval → eclodem como juvenis. FILO MOLLUSCA Os gêneros fósseis do Cambriano, Wiwaxia e Halkieria, possuem escleritos dorsais e uma estrutura como uma rádula e são colocados como moluscos por alguns paleontólogos. Cavidade posterior do manto com 1 ou mais pares de brânquias Rádula Coração compartimentado com átrios e ventrículos Pé muscular (ou precursor do pé) Espículas calcárias produzidas pela glândula da concha no manto Manto Redução do celoma e desenvolvimento de hemocele ACULIFERA - Possui espículas e estruturas repetidas ao longo do corpo. CLASSE CAUDOFOVEATA Organismos marinhos vermiformes. Espículas calcárias formam escamas Habitam substrato inconsolidado nos quais constroem galerias verticais e alimentam-se de pequenos organismos e de material depositado. Tem um formato vermiforme com espículas calcárias. A epiderme do mando secreta uma cutícula de glicoproteína que contém as espículas calcárias (aragonita) de vários formatos. Dióicos. Não possuem pé e o manto forma um tubo cilíndrico ao redor do corpo. Eles possuem um par de brânquias bipectinadas. CLASSE SOLENOGASTRES Perda das brânquias Sulco pedioso (Pé), estreito sulco mediano ventral Espículas copulatórias na extremidade posterior Organismos marinhos vermiformes. Sem conchas, mas com o corpo coberto por espículas calcárias. Habitam sobre Cnidaria hidróides e alcionários dos quais eles se alimentam. Hemafroditas (monoicos) O epitélio do manto na região posterior é pregueado e forma brânquias secundárias (papilas respiratórias) que não são brânquias verdadeiras. Em 20% de Solenogastres a rádula está ausente e a cavidade bucal funciona como uma bomba se sucção. Multiplos músculos retratores do pé Tentáculos pré-orais Pé grande, muscular Concentração da glândula da concha para produzir concha de peça única ou múltiplas peças, solida CLASSE POLYPLACOPHORA Indivíduos chamados de quítons Concha peculiar com 7 a 8 placas Cavidade do manto estendendo-se aos lados do pé Múltiplas brânquias ESTRUTURA CORPORAL Achatados dorso-ventralemente Superfície dorsal convexa coberta por oito placas (=valvas) calcárias articuláveis. Margens posteriores das placas se sobrepõem a placa adjacente. RÁDULA A rádula dos quítons é geralmente muito longa e possui 17 dentes em cada fileira transversal. Um longo saco radular projeta-se posteriormente a partir do dorso da cavidade bucal. Uma evaginação menor e mais ventral é chamada de saco sub-radular e este contém uma estrutura quimossensorial chamada de órgão sub-radular. Alguns desses dentes são revestidos de magnetita (um mineral que contém ferro). MANTO O manto forma um cinturão ao redor da margem das placas da concha, e em algumas espécies essa faixa do manto cobre parcial ou completamente as placas. Cinturão (perinoto) pode ser liso ou ter escamas, cerdas ou espículas calcárias As valvas consistem geralmente de duas camadas: a de fora, colorida, é o tegumento, composta principalmente de material orgânico, coberta com pigmentos e a interna, calcária, é o articulamento. CAVIDADE DO MANTO Cavidade do manto estende-se ao longo dos lados do pé com vários pares de brânquias (6 a 88) Quando o pé e margem do manto estão firmemente fixadas ao substrato: sulcos paliais constituem câmaras fechadas com aberturas apenas nas extremidades. Água entra anteriormente → banha as brânquias → Sai posteriormente. ESTETOS Os estetos são exclusivos dos quítons, são células epidérmicas alojadas nos canais verticais diminutos da camada superior da placa da concha. Embora se tenha estudado a estrutura dos estetos em detalhe, e seja claro que as placas da concha encontram-se envolvidas na resposta à luz, a função dos estetos ainda é incerta. Nos estetos, as estruturas secretoras são geralmente mais evidentes que os elementos sensoriais, porém também ocorrem fotorreceptores em algumas. HABITAT Maioria vive em substrato rochoso na zona entremarés. Fixa-se fortemente a rocha com o seupé largo. Se removido da rocha pode enrolar o corpo para se proteger. NUTRIÇÃO A maioria dos quítons é constituída de micrófagos, que alimentam-se de microalgas e de outros microorganismos que são raspados das superfícies das rochas pela rádula. A boca abre-se em uma cavidade revestida de quitina. SISTEMA NERVOSO A família Chitonidae apresenta olhos distintos nos canais da concha. Esses ocelos podem se apresentar na proporção de milhares de indivíduos e concentram-se especialmente nas placas de conchas anteriores. REPRODUÇÃO Dióicos . Liberam os gametas na água. ESTÁGIO LARVAL .Larva trocofora, mas não possuem larva véliger. A região dorsal das valvas intermediárias geralmente são marcados por linhas diagonais ou costelas diagonais, formando 3 áreas triangulares (uma mediana e duas laterais). CONCHIFERA - Possui, pelo menos primitivamente, uma concha O gênero fóssil do Cambriano, Latouchella, é colocado na base dos Conchifera. Glândula da concha, única, bem definida Camadas periostracal, prismática e nacarada Concha univalve CLASSE MONOPLACOPHORA Esta classe foi colocada como grupo irmão de Cephalopoda por meio de análises moléculares Concha univalve, em forma de capuz Repetição serial de partes moles 5 a 6 pares de brânquias monopectinadas 8 pares de músculos 6 pares de metanefrídia 1 par de ventrículo e 2 pares de aurículas Dióicos com 2 pares de gônadas localizadas no meio do corpo A fertilização deve ocorrer exatamente O desenvolvimento ainda não é conhecido Concha enrolada Cabeça bem desenvolvida Vísceras concentradas dorsalmente Corpo alongado dorsoventralmente CLASSE GASTROPODA Torção Maior grau de concentração da massa visceral Os mais variados ambientes: marinhos, água doce e terrestres. CONCHA Presente ou ausente Sempre uma peça única (univalve) Alguns com apérculos (placa que fecha a abertura da concha quando o corpo é recolhido para o interior da mesma). Podem ser quitinosos ou calcáreos. Concha pode ser enrolada ou não. Enrolada: iniciando pelo ápice, o qual contém a volta menor e mais velha. As voltas da concha tornam-se sucessivamente maiores e enrolam-se ao redor do eixo maior, a chamada columela. TORÇÃO Ocorre no estágio Véliger, tornando a massa visceral assimétrica. Ocorre através de crescimento desigual dos músculos esquerdo e direto que fixam a concha à região cefalopediosa. Ânus e cavidade do manto que eram originalmente posteriores, tornam-se anteriores e abrem-se dorsalmente à boca e à cabeça → Órgãos da massa visceral sofrem torção de 180°. Devido ao espaço disponível na cavidade do manto, a extremidade cefálica sensorial pode ser recolhida para dentro daquele espaço e mantida sob a proteção da concha, com o pé formando uma barreira para o exterior. Graus variados de destorção em opistobrânquios e pulmonados, nos quais o ânus se abre do lado direito ou mesmo na extremidade posterior (derivam de ancestrais com torção completa). Problema acarretado pela torção → Saneamento. Dejetos arrastados para trás e sobre as brânquias. Pressão adaptativa que teria levado a torção? Hipótese: órgãos sensoriais da cavidade do manto testariam melhor a água quando voltados na direção do deslocamento do animal. A torção do corpo e a espiralização da concha foram eventos evolutivos separados. Há evidências fósseis que indicam que a espiralização da concha ocorreu antes da torção. ENROLAMENTO EM ESPIRAL Evoluiu independentemente da torção, podendo ocorrer simultaneamente na fase embrionária. Todos os gastrópodes viventes descendem de ancestrais com corpo e concha enrolados e torção completa. Concha Dextrógira - enrolamento para a direita Concha Sinistrógira - enrolamento para a esqueda Gatrópodes primitivos (1º gastrópodes): • Concha planispiral bilateralmente simétrica, cada volta apoiada completamente no perímetro da volta precedente → Todas as voltas situadas em um único plano Problema: não muito compacta Algumas espécies retornaram a esta forma secundariamente. • Concha Conispiral (espiral cônica) surge a partir da concha planispiral como solução do problema da reduzida compactação. Cada volta apoia-se parcialmente ao lado da volta precendente. Ápice da concha deslocado para fora. Problema: forma completamente desproporcional por concentrar muito peso para um lado, pendendo o corpo para este. Mudança de posição da concha → Deslocando a espiral para cima e para trás, com o eixo mantendo-se obliquo ao eixo longitudinal do pé (melhor distribuição do peso). As conchas fósseis Bellerophon e Sinuites (Bellerophontacea) são conispital do Cambriano com cicatrizes de dois músculos columelares iguais, significando que a espiralização da concha ocorreu antes da torção do animal. O peso e o grande volume da volta principal do corpo (a maior volta da concha), exerceram pressão sobre o lado direito da cavidade do manto e aparentemente interferiram com os órgãos daquele lado. Como consequência, a brânquia, aurícula e metanefridia do lado direito foram perdidos na maioria dos gastrópodes vivente → Assimetria bilateral. Perda da brânquia direita: Resolveu o problema causado pela torção - a autopoluição da cavidade palial → A água é drenada para a cavidade do manto pelo lado esquerdo e expelida pelo lado direito, arrastando dejetos provenientes do ânus e nefridióporos situados próximo do lado direito. HÁBITOS ALIMENTARES Herbivoria, Necrofagia, Carnivoria (rádula com glândula de veneno em alguns), Sedimentivoria e Suspensivoria. TROCAS GASOSAS Maioria com um ctenídio (2 em alguns, condição ancestral) Muitos perderam a metade do ctenídio remanescente e o eixo central tornou-se unido à parede da cavidade do manto. Nos pulmonados → Superfície da cavidade do manto altamente vascularizada funcionando como um pulmão que abre-se por meio de uma pequena abertura denominada pneumostômio. REPRODUÇÃO Podem ser dioicos ou monoicos, os últimos apresentam fertilização cruzada. Muitos pulmonados terrestres lançam dardos a partir de um saco de dardo injetando-o no corpo do parceiro: preparação para a cópula Maioria com fertilização interna, mas existe a externa Ovos colocados individualmente ou reunidos em cápsulas ovígeras resistentes. Algumas espécies são ovivivíparaas, incubando seus ovos e a prole no oviduto palial. CLASSE CEPHALOPODA Sifúnculo Mandíbulas em formato de bico Braços/tentáculos e sifão Concha septada Sistema circulatório fechado Todos marinhos e predadores ativos Maioria é pelágica (nadam na coluna d'água) Pé transformado em um conjunto de apêndices preênseis flexíveis (braços ou tentáculos) geralmente com ventosas, que circundam a boca Região ventral do pé forma um sifão ou funil, saindo da cavidade do manto. CONCHA Nautilus: Série de câmars de gás auxiliando na flutuação. Dividida por septos transversais em câmaras internas, o animal habita a última câmara. Sépia: Concha pequena curvada , completamente envolvida pelo manto. Lulas: A maior parte da concha desapareceu, permanecendo apenas uma lamina córnea, fina, denominada pena (gladio), a qual é envolvida pelo manto. Polvos: Concha desapareceu por completo. LOCOMOÇÃO Nadam expelindo água vigorosamente da cavidade do manto através de um funil (ou sifão) ventral → Propulsão a jato. Funil móvel → Controla a direção Lulas com nadadeiras (projeções do manto) → Estabilizadoras Polvos podem nadar mas se deslocam mais por rastejamento. ALIMENTAÇÃO Predadores Capturam as presas com apêndices ao redor da boca Boca equipada com mandíbulas dorsal e ventral, formando um bico. Lucas e sépias com 10 apendices: oito braços curtos e espessos e um par de longos tentáculos retráteis. Possuem ventosas pedunculadas: presentes em toda a extensão dos braços masapenas nas extremidades dos tentáculos. Polvo: Oito braços (sem tentáculos). Braços com ventosas sem pedúnculos. Nautilus: Cerca de 90 braços ao redor da cabeça, sem ventosas mas com cristas transversais de adesão que ajudam a capturar a presa. RESPIRAÇÃO Um par de ctenídios. Ventilação por contração muscular. SISTEMA CIRCULATÓRIO: Fechado (com três corações) SISTEMA NERVOSO O maior cérebro entre os invertebrados. Braços dos polvos com células tácteis e quimiorreceptoras. Olhos muito complexos (exceto Nautilus) com córnea, lente, câmara e retina. Os olhos dos cefalópodes possuem íris, pupila e lente. Os polvos são os únicos com córnea "fechada". Os olhos das lulas e sépias ficam em contato direto com a água do mar. A pupila dos cefalópodes varia entre polvo, lula e sépia. A pupila do polvo tem um formato de um traço retangular. A pupila da sépia tem um formato de um W. A pupila da lula tem um formato redondo. O olho do Nautilus é mais simples. Não tem lente, a pupila é pequena (1-2mm) consegue apenas distinguir variação de luminosidade. Os olhos dos cefalópodes podem obter estímulo de luz semelhante aos olhos dos vertebrados devido ambos terem acima de 100.000 fotoreceptore/mm². Como cefalópodes e vertebrados possuem uma única lente, a imagem que entra na retina é invertida. MECANISMO DE DEFESA Glândula de tinta em um saco de tinta que desemboca no reto (ausente em Nautilus) Quando o animal se sente ameaçado libera a tinta, para distrair o predador e permitir a fuga. REPRODUÇÃO Sexos separados (Dióicos) Espermatozoides encapsulados em espermatóforos Hectocótilo: Braço do macho modificado como órgão intromitente. Recolhe espermatóforo na sua cavidade palial e o introduz na cavidade do manto da fêmea, perto da abertura do oviduto. Ovos fecundados à medida que saem do oviduto são geralmente aderidos a pedras ou outros substratos Alguns polvos cuidam da desova Ovo eclode em juvenil, sem larva livre-nadante (paralarva) SUBCLASSE NAUTILOIDEA - Cefalópodes ectococleados SUBCLASSE AMMONOIDEA - Cefalópodes ectococleados (Concha externa) SUBCLASSE COLEOIDEA - Cefalópodes endococleados Concha interna reduzida ou ausente, oito ou dez braços e tentáculos, um par de brânquias e um par de metanefrídia. Sistema nervoso descentralizado Cabeça reduzida Pé espatulado Expansão da cavidade do manto envolvendo todo o corpo CLASSE BIVALVIA Perda da rádula Concha bivalve Compressão lateral do corpo Cefalização reduzida HABITAT Maioria marinha, também formas estuarinas e de água doce ESTRUTURA CORPORAL Massa visceral suspensa a partir da linha mediana dorsal. Pé muscular unido antero-ventralmente à massa visceral. Margens posteriores dos lobos do manto modificadas para formar uma abertura exalante dorsal e uma inalante ventral. Em alguns bivalves marinhos estas margens são prolongadas formando longos sifões musculares. CONCHA Formada por duas peças (valvas) unidas dorsalmente por um ligamento (ligamento da charneira) Valvas unidas por músculos adutores que atuam em oposição ao ligamento da charneira. Umbo: Parte mais velha da concha. Crescimento da concha ocorre em linhas concêntricas ao seu redor. CTENÍDIOS (Brânquias) Pendem de cada lado do corpo, cada um coberto por uma sobra ou lobo do manto. Trocas gasosas pelo manto e ctenídios. Água entra pelo sifão inalante banha os ctenídios e sai pelo sifão exalante. Evolução dos ctenídios dos bivalves: Por um grande alongamento dos filamentos individuais, os ctenídios tornatam-se adaptados para a filtração de alimento e separaram a câmara inalante da câmara suprabranquial, exalante. Muco secretado engloba partículas de alimento que estão em suspensão na água circulando nos ctenídios e os conduz para os palpos labiais que enviam para a boca. NUTRIÇÃO Maioria suspensívoros (filtradores) Os ctenídios atuam também na alimentação por filtração. SACO DO ESTILETE. O saco do estilete (projeção cilíndrica que se abre no estômago) secreta um bastão gelatinoso denominado estilete cristalino que se projeta para dentro do estômago, onde é mantido em rotação por meio de cílios no saco do estilete. A rotação do estilete libera enzimas e enrola a massa mucos alimentar. Partículas liberadas do muco são selecionadas: as adequadas são direcionadas para as glândulas digestivas ou engolfadas por amebócitos. REPRODUÇÃO Sexos geralmente separados Marinhos e estuarinos, na maioria, com fecundação externa Maioria dos bivalves de água doce a fecundação é interna: ovos precipitam para dentro dos tubos aquíferos das brânquias onde são fecundados por espermatozoides que entram com a corrente inalante da água. Desenvolvem-se nestes tubos em larvas gloquídios com duas valvas (véliger especializado). Quando as larvas são liberadas são carregadas por correntes e se fixar em peixes (brânquias ou epiderme): vivem como parasitas por várias semanas. Depois se precipitam para o sedimento do fundo começam a existência independente. CLASSE SCAPHOPODA Ainda há alguma incerteza sobre a posição mais provável de Scaphopoda. Captáculos Perda das brânquias Concha em forma de dente de elefante, aberta nas extremidades HABITAT Maioria bentônicos ESTRUTURA CORPORAL A concha é cilíndrica. O corpo é alongado no sentido antero/posterior. Corpo alongado coberto por manto e concha tubular, aberta em ambas as extremidades. Pé protraído pela abertura de maior diâmetro usado para cavar dentro do substrato. Extremidade mais afilada exposta na coluna d'água. A cabeça é um pouco diferenciada, a boca é ladeada por estruturas para a captura do alimento chamadas de captáculas. NUTRIÇÃO Microcarnívoros, se alimentando principalmente de foraminíferos. A cavidade bucal apresenta rádula com dentes largos e achatados. SISTEMA EXCRETOR Possui um par de metanefrídios que se abre separadamente na cavidade palial, posterior ao ânus. O poro direito da metanefrídia serve como gonoporo. REPRODUÇÃO Eles são dióicos, apresentando uma única gônada. A fecundação é externa FI L O E C H I U R A Do grego, echis = em forma de serpente e ura = cauda CARACTERÍSTICAS GERAIS ESTRUTURA CORPORAL .O corpo dos Echiura se divide em duas regiões distintas: tronco e prostômio (probóscide), que geralmente é achatado com um formato de fita. O prostômio tem um sulco ciliado e fica localizado anterior a boca e pode se estender bastante. HABITAT São animais marinhos com um formato comprimido e cilindrico. Eles vivem enterrados em fundos de areia, lama, fissuras de rochas e corais. Podem também ser encontrados dentro de conchas vazias e no interior de bolacha-de-praia. A maioria ocorre me águas rasas, mas existem algumas espécies de águas profundas NUTRIÇÃO A maioria dos Echiura alimenta-se de detritos, mas existem algumas espécies que são filtradoras. SISTEMA EXCRETOR A excreção é realizada por dois órgãos especializados chamados sacos anais. Os sacos anais produzem urina que é excretada através da cloaca e do ânus por contração muscular. SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA CIRCULATÓRIO Um sistema circulatório fechado está presente em quase todas as espécies. SISTEMA NERVOSO O sistema nervoso dos Echiura consiste de um anel em volta do prostômio e de um cordão nervoso ventral sem gânglio. REPRODUÇÃO Os Echiura são dióicos. A gônada é única e fica localizada na parede do vaso sanguíneo ventral. MATURAÇÃO DOS GAMETAS: Gametócitos são liberados da gônada para o celoma do tronco onde amadurecem em gametas. Os gametas são removidos do celoma através de um órgão chamado saco genital (metanefrídia especializada para reprodução). ESTÁGIO LARVAL. O desenvolvimento é indireto dando origem a uma larva trocófora. DETERMINAÇÃO SEXUAL.Os machos vivem sobre o corpo da fêmea ou nos nefrídios (saco genital) da mesma A determinação do sexo em Bonellia é da seguinte maneira: as larvas não são diferenciadas sexualmente Aquelas que assentam sobre a probóscide de uma fêmea tornam-se machos. Cerca de 20 machos são encontrados em uma única fêmea. As larvas que não têm contato com uma probóscide feminina se metamorfoseiam em indivíduos femininos. O estímulo para o desenvolvimento dos machos é um hormônio produzido pela probóscide feminina. FILOGENIA Parece provável que os Echiura e os Annelida tenham evoluído ao longo de linhagens separadas de um ancestral segmentado ou oligomérico. A presença de uma larva trocófora sugere o parentesco com os Annelida. A probóscide, que contém o "cerébro" é na realidade um lóbulo cefálico, provavelmente homólogo ao prostômio dos anelídios. FILO SIPUNCULA CARACTERÍSTICAS GERAIS Celomados Em algumas regiões oceânicas do Indo-Pacífico tropical, são utilizados na alimentação humana. ESTRUTURA CORPORAL O corpo é dividido em duas regiões: a anterior chamada de introverte e posterior, mais larga, chamada de tronco. A parede do corpo dos sipuncundídeos consiste de uma cutícula de colágeno bastante espessa, uma epiderme glandular e camadas de músculos circulares e longitudinais. Em algumas espécies que vivem dentro de rochas, a cutícula é calcificada na região próxima do ânus, formando um escudo para proteção chamado escudo anal e quando na região posterior do tronco, é chamado escudo caudal. O celoma é revestido de peritônio. VASO CONTRÁTIL (Saco de compensação) Além de facilitar as trocas entre os celomas, serve também como reservatório para o fluído celomático dos tentáculos quando retraídos. Possuem duas cavidades celomáticas: uma localizada na base dos tentáculos, que se prolonga para dentro deles e outra que pertence ao tronco do animal. HABITAT São animais marinhos e bentônicos, a maioria habitando águas rasas. Podem viver enterrados na areia ou lama e em espaços dentro de recifes de coral ou arenito. Alguns perfuram rochas coralinas ou madeiras. NUTRIÇÃO Alimentam-se de material em suspensão ou material depositado no sedimento. A maioria é comedora de depósito. O tubo digestivo tem um formato de 'J' e o intestino é longo, tubular e bastante enrolado, com o ânus terminando na parte anterior do tronco. A digestão é extracelular. SISTEMA EXCRETOR Possuem uma ou duas metanefrídios alongados, em forma de sacos, lcoalizados na região anterior do tronco que, além de atuarem na osmorregulação participam também na estocagem e eliminação de gametas. SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA CIRCULATÓRIO : Ausente O celoma funciona como meio de transporte interno. URNAS CILIADAS Estruturas que funcionam na auto defesa do organismo como um "leucócito". Estas urnas ciliadas ficam livres no celoma ou ancoradas. SISTEMA NERVOSO O sistema nervoso é subepidermal e consiste de um "cérebro" dorsal, situado acima do esôfago e conectivos ao redor do esôfago vão dar em um cordão nervo ventral. Células sensoriais são encontradas na extremidade dos tentáculos. Um par de "olhos" está geralmente presente na região dorsal do "cérebro". REPRODUÇÃO A maioria é dióica. As gônadas são pequenas e ficam localizadas na base dos músculos refratores do introverte. Os gametas são liberados pelas gônadas dentro do celoma do tronco, onde amadurecem. Quando maduros, os gametas são coletados pelas metanefrídias e estocados nos sacos nefridiais. Depois são liberados na água do mar onde ocorre a fecundação. DESENVOLVIMENTO LARVAL: O desenvolvimento é indireto, dando origem a duas larvas: trocóforas e pelagosfera. FILOGENIA As relações filogenéticas dos Sipuncula não são bem certas. A maioria dos zoólogos acha que eles tem uma ligação com moluscos e anelídeos, principalmente com os moluscos devido ao tipo de desenvolvimento embrionário. A molecular, no entanto, coloca os Sipuncula próximo do Annelida.
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