Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Abordagens Psicoterápicas Profa. Michela Ribeiro Uma crise surge quando o estresse e a tensão na vida do indivíduo atingem grandes proporções (Greenstone & Leviton, 1993) A crise é algo que envolve algum acontecimento desencadeante de tempo limitado, que perturba a capacidade do indivíduo de enfrentar e solucionar problemas (Rosenbaum & Calhoun, 1977) Crise ocorre quando uma pessoa é confrontada com um obstáculo a objetivos de vida importantes, isto é, temporariamente inultrapassável através do recurso a métodos habituais de resolução de problemas, seguindo-se um período de desorganização, um período de transtorno, durante o qual são levadas a cabo muitas tentativas abortadas de o resolver (Caplan, 1966) Desenvolvimentais: Desafios das etapas de desenvolvimento – adolescência, decisão profissional, casamento nascimento de filhos, ninho vazio, etc. Acidentais: Desastres naturais, perdas, doenças físicas, desemprego, etc. Ajudar o cliente a controlar as emoções Ouça Use tom de voz mais baixo e lento Seja firme Utilize técnicas de respiração ou relaxamento Avaliar a gravidade da crise O cliente é um risco para si ou outrem? Há necessidade de internação? Pergunte diretamente ao cliente – suicídio? Busque rede de apoio Informe-se sobre o histórico de crises e soluções Ajudar o cliente a esclarecer os problemas e a se concentrar neles Desenvolver alternativas Ajude o cliente a pensar em alternativas Ocasionalmente o terapeuta terá que tomar atitudes pouco “ortodoxas” Chegar a um acordo sobre uma linha de conduta Termine o contato somente após a tomada de decisões Proporcionar apoio Telefone/ disponibilidade/hospitalização Repertório de estratégias de enfrentamento/Habilidades de solução de problemas Sistema familiar apoiador Grupo social apoiador Terapeuta Avaliação e provisão de serviços à pessoa ou família em crise Intervenção intensiva, focalizada e limitada no tempo, dirigida a problemas do aqui e agora e a objetivos específicos – “cliente muito alterado” Aconselhamento na crise – “cliente menos alterado” Terapeuta com estilo ativo e flexível Transferência explícita de responsabilidade Organização sobre as obrigações do cliente Afastamento do cliente do ambiente estressante Diminuir a ativação e a angústia Exercícios de respiração e medicação Reforçar a comunicação apropriada Mostrar interesse e calor Encorajar a esperança Facilitar a expressão emocional Facilitar a comunicação entre os envolvidos Facilitar ao cliente a compreensão dos seus problemas e das suas respostas Mostrar interesse e empatia Fortalecer a autoestima Facilitar o comportamento de resolução de problemas Ciclos de inspiração e expiração (mínimo 4x) Inspira Segura cheio Expira Segura vazio Participação ativa do cliente na terapia Diretividade – o terapeuta é ativo e direto ao orientar a terapia Trabalho colaborativo entre cliente e terapeuta Intervenção estruturada Natureza breve da terapia – programas de 12 a 20 sessões Terapia com fins psicoeducacionais Avaliação da proximidade da situação de crise Avaliação do repertório de técnicas de enfrentamento do indivíduo para lidar com a crise Produção de opções de pensamento, percepções e comportamento. Objetivo: remoção ou alívio dos sintomas Intervenção em 5 estágios: 1. estabelecimento de um relacionamento com o paciente e a construção do rapport 2. avaliação inicial da gravidade da crise 3. ajuda ao cliente para que este avalie e mobilize suas forças e recursos 4. desenvolvimento de um plano positivo de ação – solução de problemas e trabalho colaborativo 5. execução do plano: testar novas ideias e comportamentos Maior temor dos terapeutas! Sempre leve a sério qualquer manifestação de intenção suicida! Clientes deprimidos Despedidas Colocar a vida em ordem BSI – Inventário Beck de Ideação Suicida – 1991 Orientação para o problema Definição do problema Criação de soluções alternativas Tomada de decisão Implementação da solução e verificação Oferecer disponibilidade Telefone pessoal Sessões diárias ou mais frequentes Combinar contato antes de tentar o suicídio ou fazer contrato para evitar o suicídio Buscar rede de apoio para a pessoal não ficar sozinha Orientar sobre o controle do uso da medicação Evite o “tudo vai ficar bem” ou “isso não é tão ruim assim” Crises podem significar oportunidades de mudança – às vezes o cliente sofre muito com um evento, mas ele pode ser o passo inicial para um processo de mudança na vida do indivíduo. Separações Crises profissionais Isolamento Acidentes após beber, etc. Bancroft, J. & Graham, C. (1999). Intervenção na crise. Em S. Bloch (Org.), Uma introdução às psicoterapias (pp. 131-150). Lisboa: Climepsi. Freeman, A. & Dattilio, F. (2004). Introdução. Em F. M. Dattilio & A. Freeman (Orgs.), Estratégias cognitivo-comportamentais de intervenção em situações de crise (pp. 19-36). Porto Alegre: Artmed. Zaro, J. S., Barach, R., Nedelman, D. J. & Dreiblatt, I. S. (1980). Introdução à prática psicoterapêutica. São Paulo: EPU. Cap. 10.
Compartilhar