Buscar

Introdução ao estudo da medicina (modulo I)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Rafaela Maria Mello Souza 
 
 
 
 
 
 
 
Modulo I 
1º ano 
 
 
 
 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
INTRODUÇÃO - Problema 1 
 
1- Diferenciar o PBL do método tradicional 
 
 Há mais de 30 anos o PBL vem endo implementado, avaliado e defendido, esse método rompe com o acumulo 
mecânico de informações propedêuticas antes da inserção dos futuros profissionais médicos em atividades da pratica 
profissional. No Aprendizado Baseado em Problemas (ABP) a formação ocorre por meio da resolução de problemas 
estruturados pelos professores para que os alunos, pouco a pouco, construam o conhecimento necessário à resolução de 
problemas reais no futuro, busca-se dar ao estudante condições de desenvolver habilidades técnicas, cognitivas e atitudinais 
aplicáveis tanto para o cuidado dos paciente, quanto para a manutenção da postura de estudar para aprender pelo resto da 
vida profissional, logo o foco do processo educativo está no estudante estimula-se a capacidade da autoformação, 
fomentada na busca ativa por informações. O estudante é estimulado a construir ativamente sua aprendizagem, articulando 
seus conhecimentos prévios com os de outros alunos do grupo, para a resolução de problemas selecionados para o estudo, 
visando ao desenvolvimento do raciocínio crítico, de habilidades de comunicação e do entendimento da necessidade de 
aprender ao longo da vida. 
 A educação problematizadora trabalha a construção de conhecimentos a partir da vivência de experiências 
significativas. Apoiada nos processos de aprendizagem por descoberta, em oposição aos de recepção (em que os conteúdos 
são oferecidos ao aluno em sua forma final), os conteúdos de ensino não são oferecidos aos alunos em sua forma acabada, 
mas na forma de problemas, cujas relações devem ser descobertas e construídas pelo aluno, que precisa reorganizar o 
material, adaptando-o à sua estrutura cognitiva prévia, para descobrir relações, leis ou conceitos que precisará assimilar. 
Contrapondo-se à prática corrente do ensino tradicional, a prática construtivista situa o professor no papel de provocar o 
raciocínio do aluno, procurando gerar desequilíbrios cognitivos (conflitos, problemas) em relação ao objeto de conhecimento 
a fim de possibilitar interações ativas com o conhecimento que levem o aluno a uma aprendizagem significativa. Neste caso, 
o aluno utiliza diferentes processos mentais (capacidade de levantar hipóteses, comparar, analisar, interpretar, avaliar), 
desenvolvendo capacidade de assumir responsabilidade por sua formação 11. 
 A ABP é uma proposta de reestruturação curricular que objetiva a integração de disciplinas tendo em vista a prática. 
Para isso, organiza-se um elenco de situações que o aluno deverá saber/dominar, considerando o tipo de organização 
curricular. "Este elenco é analisado situação por situação para que se determine que conhecimentos o aluno deverá possuir 
para cada uma delas. São os denominados temas de estudo" 6 (p. 145). Cada um destes temas de estudo será transformado 
em um problema para ser discutido em um grupo tutorial. 
 Assim, um problema é apresentado a um grupo de alunos por um professor tutor. Este problema, discutido em 
grupo, deve incentivar o levantamento de hipóteses para explicá-lo. A partir daí, objetivos serão traçados para melhor 
estudá-lo; pesquisas e estudos serão propostos e nova discussão em grupo será feita para síntese e aplicação do novo 
conhecimento. O trabalho pode ocorrer de forma individual (cada aluno), mas também incentiva o trabalho em grupo como 
produto das atividades individuais. O grupo de tutoria constitui um fórum de discussão, apresentando-se como um 
laboratório que possibilita uma aprendizagem sobre a interação humana, constituindo-se numa oportunidade para aprender 
a ouvir, a receber e assimilar críticas 21. 
Os problemas são formulados e selecionados para serem apresentados a cada período do curso, no qual se espera que os 
estudantes consigam produzir alguma teoria, mas sempre com a proposta de que uma teoria mais completa seja buscada. 
 A metodologia da problematização é, também, uma das manifestações do construtivismo na educação. Mas está 
fortemente marcada pela dimensão política da educação, comprometida com uma visão crítica da relação educação e 
sociedade. Volta-se à transformação social, à conscientização de direitos e deveres do cidadão, mediante uma educação 
libertadora, emancipatória. Dirige-se para a transformação das relações sociais pela prática conscientizadora e crítica. 
 O processo de ensino começa com a exposição dos alunos a um problema real: observação da realidade. Segue-se 
a "identificação das variáveis ou pontos-chave do problema, aqueles que, se modificados, poderiam resultar na solução do 
problema porque são os mais centrais...". Na sequência, os alunos buscarão uma teorização sobre o problema por intermédio 
de entrevistas com especialistas e pesquisas, buscando a contribuição da ciência para esclarecimento do estudo. Haverá, 
então, aplicação das hipóteses identificadas para a solução do problema, ocorrendo uma interação entre estudante e objeto 
de estudo, com intuito de um diálogo transformador para ambos. 
 O método expositivo é o que caracteriza a abordagem do ensino tradicional, privilegiando o papel do professor 
como o transmissor dos conhecimentos e o ponto fundamental desse processo será o produto da aprendizagem (a ser 
alcançado pelo aluno). Acredita-se que se o aluno foi capaz de reproduzir os conteúdos ensinados, ainda que de forma 
automática e invariável, houve aprendizagem. Demonstra-se ainda que o envolvimento de outros fatores no processo de 
ensino-aprendizagem, tais como os elementos da vida emocional ou afetiva do sujeito, são negligenciados ou até mesmo 
negados nesta abordagem, supondo-se que eles poderiam comprometer negativamente o processo. 
 Em geral, em estudos, observa-se que os resultados dos cursos com ABP são mais positivos do que os dos cursos 
com o método tradicional. Os graduados no ABP se sentem mais preparados e foram melhor avaliados do que os graduandos 
dos cursos tradicionais, com maior competência em comunicar-se de forma eficiente, levar em conta aspectos psicossociais 
no adoecimento e no tratamento, atuar em equipe, lidar com questões éticas, competências relacionadas à prevenção de 
doenças e promoção de saúde e à compreensão da articulação entre a atenção primária e o hospital além de maior 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
habilidade na autoaprendizagem e busca por conhecimento, iniciativa, lidar com críticas, limites pessoais, aceitar 
responsabilidade, lidar com incertezas. 
 
2- Caracterizar os cenários presentes no curso da medicina da UNIDERP. 
 
Papel do Coordenador do Módulo 
São funções do Coordenador, durante a Execução e Avaliação do Módulo: 
1) Quanto à construção do módulo: 
 
a) Participar das reuniões da Comissão de Planejamento de Módulo (CPM), relativo à série em que o módulo está 
inserido; 
b) Disponibilizar para os membros da CPM, o módulo a ser discutido, o cronograma para execução do módulo e 
material didático-pedagógico que se fizer necessário; 
c) Elaboração e definição, em conjunto com a CPM, dos objetivos do módulo, da semana-padrão, dos problemas, dos 
objetivos dos problemas, do conteúdo programático, das atividades práticas, da lista de disciplinas participantes, 
do plano do módulo; 
d) Conclusão do Manual do Módulo, de acordo com as orientações da Comissão de Planejamento; 
e) Revisão do Manual do Módulo Impresso; 
f) Solicitar e providenciar, com antecedência, a bibliografia a ser utilizada no módulo. 
 
2) Quanto à operacionalização do módulo: 
a) Realizar a abertura do módulo, apresentação e entrega dos manuais; 
b) Coordenar as reuniões pré-tutoriais; 
c) Registrar as observações sobre a dinâmica tutorial durantea reunião pré-tutoria e elaborar o Relatório Final do 
Módulo; 
d) Assegurar a realização de todas as atividades educacionais planejadas (Laboratório de Práticas Integradas, 
Palestras, Laboratório Morfo-funcional); 
e) Ao planejar as palestras do Módulo, encaminhar, por escrito, ao palestrante a definição do tema e os objetivos 
educacionais a serem alcançados; 
f) Recepcionar o palestrante e apresentá-lo aos alunos. 
 
3) Quanto à avaliação somativa do módulo: 
a) Elaborar os planos de avaliação do módulo; 
b) Elaborar, digitar e reproduzir as questões das provas cognitivas (geral e exame) e do Laboratório Morfo-funcional; 
c) Entregar as avaliações cognitivas (geral e exame), com gabarito, para a Comissão de Avaliação, 15 dias antes do 
início do módulo; 
d) Agendar reunião com a Comissão de Avaliação, para análise e discussão das questões e formato das provas; 
e) Responsabilizar-se pelo sigilo das provas; 
f) Somente aplicar as provas após aprovação do Colegiado de Curso, neste ato representado pela Comissão de 
Avaliação; 
g) Divulgar o gabarito das provas imediatamente após o seu término; 
h) Realizar discussões didático-pedagógica das provas, com os alunos, logo após o seu término; 
i) Correção das provas (até 72 h, após a realização da mesma); 
j) Divulgar as notas do módulo, no 4º dia, após a prova; 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
k) Agendar e realizar a revisão de provas, com todos os alunos interessados (até 3 dias, após a solicitação expressa); 
l) Encaminhar o relatório de notas e faltas à Secretaria de Controle Acadêmico; 
m) Respeitar os prazos legais, estabelecidos pela Coordenação do Curso e pela Secretaria de Controle Acadêmico. 
 
4) Quanto à avaliação formativa: 
a) Conferir a entrega da avaliação semanal dos tutores; 
b) Conferir a entrega das demais avaliações do módulo; 
c) Assegurar o preenchimento da auto-avaliação e avaliação inter-pares; 
d) Assegurar o preenchimento adequado dos IAM dos tutores, alunos e coordenador. 
 
5) Quanto às atividades administrativas: 
a) Participar ativamente das reuniões da CPM do ano; 
b) Participar ativamente das reuniões pedagógicas; 
c) Proceder ao preenchimento dos diários de classe e planos de ensino. 
 
Atribuições do Coordenador na Avaliação do Módulo 
 Palestras: aplicação de instrumentos de avaliação, com respectiva análise, após a palestra; 
 Avaliar a necessidade de elaboração de instrumentos de avaliação das atividades práticas; 
 Entregar o instrumento de avaliação do módulo aos alunos, na data da avaliação cognitiva; 
 Ler e analisar o Relatório da Comissão de Avaliação sobre a avaliação do módulo pelos alunos. 
 
3.6.2. Operacionalização dos Conteúdos Modulares 
A operacionalização dos conteúdos modulares - 1° ao 8° semestres - se dá através de problemas relacionados ao 
processo saúde-doença, com base nas respectivas árvores temáticas e é realizada pelas seguintes atividades: 
 Grupos tutoriais; 
 Estudo auto-dirigido; 
 Aulas práticas no Laboratório Morfo-Funcional; 
 Aulas práticas no Laboratório de Práticas-Integradas; 
 Palestras; 
 Consultorias; 
 Interação Ensino-Serviços-Comunidade (PINESC); 
 Capacitação em habilidades e atitudes. 
 
3.6.2.1. Grupos Tutoriais 
Os Grupos Tutoriais são compostos por 12 (doze) alunos e um tutor, com sessões de quatro horas de duração, duas 
vezes por semana, com estudos de questões relacionadas à medicina. Sua principal atividade é discutir os problemas 
planejados para o currículo de modo a facilitar o aprendizado do aluno. Esta atividade transcorre em três tempos para cada 
problema, quais sejam: 
 Primeiro Tempo: é o tempo no qual o grupo identifica o que já sabe sobre o problema e formula os objetivos de 
aprendizagem necessários para aperfeiçoar os conhecimentos que já possui ou os que deve adquirir; 
 Segundo Tempo: é o tempo dedicado ao estudo individual para cumprir os objetivos do aprendizado; 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
 Terceiro Tempo: é o tempo no qual o grupo apresenta e discute o que foi aprendido e as soluções elaboradas para a 
resolução do problema. 
 
A freqüência aos grupos tutoriais é obrigatória, pois estas atividades são fundamentais para o desenvolvimento do 
currículo. São elas que orientam o aluno sobre o que deve ser aprendido, conforme a experiência e as expectativas do 
grupo no qual está inserido. 
 
Dinâmica do Grupo Tutorial 
A discussão dos problemas, pelo Grupo Tutorial, obedece ao método dos Sete Passos, qual seja: 
1. Ler atentamente o problema e esclarecer os termos desconhecidos; 
2. Identificar as questões envolvidas no enunciado; 
3. Oferecer explicações para estas questões com base no conhecimento prévio que o grupo tem sobre o assunto; 
4. Resumir as explicações; 
5. Estabelecer objetivos de aprendizagem que levem o aluno ao aprofundamento e complementação destas explicações; 
6. Estudo individual respeitando os objetivos alcançados; 
7. Rediscussão pelo grupo tutorial, relativa aos avanços de conhecimento alcançados pelo grupo. 
 
Papéis e Tarefas do Tutor 
O Tutor desempenha, no desenvolvimento de cada módulo, os seguintes papéis e/ou tarefas: 
Pré-ativos (precedendo o grupo tutorial) 
 Conhecer o conteúdo do módulo temático; 
 Conhecer os recursos de aprendizado disponíveis para este módulo no ambiente da Universidade (bibliográficos, 
audiovisuais, laboratoriais, assistenciais); 
 Conhecer os problemas do módulo e os objetivos de aprendizado dos problemas e do módulo como um todo; 
 Esclarecer suas dúvidas junto ao coordenador geral do módulo previamente ao início das atividades tutoriais; 
 Obter informações sobre os alunos que pertencerão a seu grupo tutorial, seus pontos positivos e negativos e seu 
desempenho em grupos tutoriais prévios; 
 
Ativos (durante o grupo tutorial) 
 Solicitar ao grupo que indique um coordenador de atividades e um relator para cada problema a ser trabalhado, 
garantindo a rotação destes papéis entre os alunos do grupo durante o tutorial; 
 Cobrar dos alunos as fontes de aprendizado que consultaram previamente ao início das atividades do grupo; 
 Observar a execução dos sete passos; 
 Apoiar as atividades do coordenador e do relator; 
 Estar ciente que não é papel do tutor dar uma aula sobre o tema ou os temas dos problemas, mas sim facilitar a discussão 
dos alunos de modo a que os mesmos possam identificar o que precisam estudar para aprender os fundamentos 
científicos sobre aquele tema; 
 Não intimidar os alunos com seus próprios conhecimentos, mas formular questões apropriadas para que os alunos 
enriqueçam suas discussões, quando necessário; 
 Favorecer o bom relacionamento dos alunos entre si e com o tutor, ajudando a construir um ambiente de confiança para 
o aprendizado; 
 Aplicar as avaliações pertinentes com critério e exigir que os alunos o façam. 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
 
Pós-ativos 
 Entregar as avaliações imediatamente após terem sido aplicadas; 
 Participar das reuniões semanais de tutores e apresentar críticas de debilidades do módulo e dos problemas e sugestões 
para melhorá-los; 
 Criticar individual e construtivamente os alunos do grupo quando pertinente; 
 Valorizar a avaliação, evitar criticar os instrumentos de avaliação na frente dos alunos, mas exercer esta crítica nos foros 
pertinentes quando necessário; 
 Avaliar os membros do grupo tutorial sempre que pertinente, conforme recomendado pela Sub-Comissão de Avaliação. 
 
 O Tutor não deve tomar iniciativa no sentido de mudar os horários previstos para os trabalhos do módulo; 
suspender atividades tutoriais ou prever tutoriais extras ou fora de horário; dispensar os alunos quando não previsto em 
horário da universidade;especialmente para deixar os alunos livres para as provas ou semelhantes; contrariar os tutoriais, 
discutindo problemas não previstos sob qualquer argumento, contratar aulas teóricas ou similares para suprir aspectos que 
julgue não terem sido abordados; trazer bibliografia não pertinentes. 
 
O Papel do Coordenador (Discente) 
O Coordenador é um aluno do grupo tutorial e deverá: 
 Orientar os colegas na discussão do problema, segundo a metodologia dos sete passos, favorecendo a participação de 
todos e mantendo o foco das discussões no problema; 
 Desestimular a monopolização, ou a polarização das discussões, entre poucos membros do grupo, favorecendo a 
participação de todos; 
 Apoiar as atividades do Relator; 
 Estimular a apresentação de hipóteses e o aprofundamento das discussões pelos colegas; 
 Respeitar posições individuais e garantir que estas sejam discutidas pelo grupo com seriedade, e que tenham representação 
nos objetivos de aprendizado, sempre que o grupo não conseguir refutá-las adequadamente; 
 Resumir as discussões quando pertinente; 
 Exigir que os objetivos de aprendizado sejam apresentados pelo grupo de forma clara, objetiva e compreensível para todos 
e que sejam específicos e não amplos e generalizados; 
 Solicitar auxílio do tutor, quando pertinente, e estar atento às orientações do tutor quando estas forem oferecidas 
espontaneamente. 
 
O Papel do Relator (Discente) 
O Relator é um aluno do grupo tutorial e deverá: 
 Anotar em quadro, de forma legível e compreensível, as discussões e os eventos ocorridos no grupo tutorial de modo a 
facilitar uma boa visão dos trabalhos, por parte de todos os envolvidos; 
 Ser claro e conciso em suas anotações e fiel às discussões ocorridas; para isso deve solicitar a ajuda do Coordenador dos 
trabalhos e do Tutor; 
 Respeitar as opiniões do grupo e evitar privilegiar suas próprias opiniões ou as opiniões com as quais concorde; 
 Anotar com rigor os objetivos de aprendizado apontados pelo grupo; 
 Anotar as discussões posteriores e classificá-las segundo os objetivos de aprendizado anteriormente apontados. 
 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
3.6.2.2. Estudo Auto-dirigido 
O Estudo Auto-dirigido consiste no estudo dos conteúdos necessários à solução dos problemas abordados nas 
sessões de tutoria. Os alunos são estimulados a utilizar dos recursos educacionais disponíveis nos laboratórios Morfo-
funcional e de Habilidades, biblioteca tradicional e virtual. Além destes, o Laboratório Morfo-funcional e o de Práticas 
Integradas têm preparado material didático “on line” para serem acessados por internet, ou pelos computadores da UNIDERP 
ou pelos computadores particulares. 
 
3.6.2.3. Atividades Teóricas e Práticas no Laboratório Morfo-funcional (LMF) 
As atividades teóricas e práticas no Laboratório Morfo-funcional objetivam o estudo da estrutura anatômica e 
histológica, sempre correlacionando tais estruturas com as respectivas funções. Cortes histológicos de órgãos normais e com 
patologias, vídeos, peças anatômicas e manequins, “sites on line” com atlas e recursos educativos ficam permanentemente 
disponíveis para estudo. A produção de recursos educacionais, em consonância com os módulos temáticos, para acesso “on 
line” faz parte das atribuições dos professores do Laboratório morfo-funcional, além das consultorias face-à-face. 
 
3.6.2.4. Atividades Práticas no Laboratório de Práticas Integradas (LPI) 
O Laboratório de Práticas Integradas visa compatibilizar o aprendizado prático em laboratório com a metodologia 
adotada pelo Curso de Medicina da UNIDERP, buscando tornar o aprendizado mais significativo através do treinamento em 
atividades práticas de maior importância na formação médica. Correlaciona e integra, além das disciplinas e dos conteúdos 
curriculares, os diversos cenários do Curso de Medicina, tais como: o Programa Interinstitucional de integração Ensino-
Serviço-Comunidade (PINESC); os Laboratórios de Análises (microbiologia, parasitologia, hematologia, urinálise, imunologia 
e bioquimica); as Habilidades Médicas e de Comunicação; as Habilidades Gerais; o Laboratório Morfo-funcional e as 
Atividades Tutoriais. 
Sendo um cenário integrante das atividades desenvolvidas nos módulos temáticos sua programação é estabelecida 
segundo as necessidades curriculares definidas pela Comissão de Planejamento de Módulo (CPM), utilizando-se dos 
conteúdos curriculares inerentes a cada disciplinas e desenvolvendo-se através de dinâmicas diversas, tais como: atividades 
experimentais com animais; atividades integradoras com trabalhos a campo junto à comunidade; aulas-gincana e discussão 
dos casos clínicos trabalhados em tutorias com enfoque na interpretação dos exames complementares. 
Tais dinâmicas se justificam pela necessidade de, respeitando-se ao preceitos do PBL, criar estímulos, apetite 
intelectual e engajamento do aluno na construção do próprio conhecimento, fazendo com que este atinja os objetivos de 
estudo de forma mais ativa, centrado na realidade de sua futura prática profissional e na realidade da comunidade para a 
qual se capacita à assistir, sem se limitar à mera reprodução de protocolos e técnicas fornecidos pelo professor. 
3.6.2.5. Palestras 
Com duas horas de duração, e de 1 a 2 vezes por semana, são proferidas por professores do Curso, ou convidados, 
sempre sobre temas que estiverem sendo abordados pelos alunos nos grupos tutoriais. As palestras têm a finalidade de 
contribuir para a sistematização de conteúdos e indicação de meios para ajudar na análise dos problemas abordados. 
3.6.2.6. Consultorias 
 As consultorias são oferecidas pelo Coordenador do módulo ou outro docente, por ele designado, de acordo com 
as necessidades e objetivos de cada aluno. Tais consultorias são oferecidas em horários previamente agendados. 
 
Avaliação 
 
Avaliação formativa: O preceptor avalia cada acadêmico a partir de um instrumento de avaliação que é aplicado 
mensalmente e convertido em Nota do Preceptor (NP), consta de diversos itens, como por exemplo: pontualidade, 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
responsabilidade e organização em relação ao trabalho, habilidade em se relacionar com as pessoas, habilidade de 
comunicação, capacidade de solucionar problemas e auto-avaliação. 
Avaliação cognitiva: Cada grupo de acadêmicos do PINESC elabora ao final do semestre um relatório de atividades 
incluindo descrição, análise e revisão bibliográfica. Também é aplicada prova para avaliação dos objetivos educacionais 
desenvolvidos. 
O critério da média é aplicado de acordo com a seguinte fórmula: 
 
NAC = Nota da avaliação Cognitiva : (NPI +NRC)/2 
NPI: Nota da Prova Individual (conteúdos teóricos relativos aos temas abordados na prática do Programa) 
NRC: Nota do Relatório Coletivo (conteúdo das atividades realizadas, com sua respectiva crítica) 
 
Nota do módulo (NM) = (NAC x 7 + NP x 3) / 10 
 
NAC = Nota de Avaliação Cognitiva 
NP= Nota do Preceptor 
NPI = Nota da Prova Individual 
NRC= Nota do Relatório Coletivo 
4. Explicar como o psicológico de Juliano afetou sua homeostase 
 
 O estresse pode ser definido como um estado antecipado ou real de ameaça ao equilíbrio do organismo e a reação 
do mesmo, que visa restabelecer o equilíbrio através de um complexo conjunto de respostas fisiológicas e comportamentais. 
A manutenção deste estado de equilíbrio, homeostase, é essencial para a vida e é constantemente desafiado por forças 
internas ou externas. Esses desafios ativam os sistemas sensoriais, através de estímulos interoceptivos, como os produzidos, 
por exemplo, por mudanças no volume ou osmolaridade do sangue, ou por estímulos exteroceptivos, tais como o cheiro de 
um predador, desencadeando uma cadeia de respostasque objetivam minimizar os danos para o organismo. 
 A resposta ao estresse é adaptativa e prepara o organismo para enfrentar o desafio, induzindo uma rápida 
mobilização de energia nos locais apropriados resultando em aumento da frequência cardíaca e respiratória, da pressão 
arterial e a mobilização de glicose dos depósitos, contribuem para a disponibilização de energia. Por outro lado, a inibição 
da digestão, do crescimento e da reprodução, leva a uma economia de energia. Outras respostas, como analgesia e melhora 
na memória e percepções, facilitam as respostas de luta e fuga. 
Fisiologia do estresse 
 As respostas ao estresse são mediadas pelo sistema nervoso autônomo (SNA) e pelo eixo hipotálamo-hipófise-
adrenal (HHA), com ações complementares através de todo o organismo. 
 O SNA é o responsável pela resposta mais imediata à exposição ao estressor. Suas duas partes, simpático e 
parassimpático, provocam alterações rápidas (em segundos) nos estados fisiológicos através da inervação dos órgãos alvos. 
Por exemplo, a inervação simpática pode rapidamente (em segundos) aumentar a freqüência cardíaca e a pressão arterial 
através da liberação de noradrenalina, primariamente nas terminações dos nervos simpáticos e adrenalina pela estimulação 
simpática das células da medula da glândula adrenal. Essa excitação do SNA diminui rapidamente em razão do reflexo 
parassimpático, resultando em respostas de curta duração. Ativa-se também o eixo HHA, que resulta na elevação dos níveis 
de glicocorticóides circulantes. A exposição ao estressor ativa os neurônios do núcleo paraventricular do hipotálamo que 
secretam hormônios liberadores, como o hormônio liberador de corticotrofina (CRH), também, exercer seus efeitos em 
várias áreas cerebrais, como amígdala, hipocampo e locus ceruleous. O CRH age na hipófise anterior promovendo a liberação 
do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), que por sua vez vai atuar no córtex da glândula adrenal iniciando a síntese e 
liberação de glicocorticóides, como o cortisol. Os glicocorticóides são secretados de uma forma pulsátil, seguindo um ritmo 
circadiano, sobre o qual se sobrepõe uma explosão secretória por ocasião do estresse. A ligação dos corticosteroides com 
seu receptor promove transcrição gênica (em horas), maior secreção de proteínas dependendo do tipo de célula, os 
corticosteroides circulantes promovem a mobilização de energia armazenada ( gliconeogênese), potencializam os efeitos 
mediados pelo simpático, e controlam a atividade do HHA através de um feedback - (inibitório- em minutos). Os 
corticosteróides (classicamente considerados de ação lenta) também podem mudar rapidamente o funcionamento cerebral, 
através de vias não genômicas, como a ativação de receptores ReMR no hipotálamo e hipocampo, aumentando a 
excitabilidade neuronal, pelo aumento da liberação de glutamato. 
 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
Influência do estresse na saúde 
 A intensidade da resposta aguda ao estresse deve ser proporcional à ameaça do estressor, tanto em intensidade 
como em duração. Assim a mobilização de energia induzida pelo estresse deve se adequar às necessidades para a 
restauração do equilíbrio orgânico e deve persistir por um tempo limitado, que não comprometa o organismo, em razão, 
por exemplo, de seus efeitos inibitórios sobre a digestão, crescimento, reprodução e resposta imune. 
 Dessa forma, o estresse frequente ou mantido por longo tempo pode comprometer o organismo gerando doenças. 
Com o estresse crônico, novos estressores passam a ter as respostas de ACTH e cortisol facilitadas, além de induzirem 
sensibilização na frequência de descargas do lócus cerúleo e maior liberação de noradrenalina. O estresse mantido é 
relativamente recente na escala evolutiva, sendo observado apenas nos primatas sociais e no homem. Isso se deve 
provavelmente ao fato do homem pensar e, dessa forma, poder antecipar situações de estresse ou manter suas 
preocupações por longo tempo. 
Sistema Cardiovascular 
 Produz um aumento na frequência, contratilidade e velocidade de condução. Sobre os vasos, essas ações vão 
produzir uma redistribuição no fluxo sanguíneo. A estimulação α adrenérgica pelas fibras simpáticas, predominante no 
sistema digestivo e pele, vai produzir uma vasoconstricção nesse território. Por outro lado, a estimulação β adrenérgica, 
predominante nos músculos, vai produzir uma vasodilatação. Dessa forma o fluxo vai ser direcionado para os músculos. A 
hipertensão arterial, ainda que não tenha causa única, resultando da interação de inúmeros fatores, tem entre eles o estresse 
crônico. 
 Durante o estresse a ativação do sistema nervoso simpático desencadeia uma 
cascata de citocinas pró-inflamatórias, que durante o estresse crônico pode sobrepujar 
os efeitos imunosupressores da ativação do eixo HHA favorecendo os processos 
inflamatórios, entre eles os que ocorrem no interior das artérias podendo resultar em placas ateroscleróticas, que restringem 
o fluxo de sangueEste conjunto de mecanismos fisiopatológicos justificam a associação do estresse com o aumento no risco 
de infarto do miocárdio e morte súbita por arritmia ventricular. Inúmeros estudos epidemiológicos encontram maior risco 
de doença coronariana com alto estresse profissional (trabalhos com alta demanda e baixo controle ou com desproporção 
entre a intensidade do trabalho e o reforço) e/ou conjuga. 
Metabolismo 
 A liberação de glicocorticóides tem efeitos opostos aos da insulina, produzindo o que é conhecido como resistência 
à insulina, através de dois mecanismos: a) diminuindo a supressão que a insulina provoca na produção hepática de glicose 
(favorece gliconeogênese); b) prejudicando a entrada de glicose para o interior das células, que é mediada pela insulina. 
Atuam diretamente nas células β do pâncreas inibindo a secreção de insulina juntamente com o SNA simpático. Agudamente 
essas respostas ao estresse têm um sentido adaptativo no sentido de aumentar a disponibilidade de glicose circulante, por 
longo prazo os níveis elevados de estresse pode contribuir para desencadear a diabetes. 
 Durante o estresse agudo produz uma lipólise com a transformação dos triglicerídeos em ácidos graxos livres e 
glicerol e estimulam o apetite. Com o estresse crônico, no entanto, o excesso continuado de glicocorticóides pode levar a 
um acúmulo no depósito de gordura, que ocorre de forma diferenciada dependendo do tecido adiposo. Durante a 
recuperação do estresse o acúmulo de gordura ocorre predominantemente no tecido adiposo visceral do abdômen, que 
possui mais células por unidade de massa, maior irrigação e maior expressão de 
receptores glicocorticóides, gerando uma distribuição de gordura centrípeta. Por sua vez a maior obesidade visceral 
representa um fator de risco para a aterosclerose, já que o tecido adiposo intra-abdominal é uma fonte importante da 
citocina pró-inflamatória interleucina 6, que participa desse processo e contribui para a elevação dos níveis de LDL colesterol. 
Síndrome Metabólica, que se caracteriza por: 
- obesidade abdominal; 
- hiperglicemia; 
- dislipidemia (níveis elevados de triglicérides, níveis elevados de LDL colesterol e baixos de HDL colesterol); 
- hipertensão arterial 
Sistema Gastrointestinal 
 A ativação do sistema nervoso simpático e inibição da atividade vagal resultam numa inibição seletiva da motilidade 
gástrica e do intestino delgado (músculo liso), bem como, da secreção de ácido e de enzimas digestivos. A diminuição da 
irrigação gástrica e da secreção de acido, produzida pelo estresse, é acompanhada da diminuição do muco que protege a 
parede do estomago, de seu próprio acido. Assim, quando o acido volta ser secretado vai encontrar uma parede mais 
vulnerável. 
Sistema Imunológico 
 A imunossupressão associadaao estresse tem sido atribuída ao aumento na secreção de cortisol, resultante da 
ativação do eixo HHA. O cortisol diminui a proliferação de linfócitos, interfere na comunicação entre eles, inibe a migração 
de granulócitos, inibe a produção de anticorpos, entre outros efeitos. Essa resposta pode parecer incompatível com as 
necessidades do organismo num momento de luta ou fuga. Porém, deve-se ressaltar que o aumento na secreção de cortisol, 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
em resposta ao estresse, tem uma latência de dezenas de minutos e que a resposta imediata ao estresse á dada pela ativação 
do SNA simpático. 
 A ativação simpática pelo estresse produz uma resposta muito rápida na contagem de glóbulos brancos, com 
elevação do número de neutrófilos e manutenção no de linfócitos com 
aumento nas células NK (natural killer) e diminuição das células CD3+ e CD4+16. Essas alterações apresentam correlação 
com as alterações cardíacas, além de ocorrem nos primeiros 14 minutos, quando os níveis de cortisol ainda não se elevaram. 
Esse aumento agudo de neutrófilos e linfócitos NK poderia atender à necessidade de aumentar a defesa imunológica numa 
situação aguda de estresse, o aumento posterior na secreção do glicocorticóide cumpriria a função de trazer novamente o 
sistema ao seu funcionamento habitual, promovendo uma redução na contagem de glóbulos brancos. 
 A persistência do estresse mantém os níveis de glicocorticóides elevados, resultando em imunossupressão, que 
facilita a ocorrência de doenças infecciosas, podendo contribuir, também, para o surgimento e disseminação do câncer, pela 
redução da destruição de células tumorais. A interação entre o estresse e a resposta imunológica, no entanto, é muito mais 
complexa, não se limitando à imunossupressão. É bem conhecida a associação entre o estresse e doenças alérgicas e auto-
imunes. Durante o estresse, tanto pela ação dos glicocorticóides como das catecolaminas, ocorre uma inibição na produção 
de IL-12, desencadeando uma cascata de consequências, que resultam numa mudança do equilíbrio entre respostas 
Th1/Th2, 
com a diminuição das atividades Th1 e consequente aumento das Th2. A resultante desse desequilíbrio é uma diminuição 
da imunidade celular e um aumento da imunidade humoral. 
Outros Sistemas 
 A ativação do SNA e do eixo HHA, pelo stress, interfere numa série de outros 
sistemas com repercussões sobre a reprodução, crescimento, memória, sono, 
envelhecimento, osteoporose e outros. 
FISIOLOGIA DO ESTRESSE E SUA INFLUÊNCIA NA SAÚDE 
Antonio Waldo Zuardi 
 
5- Diferenciar gripe de resfriado, elucidando seus sintomas 
O RESFRIADO COMUM 
Definição: também conhecido como infecção das vias respiratórias superiores, é uma doença aguda autolimitada causada 
por um vírus. Sintomas nasais (rinorreia e obstrução nasal) estão presentes invariavelmente; dor de garganta ou garganta 
arranhando, ou tosse, ou ambas, podem também estar presentes. 
Os patógenos: resfriados são comuns porque vírus com poucos sorotipos reinfectam muitas vezes e vírus que infectam um 
individuo apenas uma vez têm múltiplos sorotipos. 
 Rinovírus: causam pelo menos 50% dos resfriados em adultos. 
 Coronavírus: responsável por cerca de 10% dos resfriados em adultos. 
 VSR (vírus sincicial respiratório): responsável por cerca de 10% dos resfriados em adultos. 
 Outros grupos de vírus (influenza, parainfluenza, adenovírus, etc): cada um é responsável por menos de 5% dos 
resfriados em adultos. 
Transmissão do vírus: pode ocorrer por um ou mais de três mecanismos: 
 Aerossol de pequenas partículas (< 5 µm de diâmetro) – o vírus pode ser suspenso no ar durante 1h e infectar por 
inalação. 
 Gotículas grandes (> 10 µm de diâmetro) são transportadas pelo ar, a distâncias inferiores a 1m e infectam ao se 
depositar sobre uma superfície mucosa, como conjuntiva ou mucosa nasal. 
 Transferência de vírus das secreções de uma pessoa resfriada, pelo contato da mão ou por superfícies ambientais 
contaminadas, para os dedos de pessoas não infectadas, que a seguir inoculam o vírus na sua própria mucosa. 
Epidemiologia: resfriados são a doença mais frequente dos humanos e a causa isolada de absentismo à escola e ao trabalho 
mais comum. A periodicidade dos resfriados varia com a idade. O número de resfriados em adultos pode aumentar durante 
vários anos por causa da exposição a crianças pequenas. 
Fisiopatologia: durante um resfriado comum, paralelamente aos sintomas, ocorre: 
 Aumento de leucócitos polimorfonucleares (PMNs) na mucosa nasal. 
 Cininas (bradicinina) também aparecem nas secreções nasais. 
 A infecção das células epiteliais da mucosa do nariz e da nasofaringe pode levar à elaboração de IL-8, um 
quimioatraente para PMNs, e também níveis aumentados de IL-1β e IL-6. 
É possível que futuras pesquisas levem à possibilidade de que os sintomas possam ser abolidos, bloqueando-se 
mediadores da resposta do hospedeiro sem ter que matar o vírus. 
Manifestações clínicas: são predominantemente subjetivas. Em adultos, rinorreia, obstrução nasal e dor de garganta ou 
garganta arranhando são observadas usualmente. A rinorreia geralmente é transparente no início da doença e pode se tornar 
branca ou amarelo-esverdeada. Mal-estar e tosse improdutiva são comuns; espirro às vezes é observado. Outros sintomas 
comuns incluem repleção sinusal e voz anasalada. Às vezes está presente rouquidão. Achados físicos objetivos em um adulto 
com resfriado são usualmente mínimos. A mucosa nasal pode estar vermelha, mas não em um grau que difira do normal; 
eritema brando da faringe e vermelhidão em torno das narinas externas podem ser observados; febre (> 38°C) é incomum, 
sua presença sugere influenza ou uma complicação bacteriana do resfriado. Os sintomas geralmente regridem em 5 a 7 dias. 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
Resfriados em lactentes e crianças, no entanto, podem ser associados a sinais mais objetivos, como aumento moderado 
dos linfonodos cervicais anteriores; febre durante os primeiros 2 a 3 dias não é rara em crianças pequenas, mesmo quando 
os pais ou irmãos mais velhos não apresentam elevação da temperatura durante um resfriado causado pelo mesmo vírus. A 
duração usual dos sintomas do resfriado em crianças é de 10 a 14 dias 
Diagnóstico: autodiagnóstico de resfriado usualmente é exato. Testes laboratoriais , incluindo leucograma com diferencial, 
não são uteis. Células ciliadas destruídas podem estar presentes, e PMNs seriam esperados nas secreções nasais. 
O diagnóstico diferencial inclui corpo estranho intranasal em crianças, e rinite alérgica ou vasomotora em adultos e 
crianças. O exame do nariz deve excluir corpo estranho; a cronicidade dos sintomas com rinite alérgica ou vasomotora deve 
diferenciar estas condições de um resfriado comum. 
Diagnóstico etiológico (virológico) pode ser obtido pela inoculação de uma amostra de secreções nasais em cultura de 
células de tecidos, mas esse teste raramente é necessário ou útil. Ensaios usando reação em cadeia de polimerase para 
detecção de vírus respiratórios pode facilitar o diagnóstico quando indicado, principalmente durante surtos potenciais que 
possam afetar hospedeiros imunocomprometidos. A detecção da nucleoproteína dos vírus influenza A e B pode ser útil para 
triagem desses vírus. 
A diferenciação clínica entre infecção viral primária e bacteriana secundária do trato respiratório é um desafio porque 
os vírus respiratórios podem comprometer o ouvido médio ou os seios paranasais na ausência de infecção bacteriana. 
Timpanocentese ou punção do seio maxilar fornece informação definitiva de infecção viral versus bacteriana, mas esses 
procedimentos são demasiado invasivos para uso de rotina. Tomografia computadorizada coronal dos seios paranasais pode 
mostrar anormalidades em um ou mais seios em até 87% dos adultos jovens durante resfriadosnão complicados sem 
infecção bacteriana. Essas anormalidades desaparecem ou melhoram acentuadamente sem terapia antibiótica em cerca de 
80% dos casos. 
Prevenção: vacinas para prevenir resfriados comuns não tendem a ser úteis, dada à multiplicidade de tipos imunológicos e 
a ausência de imunidade permanente adquirida à reinfecção com outros vírus. 
Provavelmente o único meio prático, ainda que imperfeito, de prevenção é evitar que o vírus atinja a mucosa nasal ou 
conjuntival através das mãos da própria pessoa (eliminar os vírus viáveis das mãos antes de tocar os próprios olhos ou o nariz 
– lavagem das mãos). 
Tratamento: antibióticos não devem ser utilizados na terapia de resfriados não complicados, porque não aceleram nem 
retardam a recuperação do resfriado, nem reduzem a frequência de complicações bacterianas. 
Uma vez que os sintomas subjetivos de um resfriado desaparecem em 7 dias sem intervenção, vários tratamentos 
realmente ineficazes, como vitamina C e pastilhas de gliconato de zinco, foram descritos como eficazes a partir de ensaios 
clínicos. 
Remédios herbáceos são muito utilizados, mas não há evidencias de que tragam qualquer beneficio. 
Nenhum agente antiviral é disponível atualmente para tratar resfriados, exceto aqueles causados pelos vírus influenza. 
Tratamento sintomático individual pode ser realizado. A congestão nasal e o mal-estar podem ser aliviados por 
descongestionantes, seja por via oral (pseudoefedrina, 60mg, 3x/dia) ou aplicação tópica (oximetazolina 0,05%, duas 
nebulizações em cada narina, 2x/dia) e analgésicos (aspirina; acetaminofeno; ibuprofeno). Anti-histamínicos de primeira 
geração orais (bromofeniramina; clorfeniramina; clemastina) podem reduzir, ainda que modestamente, espirros e rinorreia 
nos resfriados. 
Prognóstico: infecção bacteriana secundária pode complicar resfriados virais. 
Rinite purulenta pode responder a antibióticos, mas os seus efeitos colaterais podem não compensar quaisquer 
benefícios. 
Otite média supurativa, que ocorre em uns 5% dos resfriados em crianças pré-escolares, pode ser prenunciada por 
uma febre secundária com otalgia associada. 
Estima-se que a sinusite bacteriana ocorra em 0,5% dos resfriados, principalmente em adultos. Sinusite é sugerida pela 
presença de febre ou dor facial, ou ambas. 
Pneumonia bacteriana é uma complicação rara. 
Uma complicação importante de resfriados virais em adultos e crianças com doença reativa subjacente das vias aéreas 
ou asma são sibilos, que ocorrem em 30% a 50% dos episódios virais, em estudos prospectivos de pacientes com asma. Os 
resfriados nesses pacientes produzem uma grande morbidade, uma vez que até 50% das exacerbações de asma em crianças 
e até 20% em adultos são associadas a um vírus identificado. 
No Brasil: a imunização contra influenza é acessível a todos os indivíduos com 60 anos e mais e a determinados grupos de 
pacientes, de acordo com as condições mórbidas que apresentem, nos Centros de Referencia para Imunobiológicos Especiais 
(CRIEs). 
Estudo sobre a etiologia das doenças respiratórias em profissionais de saúde, em São Paulo, mostrou que os rinovírus 
eram responsáveis por 37,7% e o influenza por 12,3% das infecções respiratórias de vias aéreas superiores. 
Adicionalmente, observa-se que a incidência de doenças respiratórias é mais elevada em crianças abaixo de 1 ano e de 
1 a 4 anos. 
 
 
GRIPE (Influenza) 
Definição: doença respiratória febril aguda que ocorre em surtos anuais de gravidade variável e causa pandemias 
imprevisíveis. O vírus infecta o trato respiratório, é altamente contagioso e, de forma característica, produz sintomas 
sistêmicos proeminentes inicialmente na doença. 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
A infecção pode produzir várias síndromes clínicas em adultos, incluindo resfriados comuns, faringite, 
traqueobronquite e pneumonia. 
Vírus influenza A causaram três pandemias e um evento semelhante à pandemia no século XX. A pandemia de 1918 a 
1919 causou mais de 40 milhões de mortes em todo o mundo. 
As epidemias de influenza são associadas a enorme morbidade, perda econômica e substancial mortalidade. As 
epidemias recentes causaram em média mais de 36 mil mortes relacionadas com problemas respiratórios e circulatórios. 
O patógeno: os vírus da influenza são divididos em três tipos (A, B e C), que se distinguem por suas proteínas internas e 
externas. O vírion é uma partícula pleomórfica de tamanho médio, dotada de envoltório (bicamada lipídica) e coberta com 
dois tipos de glicoproteínas de superfície (hemaglutinina e neuraminidase). O genoma viral consiste em oito segmentos de 
cadeia simples de RNA; o vírus influenza tipo C tem sete segmentos e uma única glicoproteína de superfície. 
Enquanto os vírus da influenza B e C são principalmente patógenos humanos, os vírus influenza A infectam 
principalmente aves aquáticas e às vezes outros hospedeiros animais (outras aves, suínos, cavalos, mamíferos marinhos, 
cães e gatos). 
 
Epidemiologia: os vírus da influenza são únicos entre os vírus respiratórios, no que concerne a extensão de variação 
antigênica, comportamento epidêmico e frequente associação com excesso de mortalidade durante surtos em comunidades. 
A antigenicidade mutável das glicoproteínas de superfície se responsabiliza em grande parte pelas epidemias 
continuadas de influenza em humanos. 
Anticorpo contra a hemaglutinina neutraliza a infectividade viral e é assim o principal determinante da imunidade. O 
anticorpo à neuraminidase limita a replicação viral e provavelmente reduz a gravidade da infecção. Variação antigênica 
importante é muito menos frequente com influenza B do que com influenza A, e pode não ocorrer com influenza C. Infecção 
por um subtipo não proporciona proteção cruzada contra outro. 
Fisiopatologia: a infecção é transmitida por secreções respiratórias que contêm vírus. Ambos aerossóis, de grandes e 
pequenas partículas em curtas distancias (1 a 2m) parecem contribuir, mas a transmissão por outras vias pode ser possível. 
Infecção por vírus aviários também pode ocorrer após contato direto com aves infectadas ou suas excretas, possivelmente 
por ingestão de alimento contaminado, e às vezes inoculação na conjuntiva. 
Uma vez que o vírus inicie a infecção do epitélio do trato respiratório, ciclos sucessivos de replicação viral infectam 
grande número de células e resultam na destruição do epitélio ciliado através de efeitos citopáticos diretos ou apoptose. 
O período de incubação, que dura em média 2 dias e varia de 1 a 4 dias, pode ser um pouco mais longo em infecções 
causadas por vírus aviários. A transmissão de vírus geralmente dura 3 a 5 dias em adultos, com frequência adentra a segunda 
semana em crianças, e pode persistir durante semanas a meses em hospedeiros imunocomprometidos. Concentrações 
elevadas de citocinas pró-inflamatórias como IFN-α, IL-6 e TNF-α ocorrem no sangue e em secreções respiratórias e 
provavelmente contribuem para sintomas sistêmicos e febre. Imunidade adaptativa parece ser em grande parte específica 
para o subtipo e durável para uma cepa particular. 
Manifestações clínicas: 
 Síndrome gripal: um início abrupto de doença, com sensação de febre, frio, calafrios, cefaleia, mialgia e mal-estar, 
embora característico de influenza, ocorre em menos de 2/3 dos casos. Sintomas sistêmicos predominam 
inicialmente, e prostração ocorre nos casos mais graves. 
Em geral, mialgia e cefaleia são os sintomas iniciais mais incômodos, e a sua gravidade é relacionada com o 
nível de febre. Artralgia é comum. Às vezes, sintomas oculares incluindo fotofobia, lacrimejamento, ardência e dor 
à movimentação dos olhos, são uteis para a suspeita diagnóstica. 
Sintomas respiratórios, particularmente tosse seca e corrimento nasal, também estão geralmente presentes 
desde o início, mas são superados pelos sintomas sistêmicos. Obstrução nasal, rouquidão e dor de garganta 
também sãocomuns da mesma maneira. 
À medida que a doença sistêmica diminui, sinais e sintomas respiratórios se tornam mais evidentes. Tosse é 
o sintoma mais frequente e incômodo, e pode ser acompanhada por desconforto ou queimação subesternal. Tosse, 
cansaço e mal-estar podem persistir por várias semanas antes da recuperação completa. 
Febre é o mais importante achado físico inicial. A temperatura em geral se eleva de forma rápida até 38 a 
40°C no período de 12h iniciais, concomitante com sintomas sistêmicos. A febre em geral é contínua, mas pode ser 
intermitente, sobretudo se forem administrados antipiréticos. Normalmente, a duração da febre em adultos é de 
3 dias, mas pode durar 1 a 5 ou mais dias. 
De início, no curso da doença, o paciente apresenta-s toxemiado, com fácies ruborizada e pele quente e 
úmida. Os olhos são lacrimosos e avermelhados. Corrimento nasal transparente é comum. A mucosa do nariz e da 
garganta é hiperemiada, mas não se observa exsudato. Pequenos linfonodos cervicais dolorosos à palpação muitas 
vezes estão presentes. Roncos esparsos transitórios ou áreas localizadas de estertores são encontrados em menos 
de 20% dos casos. 
O padrão de enfermidade descrito ocorre com qualquer cepa de vírus influenza A ou B. o vírus influenza C 
geralmente causa doença no trato respiratório superior esporádica ou bronquite febril. 
 Complicações respiratórias: três síndromes pneumônicas foram descritas (pneumonia primária viral por influenza, 
pneumonia bacteriana secundária, e pneumonia mista viral e bacteriana). 
Infecções pelos vírus influenza A e B podem ser associadas a outras complicações do trato respiratório, 
incluindo exacerbações de bronquite crônica, asma ou fibrose cística; laringite e bronquiolite em crianças 
pequenas; e otite média, sinusite, e raramente parotidite ou traqueíte bacteriana. 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
Depois de um início típico de influenza, há progressão rápida de febre, tosse, dispneia e cianose. 
A expectoração pode ser sanguinolenta. Culturas virais de escarro ou aspirados traqueais usualmente 
apresentam altos títulos de vírus influenza. 
Antibióticos não têm utilidade, e o valor de terapias antivirais ou com imunomoduladores não está provado. 
Depois de um quadro gripal típico, um período de melhora de 1 a 4 dias pode se seguir. A recrudescência da febre 
associa-se tipicamente ao aumento da tosse, produção de expectoração, muitas vezes dor pleurítica. 
 Complicações não pulmonares: a síndrome de Reye, uma complicação hepática e do SNC, que pode ocorrer em 
crianças e raramente em adultos, é associada ao uso de salicilato. 
Linfopenia e trombocitopenia são comuns em doença por influenza aviária. Síndrome hemofagocítica pode 
ser uma complicação dessa infecção e, mais raramente, da influenza humana. 
Meningite asséptica, mielite, encefalopatia associada à doença aguda, especialmente em crianças, e 
encefalite pós-gripal. 
Diagnóstico: individualmente, a influenza muitas vezes não pode ser distinguida da infecção por vários outros vírus que 
produzem cefaleia, dores musculares, febre dor de garganta ou tosse (ou várias combinações dessas). Por outro lado, quando 
as autoridades de saúde pública declaram que há uma epidemia de influenza A e B em uma dada comunidade e um paciente 
tem doença típica, é altamente provável que esses sintomas sejam causados por uma infecção pelo vírus influenza. 
Vírus influenza são facilmente isolados de espécimes nasais, escarro ou secreção traqueal nos primeiros 2 ou 3 dias de 
enfermidade. Amostras de orofaringe apresentam rendimento menor do que as nasais em infecções pelos vírus humanos, 
mas parecem ser superiores a amostras nasais para detecção de infecções aviárias. 
A detecção de RNA viral por transcrição reversa, reação em cadeia de polimerase, parece ser altamente sensível e 
específica; esse é o teste rápido de escolha para suspeita de doença por influenza aviária. 
Métodos sorológicos são menos úteis clinicamente porque exigem soro convalescente obtido 14 a 21 dias depois do 
início da infecção. 
Prevenção: vacinas inativadas administradas por injeção intramuscular fornecem 70% a 90% de proteção em adultos jovens 
e de meia idade contra a influenza quando a composição da vacina coincide com a cepa epidêmica. 
A imunogenicidade (taxas de proteção) é frequentemente mais baixa em pessoas idosas, debilitadas, em especial os 
residentes em asilos, e nos pacientes imunossuprimidos, inclusive aqueles com infecção avançada por HIV, transplantados e 
em quimioterapia. Em pessoas idosas institucionalizadas, a imunização tem eficácia de 50% a 60% para prevenir 
hospitalização e pneumonia, e reduz a mortalidade relacionada com influenza em 70% a 80%. 
Em pacientes ambulatoriais de alto risco, a imunização reduz hospitalizações por pneumonia, influenza e doença 
cardiovascular, bem como a mortalidade por todas as causas durante a estação da influenza. 
A imunização também parece ser custo-efetiva em adultos que trabalham, dependendo do tamanho da epidemia. A 
imunização das crianças em idade escolar parece reduzir as enfermidades respiratórias nos outros familiares, com redução 
do excesso de mortes em idosos. 
A imunização dos profissionais de saúde reduz o risco de transmissão aos pacientes. 
A composição antigênica das vacinas é revista anualmente, de tal modo que as vacinas trivalentes contenham as cepas 
que circularam mais recentemente, em geral dois subtipos de influenza A e um influenza B. Na ocorrência de um surto 
pessoas não imunizadas podem receber vacina inativada e profilaxia simultaneamente, sendo que esta deve ser mantida por 
14 dias. 
Populações –alvo para as quais se recomenda imunização contra influenza: 
 Grupos de risco aumentado de complicações (recomendada): 
̶ Pessoas com 50 anos e acima; 
̶ Residentes de asilos e outras instituições de assistência crônica; 
̶ Pacientes com afecção crônica pulmonar (inclusive asma) ou cardíaca; 
̶ Pacientes com doenças metabólicas crônicas (inclusive diabetes), disfunção renal, hemoglobinopatias, 
imunossupressão (inclusive infecção por HIV), ou condições (inclusive cognitivas, neuromusculares) que 
comprometam a função respiratória ou aumentem o risco de aspiração; 
̶ Crianças e adolescentes em uso de aspirina em longo prazo; 
̶ Mulheres que engravidarão durante a temporada de influenza. 
 Grupos em contato com pessoas de alto risco (recomendada): 
̶ Crianças com 6 meses a 5 anos de idade; 
̶ Médicos, enfermeiras e outros profissionais de saúde; 
̶ Empregados de asilos e instituições de assistência crônica e vital; 
̶ Cuidadores de pessoas de alto risco em assistência domiciliar; 
̶ Contactantes domiciliares (pais, irmãos, cuidadores) e cuidadores fora do domicílio de pessoas de alto risco, 
inclusive crianças de 0-5 anos de idade. 
 Outros grupos (incentivada): 
̶ Prestadores de serviços essenciais à comunidade (policiais, bombeiros, etc); 
̶ Viajantes (inclusive aos trópicos, grandes grupos organizados, ou ao hemisfério sul no inverno); 
̶ Estudantes, residentes em habitações coletivas para estudantes; 
̶ Qualquer um que deseje reduzir seu risco de influenza. 
Tratamento: terapia com rimantadina ou amantadina oral encurta a duração da febre e os sintomas sistêmicos e respiratórios 
na influenza A não complicada causada por cepas suscetíveis em 1 a 2 dias e abrevia a recuperação funcional. A possível 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
efetividade dessas drogas para prevenir ou tratar as complicações pulmonares da influenza é desconhecida. A rimantadina 
acarreta um risco mais baixo de efeitos colaterais no SNC do que a amantadina, mas ambas podem causar alterações 
gastrointestinais. Esses agentes são ineficazes para infecções pela influenza B. Essas drogas não são recomendadas para uso 
de rotina no presente, devido a possibilidade de desenvolver resistência antiviral (H1N1, H3N2, H5N1 aviário).Os inibidores de neuraminidase, zanamivir inalado e oseltamivir oral, são ativos contra os vírus influenza A e B. Terapia 
de até 2 dias após o início da doença reduz os sintomas, o tempo de recuperação funcional, e o risco de complicações 
respiratórias inferiores, inclusive bronquite e pneumonia. Terapia precoce com oseltamivir também diminui o risco de 
hospitalização. Zanamivir pode infrequentemente ser associado à broncoespasmo, às vezes grave, e oseltamivir se associa a 
náusea ou vômito. 
Outras medidas sintomáticas incluem antipiréticos e antitussígenos. Aspirina não deve ser usada, sobretudo em 
crianças com menos de 16 anos, por causa da sua associação à síndrome de Reye. 
Pneumonia viral por influenza, inclusive H5N1 (aviário), com frequência exige monitoramento respiratório intensivo e 
suporte ventilatório. Complicações de UTI, incluindo pneumonia associada à ventilação mecânica, são comuns. Pneumonia 
bacteriana secundária deve ser tratada com antibióticos apropriados. Quando os exames de escarro não indicarem 
claramente uma bactéria infectante, devem ser usados antibióticos que sejam eficazes contra os patógenos mais prováveis. 
Prognóstico: a taxa de letalidade por influenza sazonal é muito baixa. A maioria dos pacientes tem recuperação completa, e 
90% das mortes relacionadas à influenza ocorrem em pessoas com mais de 65 anos ou de alto risco por causa de 
comorbidades. Em pacientes cuja pneumonia viral progride para insuficiência respiratória, a taxa de mortalidade é de cerca 
de 50%. 
No Brasil: o país conta com um sistema de vigilância epidemiológica da influenza desde 2000, com 71 unidades-sentinela 
instaladas predominantemente nas capitais estaduais e no Distrito Federal, com o objetivo de monitorar as cepas virais 
circulantes. O acompanhamento das internações hospitalares evidencia que os extremos de faixas etárias são os grupos de 
maior risco para as complicações da doença. 
Desde 1999 é feita anualmente a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso, nos meses de abril e maio. As coberturas 
vacinais vêm se mantendo acima de 70%. Adicionalmente, deverão ser vacinadas as populações indígenas, de presidiários e 
de profissionais que trabalham junto aos idosos. 
Além da Campanha Nacional de Vacinação, a vacina contra influenza pode ser administrada com prescrição médica 
nos Centros de Referencia de Imunobiológicos Especiais (CRIEs), onde é disponível a pessoas que têm maior risco em relação 
à influenza e suas complicações, a saber, pacientes com cardiopatias, nefropatias, diabetes mellitus insulinodependente, 
cirrose hepática, hemoglobinopatias, portadores de DPOC, imunocomprometidos (transplantados, pacientes em tratamento 
de câncer, portadores de HIV, miopatas) e seus familiares. 
 
6- Elucidar a aplicabilidade das indicações recebidas para Juliano 
Imunidade Ativa: 
É a forma de imunidade que é induzida pela exposição a um antígeno, visto que o individuo imunizado desempenha 
um papel ativo na resposta ao antígeno. Os indivíduos e os linfócitos que não tiveram exposição a determinado antígeno são 
denominados virgens (NAIVE), o que significa que são imunologicamente inexperientes. Os indivíduos que já responderam a 
um antígeno microbiano e que estão protegidos contra exposições subsequentes a aquele micro-organismo especifico são 
considerados imunes. 
Pode ocorrer de duas formas: 
 Natural – exposição a infecções; 
 Artificial (antígenos) 
 - micro-organismo vivo atenuado 
 - vírus inativado 
 - proteínas purificadas: engenharia genética 
 - Toxóide 
 - Bactéria inativada 
 - Polissacarídeo 
Adjuvantes: são substâncias administradas juntamente com antígenos protéicos purificados para maximizar o 
desenvolvimento de respostas imunes dependentes de linfócito T. são empregados em vacinas administradas clinicamente. 
Normalmente são produtos microbianos, como micobactérias mortas e LPS ou nas vacinas usa-se o alúmen, composto de 
hidróxido de alumínio ou fosfato de alumínio. 
Efeitos: 
 Ativam células dendríticas, que passam a expressar mais moléculas de histocompatibilidade principal que são 
responsáveis pela apresentação do antígeno que são reconhecidos pelos linfócitos T; 
 Aumenta a expressão de coestimuladores e citocinas necessárias à ativação do linfócito T; 
 Estimula a migração das células dendríticas para os gânglios linfáticos, onde estão os linfócitos T. 
Imunidade Passiva: 
 A imunidade é conferida ao individuo pela transferência de soro ou de linfócitos de um individuo especificamente 
imunizado, constituindo um processo conhecido como transferência adotiva. O receptor dessa transferência torna-se imune 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
momentaneamente ao antígeno especifico sem nunca ter sido exposto ou ter respondido a ele. A imunidade passiva constitui 
um método útil para se conferir resistência rapidamente sem necessidade de esperar o desenvolvimento de uma resposta 
imunológica ativa. 
 Um exemplo fisiologicamente importante é a transferência de anticorpos maternos para o feto, o que permite ao 
recém-nascido combater infecções antes que adquira a capacidade de produzir anticorpos. Além disso, no colostro o bebê 
recebe IgA da mãe. A imunização passiva contra toxinas pela administração de anticorpos de animais constitui um 
tratamento contra infecções letais, como tétano e picadas de cobra. 
 
Antibióticos: Antibióticos são substâncias químicas derivadas de organismos vivos ou produzidos por eles, capazes de inibir 
processos vitais de outros organismos. Entre os diversos critérios adotados na classificação de antibióticos, os principais são: 
A- origem; B- biossíntese; C- ação predominante; D- mecanismo de ação; e E- estrutura química. Podem ser bacteriostáticos 
como a sulfonamidas (inibe seu crescimento), comprometer a síntese protéica como a tetraciclina, interferir na síntese de 
peptideoglicano como a penicilina. 
 
Receitas caseiras: A automedicação existe desde a formação das primeiras civilizações tornando-se uma prática comum nas 
sociedades modernas, este método é usado para amenizar e até mesmo combater a dores dos pacientes. Os pacientes 
recorrem a meios mais rápidos para suprir a falta de profissionais na área médica os mesmos preferem se automedicar por 
orientação de familiares ou através de receitas caseiras como os chás de ervas, receitas prescritas em consultas anteriores, 
ao invés de enfrentar longas filas nos prontos socorros públicos e privados, o que leva riscos a saúde como por exemplo a 
intoxicação. Os fármacos mais acessíveis sem prescrição médica e os mais usados em todo mundo são os analgésicos, anti-
inflamatórios e descongestionantes nasais, onde os princípios ativos são dipirona, diclofenaco e paracetamol devido à 
facilidade de sua aquisição 
RISCO DA AUTOMEDICAÇÃO: INFORMAÇAO EM PROL DA 
MUDANÇA DE HABITO. Laura da Conceição Pacheco Miranda 
 A utilização de medicamentos naturais e receitas caseira são praticas comuns da população, embora alguns efeito 
não tenha comprovação cientifica (clínica) resultados positivos podem ser explicados por reações psicossomáticas e 
emocionais inerentes ao ser humano. Assim a crença nessas substâncias (motivação grande/desejo de ficar bom) muitas 
vezes trás mais benefícios do que propriamente à prescrição de medicamentos pelos médicos. O placebo é definido como 
substância inativa administradas para satisfazer a demando do paciente por um medicamento, sendo em geral, utilizado em 
pesquisas. Naturalmente, essas melhoras pós-placebo, medicamentos naturais e receitas caseiras estão relacionadas ao grau 
de comprometimento da alteração do individuo. 
A UTILIZAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS CASEIRAS E DE MEDICAMENTOS NATURAIS 
NO TRATAMENTO DAS ALTERAÇÕES VOCAIS: MITOS E CRENDICES. 
DomingosSávio Ferreira de Oliveira (Orientador) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
INTRODUÇÃO - Problema 2 
1- Elucidar o contexto médico-histórico da época de Sr. Jacob em relação a cesariana 
PRIMEIRA OPERAÇÃO CESARIANA 
 A operação cesariana na antiguidade (antes de 1500) só era praticada após a morte da parturiente, com a finalidade 
de salvar o feto ainda com vida. Desde 700 a.C. a lei romana proibia os funerais de toda gestante morta, antes que se fizesse 
a cesárea para retirada do feto. Os fetos que nasciam com vida eram chamados cesões ou césares. Muçulmanos eram contra 
e igreja católica torna essa prática obrigatória a partir de 1280 para realização do batismo da criança. 
 Júlio Cesar nada tem a ver com a operação cesariana, apesar da lenda sobre o seu nascimento e da literatura 
existente a respeito. Há em latim duas palavras homônimas: Caesar, nome de família, e caesar, aquele que é tirado do útero 
materno por incisão abdominal, após a morte da mãe. Literatura comprova que o sobrenome Caesar é anterior ao 
nascimento de Júlio Cesar. E que Aurélia, mãe de Júlio Cesar, não morreu em trabalho de parto como insinua Plinius, ela 
sobreviveu muitos anos depois do nascimento do filho. 
 A cesárea em vida, como alternativa de parturição, é bem mais recente. 
 É interessante conhecer a história da primeira cesárea em vida de que se tem notícia. Foi a mesma realizada em 
1500, em Sigershaufen, pequena cidade da Suíça, por Jacob Nufer, em sua própria esposa. Jacob Nufer não era médico e 
nem sequer cirurgião-barbeiro. Era um homem simples do povo, habituado a castrar porcas. Sua mulher, primípara, entrou 
em trabalho de parto e, como era de hábito na época, estava sendo atendida por parteira. Por alguma razão, a criança não 
nascia. Desesperado, o marido chamou uma a uma, todas as parteiras do lugar, em número de 13. 
 Depois de muitas tentativas e de longa espera, vendo que as forças de sua esposa se exauriam, apelou para os 
cirurgiões-barbeiros do lugar, acostumados a praticar a talha hipogástrica para retirada de cálculo vesical, a fim de que 
fizessem a operação cesariana em sua esposa. A simples idéia de um cirurgião-barbeiro atender a uma parturiente já 
constituía um fato inédito que contrariava todos os costumes da época. Nenhum deles atreveu-se a prestar socorro à infeliz 
mulher. 
 Nufer decidiu, então, solicitar permissão às autoridades civis da cidade para praticar, ele mesmo, a operação 
cesariana em sua esposa. Auxiliado por duas parteiras mais corajosas, colocou sua mulher sobre uma mesa e com uma 
navalha abriu-lhe o ventre. Diz a crônica que o fez com tal habilidade que a criança foi removida de um só vez, sem provocar 
qualquer lesão na mãe ou no filho. As outras onze parteiras que aguardavam do lado de fora, ao ouvirem o choro da criança, 
quiseram entrar, no que foram impedidas, até que Nufer procedesse ao fechamento da incisão, tal como fazia com as porcas 
que ele castrava. Houve cicatrização da ferida e a parturiente recuperou-se integralmente, tendo tido no decorrer de sua 
vida outras cinco gestações, com partos normais, um dos quais gemelar. A criança, que resistira à ação de 13 parteiras e à 
intervenção cirúrgica, sobreviveu e teve desenvolvimento normal. 
 -Contribuições diretas pós feito do Sr. Jacob: 1543 – Vesalius publica obra sobre anatomia humana; 1581 – Livro 
de Rousset que caracterizava o parto cesáreo viável com o estabelecimento de riscos e indicações; 1610 – realização da 
primeira cesariana dita verdadeira – com documentação; 1700-1849 – surgimento dos hospitais e estudos do mecanismo de 
parto nesses locais. 
 A introdução da cesárea na prática obstétrica só teve início a partir do século XVII. Tinha uma alta mortalidade fetal 
e materna e só era praticada em casos muito especiais. Langaard, em seu Dicionário de Medicina Doméstica e Popular (1873) 
dá-nos o seu testemunho: "Apesar de que não se pode admitir que a operação seja absolutamente mortal, é o numero das 
operadas que escapam muito limitado". A preferência dos obstetras era para o uso do fórceps ou, se necessário, a 
embriotomia. Somente no século XX a cesárea tornou-se uma operação rotineira. 
 No Brasil, a primeira operação cesariana é creditada ao Dr. José Correia Picanço, barão de Goiana, tendo sido realizada 
em Pernambuco no ano de 1817, " Picanço praticara gratuitamente na cidade do Recife, a operação cesariana em uma 
mulher preta, que sobrevivera, sendo essa a primeira estupenda operação de tal natureza que se fizera nesta província.”. 
Picanço era o cirurgião da corte real e por influencia junto a esta, funda as duas primeiras escolas médicas do Brasil: 
Faculdade de Medicina da Bahia e Escola de Anatomia Cirúrgica e Médica no RJ. 
-Utilização de anestesia no parto só a partir do século XIX com a descoberta de efeitos anestésicos de algumas substâncias. 
Em 1847 realizou-se o primeiro parto com a utilização de clorofórmio como anestésico. Aliviar a dor do parto não era aceito 
pela igreja, porque acreditavam ser contra a ordem natural de Deus. 
-1900 Pfannestiel descreve técnica de incisão da fáscia em sentido transversal (até então somente mediana), com as 
vantagens de ↓ da dor no pós operatório e cicatrizes antiestéticas seriam evitadas. É a mais usual em tempos atuais. 
 
Joffre M. de Rezende 
Professor Emérito da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás 
Membro da Sociedade Brasileira e Sociedade Internacional de História da Medicina 
Atualizado em 10/09/2002 
 
 
2- Discorrer sobre os principais marcos da história da medicina relacionando ao contexto social da época. 
 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
Época Fatos Históricos até 2010 - Medicina - Resumo Prof. Toninho (e colaboradores*) 
Mitologia 
Grega 
Asclépio (Esculápio p/ romanos). Deus da Medicina – fulminado por Zeus por, além de curar doentes, ressuscitar mortos. 
2600 a.C. Imhotep (egípcio) descobre o diagnóstico e tratamento de mais de 200 doenças. 
Séc. VI a.C. 500 a.C. - Alcmaeon de Croton distingue veias de artérias 
Séc. V a.C. 
460 a.C. Nascimento de Hippocrates, pai da medicina, o grego começa seus estudos sobre o corpo e elabora uma forma de aspirina.Hipócrates (Grécia) 
Pai da Medicina. Separa medicina de religião/magia (doença não tem causa sobrenatural) 
428 a.C. - Peste de Atenas (morre estadista grego Péricles) 
Séc. IV a.C. 
396 a.C. - Peste de Siracusa (Itália) 
Escola de Alexandria – Centro Cultural e Cientifico , financiado pelo intenso comércio marítimo(Macedônia)– Alexandre “O Grande”: autoriza dissecar 
criminosos 
Séc. III a.C. 
300 a.C. - Diocles escreve o primeiro estudo sobre anatomia. 
280 a.C. - Herophilus - estuda o sistema nervoso. 
Séc. II d.C. 
Cláudius Galenus: Médico grego, em Roma, contribuições p/ anatomia e fisiologia através da clínica e dissecções. 
Revitalizou doutrina humoral: (sanguíneo-fleumático-colérico-melancólico) 
Peste Antonina (morre imperador Marco Aurélio) 
Séc. III d.C. Peste do Século III (até 5000 mortes/dia em algumas cidades gregas e romanas) 
552 d.C. Peste Justiniana (bacilo Yersínia pestis) até 10.000 mortes/dia em Istambul. 
Século X 
910 - O médico persa Rhazes identifica a varíola. 
931 d.C. - 1º exame público para credenciamento de médicos. Bagdá (860 candidatos) Início da formalidade no exercício da medicina. 
Século XII-
XIII 
1222 – Fundação da Escola de Salermo e primeiras universidades européias: 
Pádua, (Futuro destaque: Andréas Vesálius) 
Bologna, primeira universidade do mundo. 
1249 - Roger Bacon inventa o óculos de grau. 
Século XIV 1334 - Peste Negra (dizima ½ da população européia e 23 milhões na Ásia). 
Século XV 
1489 - Leonardo da Vinci disseca corpos. 
1500 - Primeira cesárea em vida (Jacob Nufer, leigo, suíço, castradorde porcas, realiza em sua esposa). 
Século XVI 
1543 - Andréas Vesálius (belga, estudou em Paris, ensinou anatomia através da dissecação em cadáveres (corrigiu erros de Galeno, que só dissecava 
animais)). De Humani Corporis Fabrica, libri septem (mais conhecido como Fabrica), sua principal obra, que foi concluída em 1543 
Ambroise Parré, não médico, cirurgião barbeiro, “pai da cirurgia moderna”, contribuições p/ hemostasia cirúrgica e amputações. (- “Eu trato, Deus 
cura”) 
Leonardo Da Vinci (1452 - 1519), retrata anatomia humana após estudos de dissecação de cadáveres. 
1590 - Zacharius Jannssen inventa o microscópio. 
Século XVII 
Willian Harvey, inglês, estudou em Pádua, descreve a circulação sanguínea. 
1655 - Robert Hooke: atribuída a invenção do microscópio composto (alguns atribuem a Leeuwenhoek), que consiste de lentes múltiplas (geralmente 
três – uma ocular, uma lente de campo e uma objectiva) e a descoberta da célula. Embora tenha prestado muitos conselhos sobre novos projetos para 
microscópios ao fabricante Christopher Cock, esta atribuição parece estar incorreta. 
1656 - Sir Christopher Wren faz experimentos de transfusão em cães. 
1670 - Anton van Leeuwenhoek descobre as células do sangue (hemácias). 
1674 - Antonie van Leeuwenhoek, holandês, (aos quais alguns atribuem a invenção do microscópio) estuda e descreve, através da microscopia, 
bactérias, protozoários, espermatozóides,... 
Hermann Boerhaave, holandês, criou método padagógico fundamentado na observação clínica (bases hipocráticas). 
Considerado “preceptor de toda a europa”. 
Século 
XVIII 
Giavanni Battista Morgagni, estudou em Pádua, fundador da anatomia patológica. 
1747 - James Lind publica seu tratado sobre escorbuto e descobre que frutas cítricas podem ajudar no tratamento da doença. 
1763 - Claudius Aymand realiza a primeira apendicectomia. 
1773 – Joseph Priestley, descobre N2O (óxido nitroso), posteriormente usado como anestésico. 
1775 – Willian Withering, com as flores para miss Cooke, descobre a digital (cardiotônico). 
1796 – Humphry Davy, inglês, aprendiz de farmacêutico, inala gás hilariante (N2O) para dor de dente. Edward Jenner, inocula líquido de vesícula de 
lesão de varíola bovina das mãos de uma mulher, em criança (Jacob phipps), imunizando-o contra varíola humana. 
Século XIX 
1800 - Sir Humphry Davy descobre os efeitos anestésicos do óxido nitroso. 
1781 / 1826 - René Théophile Hyacinthe Laennec, médico clínico francês, especializado em doenças respiratórias (viveu 45 anos), época que a 
tuberculose matava centenas de pessoas na Europa. Considerado pai da auscultação por ter inventado o estetoscópio (do grego: tethos = peito e 
skopeu = observar).Ao examinar jovem obesa, por dificuldade de ausculta, fez um cone enrolando folha de papel para ouvir melhor. Posteriormente 
aprimorou o instrumento, confeccionando-o em madeira.1827 – Antoine Laurent Lavoisière, em Paris, funda a química moderna, descrevendo O2 e 
CO2, em estudos da teoria flogística. 
Hare e Burke, irlandeses, em sua pensão para mendigos em Edinburgo, asfixiam hóspedes para vender cadáveres para dissecção na Escola de 
Anatomia do Dr. Knox, quando cadáver de prostituta (Mary Peterson) é reconhecido por estudantes. Burke, após confessar 16 assassinatos, é 
enforcado e dissecado. (livros com sua pele). 
1816 - Rene Laennec inventa o estetoscópio. 
1817 – José Correia Picanço realiza a primeira cesareana no Brasil 
1818 - James Blundell realiza a primeira transfusão de sangue em humanos. (não se conheciam os sistemas AB0 nem RH). 
1842 - Crawford W. Long usa o éter pela primeira vez como anestésico geral. 
1844 - Dr. Horace Wells usa óxido nitroso como anestésico. 
Theodor Schawnn, (1810-1882), anatomista alemão, descobriu a estrutura celular dos animais. 
Rafaela Maria Mello Souza 
 
Rudolf Wirchow, (1821-1902), patologista alemão, estabelece as bases da patologia, pondo fim às teorias dos 4 humores (que perdurou por mais de 
2000 anos).(posteriormente, surgiram as 4 bases nitrogenadas (A,T,G,C) / 4 elementos (C, N, H, O)). 
1846 – John Collins Warrow, realiza a 1ª. Cirurgia sob anestesia geral (éter), de um tumor no pescoço no jovem Gilbert abbot, anestesiado pelo 
dentista Willian Thomas Green Morton. Cena não fotografada (fotógrafo sentiu-se mal ao assistir cirurgia). 
1846 - Ignaz Philipp Semmelweis (1818-1865), médico húngaro, mostrou que, em clínicas de Viena, onde médicos e acadêmicos faziam partos, após 
dissecar cadáveres, eram responsáveis por grande mortalidade pós-parto (febre puerperal) ao transmitir às pacientes “partículas cadavéricas”. Instituiu 
a lavagem de mãos com solução de cloreto de cálcio. 
1847 – James Simpson, médico inglês, utiliza pela primeira vez clorofórmio como anestésico em trabalho de parto. 
1849 - Elizabeth Blackwell é a primeira mulher a graduar-se na Geneva Medical College em New York. 
1853 - Charles Gabriel Pravaz e Alexander Wood desenvolvem a seringa. 
1857 - Louis Pasteur descobre que germes podem causar doenças. Louis Pasteur, (1822-1895), francês, ao descrever o processo da fermentação, põe 
fim à teoria da geração espontânea. 
1865 – Joseph Lister, cirurgião inglês, lança as bases da assepsia cirúrgica (lavagem de mãos e instrumentos com àcido fênico, além de borrifação da 
sala cirúrgica) e em 1867 aperfeiçoa o uso de antissépticos em métodos cirúrgicos e publica “Antiseptic Principle of the Practice of Surgery”. 
1878 – começa-se a usar iodo como antisséptico. 
1887 - Desenvolvidas as primeiras lentes de contato. 
1879 - Desenvolvida a primeira vacina contra a cólera. 
1882 - Primeira vacina contra a raiva de Louis Pasteur. Robert Koch , bacteriologista alemão, descreve o agente causador da tuberculose (bacilo de 
Koch). 
1890 – Willian Halsted, do Hospital John Hopkins, encomenda à Goodyear, luvas de borracha para sua assistente Caroline Hampton, alérgica ao ác. 
Fênico utilizado para assepsia das mãos antes das cirurgias, introduzindo o uso de luvas cirúrgicas. 
1890 - Emil von Behring descobre a vacina contra tétano 
1895 – Wilhelm Roentgen, descobre os raios X. 
1896 – Reginaldo Heber Fitz, põe fim às tiflites e peri-tiflites, descrevendo a apendicite. 
Scipione Riva-Rocci descreveu "um novo esfigmomanômetro”, tendo este aparelho uma longa história de desenvolvimento por vários pesquisadores 
desde Stephen Hales, 1733 (primeira medição da PA de um animal), até os atuais esfigmomanômetros digitais. 
1896 - Primeira vacina contra a febre tifóide. 
1897 - Primeira vacina contra a peste bubônica. 
1899 - Felix Hoffman desenvolve a fórmula da aspirina. 
Século XX 
1901 – Karl Landsteiner, austríaco, descreve os tipos sanguíneos ABO. 
1902 – Oswaldo Cruz, médico-sanitarista brasileiro, especializado em microbiologia e saúde pública pelo Instituto Pasteur, saneou a cidade do Rio de 
Janeiro, reduzindo drasticamente diversas doenças e evitando epidemias. 
1913 - Dr. Paul Dudley White é o pioneiro no uso da eletrocardiografia. 
1918 – Gripe espanhola leva à morte, 20 milhões. 
1921 - Earle Dickson inventa o Band-Aid. 
1922 - Insulina começa a ser usada no tratamento da diabetes. 
1923 - Primeira vacina contra difteria. 
1926 - Primeira vacina contra pertussis (coqueluche) 
1927 - Primeira vacina contra tuberculose. Primeira vacina contra Tétano. 
1928 – Alexander Fleming, bacteriologista, durante suas férias, tem algumas de suas placas de cultura de estafilococos contaminadas com o fungo 
penicilinum, o que levaria ao desenvolvimento da penicilina. 
1935 - Primeira vacina contra a febre amarela. 
1937 - Primeira vacina contra o tifo. Bernard Fantus cria o primeiro banco de sangue, em chicago. 
1940 – Karl Landsteiner e seus colaboradores, descrevem o tipo sanguíneo Rh. 
1942 - Doctor Karl Theodore Dussik publica o

Outros materiais