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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 412 a = 50 e b= – 0,5 se a atmosfera está estável. 5.1.3 - Restrições ao método aerodinâmico. Pelo fato de ter sua origem na teoria clássica da dinâmica dos fluidos, o método aerodi- nâmico atingiu grande popularidade entre os pesquisadores, no entanto não se registraram progressos que possibilitassem sua utilização em atividades de rotina. As tentativas feitas para ajustá-lo às condições de equilíbrio atmosférico não indiferente mostraram-se insatisfatórias por exigirem determinações muito precisas dos perfis de temperatura, de velocidade do vento e de umidade na camada atmosférica adjacente à superfície-fonte, difíceis de obter na prática. Para completar deve-se mencionar que, via de regra, a superfície-fonte é não uniforme e, nessas circunstâncias, existem as componentes horizontais dos gradientes de umidade específica, de temperatura e de velocidade do vento (o que contraria a hipótese formulada para estabelecer as equações X.4.1 a X.4.3). 5.2 - Método do balanço de energia. O método do balanço de energia, para a determinação indireta do transporte vertical turbulento de vapor d'água para a atmosfera, por evaporação ou evapotranspiração, funda- menta-se, como foi mencionado, no princípio da conservação da energia aplicado aos diferen- tes fluxos energéticos que acontecem na superfície-fonte. Imagine-se um certo volume de controle (Fig. X.10) cuja base coincida com a superfície- fonte e a altura seja superior à da vegetação existente no local selecionado. A aplicação do princípio da conservação de energia àquele volume de controle permite estabelecer (Suomi e Tanner, 1968) que: Rn + QS + Q H + Q E + Q' H + Q' E + ∆Q F + ∆Q V = 0. (X.5.10) Os fluxos dirigidos para o interior do volume de controle são considerados positivos. Os símbolos utilizados nesta equação têm o significado dado adiante. Rn - saldo de radiação, isto é, o fluxo de energia radiante efetivamente disponível, após des- contadas as perdas inerentes à reflexão, à emissão e à condução de energia; QS - fluxo de calor sensível, decorrente das trocas com o solo subjacente; QH - fluxo de calor sensível transportado, por turbulência, para a atmosfera; QE - fluxo de calor latente devido à transferência vertical do vapor d'água gerado por evapora- ção ou evapotranspiração (E);
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