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411_METEOROLOGIA_E_CLIMATOLOGIA_VD2_Mar_2006

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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA
Mário Adelmo Varejão-Silva
Versão digital 2 – Recife, 2006
397
Um tanque evaporimétrico de grandes proporções, como o modelo russo de 20 m2 (Fig.
X.1), convenientemente instalado e operado, simula melhor as condições às quais está sujeita
a água em um grande reservatório. Por isso, tem condições de fornecer leituras mais condi-
zentes com a realidade. Os custos com a confecção e a instalação de grandes tanques evapo-
rimétricos são, todavia, elevados e dificilmente podem ser suportados pelos agricultores. Por
outro lado, as lavagens periódicas para limpeza e o reabastecimento diário desses tanques
exigem grandes quantidades de água, que nem sempre é fácil de conseguir. Em contrapartida,
um pequeno tanque evaporimétrico seria barato e prático, mas certamente teria o inconveni-
ente de não representar de modo adequado as condições reais em que se dá a evaporação em
um grande reservatório. Tanques muito pequenos não conseguiriam simular bem o balanço de
radiação, nem o efeito do vento. O que tem se buscado é obter um tamanho ideal de tanque
evaporimétrico, de baixo custo e capaz de reproduzir, com certa confiabilidade, as condições
de exposição às quais está sujeito o espelho d'água de um reservatório.
Os tanques evaporimétricos enterrados parecem simular melhor as condições naturais,
especialmente se tiverem uma ampla superfície evaporante (Fig. X.1). Os tanques enterrados
menores, embora mais baratos e mais facilmente removíveis para inspeção (Fig. X.2), podem
não apresentar resultados tão bons quanto os primeiros, haja vista o efeito dinâmico que sua
borda provoca no escoamento do ar que flui sobre a pequena superfície evaporante. Além dis-
so, há a influência devida às rápidas trocas de calor com o solo circunjacente. Outro problema
com os tanques enterrados é o erro causado pela captação de respingos de chuva, o qual au-
menta com a redução do espelho d'água.
Fig. X.1 - Esboço do tanque russo com superfície evaporante de 20 m2.
Os tanques não enterrados (Fig. X.3), embora tenham limitações no que concerne à
menor representatividade, quanto às trocas energéticas e ao efeito do vento, são de mais fácil
instalação que os enterrados e permitem que se façam rapidamente as inspeções periódicas
(para verificar a integridade de suas paredes), detectando-se rapidamente quaisquer vaza-
mentos. Têm, ainda, a vantagem de ficarem isentos da indesejável contribuição dos respingos
de chuva. 
Os tanques telados possuem o atrativo de acumular menos detritos e de dificultar o

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