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45_METEOROLOGIA_E_CLIMATOLOGIA_VD2_Mar_2006

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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA
Mário Adelmo Varejão-Silva
Versão digital 2 – Recife, 2006
31
cos A = sen δ / cos φ; (I.8.10)
sen A = sen H cos δ; (I.8.11)
tendo H o sinal correspondente (positivo ou negativo), conforme o caso. A análise da primeira
dessas equações permite extrair algumas conclusões importantes:
- para que cosA seja nulo (A = 90o, no nascimento, ou A = 270o, no ocaso do Sol) é
necessário que sen δ = 0 ou seja, que a declinação do Sol seja nula e isto só aconte-
ce no instante dos equinócios, precisamente para os dois meridianos em relação aos
quais o Sol está nascendo ou se pondo (na prática, porém, assume-se que essa
condição é satisfeita, não no instante, mas na data em que os equinócios ocorrem e
em nenhum outro dia do ano tal fato se repete);
- quando a declinação do Sol é positiva, tem-se cosA > 0 e, forçosamente, A < 90o; isto
significa que entre 21 de março e 23 de setembro, o Sol nasce a nordeste; ao se pôr,
seu azimute é maior que 270o (noroeste); e
- quando a declinação do Sol é negativa, o que acontece entre 23 de setembro e 21 de
março (primavera e verão do Hemisfério Sul), tem-se cosA < 0 e, portanto, A > 90o
(sudeste) no nascimento e A < 270o (sudoeste) no ocaso. 
8.4.2 - Trajetória aparente do Sol na abóbada celeste.
As equações I.8.2, I.8.8 e I.8.9, possibilitam o traçado de linhas que descrevem a traje-
tória do Sol na abóbada celeste de um dado local, em qualquer dia do ano. Para isso, utiliza-se
um diagrama polar, (Fig. I.13) que representa a projeção da abóbada celeste sobre o plano do
horizonte do local que se considera. O centro desse diagrama corresponde à projeção da verti-
cal local; as circunferências concêntricas eqüivalem aos ângulos zenitais, numerados do centro
para a periferia; e os azimutes estão indicados na periferia. Devem ser incluídas as linhas cor-
respondentes às horas solares verdadeiras. 
Diagramas contendo essas trajetórias podem ser elaborados em computador e têm
grande utilidade, especialmente no estudo de sombras, iluminação solar direta e aproveita-
mento de energia solar.
9. Tempo sideral, solar e legal.
A previsão do estado da atmosfera requer o processamento de dados meteorológicos
coletados simultaneamente em diferentes pontos da superfície da Terra. Essas observações
são chamadas sinóticas, porque referem-se a um mesmo momento isto é: são efetuadas nos
mesmos horários em todas as estações meteorológicas que fornecem dados para tais fins. 
Há, no entanto, muitos fenômenos que estão relacionados ao movimento aparente diá-
rio do Sol. Obviamente, a hora indicada pelo relógio não necessariamente reflete esse movi-
mento. A variação diária da temperatura do ar, da atividade fotossintética das plantas etc., são
exemplos de oscilações que, normalmente, mantêm uma certa relação com o movimento do
Sol (não necessariamente com o relógio).

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