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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 64 Quase sempre o mercúrio é usado como elemento sensível dos termômetros convenci- onais, pois apresenta uma série de vantagens: - coeficiente de dilatação linear elevado; - temperatura de congelamento baixa (–37,8 oC); - temperatura de ebulição alta (360 oC). O álcool etílico, ou uma mistura de mercúrio e tálio, é empregada quando o termômetro se destina a operar sob temperaturas abaixo de –36 oC. Alguns modelos, como é o caso dos termômetros clínicos, possuem a escala gravada no próprio tubo capilar, cuja parede é mais espessa (sem que haja aumento do diâmetro inter- no). Em outros, o tubo capilar está fixado a uma placa de madeira, metal ou vidro opaco, na qual se encontra gravada a escala (Fig. II.1). Os melhores termômetros convencionais, porém, são os que possuem o tubo capilar e a escala dentro de uma ampola de vidro transparente, deixando de fora apenas o bulbo (Fig. II. 6). A ampola, como um todo, é chamada haste. A expressão “leitura de um termômetro” refere-se à avaliação da temperatura por ele indicada. Nos termômetros de líquido-em-vidro, equivale a estabelecer, analogicamente, o valor da escala que corresponde à extremidade da coluna termométrica (menisco). Nesses instru- mentos, deve-se ter o cuidado de evitar erros de paralaxe, pois a escala e a coluna não se en- contram no mesmo plano (Fig. II.2). Os termômetros elétricos normalmente estão acoplados a um visor que permite a leitura digital, evitando erros desse tipo. Em geral, a leitura feita num termômetro não corresponde realmente à temperatura. Pequenos defeitos podem ser detectados após a fabricação, exigindo que se façam ajustes nos valores lidos, para que se obtenha a temperatura real. Tais ajustes são chamados corre- ções instrumentais, não devem ser superiores a poucos décimos de grau e constam do certifi- cado de calibragem que acompanha cada instrumento. Fig. II.2 - Maneiras correta (A) e incorretas (B e C) de efetuar a leitura de um termômetro convencional. Nas situações B e C há erro de paralax.
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