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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 66 desse geotermômetro está inserido em um bloco de material apropriado, que retarda as trocas de calor. 3.1.3 - Termômetro de imersão. É um termômetro comum, destinado à observação da temperatura da superfície da água. Para isso, o bulbo situa-se em um reservatório cilíndrico metálico, dotado de orifícios laterais (Fig. II.3), ficando a haste envolta por um tubo, também metálico e de menor diâmetro, tendo uma abertura que permite olhar a escala. Para efetuar a determinação da temperatura, o recipiente é parcialmente imerso, de modo que somente a água superficial, penetrando pelos orifícios laterais, encha o recipiente e entre em contacto com o bulbo. O resto do instrumento não deve ser imerso, sendo sustentado pelo operador. Após alguns minutos (tempo necessário para que o bulbo entre em equilíbrio térmico com a água) o termômetro é levantado, ainda com o recipiente cheio, para a leitura. Depois da leitura é esvaziado. 3.1.4 - Termômetro de máxima. Os termômetros de máxima utilizam, também, o mercúrio como elemento sensível. Es- ses instrumentos se destinam a indicar a mais elevada temperatura que se verifica em determi- nado local, durante um dado intervalo de tempo (temperatura máxima). Exatamente por isso, possuem um estrangulamento no tubo capilar, situado nas proximidades do bulbo, que permite apenas a saída do mercúrio deste para aquele. O dispositivo (Fig. II.4) impede o retorno do mercúrio ao bulbo quando a temperatura ambiente começa a diminuir. Por conseguinte, a ex- tremidade da coluna termométrica estará sempre indicando a temperatura mais elevada a que foi submetido o instrumento, a partir do instante de sua última reinstalação. O termômetro de máxima permanece em um suporte especial, que o mantém inclinado cerca de 5o em relação ao plano do horizonte local, estando o bulbo em um nível mais baixo que o da câmara de expansão. Com isso evita-se que o mercúrio da coluna, seccionada pelo estrangulamento, desloque-se para a câmara. Terminada a leitura, o termômetro de máxima deve ser retirado de seu suporte e nova- mente preparado para o próximo intervalo. A preparação consiste em, segurando-o pela haste, imprimir-lhe movimentos vigorosos, rápidos e firmes, de cima para baixo, com o objetivo de fazer retornar ao bulbo a maior quantidade de mercúrio possível (Fig. II.5). Após a preparação, o termômetro de máxima deverá ficar indicando uma temperatura igual ou inferior à do ar (obti- da a partir do termômetro de bulbo seco do psicrômetro). Algumas vezes, para facilitar o retor- no do mercúrio ao bulbo, é conveniente molhá-lo antes de iniciar essa operação. Concluída a preparação, o instrumento é reinstalado em seu suporte. A presença de fraturas na coluna e de gotículas de mercúrio ao longo do tubo capilar normalmente indicam que o termômetro de máxima foi submetido a pancada (Varejão-Silva, 1982) e o tornam imprestável às observações. Para reincorporar as gotículas à coluna, nor- malmente basta colocar o termômetro com o bulbo para cima, até que o mercúrio ocupe toda a câmara de expansão. No caso de haver fraturas, segura-se o instrumento verticalmente com o bulbo para cima e aplicam-se, com a outra extremidade, pequenas pancadas na palma da mão. Pacientemente, esse procedimento poderá eliminá-las.
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