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85_METEOROLOGIA_E_CLIMATOLOGIA_VD2_Mar_2006

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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA
Mário Adelmo Varejão-Silva
Versão digital 2 – Recife, 2006
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elétrica quando submetidas a temperaturas distintas (uma das junções age como sensor e a
outra como referência); e
- cristais cuja resistência à corrente elétrica depende da temperatura a que estão sub-
metidos, denominados termistores. 
A corrente produzida, ou a variação da resistência elétrica causada pelo sensor é anali-
sada por um circuito eletrônico e a temperatura correspondente é exibida em um visor (digital-
mente), registrada em papel (gráfico) ou gravada em fita magnética (para posterior processa-
mento em computador). 
Além desses há os termômetros de radiação infravermelha, que utilizam diodos sensí-
veis à energia radiante compreendida entre 8 e 14 µ de comprimento de onda. O princípio de
funcionamento desses instrumentos reside no fato de haver uma relação funcional entre a tem-
peratura de uma superfície e a quantidade de energia calorífica que emite por unidade de tem-
po e de área (Lei de Stefan-Boltzman). Assim, assumidas determinadas hipóteses, medindo-se
a quantidade de energia calorífica emitida por uma superfície, é possível determinar sua tem-
peratura.
Tais instrumentos são especialmente úteis quando se deseja conhecer a temperatura
da superfície de organismos vivos, já que dispensam o contacto direto do sensor com a super-
fície (limbo foliar, epiderme animal etc.) objeto da observação. 
O progresso observado na área de sensoriamento remoto, usando sensores de radia-
ção, tem possibilitado obter informações preciosas quanto à distribuição da temperatura na
superfície terrestre através de satélites. Todavia, essa técnica não dispensa as observações
diretas da temperatura, que servem de base para a calibragem dos modelos usados no senso-
riamento remoto.
4. Tempo de resposta de termômetros.
Para que um termômetro possa funcionar adequadamente, é necessário que esteja em
equilíbrio térmico com o ambiente, cuja temperatura se deseja conhecer. Uma vez submetido a
uma temperatura diferente, suas leituras vão se aproximando, gradualmente, do valor real. O
intervalo de tempo necessário para adaptar-se às novas condições é chamado tempo de res-
posta do instrumento.
Em Meteorologia, porém, o emprego de termômetros com resposta muito rápida não é
aconselhável (O.M.M., 1969). No caso da temperatura do ar, por exemplo, que pode variar 1 ou
2oC em poucos minutos, o uso de termômetros com pequeno tempo de resposta exigiria uma
série de leituras, de cujos valores seria extraída a média. Reciprocamente, se fossem empre-
gados termômetros de resposta muito lenta, o retardamento em adaptar-se termicamente ao
ambiente provocaria erros apreciáveis.
O intervalo de tempo necessário para que um instrumento acuse 63% de uma mudança
brusca da variável à qual é sensível, chama-se coeficiente de retardamento. Em termômetros
usados para observar a temperatura do ar, recomenda-se um coeficiente de retardamento en-
tre 30 e 60 segundos, sob um fluxo de ar de 5m s -1.

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