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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 87 tro lado, verifica-se haver coerência dos resultados com a realidade física, já que a temperatura diminui com a altitude (D < 0) e aumenta com a longitude (C > 0) que, no caso específico de Pernambuco, reflete o efeito de continentalidade. O coeficiente da latitude (B), ora positivo ora negativo, traduz a influência que a declinação do Sol exerce sobre a temperatura, na área es- tudada. TABELA II.1 COEFICIENTES DE REGRESSÃO (A, B, C, D), COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO MÚLTIPLA (r) E ERRO-PADRÃO DA ESTIMATIVA (e), ASSOCIADOS AO MODELO t = A + Bφ + Cλ + Dz, PARA ESTIMAR O VALOR MÉDIO MENSAL DA TEMPERATURA DO AR (t oC) EM FUNÇÃO DA LATITUDE {φ (graus e décimos)}, DA LONGITUDE {λ (graus e décimos)} E DA ALTITUDE {z (m)}, NO ESTADO DE PERNAMBUCO. mês A B C D r e Jan. 11,8857 –0,0841 0,4034 –0,00531 0,86 ±0,9 Fev. 12,4567 –0,3694 0,3222 –0,00556 0,89 ±0,8 Mar. 12,6952 –0,5458 0,2725 –0,00575 0,91 ±0,8 Abr. 13,0444 –0,2195 0,3232 –0,00571 0,90 ±0,7 Mai. 13,2486 0,1597 0,3807 –0,00599 0,88 ±0,6 Jun. 10,7830 0,3416 0,4646 –0,00638 0,88 ±0,6 Jul. 9,3214 0,5836 0,5458 –0,00673 0,88 ±0,7 Ago. 6,1296 0,6832 0,6618 –0,00658 0,86 ±0,7 Set. 1,6227 0,6618 0,8065 –0,00629 0,86 ±0,6 Out. –1,2237 0,3722 0,8508 –0,00583 0,86 ±0,7 Nov. 3,4986 0,0605 0,6651 –0,00544 0,84 ±0,8 Dez. 10,8093 0,0278 0,4600 –0,00519 0,83 ±0,9 10. Influência da temperatura do ar em seres vivos. A temperatura do ar desempenha um papel muito importante dentre os fatores que con- dicionam o ambiente propício aos animais, às plantas e ao próprio Homem. De uma maneira geral, cada raça ou cultivar tem exigências próprias quanto às varia- ções da temperatura, requerendo uma faixa ótima, dentro da qual o crescimento e o desenvol- vimento ocorrem normalmente. Essa faixa situa-se dentro de outra mais ampla, chamada faixa de tolerância, cujos limites superior e inferior são críticos. Quando a temperatura do ar atinge a faixa de tolerância (zona superior ou inferior) as atividades fisiológicas do ser começam a ser comprometidas. A taxa de crescimento diminui, ou cessa por completo, em função do tempo de exposição e do afastamento em relação ao limite ótimo correspondente, refletindo-se na produ- ção de biomassa. Uma exposição à temperatura maior que a máxima tolerável (crítica superior) ou menor que a mínima tolerável (crítica inferior) é muito prejudicial: os efeitos podem não ser reversíveis e, caso a exposição seja prolongada, pode levar o organismo à morte. Nos animais que vivem em regiões frias a pele é espessa e os pelos longos e abun- dantes; a derme é muito irrigada e rica em gordura, protegendo termicamente o organismo. Já nos da mesma espécie que habitam climas quentes, a pele é menos espessa, normalmente
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