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125_METEOROLOGIA_E_CLIMATOLOGIA_VD2_Mar_2006

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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA
Mário Adelmo Varejão-Silva
Versão digital 2 – Recife, 2006
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A Terra possui, ainda, duas camadas exteriores, ditas cinturões de radiação de Van
Allen, o mais próximo dos quais situa-se a cerca de 3600 km de altitude acima do equador
magnético terrestre (Vila, 1971). Esses cinturões se compõem de partículas subatômicas dota-
das de elevada energia, principalmente elétrons. Os cinturões magnéticos de Van Allen prote-
gem a superfície terrestre do incessante bombardeio de raios cósmicos vindos do espaço, al-
tamente nocivos aos seres vivos. 
As descargas solares de partículas eletricamente carregadas, atingem os cinturões de
radiação de Van Allen, sendo capturadas e atraídas na direção dos pólos magnéticos da Terra.
Por ocasião das tempestades magnéticas, o fluxo de partículas solares torna-se anormalmente
elevado e sua interação com o oxigênio e o nitrogênio atômicos. na alta atmosfera, nas proxi-
midades dos pólos magnéticos, pode provocar a emissão de energia visível (luminescência),
originando as chamadas auroras polares. Esse fenômeno é visto sob a forma de colunas, ar-
cos, manchas e cortinas coloridas. 
4. Pressão atmosférica.
Denomina-se pressão atmosférica (p) ao peso exercido por uma coluna de ar, com sec-
ção reta de área unitária, que se encontra acima do observador, em um dado instante e local.
Fisicamente, representa o peso que a atmosfera exerce por unidade de área.
O estudo da pressão atmosférica é muito importante bastando lembrar que, sendo o ar
um fluido, sua tendência é movimentar-se em direção às áreas de menor pressão. Daqui de
depreende que o movimento da atmosfera está intimamente relacionado com a distribuição da
pressão atmosférica, muito embora existam outras forças intervenientes, que modificam bas-
tante a tendência inicial do ar de mover-se diretamente para as regiões onde a pressão estiver
mais baixa.
4.1 - Equação do equilíbrio hidrostático.
Em condições atmosféricas normais (não perturbadas), a componente horizontal do
movimento do ar (vento) é da ordem de 10 m s-1. Nessas mesmas condições, a velocidade da
componente vertical é de apenas um milésimo da horizontal, isto é: tem ordem de magnitude
de 1 cm s-1 (Holton, 1979). Assim sendo, costuma-se aceitar, em primeira aproximação, que a
componente vertical do movimento do ar é negligenciável quando comparada à horizontal, as-
sumindo-se que a atmosfera está em equilíbrio. Qualquer desvio em relação a essa hipótese,
tal como acontece no interior de uma nuvem de grande desenvolvimento vertical, por exemplo,
torna-se objeto de estudo específico, o qual leva forçosamente em conta a condição de não
equilíbrio.
Assumindo-se a condição normal de equilíbrio da atmosfera, sejam p e p + dp as pres-
sões reinantes em dois níveis de altitude z e z + dz, respectivamente. Esses níveis devem estar
bastante próximos e situados na mesma coluna atmosférica (Fig. III.6). A pressão no nível z
{representada por p(z)} será igual à soma da pressão reinante no nível z + dz {representada
por p(z + dz)} com a contribuição (C) devida à camada de espessura dz. Analiticamente:

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