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135 METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 O gás ideal é puramente conceitual. Foi idealizado com o objetivo de facilitar o estudo dos gases reais. De fato, sob baixas pressões e temperaturas, muitos gases reais têm com- portamento praticamente análogo ao ideal. Isso se verifica com todos os componentes da at- mosfera, incluindo o vapor d'água, dentro dos limites da temperatura e da pressão normal- mente reinantes na Natureza. No entanto, o comportamento físico desses mesmos gases, quando submetidos a temperatura e pressão elevadas, difere bastante do previsto para o mo- delo ideal. Seria o caso do vapor d'água superaquecido no interior de uma caldeira, por exem- plo. Parece evidente que, não havendo interações entre as moléculas, uma mistura de ga- ses ideais se comporta como se fosse um único gás ideal. O mesmo é aceito, na prática, para uma mistura de gases reais, cujos comportamentos sejam semelhantes ao do gás ideal. A equação anterior pode assumir outras formas, mais úteis à Meteorologia, onde nor- malmente se trabalha com a unidade de massa do ar. Lembrando que o número de moléculas- grama (n) pode ser obtido pelo quociente entre a massa (m) do gás e sua massa molecular (M), pode-se escrever: pV = (m/M) RT. (IV.2.3) Mas, sendo m/V a massa específica (ρ), tem-se: p = ρ (R/M)T . (IV.2.4) As expressões IV.2.2 a IV.2.4 são formas alternativas da equação de estado do gás ideal. A escolha de qual equação usar depende do problema a ser resolvido. 2.2 - Trabalho. Quando uma força ( F r ), atuando sobre um corpo, altera sua posição de um certo in- cremento (d L r ), na direção da própria força, realiza-se um trabalho (dW). Como já mencionado, a realização de trabalho pode ser expressa através do seguinte produto escalar: dW = r F. Ld r . Imagine-se uma amostra de um gás, no interior de um cilindro, dotado de um êmbolo móvel. Seja p a pressão no interior do cilindro, igual à pressão atmosférica e V o volume do gás em questão. Havendo um acréscimo de temperatura, o gás sofrerá uma expansão isobárica, realizando um trabalho sobre o êmbolo. Para aplicar a equação anterior deve-se ter em mente que r F será o produto da pressão (p) pela área da face interna (A) do êmbolo e que a variação do volume (dV) do gás corresponde ao produto Ad L r , sendo d L r o deslocamento do êmbolo. Em módulo, tem-se: dW = p A d L ou
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