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DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
Processos e Procedimentos 
 
 
Fases: Decisória e Recursal 
 
 
www.direitoesquematizado.com 
 
 
2 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
Em continuação as aulas anteriores, nós vimos as fases: Postulatória, Ordinária e Introdutória 
Sendo assim ficou faltando somente a FASE DESCISÓRIA para encerrarmos a parte de Processo e 
Procedimento 
DO PROCESSO E DO PROCEDIMENTO 
------------------------------------- FASE DESCISÓRIA ------------------------------------- 
 
SENTENÇA 
Art. 162 CPC - Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos 
§ 1º - Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei 
§ 2o - Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente 
§ 3o - São despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte, 
a cujo respeito a lei não estabelece outra forma 
§ 4o - Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, 
devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário 
 SENTENÇA é um ato do Juiz que põe fim ao processo nos casos em que NÃO houver obrigação a 
ser cumprida ou encerra uma fase do processo de conhecimento (depois irá iniciar a fase de execução) 
Espécies de Sentenças: 
 Sentença que extingue o processo sem julgamento de mérito (hipóteses do art. 267 CPC) 
 Sentença que o Juiz resolve o mérito, pondo fim ao processo ou à fase condenatória (art. 269 CPC) 
OBS.: Não há diferença entre as duas espécies de Sentenças no que concerne ao tipo de recurso adequado: 
contra ambas caberá a Apelação 
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA é o ato do Juiz para resolver questão incidente no curso do processo, o que 
também causa sucumbência (situação processual de quem é prejudicado pela decisão) 
 
REQUISITOS DA SENTENÇA 
Art. 458 CPC – São REQUISITOS ESSENCIAIS da Sentença: 
RELATÓRIO – Conterá os nomes das partes, o resumo do pedido e da resposta do réu, bem como os 
registros das principais ocorrências no andamento do processo. Em outras palavras é a descrição do 
processo 
A 
 
3 
 
FUNDAMENTO – Juiz analisará as questões de fato e de direito. A Sentença deverá ser fundamentada 
conforme o art. 93, IX da CF. A falta de fundamentação torna nula a Sentença. Questões de fatos são como 
o Juiz vê as provas e questões de direito são as fontes de direito 
DISPOSITIVO – Juiz resolverá as questões das partes, se irá acolher, rejeitar ou extinguir o processo sem 
examiná-lo. Aplicação dos arts. 267 ou 269 do CPC 
OBS.: No JEC o Juiz pode dispensar o relatório 
OBS².: Nos casos do art. 267 CPC e no rito sumário o relatório pode ser resumido 
OBS³.: Havendo omissão na Sentença cabem Embargos de Declaração 
DEFEITOS DA SENTENÇA 
VÍCIOS DA SENTENÇA quanto a correspondência com o pedido: 
 Infra ou Citra Petita – O Juiz deixa de apreciar uma das pretensões postas em juízo. Ocorre nos 
casos em que há uma cumulação de pedidos e não aprecia um deles. 
Conserto: O próprio Juiz pode consertar a omissão da Sentença através dos Embargos de 
Declaração. Todavia o Tribunal também pode integrar (Art. 515, §1º CPC), sendo que o Duplo Grau de 
Jurisdição não é garantido Constitucionalmente 
 Extra Petita – O Juiz julga ação diferente da que foi proposta, sem respeitar as partes, a causa de 
pedir ou pedido apresentado na petição inicial 
Conserto: Recurso de Apelação, fundamentado em erro de procedimento 
 Ultra Petita – O Juiz julga a pretensão posta em juízo, mas condena o réu em quantidade superior 
Conserto: Tribunal 
ALTERAÇÃO DA SENTENÇA 
A possibilidade de correção da Sentença está previsto no art. 463 CPC: 
Art. 463 CPC - Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la: 
I - Para Ihe corrigir, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais, ou Ihe retificar erros de cálculo 
II - Por meio de embargos de declaração 
No novo Código esse artigo será o nº 481 – Não mudou NADA!! 
Se a sentença não foi ainda publicada, o Juiz poderá alterar a sentença livremente 
OBS.: A publicação a que se refere a lei não é aquela feita no Diário Oficial, para intimação das partes, mas 
em Cartório, quando o Juiz restitui os autos, com a sentença. E, quando ela é proferida em audiência de 
instrução e julgamento, à medida que o juiz a vai ditando ao escrevente 
Após a publicação, a Sentença poderá ser alterada quando: 
ERRO MATERIAL 
Se houver necessidade de corrigir, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais, ou de 
retificar erros de cálculo. Em outras palavras, há sentenças que contêm erros materiais evidentes, ou seja, 
 
4 
 
equívoco no nome das partes, erro de indicação de artigo, e outros erros. Esses vícios podem ser corrigidos a 
qualquer tempo, independente da interposição de Recursos 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
Recurso adequado quando a sentença padecer de OMISSÃO, CONTRADIÇÃO ou OBSCURIDADE. NÃO se 
admite que sejam usados para modificar a sentença, sem que ela padeça dos vícios acima mencionados 
(salvo para eventual correção de equívoco evidente), para que o juiz possa reapreciar a prova, ou reavaliar 
as questões de Mérito 
Art. 535 CPC – Casos em que cabem os Embargos de Declaração 
JUÍZO DE RETRATAÇÃO (Art. 285-A e art. 296 CPC) 
Há 2 Formas de Juízo de Retratação atualmente: 
Quando uma petição inicial é indeferida (art. 295 CPC) ocorre uma Sentença, desta forma o autor pode 
apelar e antes dos autos irem ao Tribunal competente o Juiz pode reformar (retratar) a decisão no prazo de 
48 horas (art. 296 CPC). Sendo assim hoje SÓ É POSSÍVEL A RETRAÇÃO nas Sentenças de 
indeferimento da petição inicial sem resolução do mérito 
 
ATÉ 2006 a única possibilidade de juízo de retratação na apelação era do art. 296, com a Lei nº 11.277/06 foi 
colocado o art. 285-A 
 
Art. 285-A CPC - Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença 
de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-
se o teor da anteriormente prolatada 
 
Quando a matéria controvertida tratar apenas de questão de ordem jurídica, o Juiz esteja sobre casos que 
já foram julgados e que tenham sidos julgados pela improcedência, poderá dispensar a citação e proferir 
Sentença 
A apelação do autor irá apontar para os defeitos da Sentença, sendo que poderá não ser somente de ordem 
jurídica ou que é um caso diferente, e o Juiz poderá retratar em 5 DIAS e prosseguir com a ação 
OBS.: No NOVO CPC (Art. 472 novo CPC) agora é possível a retratação de todos os casos de extinção 
sem resolução do mérito no prazo de 3 DIAS (entra os casos do atual art. 267 CPC) 
OBS².: O art. 285-A passou a ser nº 307 no novo CPC 
 
 
 
5 
 
DA COISA JULGADA 
Previsto no Art. 467 CPC 
A coisa julgada é mencionada na CF como um dos direitos e garantias fundamentais. O art. 5º XXXVI, 
estabelece que a Lei não poderá retroagir, em prejuízo dela 
Essa garantia decorre da necessidade de que as decisões judiciais não possam mais ser alteradas, a 
partir de um determinado ponto. Do contrário, a segurança jurídica sofreria grave ameaça. É função do 
Poder Judiciário solucionar os conflitos de interesse, buscando a pacificação social 
A função da coisa julgada é assegurar que os efeitos decorrentes das sentenças judiciais não possam mais 
ser modificados, que se tornem definitivos. É fenômeno diretamente associado à segurança jurídica, 
quando o conflito ou a controvérsia são definitivamente solucionados 
A coisa julgada NÃO é um dos efeitos da sentença, mas uma qualidade deles: a IMUTABILIDADE 
O trânsitoem julgado está associado à impossibilidade de novos recursos contra a sentença, fazendo com 
que se torne definitiva. Sendo assim o transito em julgado é o momento que ocorre a coisa em julgado 
FORMAS DE COISA JULGADA 
Dizem que há 2 ESPÉCIES de coisa julgada, porém não é correto classificar assim, afinal a coisa julgada é 
um fenômeno único. Sendo assim há DUAS FORMAS de manifestação do mesmo fenômeno: 
FORMAL 
É a manifestação da coisa julgada no próprio 
processo em que a sentença ou o acórdão foram 
proferidos 
Todas as sentenças e acórdãos, em determinado 
momento, tornam-se imutáveis, pois é limitado o 
estoque de recursos no ordenamento jurídico. 
Chega um momento em que todo processo tem um 
fim. Quando isso ocorrer, e não couberem mais 
recursos, ou porque se esgotaram, ou porque 
transcorreu o prazo de interposição, haverá a 
coisa julgada formal 
 
MATERIAL 
Consiste não mais na impossibilidade de 
modificação da sentença no processo em que foi 
proferida, mas na projeção externa dos seus 
efeitos, que impede que a mesma ação, já 
decidida em caráter definitivo, volte a ser 
discutida em outro processo 
A discussão travada no processo acaba com a 
coisa julgada material 
A coisa julgada material pressupõe que tenha 
havido sentença de mérito, que o Juiz tenha 
decidido a pretensão posta em juízo, favorável 
ou desfavoravelmente ao autor 
OBS.: Essas duas formas não são produzidas necessariamente no mesmo momento 
LIMITES DA COISA JULGADA 
Consiste no problema de identificar o que efetivamente não pode mais ser discutido em outros 
processos 
 
 
6 
 
Limites Objetivos 
Qual é o objeto da coisa julgada? O que torna ela imutável? 
São determinados pelos dispositivos da Sentença. O que vem na parte dispositiva da sentença é o que faz 
coisa julgada 
Limites Subjetivos 
Pra quem se torna imutável? Pra quem isso não se discute mais? 
A coisa em julgada faz regra para as partes, porém terceiros também podem ser atingidos 
 
RAZÕES DE DECIDIR 
Previsto no art. 469, I e II do CPC. – Constituem fundamentos da Decisão 
Sendo assim NÃO fazem coisa julgada os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da 
parte dispositiva na sentença; e a verdade dos fatos, estabelecidas como fundamento da sentença 
Princípio do Dedutível e do Deduzido X Eficácia Preclusiva da Coisa Julgada são a mesma coisa – Art. 
474 CPC 
 
 
 
1º QUESTIONÁRIO PARA AJUDAR NOS ESTUDOS 
1. Conceitue sentença e relacione sua resposta com a resolução do mérito e o fim do processo 
2. Quais são os elementos estruturais da sentença? Comente cada um deles e a possibilidade de sua 
supressão ou forma concisa 
3. O que é sucumbência? Descreva em detalhes e cite exemplos 
4. Quais são os limites subjetivos e objetivos da sentença? Explique 
5. Comente a possibilidade e a forma de alteração da sentença pelo juízo que a proferir considerando dois 
momentos: antes e depois da publicação 
6. O que são coisa julgada material e coisa julgada formal? Explique 
7. É possível rescindir a coisa julgada? Justifique a resposta 
 
 
 
 
 
7 
 
RECURSOS 
TEORIA GERAL DOS RECURSOS 
Teoria Geral dos Recursos – Art. 496 ao 512 CPC 
Vamos relembrar alguns CONCEITOS antes de entrarmos na TEORIA GERAL DE RECURSOS 
 Direito de Ação existe de forma autônoma, mas deve ser exercido certas condições. É por conta 
disso que estudamos as condições da ação 
A Teoria Original coloca 3 Condições de Ação, utilizadas no código de 73. Entretanto o próprio autor dessa 
teoria retirou a possibilidade jurídica da ação no novo CPC, passando de condição de ação para 
integração do mérito. Além disso parte da Doutrina está dizendo que as condições de ação acabaram, pois 
ele é visto sobre a autonomia absoluta, e se não tem mais condições ocorre a autonomia absoluta 
Sendo assim o Direito ao Recurso também é autônomo, no qual o direito de interpor Recurso deve ser 
exercido!! 
O Direito de Recurso é uma extensão do Direito de Ação 
TEORIAS SOBRE O DIREITO DE AÇÃO 
TEORIA CONCRETA ou CIVILISTA – Para essa 
teoria o Direito de Ação é determinado 
simplesmente pelo Direito Material. Sendo assim 
uma das condições da ação é o autor ter razão. 
Desta forma só considera haver uma ação quando 
no final do processo for proferida uma sentença de 
procedência, caso contrário nunca houve ação. 
Em outras palavras, só tem direito de ação quem é 
vitima. O problema desta Teoria é o momento que 
terá a certeza de que o sujeito era vítima, pois a 
certeza ocorre somente na sentença e também 
essa Teoria não coloca como exercício de 
direito de ação proposta e julgada 
improcedente. Sendo assim nos casos que a 
sentença for julgada improcedente quer dizer que o 
autor da ação nunca teve direito de ação 
TEORIA ABSTRATA – Essa teoria é o extremo da 
teoria concreta, pois independe do Direito 
Material, desta forma o direito de ação é puro e 
simplesmente o direito de provocar o Judiciário, 
importa apenas o momento em que entrou com a 
ação. O direito de ação é sozinho, não necessita 
do Direito material para existir 
TEORIA ECLÉTICA OU MISTA – Se apresenta 
com uma evolução das anteriores. O Direito de 
Ação é o direito de provocar o Estado formulando 
uma tese razoável. Para o Direito de Ação existir 
precisa demonstrar o Direito Material 
Na Teoria Abstrata qualquer um tem direito a interposição do Recurso 
Na Teoria Eclética ou Mista qualquer um tem direito a interposição do Recurso também, porém deve 
preencher determinados requisitos 
 
 
O 
 
8 
 
CONDIÇÕES DA AÇÃO 
As condições da ação são os requisitos necessários que desde o momento inicial do processo são exigidos 
para que o judiciário possa proferir uma Decisão de Mérito. 
O Direito de Ação depende das condições da ação, nas quais são: 
L – Legitimidade das Partes 
I – Interesse de Agir 
P – Possibilidade Jurídica do Pedido 
 
Legitimidade das Partes – Legitimidade é o Poder Jurídico de conduzir validamente um processo em que se 
discute um determinado conflito. Sendo assim quanto ao autor deve haver uma ligação entre ele e o objeto 
de direito afirmado em juízo e quanto ao réu é preciso que exista relação de sujeição diante da pretensão do 
autor 
A Legitimidade é dividida em: Legitimidade Ordinária - as partes postulam em Juízo direito próprio (direito 
material) ou pela lei; e Legitimidade Extraordinária - Decorre somente da lei, Ex. Ação promovida pelo MP 
 
Interesse de Agir – Tem duas premissas: Utilidade, demonstra os benefícios que o processo pode propiciar; 
e Necessidade do processo, só é possível alcançar por meio do Judiciário. Superveniente é um fato 
posterior da distribuição do processo, desta forma o desinteresse superveniente é a perda de agir no 
processo devido ter acontecido algo depois de sua distribuição 
 
Possibilidade Jurídica do Pedido – É a condição demonstrada pela harmonia do pedido com a lei. É 
preciso que a pretensão formulada em juízo não afronte o ordenamento jurídico. Ex.: Cobrança de uma 
dívida de jogos não é permitido no nosso ordenamento jurídico, sendo assim não há possibilidade jurídica de 
um pedido como este 
A falta de qualquer uma dessas condições importará o final do processo, o Juiz emite uma sentença em 
que não será analisado o mérito (o pedido), declarando o autor carente de ação. 
EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO não é obstáculo de nova propositura idêntica. 
OBS: No projeto do novo código deixa de ser condição da a ação a possibilidade jurídica do pedido, 
passando a ser matéria de mérito 
 
NOÇÕES GERAIS DOS RECURSOS 
Recursos são os Remédios Processuais de que se podem valer as partes, o MP e eventuaisterceiros 
prejudicados para submeter uma decisão judicial a nova apreciação, em regra por um órgão diferente daquele 
que a proferiu, e que têm por finalidade modificar, invalidar, esclarecer ou complementar a Decisão 
 
9 
 
PRINCÍPIOS
Correspondência – Para cada tipo de Decisão 
cabe uma espécie de Recurso. Ex.: Dos Embargos 
cabe agravo 
Unicidade – Para cada decisão cabe um Recuso. 
A Doutrina trata de 2 possíveis exceções: 
Embargos de Declaração (Conserta defeitos 
formais da Sentença ou do Acórdão – Quando é 
proferida a Sentença/Acórdão a parte que entender 
que a Decisão foi obscura, contraditória ou 
omissa, poderá interpor os embargos de 
declaração, porém após o julgamento dos 
embargos as partes poderão interpor Apelação em 
relação a mesma Sentença); e Recurso Especial 
e Extraordinário, recursos interpostos no mesmo 
prazo e do mesmo acórdão, porém esses 
recursos irão tratar de matérias diferentes do 
mesmo Acórdão 
Fungibilidade – Característica que torna os 
objetos substituíveis por outro de igual natureza 
sem prejuízo para o seu titular. Desta forma um 
Recurso pode ser trocado por outro. Sendo assim 
o Tribunal pode reconhecer um Recurso em lugar 
de outro. Ocorre nos casos em que é interposto um 
recurso, porém foi interposto outro por erro. 
Requisitos para o Recurso ser trocado: O prazo 
da interposição deve ser o mesmo; Todos os 
elementos formais e materiais do recurso certo 
devem estar no recurso interposto (errado); Não 
deve haver erro grosseiro (interpor apelação no 
lugar do agravo) 
Duplo Grau de Jurisdição (Art. 5, LV CF) – É um 
Princípio Constitucional implícito, pois se entende 
por uma interpretação sistemática da Constituição. 
Esse art. 5, LV da CF trata do devido processo 
legal 
Proibição de reformatio in pejus – Aquele que 
recorre só o faz para melhorar a sua situação. 
Sendo assim os Julgadores vão se limitar a 
apreciar aquilo em que o recorrente sucumbiu, 
podendo, na pior das hipóteses, não acolher o 
recurso, e manter a sentença tal como lançada 
Uma forma de ser piorada a situação é se houve 
o Recurso de seu adversário. Entretanto os 
Recursos em geral tem um efeito translativo, ou 
seja, permite que os órgãos ad quem analisem de 
ofício matérias de ORDEM PÚBLICA, ainda que 
não sejam alegadas. Por conta disso a situação do 
recorrente pode ser piorada. Ex.: Falta de uma 
das condições da ação ou de um dos pressupostos 
processuais, do que resultará a extinção do 
processo sem julgamento de mérito, em 
detrimento do autor 
Taxatividade – São cabíveis todos os Recursos 
previstos em Lei Federal 
 
EFEITOS DOS RECURSOS 
São as consequências que o processo sofre com a sua interposição. Não decorrem da vontade das partes 
ou do Juiz, mas de determinação legal 
Constituem matéria de ordem pública, não sujeita a preclusão 
Nos itens seguintes serão examinados os principais efeitos: Devolutivo, Suspensivo e Ativo 
 
 
10 
 
EFEITO DEVOLUTIVO 
Previsto no Art. 515 CPC 
Consiste na aptidão que todo Recurso tem de devolver ao conhecimento do órgão ad quem o 
conhecimento da matéria impugnada 
O órgão ad quem deverá observar os limites do recurso, conhecendo apenas aquilo que foi impugnado 
 
EFEITO SUSPENSIVO 
É a qualidade que têm alguns recursos de impedir que a Decisão proferida se torne eficaz até que eles 
sejam examinados. Desta forma o que foi julgado na Decisão NÃO será cumprido enquanto não tiver a 
decisão do Recurso 
É preciso distinguir 2 categorias de Recursos em relação ao efeito suspensivo: A daqueles que, em regra, 
são dotados desse efeito, salvo expressa previsão legal; E o daqueles que não são, mas aos quais ele 
poderá ser atribuído, excepcionalmente 
 
EFEITO ATIVO 
É a antecipação da tutela recursal para os casos em que o recorrente convence o Tribunal a lhe 
conceder o que a decisão combatida negou. Tal efeito pode ser concedido logo após a interposição do 
Recurso para durar até o seu Julgamento 
Essa expressão é utilizada para designar a possibilidade de o relator, liminarmente, conceder a tutela de 
urgência que foi negada pela primeira instância. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
Quanto ao objeto tutelado – O Recurso será: 
ORDINÁRIO 
É o Recurso Comum, no qual presta a tutela tanto do direito objetivo e do direito subjetivo. A parte que 
recorre pode pedir ao Tribunal que reexamine tanto as teses jurídicas quanto as questões de ordem fática 
É um Recurso previsto na CF, dirigida ao STJ ou a STF 
A CF não enumera em rol taxativo quais os fundamentos que esse recurso poderá ter, diferentemente do 
que ocorre com o recurso especial e com o extraordinário. Sendo assim os Recursos Ordinários só podem ter 
por fundamento as matérias elencadas nos art. 102, III e art. 105, III, da CF 
 
11 
 
O Recurso Ordinário serve para que o interessado possa obter o reexame das decisões que são de 
competência originária dos Tribunais 
São dirigidos ao STF os habeas corpus, mandado de segurança, habeas data, mandado de injunção e 
crimes políticos, decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão (Art. 
102, II, da CF) 
São dirigidos ao STJ os habeas corpus, mandados de segurança, as causas em que forem partes 
Estado estrangeiro ou Organismo Internacional, decididos em única ou última instância pelos Tribunais 
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios (CF, art. 105, II) 
EXTRAORDINÁRIO 
No caso do Recurso Excepcional, o pleito não está sobre o direito subjetivo da parte, mas sim na proteção 
do direito objetivo 
O Recurso Excepcional visa a uniformização da aplicação desse Direito. A Constituição distribuiu a 
competência entre o STF e o STJ, de modo que o primeiro seria o guardião da Constituição, e o segundo, 
da Legislação Federal 
Desta forma os Recursos Extraordinários, apesar de se aplicarem também ao processo comum, estão 
estabelecidos em nível constitucional e têm por função não apenas a correção do caso concreto, mas 
também assegurar a uniformidade de interpretação da legislação federal e a eficácia e integridade das 
normas constitucionais 
 
 
Quanto a fundamentação: Dividido em: 
LIVRE 
Qualquer argumentação que possa estar no processo, ou seja, tudo aquilo que possa ser posto em juízo 
pode estar no referido recurso. Ex.: Apelação 
 
VINCULADA 
É aquele em que a argumentação é determinada pela espécie de recurso. Ex.: Embargos Infringentes, 
Recurso Especial 
 
 
 
 
 
12 
 
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE e JUÍZO DE MÉRITO DOS RECURSOS 
Da mesma forma como, antes de examinar o mérito, o Juiz deve verificar se estão preenchidos os 
pressupostos processuais e condições da ação, antes de examinar a pretensão recursal, devem-se 
analisar os requisitos de admissibilidade do Recurso 
A Quo – Aquele que proferiu a decisão objeto do Recurso 
Ad Quem – Irá julgar o mérito do Recurso. Em regra o ad quem é superior ao a quo 
O exame é feito em duas frentes (salvo o agravo de instrumento, interposto diretamente no Órgão ad quem, 
e os embargos de declaração): Pelo Órgão a quo e pelo Órgão ad quem. Os requisitos de admissibilidade 
constituem matéria de ordem pública e, por isso, devem ser examinados de ofício 
Há 3 TIPOS DE JUÍZOS: 
Juízo de Admissibilidade – Verifica se o Recurso 
tem defeito ou não (Condição e Pressuposto). Pode 
haver até 3 Juízos de Admissibilidade. Sendo 
assim pode reconhecer o Recurso (Dar 
conhecimento) ou não reconhecer o Recurso por 
algum defeito (Não dar reconhecimento) 
Juízo de Retratação – Já estudamos acima, mas é 
a alteração do ato decisório pelo próprio Juízo 
que decidiuJuízo de Mérito – É o julgamento do pedido do 
Recurso. Sendo dado provimento (conceder o 
pedido do Recurso), improvimento (negar o que foi 
pedido) ou parcial provimento 
 
Requisitos de Admissibilidade dos Recursos: 
Intrínsecos - Assemelham-se às condições da ação, sendo assim os requisitos intrínsecos são as 
condições para que ele possa ser examinado pelo mérito. São divididos em: 
 Cabimento - Os recursos são apenas aqueles criados por Lei (Art. 496 CPC) 
 Legitimidade para Recorrer - Para interpor recurso é preciso ter legitimidade. Sendo as partes, 
intervenientes, MP e terceiro prejudicado 
 Interesse Recursal – Assemelha ao interesse de agir, como condição da ação. Sendo assim é 
preciso que, por meio do recurso, se possa conseguir uma situação mais favorável do que a obtida 
com a Decisão ou a Sentença 
Extrínsecos - É a Tempestividade, o Preparo, a Regularidade Formal, e a Inexistência de Fato Extintivo 
ou Impeditivo do Direito de Recorrer 
PREPARO – É o correto recolhimento das custas processuais e das despesas com porte de remessa e 
de retorno 
DESERÇÃO - Pena aplicada pela falta ou insuficiência de Preparo 
 
13 
 
RECURSOS EM ESPÉCIES 
 
o Código de Processo Civil atual o artigo que elenca os tipos de Recursos em Espécie é o Art. 496: 
Art. 496 CPC - São cabíveis os seguintes recursos: 
I - Apelação 
II - Agravo 
III - Embargos Infringentes 
IV - Embargos de Declaração 
V - Recurso Ordinário 
VI - Recurso Especial 
VII - Recurso Extraordinário 
VIII - Embargos de Divergência em Recurso Especial e 
em Recurso Extraordinário 
 
No Código de Processo Civil Novo é o Art. 948 
Art. 948 CPC Novo - São cabíveis os seguintes recursos: 
I - Apelação 
II – Agravo de Instrumento 
III – Agravo Interno 
IV - Embargos de Declaração 
V - Recurso Ordinário 
VI - Recurso Especial 
VII - Recurso Extraordinário 
VIII – Agravo de Admissão 
IX – Embargos de Divergência 
§1º - Excetuados os Embargos de Declaração, o prazo 
para interpor e para responder os recursos é de quinze 
dias 
§2º - No ato de interposição de Recurso ao Supremo 
Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, o 
recorrente deverá comprovar a ocorrência de feriado 
local 
 
Vamos analisar cada um desses Recursos: 
A P E L A Ç Ã O 
A Apelação é o Recurso cabível da Sentença que permite o reexame de todas as questões já decididas 
por meio de um efeito devolutivo amplíssimo (Efeito mais amplos dos Recursos – Art. 515 ao 517 do CPC) 
Em outras palavras, a Apelação é o Recurso que cabe contra Sentença, definida como o ato que põe fim ao 
processo, ou à fase condenatória. Esse Recurso é um dos utilizados com mais frequência 
Sendo assim o OBJETO da Apelação é a Sentença, entretanto há algumas sentenças que são combatidas 
por meio de agravo, sendo fixadas expressamente pela Lei 
As Apelações sempre serão diante dos ERROS da Sentença, que podem ser de Julgamento – Sobre a 
decisão meritória; ou de Procedimento – Sobre o andamento do processo. Ex.: Juiz profere a Sentença sem 
passar pela produção de provas 
 
 
N 
 
14 
 
Cabe contra qualquer tipo de Sentença: Proferidas em Processo de: 
 Conhecimento sejam Condenatórias, Constitutivas ou Declaratórias 
 Que extinguem as Execuções 
 Contra as que julgam os Processos Cautelares 
O recebimento da Apelação está condicionado ao preenchimento dos requisitos gerais de admissibilidade 
O PRAZO para a interposição é de 15 DIAS e o apelante deve recolher o preparo 
Sob o aspecto formal, deverão ser observadas as EXIGÊNCIAS do art. 514 CPC: Deve ser INTERPOSTA 
NO JUÍZO A QUO por petição (peça de interposição), acompanhada das respectivas razões 
REQUISITOS - O Recurso deverá conter os nomes e qualificação das partes. Deverá ainda apresentar os 
fundamentos de fato e de direito em que se funda a pretensão recursal e formular o pedido de nova decisão 
A LEGITIMIDADE ATIVA será do: 
Sucumbente (parte que sobre os efeitos negativos 
da Sentença) é o principal legitimado para a 
Apelação 
Terceiro Prejudicado 
MP
OBS.: Apelação de Ofício ou Reexame Necessário – Ocorre nas causas em que a Sentença for 
desfavorável à Fazenda Pública, sendo que não basta a Sentença para gerar a coisa julgada. Mesmo que o 
Procurador da Fazenda NÃO entre com Apelação, o Juiz mandará para o Tribunal. Entretanto só se aplica se 
o prejuízo da Fazenda Pública for igual ou superior a 60 salários mínimos (Art. 475 CPC) 
O PROCEDIMENTO para interpor a Apelação será o seguinte: 
1. Interposição 
2. Recebimento 
3. Intimação do Apelado 
4. Declaração dos Efeitos 
5. Remessa ao Tribunal 
 
 
A G R A V O 
É dos Recursos mais utilizados em nosso ordenamento jurídico. Pode ser interposto de diversas maneiras. 
Na sua redação originária, o art. 496 do CPC fazia alusão a agravo de instrumento, como se esse fosse o 
nome do recurso quando é apenas uma das formas possíveis de interposição. A redação foi oportunamente 
corrigida, e atualmente o dispositivo legal alude corretamente a “agravo” 
O agravo CABE, em Primeira Instância, contra as Decisões Interlocutórias proferidas pelo Juiz singular, 
no qual são os atos decisórios que não põem fim ao processo ou à fase condenatória 
Noção do Professor: “É o Recurso cabível das decisões interlocutórias, proferidas em juízo singular” 
 
15 
 
A Lei Processual, para afastar dúvidas, deixa expresso o cabimento do agravo contra o ato judicial que 
julga a liquidação de sentença, e a impugnação, na fase executiva (salvo se, em decorrência do 
acolhimento, o Juiz extinguir o processo, caso em que haverá sentença, contra a qual o Recurso será de 
apelação) 
Fora do Regime do CPC, o Agravo também cabe contra a Sentença Declaratória de Falência e contra as 
Decisões Proferidas em Execução Penal 
Por fim, cabe ainda Agravo contra a Decisão Denegatória do Recurso Especial ou Extraordinário, 
proferida no Tribunal a quo. 
Modalidades ou Regimes 
É possível identificar 3 MODALIDADES de Agravo, que se distinguem em três aspectos: o Tipo de Decisão 
contra a qual podem ser interpostos, a Forma de Interposição e o Prazo 
São eles o Agravo Retido, o Agravo de Instrumento e o Agravo Inominado (No Novo Código é chamado 
de Agravo de Admissão), frequentemente chamado “agravinho”, interposto contra as Decisões Unilaterais do 
relator nos Tribunais 
Diante disso, vamos analisar cada uma dessas modalidades: 
AGRAVO RETIDO 
A forma comum da Interposição do Agravo é a RETIDA (Regra do Recurso), sendo o Agravo de Instrumento 
excepcional, o que só admite em situações específicas (Ex.: Urgência no Agravo), previstas em Lei 
Na redação originária, o CPC deixava ao agravante a livre escolha entre interpor o agravo na forma de 
instrumento ou retida, conforme quisesse que fosse examinado de imediato, ou somente após a Sentença 
Hoje não há mais escolha. A Lei estabelece os casos em que cabe o Agravo de Instrumento. Desta forma, 
não estando presentes os casos, ele terá de ser retido (o Agravo Inominado só cabe contra Decisões 
proferidas pelo Relator, no Tribunal) 
As hipóteses de Agravo Retido são apuradas por Exclusão: Sempre que houver Decisão Interlocutória, 
contra a qual não caiba Agravo de Instrumento 
Sendo assim só cabe Agravo Retido contra Decisão Interlocutória de Primeira Instância, cujo exame NÃO 
será feito de imediato, mas em uma fase posterior, no qual os autos são remetidos à Instância Superior 
para o exame de Recurso de Apelação, interposto por qualquer das partes 
Ele é ENTRANHADO (anexado) aos autos, e ali permanece, retido (fica de bobeira no processo, 
dormindinho), até que o Juiz profira Sentença 
Se NÃO for interposta Apelação, o agravo jamais será apreciado 
Se HouverApelação, o agravante precisará reiterar, nas suas razões ou contrarrazões, o pedido de que o 
Tribunal aprecie o agravo, como preliminar no julgamento da apelação 
 
16 
 
Com base nisso, o Agravo Retido NECESSITA da interposição de uma Apelação, no qual tem por 
FINALIDADE: Evitar a Preclusão ou Provocar o Juízo de Retratação (Exceção em que o Juiz poderá 
retratar a decisão, sem o agravo ficar retido. OBS.: Neste ponto que encontramos a justificativa do Legislador 
para acabar com este Recurso no Novo Código. Assim das Decisões Interlocutórias não há mais preclusão) 
Conforme o sábio exemplo do Professor: “O Agravo Retido não chega sozinho do Tribunal, ele precisa pegar 
uma carona, ele pega a carona na Apelação. Se a Apelação já foi, não tem com o Agravo Retido pegar 
carona” 
Desenrolar do Agravo Retido 
O processamento será distinto se a Decisão agravada for proferida durante a audiência de instrução e 
julgamento, ou em outro momento do processo 
Os Agravos Retidos INTERPOSTOS FORA DA AUDIÊNCIA terá o prazo de 10 DIAS 
Os Agravos Retidos INTERPOSTOS NA AUDIÊNCIA será imediato, apresentado oralmente 
Desta forma, na Fase de Instrução só cabe o Agravo Retido 
A Petição do Agravo Retido: 
Deve ser Fundamentada 
Não precisa ser Instruída 
Não há Preparo 
Deve ser Escrita ou Oral sempre para o juízo a quo 
OBS.: O Efeito Devolutivo não tem, mas quando tiver ele será Diferido. Efeito Suspensivo ou Ativo não há 
OBS².: Deve ser expressamente requerido na Apelação, sendo julgado como uma preliminar de Apelação 
OBS³.: Nos casos de Juízo de Retratação depende do Contraditório, sendo reformada a decisão no prazo 
de 10 dias 
Exemplo de Agravo Retido: Imagine-se que, no curso do processo, o autor postulou ao juiz o deferimento 
de prova pericial, e o juiz o negou. No prazo, interpôs agravo retido. Na sentença, o juiz pode julgar 
improcedente o pedido do autor, ou procedente, apesar de não realizada a perícia. No primeiro caso, o autor 
apelará e, nas razões de apelação pedirá que o tribunal, preliminarmente, reexamine a decisão que indeferiu 
a perícia 
Havendo a reiteração, o tribunal examinará o agravo retido: se negar provimento, mantendo o indeferimento 
da perícia, examinará a apelação; se der provimento, o processo retroagirá à fase de perícia, que deverá ser 
realizada, e todos os atos subsequentes, incluindo a sentença ficaram prejudicados. O processo retornará à 
fase em que foi proferida a decisão agravada. Como a sentença ficará prejudicada, o tribunal também 
considerará prejudicada a apelação 
 
 
 
17 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 
A interposição do Agravo por Instrumento NÃO é mais um opção do agravante e SÓ CABE em situações 
determinadas: 
 Quando a Lei o prevê como o Recurso Adequado: 
 Contra as Decisões suscetíveis de causar à parte lesão grave ou de difícil reparação 
 As que NÃO admitirem recurso de apelação 
 As referentes aos efeitos que o Juiz atribui a esse Recurso 
 Contra a Decisão que julga a liquidação e contra aquela que, em cumprimento de sentença, julga 
a impugnação do executado 
 
 Contra as Decisões contra as quais NÃO seja possível apresentar o agravo retido 
Ex.: No processo de execução, o Juiz pode proferir numerosas decisões contra as quais não será 
possível interpor agravo retido, porque não haverá sentença de mérito, nem apelação (a execução 
extingue-se por sentença, cuja finalidade é apenas dar por encerrado o processo), o que impediria o 
agravo retido de subir 
O Agravo de Instrumento é interposto 
diretamente no órgão ad quem, para apreciação 
imediata. Entretanto, o processo corre no órgão a 
quo, sendo assim para que a questão possa ser 
levada ao órgão superior é preciso formar um 
instrumento, no qual irá conter peças que serão 
consideradas importantes (Petição do Agravo e 
as Cópias Necessárias/Facultativas) 
 
O Agravo de Instrumento será interposto por 
escrito no órgão ad quem no PRAZO de 10 DIAS 
O principal aspecto em que se distingue do 
Agravo Retido é que, sendo interposto no Órgão 
Superior, NÃO tem sua apreciação diferida para 
a fase posterior a sentença, quando da 
Apelação. Por isso, não precisa ser reiterado 
 
Se o recorrente não quiser ou não puder deslocar-
se à sede do Tribunal, poderá ser enviado pelo 
Correio com aviso de recebimento, encaminhado 
por fax, ou pelo sistema do protocolo integrado 
 
Art. 524 CPC - I — A exposição do fato e do direito; II — As razões do pedido de reforma da decisão; III — O 
nome e o endereço completo dos advogados, constantes do processo 
Desta forma, conforme o artigo mencionado acima, na Petição do Agravo é preciso que o agravante indique 
qual a decisão que pretende ver reformada, as razões, bem como colocar o nome e o endereço de todos 
os Advogados 
Algumas peças são OBRIGATÓRIAS e, se não juntadas, o Recurso NÃO será conhecido. São elas: 
 Cópia da Decisão agravada 
 Certidão de Intimação das partes (para que se possa verificar a tempestividade do Recurso) 
 Procurações dos Advogados do agravante e do agravado 
 
18 
 
A apresentação apenas das peças obrigatórias não será suficiente, cumprindo ao agravante acrescentar 
outras, que sirvam para elucidar o que se passa no processo 
ATENÇÃO!!! 
Interposto o recurso, o Agravante ainda tem uma tarefa que, NÃO cumprida, pode levar ao não 
conhecimento. Trata-se de informar ao Juízo a quo a interposição, no prazo de 3 DIAS, juntando cópia da 
petição de agravo, a comprovação de interposição e a relação dos documentos apresentados (Art. 526 
do CPC). A finalidade disto é permitir ao Juiz exercer o Juízo de Retratação, se o agravante (quem interpôs 
o agravo) não cumprir a determinação, caberá ao agravado (contra quem foi agravado) comunicar ao Tribunal 
que, então, não conhecerá do recurso (art. 526 § único do CPC) 
Se o réu não estiver no processo, e ocorrer a interposição do agravo, além do agravante informa o juízo a quo 
que ocorreu a interposição do agravo no juízo ad quem, deverá informar após o juízo ad quem que notificou o 
juízo ad quo – Entendimento do Tribunal de Justiça de São Paulo 
Procedimento do Agravo no Tribunal 
Primeiro o Agravo de Instrumento será: 
Protocolado  Após será Distribuído, no qual será escolhido um Relator, um Revisor e um 3º Juiz 
O Relator irá fazer um Despacho e irá fazer as seguintes tarefas: 
a) Art. 557 CPC – Poderá ser NEGADO de plano o seguimento ao Agravo, quando verificar que o 
Recurso é manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com 
Súmula ou Jurisprudência dominante do STF ou de Tribunal Superior – Contra essa Decisão, cabe 
no prazo de 5 DIAS, o Agravo Inominado (Art. 557, §1 CPC) 
Poderá ser PROVIMENTO de plano ao Agravo, quando a Decisão recorrida estiver em manifesto 
confronto com Súmula ou Jurisprudência dominante do STF ou de Tribunal Superior 
b) O relator poderá, verificando que não estão presentes as hipóteses de cabimento do agravo de 
instrumento (Art. 527 CPC), convertê-lo em retido, caso em que determinará a remessa do 
Recurso ao Órgão a quo, onde se processará sob a forma retida – Contra essa Decisão NÃO cabe 
Recurso (Nem mesmo o Agravo inominado), entretanto a alternativa será o Mandado de Segurança 
c) Cabe ao Relator decidir se DEFERE OU NÃO Efeito Suspensivo ou Ativo – Dessa Decisão não 
caberá Recurso, o que poderá justificar também a impetração do Mandado de Segurança 
d) O Relator poderá requisitar informações ao Juiz da causa, que as prestará no PRAZO de 10 DIAS 
e) Cumprirá ao Relator determinar que o agravado seja intimado para apresentar as contrarrazões, no 
PRAZO de 10 DIAS 
f) Por fim, o Relator deverá abrir vista ao MP, nos casos em que ele intervenha 
Em seguida, pedirá DIA para JULGAMENTO,em PRAZO não superior a 30 DIAS da intimação do agravado 
(Art. 528 CPC) 
 
19 
 
Após tudo isso feito pelo Relator, ele irá Elaborar o seu voto  Dará Vista ao Revisor  Será Marcado o 
Julgamento  Ocorrerá o Julgamento  Será Elaborada a Redação do Acórdão  Ocorrerá a 
Publicação 
OBS.: Se o processo for julgado, o agravo também perde o objeto 
 
ESQUEMATIZANDO o AGRAVO 
 
 
E M B A R G O S I N F R I N G E N T E S 
Arts. 530 ao 534 do CPP 
Os Embargos Infringentes surgem da ideia de dúvida 
Muito se discute se os Embargos Infringentes devem ser mantidos, ou banidos do nosso Ordenamento. Se, 
de um lado, a existência de mais um Recurso pode implicar o retardamento do processo, por outro, os altos 
índices de acolhimento dos embargos mostram que se justifica a sua manutenção. As reformas pelas quais 
o Sistema Recursal do Processo Civil passou NÃO extinguiram os Embargos Infringentes, mas reduziram o 
espectro de seu cabimento 
Cabimento 
• É o Recurso que cabe 
contra as decisões 
interlocutórias em geral. 
Cabe ainda contra a 
decisão do Presidente ou 
Vice-Presidente do 
Tribunal que indefere o 
processamento do Recurso 
Extraordinário ou 
Especial, e contra a 
Sentença que decreta 
falência 
Formas de Interposição 
• O agravo pode ser retido 
ou de instrumento. A regra 
é que seja retido, sendo 
de instrumento contra as 
Decisões que tragam 
perigo irreparável ou de 
difícil reparação , que 
indefira o seguimento da 
apelação, e que examine 
os efeitos em que ela é 
recebida 
Processamento 
• Agravo interposto contra 
Decisões proferidas em 
audiência deve ser oral e 
imediato, na própria 
audiência, devendo o 
adversário oferecer 
contrarrazões em seguida. 
Interposto contra Decisões 
proferidas fora da 
audiência deve ser escrito, 
no prazo de 10 dias, e o 
adversário responderá no 
mesmo prazo. 
• Em Ambas há Juízo de 
Retratação 
• Agravo retido não é 
apreciado de imediato, 
mas como preliminar no 
julgamento de apelação, 
desde que reiterado nas 
razões e contrarrazões 
 
20 
 
Antes delas, eles podiam ser interpostos sempre que, no Julgamento de Apelação ou Ação Rescisória, fosse 
proferido Acórdão Não Unânime, não importando qual fosse o teor da sentença ou do acórdão. A Lei n. 
10.352/2001 modificou a redação do art. 530 do CPC, e reduziu a sua incidência 
Admissibilidade 
De acordo com o Art. 530 do CPC: “Cabem Embargos Infringentes quando o Acórdão não unânime houver 
reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o 
desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência” 
Sendo assim, os casos que cabem os Embargos Infringentes: 
 Toda vez que uma Sentença meritória for reformada em grau de apelação por maioria de votos, cabem 
Embargos Infringentes, porque a bem dizer houve um “empate de Julgamento” (Ex.: O Juiz da 1ª 
Sentença julgou Procedente, os Desembargadores votaram 1 procedente e 2 improcedentes) 
 
 A Ação Rescisória já começa no Tribunal competente para julgar a Apelação naquele processo, sendo 
que 5 Desembargadores julgam a ação. Se julgar Procedente e NÃO for unânime, cabe Embargos 
Infringentes, caso di que? Porque se um Desembargador discordar, é melhor discutir mais uma vez, pois 
para algo virar coisa julgada é algo bem delicado 
A interposição é feita no Juízo a quo e a petição é endereçada ao Relator da Apelação ou da Ação 
Rescisória 
Interpostos os Embargos, abrir-se-á vista ao recorrido para contrarrazões; Após, o Relator do Acórdão 
embargado apreciará a admissibilidade do recurso 
Da Decisão que NÃO admitir os Embargos caberá AGRAVO, em 5 DIAS, para o Órgão competente para o 
Julgamento do Recurso (Art. 557 CPC) 
 
Processamento 
Quando cabíveis, os Embargos Infringentes têm de ser interpostos pela parte interessada, sob pena de 
haver o trânsito em julgado, NÃO podendo o prejudicado valer-se de Recurso Especial ou Extraordinário 
contra essa parte, se primeiro não opôs os infringentes. Afinal, é requisito do RE e do REsp que já tenham se 
esgotado os recursos, nas vias ordinárias. 
Desta forma ficará sobrestado o prazo do RE e do REsp 
O PRAZO dos Embargos Infringentes é de 15 DIAS, a contar da data que foi intimado do Acórdão 
As CONTRARRAZÕES tem o MESMO PRAZO 
 
 
21 
 
Efeitos 
DEVOLUTIVO 
Os Embargos Infringentes devolvem ao conhecimento do Tribunal apenas o conhecimento da matéria que 
NÃO foi objeto de votação unânime, quando há reforma da Sentença de mérito ou procedência da ação 
rescisória 
Os LIMITES serão dados pela extensão da divergência, daquilo que tenha sido objeto do voto vencido. Mas 
a divergência há de dizer respeito à conclusão do Acórdão, e não a sua motivação 
SUSPENSIVO 
Os Embargos Infringentes pressupõem que tenha havido acórdão não unânime proferido no Julgamento de 
Apelação ou Ação Rescisória 
 
 
R E C U R S O A D E S I V O 
Art. 500 do CPC 
O Recurso Adesivo NÃO é uma espécie, mas uma forma de interposição de alguns Recursos. Podem ser 
opostos sob a forma adesiva a Apelação, os Embargos Infringentes, o Recurso Especial e o Extraordinário 
São 2 os requisitos do Recurso Adesivo: 
1. Que tenha havido sucumbência recíproca, 
isto é, que nenhum dos litigantes tenha obtido 
no processo o melhor resultado possível 
2. Que tenha havido Recurso do adversário 
 
 
Mas quando o Recurso deve ser interposto como Principal, ou Adesivo? 
Ex.: A ajuíza em face de B uma ação de cobrança de 100, e que o Juiz julga parcialmente procedente o 
pedido, condenando o réu a pagar ao autor 80. Sendo assim houve sucumbência recíproca 
Pode ocorrer que essa Sentença não satisfaça nenhum dos litigantes, e que ambos queiram que seja 
reformada pelo órgão ad quem. Intimadas, as partes apresentarão o seu Recurso sob a forma principal. 
Serão Recursos autônomos, cujos requisitos de admissibilidade serão examinados pelo Juiz, 
individualmente. Mas pode ocorrer que A, não tenha obtido o resultado mais favorável, aceite o resultado, e 
esteja disposto a não recorrer, para que, havendo logo o trânsito em julgado, ela passe a produzir efeitos. 
Sendo assim, deixará transcorrer o seu prazo in albis. Mas A descobre que o seu adversário recorreu, o que 
impede o trânsito em julgado: os autos terão de ser remetidos ao Tribunal. O autor, se soubesse que o réu 
interporia recurso, e que os autos subiriam, também teria recorrido, para tentar obter um resultado ainda mais 
 
22 
 
favorável. Nessa circunstância, a lei processual lhe dá uma segunda oportunidade de recorrer, desta feita sob 
a forma adesiva. É como se o autor “pegasse carona” no Recurso do adversário, apresentando também o 
seu. Essa breve explicação esclarece o porque é indispensável que tenha havido sucumbência recíproca e 
recurso do adversário, pois do contrário não haveria como “pegar a carona” 
Isso explica o caráter acessório do Recurso Adesivo. Se principal NÃO for admitido, ou se houver 
DESISTÊNCIA, ele ficará prejudicado, pois só sobe e é examinado com o principal (Art. 500, III CPC) 
A desistência da ação depende da anuência do réu, porém com os Recursos é diferente, a parte que tiver 
entrado com o Recurso pode desistir do Recurso independentemente da vontade do recorrido (Art. 501 
CPC) 
Processamento do Recurso Adesivo 
Publicada a Sentença ou Acórdão, fluirá o prazo para a apresentação de Recurso principal, que pode ser 
interposto por ambas as partes. Havendo sucumbência recíproca, se só uma das partes recorrer, a outra 
será intimada a oferecer contrarrazões. Nesse prazo, além delas, poderá apresentar o Recurso Adesivo, 
no qual deverá ser apresentado no prazo das contrarrazões (15 DIAS),mas em peças distintas 
Tem prevalecido o entendimento de que a Fazenda Pública e o MP terão prazo em dobro para a 
interposição do Recurso Adesivo 
Resumindo, o Recurso Adesivo é um nova chance para recorrer, pois se perdeu o prazo para interpor o 
Recurso normal, haverá a oportunidade de interpor o Recurso Adesivo no prazo das contrarrazões 
 
 
R E C U R S O O R D I N Á R I O 
Art. 539 e 540 do CPC 
É o Recurso cabível nas ações de competência originária dos Tribunais para cumprir função semelhante a 
da Apelação 
Professor disse para não anotar, mas anotei!! Ele disse que: “O Recurso Ordinário é a Apelação dos 
processos que não tem apelação”. Pois a ação é proposta diretamente no Tribunal, e não na Vara 
Desta forma é um Recurso previsto na CF, dirigida ao STJ ou a STF (Art. 102, II e art. 105, II da CF) 
O Recurso Ordinário serve, em regra, para que o interessado possa obter o reexame das Decisões que 
são de competência originária dos Tribunais. Contra os julgamentos de 1º Instância, cabe Apelação; Se o 
processo é de competência originária dos Tribunais, a apelação não será cabível, mas a CF prevê o Recurso 
Ordinário, no qual o STJ e o STF poderão reexaminar o que ficou decidido, NÃO como instâncias 
extraordinárias, mas como uma espécie de “segunda instância” 
Deve ser interposto no prazo de 15 DIAS perante o relator do Acórdão recorrido 
 
23 
 
Como já vimos no começo desta matéria, os Recursos Extraordinários lato sensu têm outra finalidade: 
Impedir que as Decisões judiciais contrariem a Constituição Federal ou as Leis Federais, mantendo a 
uniformidade de interpretação, em todo país, de uma e outras 
 
Sendo assim os Recursos Extraordinários lato sensu são: o Especial, o Extraordinário e os Embargos 
de Divergência, sempre julgados pelo STF ou pelo STJ. Esses Tribunais julgam também Recursos 
Ordinários, nas hipóteses dos arts. 102, II e 105, II da CF, assim como já estudamos 
AGORA IREMOS ESTUDAR CADA UM DESSES RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS: 
 
R E C U R S O E S P E C I A L 
Visam à efetividade e uniformidade de interpretação do Direito Objetivo Federal 
Não servem para a revisão dos fatos, as questões jurídicas não depende de quem as trata. Quer ver uma 
coisa: Uma pessoa pode se casar com 10 anos de idade? Não pode e não precisa dizer quem é essa pessoa, 
pois trata de uma questão jurídica. Na questão fática, o Juiz tem que olhar para a vida das partes, ocorre 
quando discute se houve culpa no processo 
As hipóteses de cabimento taxativo estão no art. 105, III, a, b, c da CF: 
“Compete ao STJ: Julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais 
Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: 
a) Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) Julgar válido ato de governo local contestado em 
face de lei federal ; c) Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro Tribunal” 
OBS.: Contrariar Tratado ou Lei Federal, ou negar-lhes vigência - Negar vigência traz a ideia de afrontar 
a Lei Federal, ou deixar de aplicá-la nos casos em que isso deveria ocorrer. Já a contrariedade abrange 
tudo isso, e, mais: Não dar à Lei Federal a interpretação mais adequada 
Requisitos e Procedimento 
Devem ser apresentados no PRAZO de 15 DIAS 
Pode ser interposto sob a forma comum ou forma adesiva, caso em que será apresentado no prazo para as 
contrarrazões ao Recurso do adversário 
Exige Preparo o Porte de Remessa e Retorno 
Recurso Especial é interposto no juízo a quo em 2 peças (Uma nos autos e outra no STJ quando for usado). 
Então será sempre no Tribunal que julgou o Recurso anterior 
Os demais requisitos de admissibilidade de todos os Recursos são comuns também ao RE e ao REsp. 
(Legitimidade, Interesse, Regularidade formal e Inexistência de fato impeditivo ou modificativo) 
 
24 
 
Cabendo qualquer outro tipo de Recurso que NÃO são seja o Especial e o Extraordinário, esses deverão 
ser interpostos, sempre deixando o Especial e o Extraordinário por último. Desta forma SEMPRE irá ter 
qualquer Recurso antes do RE ou REsp 
Exigem o Prequestionamento que é feito na petição do Recurso anterior, em um item expresso, 
formulando um pedido de um futuro e eventual Recurso Especial ou Extraordinário, sendo que usa as 3 letras 
do art. 105 como fundamento 
OBS.: Nos casos de não haver Recurso para interpor antes do Especial, pode entrar com Embargos de 
Declaração somente para pré questionar 
OBS².: Recurso Especial SÓ tem o Efeito Devolutivo, o STJ vai discutir a questão novamente, mas a 
Decisão como está tem que ficar, sendo cumprida 
OBS³.: Entretanto pode se requerer um efeito suspensivo cautelar, por meio de medida acautelatória. 
Desta forma o Recurso não terá o efeito suspensivo, mas somente a medida cautelar sofrerá este efeito 
OBS4.: No Recurso Especial NÃO é possível o processo do JEC chegar ao Tribunal, porque o colégio 
recursal não é Tribunal 
Art. 1.036 do novo CPC – Pedido de extinção do recurso intempestivo 
 
 
R E C U R S O E X T R A O R D I N Á R I O 
O cabimento está previsto no Art. 102, inc. III, alíneas, a, b, c e d da CF. De acordo com o dispositivo 
constitucional: 
Compete ao STF “Julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando 
a decisão recorrida” 
Tem como Tutela o Direito Objetivo e Matéria Constitucional 
Interposição em conjunto com Recurso Especial: Mesmo prazo, petições distintas, ordem de julgamento (1º 
Especial e Inversão) 
Em regra primeiro julga o recurso especial, depois o extraordinário 
Porém nos casos de Decisão Irrecorrível, o Julgador do STJ pode sobrestar o especial e mandar os autos 
para o STF, para que o Recurso Extraordinário seja julgado primeiro. Se o Julgador do STF não achar 
prejudicial o julgamento do extraordinário, ele mandará os autos de volta ao STJ 
O PROCEDIMENTO do Recurso Extraordinário é o mesmo do Recurso Especial. Para ambos aplica o 
regime da retenção, quando os Recursos forem interpostos contra Acórdão proferido no julgamento de 
Recurso interposto contra Decisão Interlocutória (art. 542, § 3º, do CPC). O RE ou REsp não subirão, nem 
serão examinados de imediato, mas ficarão retidos, e serão encaminhados ao STF ou STJ quando da 
 
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interposição de Recurso Extraordinário ou Especial contra o Acórdão que julgar apelação ou eventuais 
embargos infringentes 
 
Outros Recursos: 
Agravo contra inadmissão do Recurso especial/extraordinário – Art. 544 do CPC 
Agravo no STJ/STF – Art. 545 CPC 
Embargos de divergência – Art. 546 do CPC 
 
 
2º QUESTIONÁRIO PARA AJUDAR NOS ESTUDOS 
1) O que são Sentenças? Extra, Infra e Ultra Petita 
2) A Sentença meritória produz coisa julgada material? E coisa julgada processual? Explique 
3) Toda Sentença deve ter relatório, fundamento e dispositivo? Explique e comente cada um desses 
elementos 
4) Em que parte da Sentença são fixados os limites objetivos e subjetivos da coisa julgada? Explique 
5) A Sentença meritória pode ser proferida antes da citação? Explique em detalhes 
6) Considerando os mecanismos jurisdicionais de pacificação dos conflitos responda: 
a. O que é coisa julgada material 
b. O que é transito em julgado 
c. O que são razões de decidir 
d. No que implica a aplicação do principio do dedutível e do deduzido 
7) O que é repercussão geral? 
8) Comente uma peculiaridade do Recurso de agravo na fase instrutória 
9) O que é Recurso adesivo (Art. 500 do CPP atual) 
 
 
Elabore uma hipótese em que os seguintes recursos/incidentes sejam interpostos: 
Agravo de instrumento de decisão liminar, agravo de instrumento convertido emagravo retido antes da 
audiência, agravo retido oral e imediato, apelação com pedido de anulação da sentença, agravo retido, 
apelação com duplo efeito obtido após agravo de instrumento, embargos infringentes e embargos de 
declaração de embargos de declaração 
 
 
 
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QUESTÃO DISCURSIVA: 
Considere cada uma das Três Teorias sobre Direito de Ação e o Direito ao Recurso para em seguida formular 
argumentos que possam ser usados em defesa da parte condenada por litigância de má-fé nos termos do art. 
17, inciso VII do Código de Processo Civil 
Resposta: Art. 17, VII CPC - Recurso meramente protelatório, ou seja, usou o recurso somente para ganhar 
tempo 
A Causa de Pedir no Recurso é o erro judicial do Juiz na Sentença 
A linha de defesa nos termos da Teoria Civilista é de sustentar que houve um erro judicial 
Diante da linha de defesa da Teoria Abstrata é sustentar que o condenado tem puro e simplesmente o direito 
de provocar o Judiciário, independente do direito material existir. Todos tem o direito absoluto autônomo ao 
Recurso, nesses termos não pode existir a litigância de má-fé 
Na Linha de defesa da teoria eclética a defesa é de existir desde que o direito de provocar o Judiciário seja 
razoável, sendo condicionado a um argumento razoável 
Outras Questões 
1. Compare os Códigos de 1973 e 2015 quanto a disciplina legal dos Recursos de Apelação, Agravo, 
Embargos Infringentes e Recurso Ordinário 
Resposta: 
 Código de 1973 (Atual) Código Novo 
 
 
 
Apelação 
Art. 513 CPC 
Da Sentença caberá apelação nos 
casos do art. 267 e 269 do CPC 
Art. 963 novo CPC 
Da Sentença cabe apelação, ele não 
fala nada sobre quais artigos cabe 
apelação 
A diferença está no parágrafo único que 
diz que as questões resolvidas na fase 
de conhecimento, se a Decisão a seu 
respeito não comportar agravo de 
instrumento, não ficam cobertas pela 
preclusão e devem ser suscitadas em 
preliminar de Apelação, eventualmente 
interposta contra a decisão final, ou nas 
contrarrazões 
Agravo Art. 522 CPC 
Existe Agravo Retido e de 
Instrumento 
Art. 969 novo CPC 
Existe somente o Agravo de 
Instrumento 
Cabe nas decisões interlocutórias dos 
 
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Cabe nas decisões interlocutórias 
Na falta de peça obrigatória implicará 
a inadmissibilidade do recurso 
casos elencados nos incisos do art. 969 
e de seu parágrafo único do novo CPC 
Na falta de peça obrigatória não 
implicará a inadmissibilidade do 
recurso, sendo intimado para supri-la 
no prazo de 5 dias 
Embargos 
Infringentes 
Existe esse tipo de Recurso Não haverá mais essa possibilidade de 
Recurso 
Recurso Ordinário Art. 539 CPC 
Cabível nas ações de competência 
originária dos Tribunais para cumprir 
função semelhante a da Apelação 
Art. 981 novo CPC 
Não houve alteração no novo Código 
 
2. Considere as características gerais dos Recursos e critique a natureza recursal dos Embargos de 
Declaração 
Resposta: 
Mesmo que os Embargos Declaratórios estejam alocados no segmento “dos recursos”, não tem natureza 
recursal, precipuamente, porque na sua finalidade não se pleiteia a reforma substancial do julgado 
insatisfatório, mas o seu mero reexame. São dirigidos ao próprio Juízo/Juiz de 1º grau ou relator do Tribunal 
que prolatou a decisão, portanto, não apresenta o efeito devolutivo, o qual consiste em transferir para órgão 
diverso o conhecimento da matéria impugnada. Ademais, aduzem que não estão sujeitos ao preparo. Dessa 
forma, os Embargos de declaração possuem natureza de incidente processual

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