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DIREITO PROCESSUAL CIVIL Processos e Procedimentos Fases: Decisória e Recursal www.direitoesquematizado.com 2 DIREITO PROCESSUAL CIVIL Em continuação as aulas anteriores, nós vimos as fases: Postulatória, Ordinária e Introdutória Sendo assim ficou faltando somente a FASE DESCISÓRIA para encerrarmos a parte de Processo e Procedimento DO PROCESSO E DO PROCEDIMENTO ------------------------------------- FASE DESCISÓRIA ------------------------------------- SENTENÇA Art. 162 CPC - Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos § 1º - Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei § 2o - Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente § 3o - São despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma § 4o - Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário SENTENÇA é um ato do Juiz que põe fim ao processo nos casos em que NÃO houver obrigação a ser cumprida ou encerra uma fase do processo de conhecimento (depois irá iniciar a fase de execução) Espécies de Sentenças: Sentença que extingue o processo sem julgamento de mérito (hipóteses do art. 267 CPC) Sentença que o Juiz resolve o mérito, pondo fim ao processo ou à fase condenatória (art. 269 CPC) OBS.: Não há diferença entre as duas espécies de Sentenças no que concerne ao tipo de recurso adequado: contra ambas caberá a Apelação DECISÃO INTERLOCUTÓRIA é o ato do Juiz para resolver questão incidente no curso do processo, o que também causa sucumbência (situação processual de quem é prejudicado pela decisão) REQUISITOS DA SENTENÇA Art. 458 CPC – São REQUISITOS ESSENCIAIS da Sentença: RELATÓRIO – Conterá os nomes das partes, o resumo do pedido e da resposta do réu, bem como os registros das principais ocorrências no andamento do processo. Em outras palavras é a descrição do processo A 3 FUNDAMENTO – Juiz analisará as questões de fato e de direito. A Sentença deverá ser fundamentada conforme o art. 93, IX da CF. A falta de fundamentação torna nula a Sentença. Questões de fatos são como o Juiz vê as provas e questões de direito são as fontes de direito DISPOSITIVO – Juiz resolverá as questões das partes, se irá acolher, rejeitar ou extinguir o processo sem examiná-lo. Aplicação dos arts. 267 ou 269 do CPC OBS.: No JEC o Juiz pode dispensar o relatório OBS².: Nos casos do art. 267 CPC e no rito sumário o relatório pode ser resumido OBS³.: Havendo omissão na Sentença cabem Embargos de Declaração DEFEITOS DA SENTENÇA VÍCIOS DA SENTENÇA quanto a correspondência com o pedido: Infra ou Citra Petita – O Juiz deixa de apreciar uma das pretensões postas em juízo. Ocorre nos casos em que há uma cumulação de pedidos e não aprecia um deles. Conserto: O próprio Juiz pode consertar a omissão da Sentença através dos Embargos de Declaração. Todavia o Tribunal também pode integrar (Art. 515, §1º CPC), sendo que o Duplo Grau de Jurisdição não é garantido Constitucionalmente Extra Petita – O Juiz julga ação diferente da que foi proposta, sem respeitar as partes, a causa de pedir ou pedido apresentado na petição inicial Conserto: Recurso de Apelação, fundamentado em erro de procedimento Ultra Petita – O Juiz julga a pretensão posta em juízo, mas condena o réu em quantidade superior Conserto: Tribunal ALTERAÇÃO DA SENTENÇA A possibilidade de correção da Sentença está previsto no art. 463 CPC: Art. 463 CPC - Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la: I - Para Ihe corrigir, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais, ou Ihe retificar erros de cálculo II - Por meio de embargos de declaração No novo Código esse artigo será o nº 481 – Não mudou NADA!! Se a sentença não foi ainda publicada, o Juiz poderá alterar a sentença livremente OBS.: A publicação a que se refere a lei não é aquela feita no Diário Oficial, para intimação das partes, mas em Cartório, quando o Juiz restitui os autos, com a sentença. E, quando ela é proferida em audiência de instrução e julgamento, à medida que o juiz a vai ditando ao escrevente Após a publicação, a Sentença poderá ser alterada quando: ERRO MATERIAL Se houver necessidade de corrigir, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais, ou de retificar erros de cálculo. Em outras palavras, há sentenças que contêm erros materiais evidentes, ou seja, 4 equívoco no nome das partes, erro de indicação de artigo, e outros erros. Esses vícios podem ser corrigidos a qualquer tempo, independente da interposição de Recursos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Recurso adequado quando a sentença padecer de OMISSÃO, CONTRADIÇÃO ou OBSCURIDADE. NÃO se admite que sejam usados para modificar a sentença, sem que ela padeça dos vícios acima mencionados (salvo para eventual correção de equívoco evidente), para que o juiz possa reapreciar a prova, ou reavaliar as questões de Mérito Art. 535 CPC – Casos em que cabem os Embargos de Declaração JUÍZO DE RETRATAÇÃO (Art. 285-A e art. 296 CPC) Há 2 Formas de Juízo de Retratação atualmente: Quando uma petição inicial é indeferida (art. 295 CPC) ocorre uma Sentença, desta forma o autor pode apelar e antes dos autos irem ao Tribunal competente o Juiz pode reformar (retratar) a decisão no prazo de 48 horas (art. 296 CPC). Sendo assim hoje SÓ É POSSÍVEL A RETRAÇÃO nas Sentenças de indeferimento da petição inicial sem resolução do mérito ATÉ 2006 a única possibilidade de juízo de retratação na apelação era do art. 296, com a Lei nº 11.277/06 foi colocado o art. 285-A Art. 285-A CPC - Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo- se o teor da anteriormente prolatada Quando a matéria controvertida tratar apenas de questão de ordem jurídica, o Juiz esteja sobre casos que já foram julgados e que tenham sidos julgados pela improcedência, poderá dispensar a citação e proferir Sentença A apelação do autor irá apontar para os defeitos da Sentença, sendo que poderá não ser somente de ordem jurídica ou que é um caso diferente, e o Juiz poderá retratar em 5 DIAS e prosseguir com a ação OBS.: No NOVO CPC (Art. 472 novo CPC) agora é possível a retratação de todos os casos de extinção sem resolução do mérito no prazo de 3 DIAS (entra os casos do atual art. 267 CPC) OBS².: O art. 285-A passou a ser nº 307 no novo CPC 5 DA COISA JULGADA Previsto no Art. 467 CPC A coisa julgada é mencionada na CF como um dos direitos e garantias fundamentais. O art. 5º XXXVI, estabelece que a Lei não poderá retroagir, em prejuízo dela Essa garantia decorre da necessidade de que as decisões judiciais não possam mais ser alteradas, a partir de um determinado ponto. Do contrário, a segurança jurídica sofreria grave ameaça. É função do Poder Judiciário solucionar os conflitos de interesse, buscando a pacificação social A função da coisa julgada é assegurar que os efeitos decorrentes das sentenças judiciais não possam mais ser modificados, que se tornem definitivos. É fenômeno diretamente associado à segurança jurídica, quando o conflito ou a controvérsia são definitivamente solucionados A coisa julgada NÃO é um dos efeitos da sentença, mas uma qualidade deles: a IMUTABILIDADE O trânsitoem julgado está associado à impossibilidade de novos recursos contra a sentença, fazendo com que se torne definitiva. Sendo assim o transito em julgado é o momento que ocorre a coisa em julgado FORMAS DE COISA JULGADA Dizem que há 2 ESPÉCIES de coisa julgada, porém não é correto classificar assim, afinal a coisa julgada é um fenômeno único. Sendo assim há DUAS FORMAS de manifestação do mesmo fenômeno: FORMAL É a manifestação da coisa julgada no próprio processo em que a sentença ou o acórdão foram proferidos Todas as sentenças e acórdãos, em determinado momento, tornam-se imutáveis, pois é limitado o estoque de recursos no ordenamento jurídico. Chega um momento em que todo processo tem um fim. Quando isso ocorrer, e não couberem mais recursos, ou porque se esgotaram, ou porque transcorreu o prazo de interposição, haverá a coisa julgada formal MATERIAL Consiste não mais na impossibilidade de modificação da sentença no processo em que foi proferida, mas na projeção externa dos seus efeitos, que impede que a mesma ação, já decidida em caráter definitivo, volte a ser discutida em outro processo A discussão travada no processo acaba com a coisa julgada material A coisa julgada material pressupõe que tenha havido sentença de mérito, que o Juiz tenha decidido a pretensão posta em juízo, favorável ou desfavoravelmente ao autor OBS.: Essas duas formas não são produzidas necessariamente no mesmo momento LIMITES DA COISA JULGADA Consiste no problema de identificar o que efetivamente não pode mais ser discutido em outros processos 6 Limites Objetivos Qual é o objeto da coisa julgada? O que torna ela imutável? São determinados pelos dispositivos da Sentença. O que vem na parte dispositiva da sentença é o que faz coisa julgada Limites Subjetivos Pra quem se torna imutável? Pra quem isso não se discute mais? A coisa em julgada faz regra para as partes, porém terceiros também podem ser atingidos RAZÕES DE DECIDIR Previsto no art. 469, I e II do CPC. – Constituem fundamentos da Decisão Sendo assim NÃO fazem coisa julgada os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva na sentença; e a verdade dos fatos, estabelecidas como fundamento da sentença Princípio do Dedutível e do Deduzido X Eficácia Preclusiva da Coisa Julgada são a mesma coisa – Art. 474 CPC 1º QUESTIONÁRIO PARA AJUDAR NOS ESTUDOS 1. Conceitue sentença e relacione sua resposta com a resolução do mérito e o fim do processo 2. Quais são os elementos estruturais da sentença? Comente cada um deles e a possibilidade de sua supressão ou forma concisa 3. O que é sucumbência? Descreva em detalhes e cite exemplos 4. Quais são os limites subjetivos e objetivos da sentença? Explique 5. Comente a possibilidade e a forma de alteração da sentença pelo juízo que a proferir considerando dois momentos: antes e depois da publicação 6. O que são coisa julgada material e coisa julgada formal? Explique 7. É possível rescindir a coisa julgada? Justifique a resposta 7 RECURSOS TEORIA GERAL DOS RECURSOS Teoria Geral dos Recursos – Art. 496 ao 512 CPC Vamos relembrar alguns CONCEITOS antes de entrarmos na TEORIA GERAL DE RECURSOS Direito de Ação existe de forma autônoma, mas deve ser exercido certas condições. É por conta disso que estudamos as condições da ação A Teoria Original coloca 3 Condições de Ação, utilizadas no código de 73. Entretanto o próprio autor dessa teoria retirou a possibilidade jurídica da ação no novo CPC, passando de condição de ação para integração do mérito. Além disso parte da Doutrina está dizendo que as condições de ação acabaram, pois ele é visto sobre a autonomia absoluta, e se não tem mais condições ocorre a autonomia absoluta Sendo assim o Direito ao Recurso também é autônomo, no qual o direito de interpor Recurso deve ser exercido!! O Direito de Recurso é uma extensão do Direito de Ação TEORIAS SOBRE O DIREITO DE AÇÃO TEORIA CONCRETA ou CIVILISTA – Para essa teoria o Direito de Ação é determinado simplesmente pelo Direito Material. Sendo assim uma das condições da ação é o autor ter razão. Desta forma só considera haver uma ação quando no final do processo for proferida uma sentença de procedência, caso contrário nunca houve ação. Em outras palavras, só tem direito de ação quem é vitima. O problema desta Teoria é o momento que terá a certeza de que o sujeito era vítima, pois a certeza ocorre somente na sentença e também essa Teoria não coloca como exercício de direito de ação proposta e julgada improcedente. Sendo assim nos casos que a sentença for julgada improcedente quer dizer que o autor da ação nunca teve direito de ação TEORIA ABSTRATA – Essa teoria é o extremo da teoria concreta, pois independe do Direito Material, desta forma o direito de ação é puro e simplesmente o direito de provocar o Judiciário, importa apenas o momento em que entrou com a ação. O direito de ação é sozinho, não necessita do Direito material para existir TEORIA ECLÉTICA OU MISTA – Se apresenta com uma evolução das anteriores. O Direito de Ação é o direito de provocar o Estado formulando uma tese razoável. Para o Direito de Ação existir precisa demonstrar o Direito Material Na Teoria Abstrata qualquer um tem direito a interposição do Recurso Na Teoria Eclética ou Mista qualquer um tem direito a interposição do Recurso também, porém deve preencher determinados requisitos O 8 CONDIÇÕES DA AÇÃO As condições da ação são os requisitos necessários que desde o momento inicial do processo são exigidos para que o judiciário possa proferir uma Decisão de Mérito. O Direito de Ação depende das condições da ação, nas quais são: L – Legitimidade das Partes I – Interesse de Agir P – Possibilidade Jurídica do Pedido Legitimidade das Partes – Legitimidade é o Poder Jurídico de conduzir validamente um processo em que se discute um determinado conflito. Sendo assim quanto ao autor deve haver uma ligação entre ele e o objeto de direito afirmado em juízo e quanto ao réu é preciso que exista relação de sujeição diante da pretensão do autor A Legitimidade é dividida em: Legitimidade Ordinária - as partes postulam em Juízo direito próprio (direito material) ou pela lei; e Legitimidade Extraordinária - Decorre somente da lei, Ex. Ação promovida pelo MP Interesse de Agir – Tem duas premissas: Utilidade, demonstra os benefícios que o processo pode propiciar; e Necessidade do processo, só é possível alcançar por meio do Judiciário. Superveniente é um fato posterior da distribuição do processo, desta forma o desinteresse superveniente é a perda de agir no processo devido ter acontecido algo depois de sua distribuição Possibilidade Jurídica do Pedido – É a condição demonstrada pela harmonia do pedido com a lei. É preciso que a pretensão formulada em juízo não afronte o ordenamento jurídico. Ex.: Cobrança de uma dívida de jogos não é permitido no nosso ordenamento jurídico, sendo assim não há possibilidade jurídica de um pedido como este A falta de qualquer uma dessas condições importará o final do processo, o Juiz emite uma sentença em que não será analisado o mérito (o pedido), declarando o autor carente de ação. EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO não é obstáculo de nova propositura idêntica. OBS: No projeto do novo código deixa de ser condição da a ação a possibilidade jurídica do pedido, passando a ser matéria de mérito NOÇÕES GERAIS DOS RECURSOS Recursos são os Remédios Processuais de que se podem valer as partes, o MP e eventuaisterceiros prejudicados para submeter uma decisão judicial a nova apreciação, em regra por um órgão diferente daquele que a proferiu, e que têm por finalidade modificar, invalidar, esclarecer ou complementar a Decisão 9 PRINCÍPIOS Correspondência – Para cada tipo de Decisão cabe uma espécie de Recurso. Ex.: Dos Embargos cabe agravo Unicidade – Para cada decisão cabe um Recuso. A Doutrina trata de 2 possíveis exceções: Embargos de Declaração (Conserta defeitos formais da Sentença ou do Acórdão – Quando é proferida a Sentença/Acórdão a parte que entender que a Decisão foi obscura, contraditória ou omissa, poderá interpor os embargos de declaração, porém após o julgamento dos embargos as partes poderão interpor Apelação em relação a mesma Sentença); e Recurso Especial e Extraordinário, recursos interpostos no mesmo prazo e do mesmo acórdão, porém esses recursos irão tratar de matérias diferentes do mesmo Acórdão Fungibilidade – Característica que torna os objetos substituíveis por outro de igual natureza sem prejuízo para o seu titular. Desta forma um Recurso pode ser trocado por outro. Sendo assim o Tribunal pode reconhecer um Recurso em lugar de outro. Ocorre nos casos em que é interposto um recurso, porém foi interposto outro por erro. Requisitos para o Recurso ser trocado: O prazo da interposição deve ser o mesmo; Todos os elementos formais e materiais do recurso certo devem estar no recurso interposto (errado); Não deve haver erro grosseiro (interpor apelação no lugar do agravo) Duplo Grau de Jurisdição (Art. 5, LV CF) – É um Princípio Constitucional implícito, pois se entende por uma interpretação sistemática da Constituição. Esse art. 5, LV da CF trata do devido processo legal Proibição de reformatio in pejus – Aquele que recorre só o faz para melhorar a sua situação. Sendo assim os Julgadores vão se limitar a apreciar aquilo em que o recorrente sucumbiu, podendo, na pior das hipóteses, não acolher o recurso, e manter a sentença tal como lançada Uma forma de ser piorada a situação é se houve o Recurso de seu adversário. Entretanto os Recursos em geral tem um efeito translativo, ou seja, permite que os órgãos ad quem analisem de ofício matérias de ORDEM PÚBLICA, ainda que não sejam alegadas. Por conta disso a situação do recorrente pode ser piorada. Ex.: Falta de uma das condições da ação ou de um dos pressupostos processuais, do que resultará a extinção do processo sem julgamento de mérito, em detrimento do autor Taxatividade – São cabíveis todos os Recursos previstos em Lei Federal EFEITOS DOS RECURSOS São as consequências que o processo sofre com a sua interposição. Não decorrem da vontade das partes ou do Juiz, mas de determinação legal Constituem matéria de ordem pública, não sujeita a preclusão Nos itens seguintes serão examinados os principais efeitos: Devolutivo, Suspensivo e Ativo 10 EFEITO DEVOLUTIVO Previsto no Art. 515 CPC Consiste na aptidão que todo Recurso tem de devolver ao conhecimento do órgão ad quem o conhecimento da matéria impugnada O órgão ad quem deverá observar os limites do recurso, conhecendo apenas aquilo que foi impugnado EFEITO SUSPENSIVO É a qualidade que têm alguns recursos de impedir que a Decisão proferida se torne eficaz até que eles sejam examinados. Desta forma o que foi julgado na Decisão NÃO será cumprido enquanto não tiver a decisão do Recurso É preciso distinguir 2 categorias de Recursos em relação ao efeito suspensivo: A daqueles que, em regra, são dotados desse efeito, salvo expressa previsão legal; E o daqueles que não são, mas aos quais ele poderá ser atribuído, excepcionalmente EFEITO ATIVO É a antecipação da tutela recursal para os casos em que o recorrente convence o Tribunal a lhe conceder o que a decisão combatida negou. Tal efeito pode ser concedido logo após a interposição do Recurso para durar até o seu Julgamento Essa expressão é utilizada para designar a possibilidade de o relator, liminarmente, conceder a tutela de urgência que foi negada pela primeira instância. CLASSIFICAÇÃO Quanto ao objeto tutelado – O Recurso será: ORDINÁRIO É o Recurso Comum, no qual presta a tutela tanto do direito objetivo e do direito subjetivo. A parte que recorre pode pedir ao Tribunal que reexamine tanto as teses jurídicas quanto as questões de ordem fática É um Recurso previsto na CF, dirigida ao STJ ou a STF A CF não enumera em rol taxativo quais os fundamentos que esse recurso poderá ter, diferentemente do que ocorre com o recurso especial e com o extraordinário. Sendo assim os Recursos Ordinários só podem ter por fundamento as matérias elencadas nos art. 102, III e art. 105, III, da CF 11 O Recurso Ordinário serve para que o interessado possa obter o reexame das decisões que são de competência originária dos Tribunais São dirigidos ao STF os habeas corpus, mandado de segurança, habeas data, mandado de injunção e crimes políticos, decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão (Art. 102, II, da CF) São dirigidos ao STJ os habeas corpus, mandados de segurança, as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou Organismo Internacional, decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios (CF, art. 105, II) EXTRAORDINÁRIO No caso do Recurso Excepcional, o pleito não está sobre o direito subjetivo da parte, mas sim na proteção do direito objetivo O Recurso Excepcional visa a uniformização da aplicação desse Direito. A Constituição distribuiu a competência entre o STF e o STJ, de modo que o primeiro seria o guardião da Constituição, e o segundo, da Legislação Federal Desta forma os Recursos Extraordinários, apesar de se aplicarem também ao processo comum, estão estabelecidos em nível constitucional e têm por função não apenas a correção do caso concreto, mas também assegurar a uniformidade de interpretação da legislação federal e a eficácia e integridade das normas constitucionais Quanto a fundamentação: Dividido em: LIVRE Qualquer argumentação que possa estar no processo, ou seja, tudo aquilo que possa ser posto em juízo pode estar no referido recurso. Ex.: Apelação VINCULADA É aquele em que a argumentação é determinada pela espécie de recurso. Ex.: Embargos Infringentes, Recurso Especial 12 REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE e JUÍZO DE MÉRITO DOS RECURSOS Da mesma forma como, antes de examinar o mérito, o Juiz deve verificar se estão preenchidos os pressupostos processuais e condições da ação, antes de examinar a pretensão recursal, devem-se analisar os requisitos de admissibilidade do Recurso A Quo – Aquele que proferiu a decisão objeto do Recurso Ad Quem – Irá julgar o mérito do Recurso. Em regra o ad quem é superior ao a quo O exame é feito em duas frentes (salvo o agravo de instrumento, interposto diretamente no Órgão ad quem, e os embargos de declaração): Pelo Órgão a quo e pelo Órgão ad quem. Os requisitos de admissibilidade constituem matéria de ordem pública e, por isso, devem ser examinados de ofício Há 3 TIPOS DE JUÍZOS: Juízo de Admissibilidade – Verifica se o Recurso tem defeito ou não (Condição e Pressuposto). Pode haver até 3 Juízos de Admissibilidade. Sendo assim pode reconhecer o Recurso (Dar conhecimento) ou não reconhecer o Recurso por algum defeito (Não dar reconhecimento) Juízo de Retratação – Já estudamos acima, mas é a alteração do ato decisório pelo próprio Juízo que decidiuJuízo de Mérito – É o julgamento do pedido do Recurso. Sendo dado provimento (conceder o pedido do Recurso), improvimento (negar o que foi pedido) ou parcial provimento Requisitos de Admissibilidade dos Recursos: Intrínsecos - Assemelham-se às condições da ação, sendo assim os requisitos intrínsecos são as condições para que ele possa ser examinado pelo mérito. São divididos em: Cabimento - Os recursos são apenas aqueles criados por Lei (Art. 496 CPC) Legitimidade para Recorrer - Para interpor recurso é preciso ter legitimidade. Sendo as partes, intervenientes, MP e terceiro prejudicado Interesse Recursal – Assemelha ao interesse de agir, como condição da ação. Sendo assim é preciso que, por meio do recurso, se possa conseguir uma situação mais favorável do que a obtida com a Decisão ou a Sentença Extrínsecos - É a Tempestividade, o Preparo, a Regularidade Formal, e a Inexistência de Fato Extintivo ou Impeditivo do Direito de Recorrer PREPARO – É o correto recolhimento das custas processuais e das despesas com porte de remessa e de retorno DESERÇÃO - Pena aplicada pela falta ou insuficiência de Preparo 13 RECURSOS EM ESPÉCIES o Código de Processo Civil atual o artigo que elenca os tipos de Recursos em Espécie é o Art. 496: Art. 496 CPC - São cabíveis os seguintes recursos: I - Apelação II - Agravo III - Embargos Infringentes IV - Embargos de Declaração V - Recurso Ordinário VI - Recurso Especial VII - Recurso Extraordinário VIII - Embargos de Divergência em Recurso Especial e em Recurso Extraordinário No Código de Processo Civil Novo é o Art. 948 Art. 948 CPC Novo - São cabíveis os seguintes recursos: I - Apelação II – Agravo de Instrumento III – Agravo Interno IV - Embargos de Declaração V - Recurso Ordinário VI - Recurso Especial VII - Recurso Extraordinário VIII – Agravo de Admissão IX – Embargos de Divergência §1º - Excetuados os Embargos de Declaração, o prazo para interpor e para responder os recursos é de quinze dias §2º - No ato de interposição de Recurso ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, o recorrente deverá comprovar a ocorrência de feriado local Vamos analisar cada um desses Recursos: A P E L A Ç Ã O A Apelação é o Recurso cabível da Sentença que permite o reexame de todas as questões já decididas por meio de um efeito devolutivo amplíssimo (Efeito mais amplos dos Recursos – Art. 515 ao 517 do CPC) Em outras palavras, a Apelação é o Recurso que cabe contra Sentença, definida como o ato que põe fim ao processo, ou à fase condenatória. Esse Recurso é um dos utilizados com mais frequência Sendo assim o OBJETO da Apelação é a Sentença, entretanto há algumas sentenças que são combatidas por meio de agravo, sendo fixadas expressamente pela Lei As Apelações sempre serão diante dos ERROS da Sentença, que podem ser de Julgamento – Sobre a decisão meritória; ou de Procedimento – Sobre o andamento do processo. Ex.: Juiz profere a Sentença sem passar pela produção de provas N 14 Cabe contra qualquer tipo de Sentença: Proferidas em Processo de: Conhecimento sejam Condenatórias, Constitutivas ou Declaratórias Que extinguem as Execuções Contra as que julgam os Processos Cautelares O recebimento da Apelação está condicionado ao preenchimento dos requisitos gerais de admissibilidade O PRAZO para a interposição é de 15 DIAS e o apelante deve recolher o preparo Sob o aspecto formal, deverão ser observadas as EXIGÊNCIAS do art. 514 CPC: Deve ser INTERPOSTA NO JUÍZO A QUO por petição (peça de interposição), acompanhada das respectivas razões REQUISITOS - O Recurso deverá conter os nomes e qualificação das partes. Deverá ainda apresentar os fundamentos de fato e de direito em que se funda a pretensão recursal e formular o pedido de nova decisão A LEGITIMIDADE ATIVA será do: Sucumbente (parte que sobre os efeitos negativos da Sentença) é o principal legitimado para a Apelação Terceiro Prejudicado MP OBS.: Apelação de Ofício ou Reexame Necessário – Ocorre nas causas em que a Sentença for desfavorável à Fazenda Pública, sendo que não basta a Sentença para gerar a coisa julgada. Mesmo que o Procurador da Fazenda NÃO entre com Apelação, o Juiz mandará para o Tribunal. Entretanto só se aplica se o prejuízo da Fazenda Pública for igual ou superior a 60 salários mínimos (Art. 475 CPC) O PROCEDIMENTO para interpor a Apelação será o seguinte: 1. Interposição 2. Recebimento 3. Intimação do Apelado 4. Declaração dos Efeitos 5. Remessa ao Tribunal A G R A V O É dos Recursos mais utilizados em nosso ordenamento jurídico. Pode ser interposto de diversas maneiras. Na sua redação originária, o art. 496 do CPC fazia alusão a agravo de instrumento, como se esse fosse o nome do recurso quando é apenas uma das formas possíveis de interposição. A redação foi oportunamente corrigida, e atualmente o dispositivo legal alude corretamente a “agravo” O agravo CABE, em Primeira Instância, contra as Decisões Interlocutórias proferidas pelo Juiz singular, no qual são os atos decisórios que não põem fim ao processo ou à fase condenatória Noção do Professor: “É o Recurso cabível das decisões interlocutórias, proferidas em juízo singular” 15 A Lei Processual, para afastar dúvidas, deixa expresso o cabimento do agravo contra o ato judicial que julga a liquidação de sentença, e a impugnação, na fase executiva (salvo se, em decorrência do acolhimento, o Juiz extinguir o processo, caso em que haverá sentença, contra a qual o Recurso será de apelação) Fora do Regime do CPC, o Agravo também cabe contra a Sentença Declaratória de Falência e contra as Decisões Proferidas em Execução Penal Por fim, cabe ainda Agravo contra a Decisão Denegatória do Recurso Especial ou Extraordinário, proferida no Tribunal a quo. Modalidades ou Regimes É possível identificar 3 MODALIDADES de Agravo, que se distinguem em três aspectos: o Tipo de Decisão contra a qual podem ser interpostos, a Forma de Interposição e o Prazo São eles o Agravo Retido, o Agravo de Instrumento e o Agravo Inominado (No Novo Código é chamado de Agravo de Admissão), frequentemente chamado “agravinho”, interposto contra as Decisões Unilaterais do relator nos Tribunais Diante disso, vamos analisar cada uma dessas modalidades: AGRAVO RETIDO A forma comum da Interposição do Agravo é a RETIDA (Regra do Recurso), sendo o Agravo de Instrumento excepcional, o que só admite em situações específicas (Ex.: Urgência no Agravo), previstas em Lei Na redação originária, o CPC deixava ao agravante a livre escolha entre interpor o agravo na forma de instrumento ou retida, conforme quisesse que fosse examinado de imediato, ou somente após a Sentença Hoje não há mais escolha. A Lei estabelece os casos em que cabe o Agravo de Instrumento. Desta forma, não estando presentes os casos, ele terá de ser retido (o Agravo Inominado só cabe contra Decisões proferidas pelo Relator, no Tribunal) As hipóteses de Agravo Retido são apuradas por Exclusão: Sempre que houver Decisão Interlocutória, contra a qual não caiba Agravo de Instrumento Sendo assim só cabe Agravo Retido contra Decisão Interlocutória de Primeira Instância, cujo exame NÃO será feito de imediato, mas em uma fase posterior, no qual os autos são remetidos à Instância Superior para o exame de Recurso de Apelação, interposto por qualquer das partes Ele é ENTRANHADO (anexado) aos autos, e ali permanece, retido (fica de bobeira no processo, dormindinho), até que o Juiz profira Sentença Se NÃO for interposta Apelação, o agravo jamais será apreciado Se HouverApelação, o agravante precisará reiterar, nas suas razões ou contrarrazões, o pedido de que o Tribunal aprecie o agravo, como preliminar no julgamento da apelação 16 Com base nisso, o Agravo Retido NECESSITA da interposição de uma Apelação, no qual tem por FINALIDADE: Evitar a Preclusão ou Provocar o Juízo de Retratação (Exceção em que o Juiz poderá retratar a decisão, sem o agravo ficar retido. OBS.: Neste ponto que encontramos a justificativa do Legislador para acabar com este Recurso no Novo Código. Assim das Decisões Interlocutórias não há mais preclusão) Conforme o sábio exemplo do Professor: “O Agravo Retido não chega sozinho do Tribunal, ele precisa pegar uma carona, ele pega a carona na Apelação. Se a Apelação já foi, não tem com o Agravo Retido pegar carona” Desenrolar do Agravo Retido O processamento será distinto se a Decisão agravada for proferida durante a audiência de instrução e julgamento, ou em outro momento do processo Os Agravos Retidos INTERPOSTOS FORA DA AUDIÊNCIA terá o prazo de 10 DIAS Os Agravos Retidos INTERPOSTOS NA AUDIÊNCIA será imediato, apresentado oralmente Desta forma, na Fase de Instrução só cabe o Agravo Retido A Petição do Agravo Retido: Deve ser Fundamentada Não precisa ser Instruída Não há Preparo Deve ser Escrita ou Oral sempre para o juízo a quo OBS.: O Efeito Devolutivo não tem, mas quando tiver ele será Diferido. Efeito Suspensivo ou Ativo não há OBS².: Deve ser expressamente requerido na Apelação, sendo julgado como uma preliminar de Apelação OBS³.: Nos casos de Juízo de Retratação depende do Contraditório, sendo reformada a decisão no prazo de 10 dias Exemplo de Agravo Retido: Imagine-se que, no curso do processo, o autor postulou ao juiz o deferimento de prova pericial, e o juiz o negou. No prazo, interpôs agravo retido. Na sentença, o juiz pode julgar improcedente o pedido do autor, ou procedente, apesar de não realizada a perícia. No primeiro caso, o autor apelará e, nas razões de apelação pedirá que o tribunal, preliminarmente, reexamine a decisão que indeferiu a perícia Havendo a reiteração, o tribunal examinará o agravo retido: se negar provimento, mantendo o indeferimento da perícia, examinará a apelação; se der provimento, o processo retroagirá à fase de perícia, que deverá ser realizada, e todos os atos subsequentes, incluindo a sentença ficaram prejudicados. O processo retornará à fase em que foi proferida a decisão agravada. Como a sentença ficará prejudicada, o tribunal também considerará prejudicada a apelação 17 AGRAVO DE INSTRUMENTO A interposição do Agravo por Instrumento NÃO é mais um opção do agravante e SÓ CABE em situações determinadas: Quando a Lei o prevê como o Recurso Adequado: Contra as Decisões suscetíveis de causar à parte lesão grave ou de difícil reparação As que NÃO admitirem recurso de apelação As referentes aos efeitos que o Juiz atribui a esse Recurso Contra a Decisão que julga a liquidação e contra aquela que, em cumprimento de sentença, julga a impugnação do executado Contra as Decisões contra as quais NÃO seja possível apresentar o agravo retido Ex.: No processo de execução, o Juiz pode proferir numerosas decisões contra as quais não será possível interpor agravo retido, porque não haverá sentença de mérito, nem apelação (a execução extingue-se por sentença, cuja finalidade é apenas dar por encerrado o processo), o que impediria o agravo retido de subir O Agravo de Instrumento é interposto diretamente no órgão ad quem, para apreciação imediata. Entretanto, o processo corre no órgão a quo, sendo assim para que a questão possa ser levada ao órgão superior é preciso formar um instrumento, no qual irá conter peças que serão consideradas importantes (Petição do Agravo e as Cópias Necessárias/Facultativas) O Agravo de Instrumento será interposto por escrito no órgão ad quem no PRAZO de 10 DIAS O principal aspecto em que se distingue do Agravo Retido é que, sendo interposto no Órgão Superior, NÃO tem sua apreciação diferida para a fase posterior a sentença, quando da Apelação. Por isso, não precisa ser reiterado Se o recorrente não quiser ou não puder deslocar- se à sede do Tribunal, poderá ser enviado pelo Correio com aviso de recebimento, encaminhado por fax, ou pelo sistema do protocolo integrado Art. 524 CPC - I — A exposição do fato e do direito; II — As razões do pedido de reforma da decisão; III — O nome e o endereço completo dos advogados, constantes do processo Desta forma, conforme o artigo mencionado acima, na Petição do Agravo é preciso que o agravante indique qual a decisão que pretende ver reformada, as razões, bem como colocar o nome e o endereço de todos os Advogados Algumas peças são OBRIGATÓRIAS e, se não juntadas, o Recurso NÃO será conhecido. São elas: Cópia da Decisão agravada Certidão de Intimação das partes (para que se possa verificar a tempestividade do Recurso) Procurações dos Advogados do agravante e do agravado 18 A apresentação apenas das peças obrigatórias não será suficiente, cumprindo ao agravante acrescentar outras, que sirvam para elucidar o que se passa no processo ATENÇÃO!!! Interposto o recurso, o Agravante ainda tem uma tarefa que, NÃO cumprida, pode levar ao não conhecimento. Trata-se de informar ao Juízo a quo a interposição, no prazo de 3 DIAS, juntando cópia da petição de agravo, a comprovação de interposição e a relação dos documentos apresentados (Art. 526 do CPC). A finalidade disto é permitir ao Juiz exercer o Juízo de Retratação, se o agravante (quem interpôs o agravo) não cumprir a determinação, caberá ao agravado (contra quem foi agravado) comunicar ao Tribunal que, então, não conhecerá do recurso (art. 526 § único do CPC) Se o réu não estiver no processo, e ocorrer a interposição do agravo, além do agravante informa o juízo a quo que ocorreu a interposição do agravo no juízo ad quem, deverá informar após o juízo ad quem que notificou o juízo ad quo – Entendimento do Tribunal de Justiça de São Paulo Procedimento do Agravo no Tribunal Primeiro o Agravo de Instrumento será: Protocolado Após será Distribuído, no qual será escolhido um Relator, um Revisor e um 3º Juiz O Relator irá fazer um Despacho e irá fazer as seguintes tarefas: a) Art. 557 CPC – Poderá ser NEGADO de plano o seguimento ao Agravo, quando verificar que o Recurso é manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com Súmula ou Jurisprudência dominante do STF ou de Tribunal Superior – Contra essa Decisão, cabe no prazo de 5 DIAS, o Agravo Inominado (Art. 557, §1 CPC) Poderá ser PROVIMENTO de plano ao Agravo, quando a Decisão recorrida estiver em manifesto confronto com Súmula ou Jurisprudência dominante do STF ou de Tribunal Superior b) O relator poderá, verificando que não estão presentes as hipóteses de cabimento do agravo de instrumento (Art. 527 CPC), convertê-lo em retido, caso em que determinará a remessa do Recurso ao Órgão a quo, onde se processará sob a forma retida – Contra essa Decisão NÃO cabe Recurso (Nem mesmo o Agravo inominado), entretanto a alternativa será o Mandado de Segurança c) Cabe ao Relator decidir se DEFERE OU NÃO Efeito Suspensivo ou Ativo – Dessa Decisão não caberá Recurso, o que poderá justificar também a impetração do Mandado de Segurança d) O Relator poderá requisitar informações ao Juiz da causa, que as prestará no PRAZO de 10 DIAS e) Cumprirá ao Relator determinar que o agravado seja intimado para apresentar as contrarrazões, no PRAZO de 10 DIAS f) Por fim, o Relator deverá abrir vista ao MP, nos casos em que ele intervenha Em seguida, pedirá DIA para JULGAMENTO,em PRAZO não superior a 30 DIAS da intimação do agravado (Art. 528 CPC) 19 Após tudo isso feito pelo Relator, ele irá Elaborar o seu voto Dará Vista ao Revisor Será Marcado o Julgamento Ocorrerá o Julgamento Será Elaborada a Redação do Acórdão Ocorrerá a Publicação OBS.: Se o processo for julgado, o agravo também perde o objeto ESQUEMATIZANDO o AGRAVO E M B A R G O S I N F R I N G E N T E S Arts. 530 ao 534 do CPP Os Embargos Infringentes surgem da ideia de dúvida Muito se discute se os Embargos Infringentes devem ser mantidos, ou banidos do nosso Ordenamento. Se, de um lado, a existência de mais um Recurso pode implicar o retardamento do processo, por outro, os altos índices de acolhimento dos embargos mostram que se justifica a sua manutenção. As reformas pelas quais o Sistema Recursal do Processo Civil passou NÃO extinguiram os Embargos Infringentes, mas reduziram o espectro de seu cabimento Cabimento • É o Recurso que cabe contra as decisões interlocutórias em geral. Cabe ainda contra a decisão do Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal que indefere o processamento do Recurso Extraordinário ou Especial, e contra a Sentença que decreta falência Formas de Interposição • O agravo pode ser retido ou de instrumento. A regra é que seja retido, sendo de instrumento contra as Decisões que tragam perigo irreparável ou de difícil reparação , que indefira o seguimento da apelação, e que examine os efeitos em que ela é recebida Processamento • Agravo interposto contra Decisões proferidas em audiência deve ser oral e imediato, na própria audiência, devendo o adversário oferecer contrarrazões em seguida. Interposto contra Decisões proferidas fora da audiência deve ser escrito, no prazo de 10 dias, e o adversário responderá no mesmo prazo. • Em Ambas há Juízo de Retratação • Agravo retido não é apreciado de imediato, mas como preliminar no julgamento de apelação, desde que reiterado nas razões e contrarrazões 20 Antes delas, eles podiam ser interpostos sempre que, no Julgamento de Apelação ou Ação Rescisória, fosse proferido Acórdão Não Unânime, não importando qual fosse o teor da sentença ou do acórdão. A Lei n. 10.352/2001 modificou a redação do art. 530 do CPC, e reduziu a sua incidência Admissibilidade De acordo com o Art. 530 do CPC: “Cabem Embargos Infringentes quando o Acórdão não unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência” Sendo assim, os casos que cabem os Embargos Infringentes: Toda vez que uma Sentença meritória for reformada em grau de apelação por maioria de votos, cabem Embargos Infringentes, porque a bem dizer houve um “empate de Julgamento” (Ex.: O Juiz da 1ª Sentença julgou Procedente, os Desembargadores votaram 1 procedente e 2 improcedentes) A Ação Rescisória já começa no Tribunal competente para julgar a Apelação naquele processo, sendo que 5 Desembargadores julgam a ação. Se julgar Procedente e NÃO for unânime, cabe Embargos Infringentes, caso di que? Porque se um Desembargador discordar, é melhor discutir mais uma vez, pois para algo virar coisa julgada é algo bem delicado A interposição é feita no Juízo a quo e a petição é endereçada ao Relator da Apelação ou da Ação Rescisória Interpostos os Embargos, abrir-se-á vista ao recorrido para contrarrazões; Após, o Relator do Acórdão embargado apreciará a admissibilidade do recurso Da Decisão que NÃO admitir os Embargos caberá AGRAVO, em 5 DIAS, para o Órgão competente para o Julgamento do Recurso (Art. 557 CPC) Processamento Quando cabíveis, os Embargos Infringentes têm de ser interpostos pela parte interessada, sob pena de haver o trânsito em julgado, NÃO podendo o prejudicado valer-se de Recurso Especial ou Extraordinário contra essa parte, se primeiro não opôs os infringentes. Afinal, é requisito do RE e do REsp que já tenham se esgotado os recursos, nas vias ordinárias. Desta forma ficará sobrestado o prazo do RE e do REsp O PRAZO dos Embargos Infringentes é de 15 DIAS, a contar da data que foi intimado do Acórdão As CONTRARRAZÕES tem o MESMO PRAZO 21 Efeitos DEVOLUTIVO Os Embargos Infringentes devolvem ao conhecimento do Tribunal apenas o conhecimento da matéria que NÃO foi objeto de votação unânime, quando há reforma da Sentença de mérito ou procedência da ação rescisória Os LIMITES serão dados pela extensão da divergência, daquilo que tenha sido objeto do voto vencido. Mas a divergência há de dizer respeito à conclusão do Acórdão, e não a sua motivação SUSPENSIVO Os Embargos Infringentes pressupõem que tenha havido acórdão não unânime proferido no Julgamento de Apelação ou Ação Rescisória R E C U R S O A D E S I V O Art. 500 do CPC O Recurso Adesivo NÃO é uma espécie, mas uma forma de interposição de alguns Recursos. Podem ser opostos sob a forma adesiva a Apelação, os Embargos Infringentes, o Recurso Especial e o Extraordinário São 2 os requisitos do Recurso Adesivo: 1. Que tenha havido sucumbência recíproca, isto é, que nenhum dos litigantes tenha obtido no processo o melhor resultado possível 2. Que tenha havido Recurso do adversário Mas quando o Recurso deve ser interposto como Principal, ou Adesivo? Ex.: A ajuíza em face de B uma ação de cobrança de 100, e que o Juiz julga parcialmente procedente o pedido, condenando o réu a pagar ao autor 80. Sendo assim houve sucumbência recíproca Pode ocorrer que essa Sentença não satisfaça nenhum dos litigantes, e que ambos queiram que seja reformada pelo órgão ad quem. Intimadas, as partes apresentarão o seu Recurso sob a forma principal. Serão Recursos autônomos, cujos requisitos de admissibilidade serão examinados pelo Juiz, individualmente. Mas pode ocorrer que A, não tenha obtido o resultado mais favorável, aceite o resultado, e esteja disposto a não recorrer, para que, havendo logo o trânsito em julgado, ela passe a produzir efeitos. Sendo assim, deixará transcorrer o seu prazo in albis. Mas A descobre que o seu adversário recorreu, o que impede o trânsito em julgado: os autos terão de ser remetidos ao Tribunal. O autor, se soubesse que o réu interporia recurso, e que os autos subiriam, também teria recorrido, para tentar obter um resultado ainda mais 22 favorável. Nessa circunstância, a lei processual lhe dá uma segunda oportunidade de recorrer, desta feita sob a forma adesiva. É como se o autor “pegasse carona” no Recurso do adversário, apresentando também o seu. Essa breve explicação esclarece o porque é indispensável que tenha havido sucumbência recíproca e recurso do adversário, pois do contrário não haveria como “pegar a carona” Isso explica o caráter acessório do Recurso Adesivo. Se principal NÃO for admitido, ou se houver DESISTÊNCIA, ele ficará prejudicado, pois só sobe e é examinado com o principal (Art. 500, III CPC) A desistência da ação depende da anuência do réu, porém com os Recursos é diferente, a parte que tiver entrado com o Recurso pode desistir do Recurso independentemente da vontade do recorrido (Art. 501 CPC) Processamento do Recurso Adesivo Publicada a Sentença ou Acórdão, fluirá o prazo para a apresentação de Recurso principal, que pode ser interposto por ambas as partes. Havendo sucumbência recíproca, se só uma das partes recorrer, a outra será intimada a oferecer contrarrazões. Nesse prazo, além delas, poderá apresentar o Recurso Adesivo, no qual deverá ser apresentado no prazo das contrarrazões (15 DIAS),mas em peças distintas Tem prevalecido o entendimento de que a Fazenda Pública e o MP terão prazo em dobro para a interposição do Recurso Adesivo Resumindo, o Recurso Adesivo é um nova chance para recorrer, pois se perdeu o prazo para interpor o Recurso normal, haverá a oportunidade de interpor o Recurso Adesivo no prazo das contrarrazões R E C U R S O O R D I N Á R I O Art. 539 e 540 do CPC É o Recurso cabível nas ações de competência originária dos Tribunais para cumprir função semelhante a da Apelação Professor disse para não anotar, mas anotei!! Ele disse que: “O Recurso Ordinário é a Apelação dos processos que não tem apelação”. Pois a ação é proposta diretamente no Tribunal, e não na Vara Desta forma é um Recurso previsto na CF, dirigida ao STJ ou a STF (Art. 102, II e art. 105, II da CF) O Recurso Ordinário serve, em regra, para que o interessado possa obter o reexame das Decisões que são de competência originária dos Tribunais. Contra os julgamentos de 1º Instância, cabe Apelação; Se o processo é de competência originária dos Tribunais, a apelação não será cabível, mas a CF prevê o Recurso Ordinário, no qual o STJ e o STF poderão reexaminar o que ficou decidido, NÃO como instâncias extraordinárias, mas como uma espécie de “segunda instância” Deve ser interposto no prazo de 15 DIAS perante o relator do Acórdão recorrido 23 Como já vimos no começo desta matéria, os Recursos Extraordinários lato sensu têm outra finalidade: Impedir que as Decisões judiciais contrariem a Constituição Federal ou as Leis Federais, mantendo a uniformidade de interpretação, em todo país, de uma e outras Sendo assim os Recursos Extraordinários lato sensu são: o Especial, o Extraordinário e os Embargos de Divergência, sempre julgados pelo STF ou pelo STJ. Esses Tribunais julgam também Recursos Ordinários, nas hipóteses dos arts. 102, II e 105, II da CF, assim como já estudamos AGORA IREMOS ESTUDAR CADA UM DESSES RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS: R E C U R S O E S P E C I A L Visam à efetividade e uniformidade de interpretação do Direito Objetivo Federal Não servem para a revisão dos fatos, as questões jurídicas não depende de quem as trata. Quer ver uma coisa: Uma pessoa pode se casar com 10 anos de idade? Não pode e não precisa dizer quem é essa pessoa, pois trata de uma questão jurídica. Na questão fática, o Juiz tem que olhar para a vida das partes, ocorre quando discute se houve culpa no processo As hipóteses de cabimento taxativo estão no art. 105, III, a, b, c da CF: “Compete ao STJ: Julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) Julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal ; c) Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro Tribunal” OBS.: Contrariar Tratado ou Lei Federal, ou negar-lhes vigência - Negar vigência traz a ideia de afrontar a Lei Federal, ou deixar de aplicá-la nos casos em que isso deveria ocorrer. Já a contrariedade abrange tudo isso, e, mais: Não dar à Lei Federal a interpretação mais adequada Requisitos e Procedimento Devem ser apresentados no PRAZO de 15 DIAS Pode ser interposto sob a forma comum ou forma adesiva, caso em que será apresentado no prazo para as contrarrazões ao Recurso do adversário Exige Preparo o Porte de Remessa e Retorno Recurso Especial é interposto no juízo a quo em 2 peças (Uma nos autos e outra no STJ quando for usado). Então será sempre no Tribunal que julgou o Recurso anterior Os demais requisitos de admissibilidade de todos os Recursos são comuns também ao RE e ao REsp. (Legitimidade, Interesse, Regularidade formal e Inexistência de fato impeditivo ou modificativo) 24 Cabendo qualquer outro tipo de Recurso que NÃO são seja o Especial e o Extraordinário, esses deverão ser interpostos, sempre deixando o Especial e o Extraordinário por último. Desta forma SEMPRE irá ter qualquer Recurso antes do RE ou REsp Exigem o Prequestionamento que é feito na petição do Recurso anterior, em um item expresso, formulando um pedido de um futuro e eventual Recurso Especial ou Extraordinário, sendo que usa as 3 letras do art. 105 como fundamento OBS.: Nos casos de não haver Recurso para interpor antes do Especial, pode entrar com Embargos de Declaração somente para pré questionar OBS².: Recurso Especial SÓ tem o Efeito Devolutivo, o STJ vai discutir a questão novamente, mas a Decisão como está tem que ficar, sendo cumprida OBS³.: Entretanto pode se requerer um efeito suspensivo cautelar, por meio de medida acautelatória. Desta forma o Recurso não terá o efeito suspensivo, mas somente a medida cautelar sofrerá este efeito OBS4.: No Recurso Especial NÃO é possível o processo do JEC chegar ao Tribunal, porque o colégio recursal não é Tribunal Art. 1.036 do novo CPC – Pedido de extinção do recurso intempestivo R E C U R S O E X T R A O R D I N Á R I O O cabimento está previsto no Art. 102, inc. III, alíneas, a, b, c e d da CF. De acordo com o dispositivo constitucional: Compete ao STF “Julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida” Tem como Tutela o Direito Objetivo e Matéria Constitucional Interposição em conjunto com Recurso Especial: Mesmo prazo, petições distintas, ordem de julgamento (1º Especial e Inversão) Em regra primeiro julga o recurso especial, depois o extraordinário Porém nos casos de Decisão Irrecorrível, o Julgador do STJ pode sobrestar o especial e mandar os autos para o STF, para que o Recurso Extraordinário seja julgado primeiro. Se o Julgador do STF não achar prejudicial o julgamento do extraordinário, ele mandará os autos de volta ao STJ O PROCEDIMENTO do Recurso Extraordinário é o mesmo do Recurso Especial. Para ambos aplica o regime da retenção, quando os Recursos forem interpostos contra Acórdão proferido no julgamento de Recurso interposto contra Decisão Interlocutória (art. 542, § 3º, do CPC). O RE ou REsp não subirão, nem serão examinados de imediato, mas ficarão retidos, e serão encaminhados ao STF ou STJ quando da 25 interposição de Recurso Extraordinário ou Especial contra o Acórdão que julgar apelação ou eventuais embargos infringentes Outros Recursos: Agravo contra inadmissão do Recurso especial/extraordinário – Art. 544 do CPC Agravo no STJ/STF – Art. 545 CPC Embargos de divergência – Art. 546 do CPC 2º QUESTIONÁRIO PARA AJUDAR NOS ESTUDOS 1) O que são Sentenças? Extra, Infra e Ultra Petita 2) A Sentença meritória produz coisa julgada material? E coisa julgada processual? Explique 3) Toda Sentença deve ter relatório, fundamento e dispositivo? Explique e comente cada um desses elementos 4) Em que parte da Sentença são fixados os limites objetivos e subjetivos da coisa julgada? Explique 5) A Sentença meritória pode ser proferida antes da citação? Explique em detalhes 6) Considerando os mecanismos jurisdicionais de pacificação dos conflitos responda: a. O que é coisa julgada material b. O que é transito em julgado c. O que são razões de decidir d. No que implica a aplicação do principio do dedutível e do deduzido 7) O que é repercussão geral? 8) Comente uma peculiaridade do Recurso de agravo na fase instrutória 9) O que é Recurso adesivo (Art. 500 do CPP atual) Elabore uma hipótese em que os seguintes recursos/incidentes sejam interpostos: Agravo de instrumento de decisão liminar, agravo de instrumento convertido emagravo retido antes da audiência, agravo retido oral e imediato, apelação com pedido de anulação da sentença, agravo retido, apelação com duplo efeito obtido após agravo de instrumento, embargos infringentes e embargos de declaração de embargos de declaração 26 QUESTÃO DISCURSIVA: Considere cada uma das Três Teorias sobre Direito de Ação e o Direito ao Recurso para em seguida formular argumentos que possam ser usados em defesa da parte condenada por litigância de má-fé nos termos do art. 17, inciso VII do Código de Processo Civil Resposta: Art. 17, VII CPC - Recurso meramente protelatório, ou seja, usou o recurso somente para ganhar tempo A Causa de Pedir no Recurso é o erro judicial do Juiz na Sentença A linha de defesa nos termos da Teoria Civilista é de sustentar que houve um erro judicial Diante da linha de defesa da Teoria Abstrata é sustentar que o condenado tem puro e simplesmente o direito de provocar o Judiciário, independente do direito material existir. Todos tem o direito absoluto autônomo ao Recurso, nesses termos não pode existir a litigância de má-fé Na Linha de defesa da teoria eclética a defesa é de existir desde que o direito de provocar o Judiciário seja razoável, sendo condicionado a um argumento razoável Outras Questões 1. Compare os Códigos de 1973 e 2015 quanto a disciplina legal dos Recursos de Apelação, Agravo, Embargos Infringentes e Recurso Ordinário Resposta: Código de 1973 (Atual) Código Novo Apelação Art. 513 CPC Da Sentença caberá apelação nos casos do art. 267 e 269 do CPC Art. 963 novo CPC Da Sentença cabe apelação, ele não fala nada sobre quais artigos cabe apelação A diferença está no parágrafo único que diz que as questões resolvidas na fase de conhecimento, se a Decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não ficam cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de Apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões Agravo Art. 522 CPC Existe Agravo Retido e de Instrumento Art. 969 novo CPC Existe somente o Agravo de Instrumento Cabe nas decisões interlocutórias dos 27 Cabe nas decisões interlocutórias Na falta de peça obrigatória implicará a inadmissibilidade do recurso casos elencados nos incisos do art. 969 e de seu parágrafo único do novo CPC Na falta de peça obrigatória não implicará a inadmissibilidade do recurso, sendo intimado para supri-la no prazo de 5 dias Embargos Infringentes Existe esse tipo de Recurso Não haverá mais essa possibilidade de Recurso Recurso Ordinário Art. 539 CPC Cabível nas ações de competência originária dos Tribunais para cumprir função semelhante a da Apelação Art. 981 novo CPC Não houve alteração no novo Código 2. Considere as características gerais dos Recursos e critique a natureza recursal dos Embargos de Declaração Resposta: Mesmo que os Embargos Declaratórios estejam alocados no segmento “dos recursos”, não tem natureza recursal, precipuamente, porque na sua finalidade não se pleiteia a reforma substancial do julgado insatisfatório, mas o seu mero reexame. São dirigidos ao próprio Juízo/Juiz de 1º grau ou relator do Tribunal que prolatou a decisão, portanto, não apresenta o efeito devolutivo, o qual consiste em transferir para órgão diverso o conhecimento da matéria impugnada. Ademais, aduzem que não estão sujeitos ao preparo. Dessa forma, os Embargos de declaração possuem natureza de incidente processual
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