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Teoria Geral da Execução. Slides

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1
TEORIA GERAL DA 
EXECUÇÃO
Direito a uma prestação
� “Direito a uma prestação é o poder jurídico,
conferido a alguém, de exigir de outrem
o cumprimento de uma prestação
(conduta), que pode ser um fazer, um
não-fazer, ou dar – prestação essa que
se divide em dar dinheiro e dar coisa distinta
de dinheiro.”
Fredie Didier Jr.
Toda vez que uma 
prestação não é cumprida, 
ocorre o 
INADIMPLEMENTO, 
surgindo para o credor o 
direito de buscar através 
do Poder judiciário a 
concretização da prestação 
devida.
Tutela Executiva
� A tutela executiva busca a
satisfação ou realização de
um direito já acertado ou
definido em um título judicial
ou extrajudicial, com vistas a
eliminação de uma crise jurídica de
inadimplemento.
� Obs. Diferentemente das tutelas cognitivas e
cautelares, a tutela executiva não
poderá ser concedida em
benefício do devedor.
� Assim, não há como se admitir que a
execução tenha fim com a satisfação de um
direito do executado; o máximo que pode
ocorrer é extinção do processo por causas
anômalas: ausência de pressupostos
processuais, etc.
Da Execução Forçada
2
A execução forçada consiste na intromissão
coersitiva na esfera jurídica do devedor,
através da agressão direta sobre o
patrimônio do devedor, para satisfazer
o direito do credor.
Humberto Theodoro Júnior
Execução Forçada
Fase Processual
Cumprimento de Sentença
Processo Autônomo
PRINCÍPIOS
Princípio da Patrimonialidade ou 
responsabilidade patrimonial
� A execução será sempre real, ou
seja, incide exclusivamente sobre o
patrimônio do executado, e não sobre sua
pessoa.
� Obs.: Execução de Alimentos: o pagamento da dívida não
exime o devedor de pagar o valor devido.
Princípio da efetividade da execução, 
Princípio da Primazia específica ou 
princípio do resultado
� Pelo processo de execução deve-se
assegurar ao credor precisamente
aquilo que tem direito e nada mais.
Princípio da efetividade da execução, Princípio da Primazia 
específica ou princípio do resultado
� CPC – 1973
Art. 659. A penhora deverá
incidir em tantos bens
quantos bastem para o
pagamento do principal
atualizado, juros, custas e
honorários advocatícios.
� Novo CPC – 2015
Art. 831. A penhora deverá
recair sobre tantos bens
quantos bastem para o
pagamento do principal
atualizado, dos juros, das
custas e dos honorários
advocatícios.
3
Princípio da Menor Onerosidade ao 
devedor
� Pelo processo de execução deve-se
desenvolver de forma que seja menos
oneroso e prejudicial ao devedor.
Princípio da Menor Onerosidade ao devedor
� CPC – 1973
Art. 620. Quando por vários
meios o credor puder
promover a execução, o juiz
mandará que se faça pelo
modo menos gravoso para
o devedor.
� Novo CPC – 2015
Art. 805. Quando por
vários meios o exequente
puder promover a
execução, o juiz mandará
que se faça pelo modo
menos gravoso para o
executado.
Princípio da disponibilidade da 
execução
� O credor não está obrigado a promover
a execução do seu crédito, uma vez
instaurado o processo de execução ele
poderá desistir de toda a execução ou
de apenas algumas medidas
executivas.
Princípio da disponibilidade da execução
� CPC – 1973
Art. 569. O credor tem a
faculdade de desistir de
toda a execução ou de
apenas algumas medidas
executivas.
� Novo CPC – 2015
Art. 775. O exequente tem
o direito de desistir de toda
a execução ou de apenas
alguma medida executiva.
Princípio do Contraditório
� Direito de ser ouvido;
� Direito de acompanhar os atos processuais;
� Direito de produzir provas, participar da
produção e manifestar-se sobre a prova
produzida;
� Direito de ser informado dos atos praticados
no processo;
� Direito a Motivação das decisões;
� Direito de impugnar as decisões.
Princípio da Cooperação
� Consiste na cooperação de Exequente
e Executado com o órgão Jurisdicional.
� Ex. O executado tem o dever de indicar bens
seus a penhora ou declarar quais são seus bens
penhoráveis e onde se encontram, indicar nos
embargos qual o valor que entende correto.
4
Princípio da Proporcionalidade
� É preciso relativizar as ordens judiciais
para que se sacrifique o mínimo
possível os direitos de ambas as
partes.
� Ex. Vedação da arrematação por preço vil.
Princípio da Adequação
� Trata-se da adequação do meio
coersitivo ao caso concreto.
� Ex. Prisão civil do devedor de alimentos
� Ex. Proibição de penhora dos bens da Fazenda
Pública (precatórios).
CLASSIFICAÇÃO DA 
EXECUÇÃO
Execução comum e execução especial
� Comuns: servem a uma generalidade de
créditos, como é o caso do procedimento da
execução por quantia certa;
� Especiais: servem a satisfação de alguns
créditos específicos, como é o caso da
execução de alimentos e execução fiscal.
Execução Direta e Execução Indireta
� Direta: é aquela em que o Poder Judiciário
adotará uma medida coersitiva em substituição a
conduta do devedor;
� Indireta: atua na vontade do devedor, servindo
como uma espécie de estímulo ao cumprimento da
prestação. E poderá ser por meio de: medo (prisão
civil e multa) e pelo incentivo (Sansões premiais
isenção de custas e honorários, parcelamento, etc.)
Execução Definitiva e Execução 
Provisória
� Definitiva: é a execução completa, que
vai até a fase final (com a entrega do bem da
vida), sem exigências ao Exequente;
� Provisória: é aquela que embora possa ir
até o final, exige requisitos extras para o
Exequente.
CPC/1973: art. 475-O
CPC/2015: art. 520
5
Execução Provisória
� CPC – 1973
Art. 475-O. A execução
provisória da sentença far-
se-á, no que couber, do
mesmo modo que a
definitiva, observadas as
seguintes normas:
� Novo CPC – 2015
Art. 520. O cumprimento
provisório da sentença
impugnada por recurso
desprovido de efeito
suspensivo será realizado
da mesma forma que o
cumprimento definitivo,
sujeitando-se ao seguinte
regime:
Execução Provisória
� CPC/1973 : Art. 475-O.
I – corre por iniciativa, conta e
responsabilidade do exeqüente,
que se obriga, se a sentença for
reformada, a reparar os danos
que o executado haja sofrido;
II – fica sem efeito, sobrevindo
acórdão que modifique ou anule
a sentença objeto da execução,
restituindo-se as partes ao estado
anterior e liquidados eventuais
prejuízos nos mesmos autos, por
arbitramento;
� Novo CPC/2015 : Art. 520.
I - corre por iniciativa e
responsabilidade do exequente,
que se obriga, se a sentença for
reformada, a reparar os danos que
o executado haja sofrido;
II - fica sem efeito, sobrevindo
decisão que modifique ou anule a
sentença objeto da execução,
restituindo-se as partes ao estado
anterior e liquidando-se eventuais
prejuízos nos mesmos autos;
Execução Provisória
� CPC/1973 : Art. 475-O.
III – o levantamento de
depósito em dinheiro e a
prática de atos que
importem alienação de
propriedade ou dos quais
possa resultar grave dano
ao executado dependem de
caução suficiente e idônea,
arbitrada de plano pelo juiz
e prestada nos próprios
autos.
� Novo CPC/2015 : Art. 520.
IV - o levantamento de depósito
em dinheiro e a prática de atos
que importem transferência de
posse ou alienação de
propriedade ou de outro direito
real, ou dos quais possa resultar
grave dano ao executado,
dependem de caução suficiente e
idônea, arbitrada de plano pelo
juiz e prestada nos próprios
autos.
Execução Provisória
� CPC/1973 : Art. 475-O.
Não tem dispositivo
correspondente.
� Novo CPC/2015 : Art. 520.
III - se a sentença objeto de
cumprimento provisório for
modificada ou anulada
apenas em parte, somente
nesta ficará sem efeito a
execução;
Execução Fundada em Título Judicial e 
Execução Fundada em Título Extrajudicial
� Título Judicial: (CPC/73: art.475-N);
(CPC/15: art.515);
� Título Extrajudicial: (CPC/73: art. 585)
(CPC/15: art.475)
Títulos ExecutivosJudiciais 
� CPC/1973 : Art. 475-N.
I – Sentença proferida no
processo civil que
reconheça a existência de
obrigação de fazer, não
fazer, entregar coisa ou
pagar quantia;
É necessário o Trânsito em julgado?
Serão cumpridas nos mesmos
processos em que foram formadas.
� Novo CPC/2015 : Art. 515.
I - as decisões proferidas no
processo civil que
reconheçam a exigibilidade
de obrigação de pagar
quantia, de fazer, de não
fazer ou de entregar coisa;
6
Títulos Executivos Judiciais 
� CPC/1973 : Art. 475-N.
II – Sentença penal
condenatória transitada em
julgado
É necessário o Trânsito em julgado?
Processo autônomo;
� Novo CPC/2015: Art. 515.
VI - a sentença penal
condenatória transitada em
julgado;
Títulos Executivos Judiciais 
� CPC/1973 : Art. 475-N.
III – a sentença
homologatória de
conciliação ou de transação,
ainda que inclua matéria
não posta em juízo;
� Novo CPC/2015: Art. 515.
II - a decisão homologatória
de autocomposição judicial;
Títulos Executivos Judiciais (Art. 475 N)
IV – a sentença arbitral;
• com a citação do devedor – artigo 475N, parágrafo
único, do CPC.
Títulos Executivos Judiciais 
� CPC/1973 : Art. 475-N.
IV – a sentença arbitral;
Título não criado por juiz. Não há
necessidade de homologação pelo
Poder Judiciário;
Lei n. 9.307/96 (artigo (artigo 23 e
seguintes) seguintes);
Processo autônomo.
� Novo CPC/2015: Art. 515.
VII - a sentença arbitral;
Títulos Executivos Judiciais 
� CPC/1973 : Art. 475-N.
V – o acordo extrajudicial de
qualquer natureza,
homologado judicialmente.
Artigo 57 da Lei n. 9.099/95)
� Novo CPC/2015: Art. 515.
III - a decisão
homologatória de
autocomposição
extrajudicial de qualquer
natureza;
Títulos Executivos Judiciais 
� CPC/1973 : Art. 475-N.
VI – a sentença estrangeira,
homologada pelo Superior
Tribunal de Justiça;
Artigo 105, I, “i”, da CF;
Artigo 483/484 do CPC (Resolução n.
9/2005 do STJ);
Execução perante à Justiça Federal–
art. 109, X, da CF;
Processo autônomo.
.
� Novo CPC/2015: Art. 515.
VIII - a sentença estrangeira
homologada pelo Superior
Tribunal de Justiça;
7
Títulos Executivos Judiciais 
� CPC/1973 : Art. 475-N.
VII – o formal e a certidão
de partilha, exclusivamente
em relação ao inventariante,
aos herdeiros e sucessores
a título singular ou
universal.
.
� Novo CPC/2015: Art. 515.
IV - o formal e a certidão de
partilha, exclusivamente em
relação ao inventariante,
aos herdeiros e aos
sucessores a título singular
ou universal;
Títulos Executivos Judiciais 
� CPC/1973 : Art. 585.
.VI - o crédito de serventuário de
justiça, de perito, de intérprete,
ou de tradutor, quando as
custas, emolumentos ou
honorários forem aprovados por
decisão judicial;
� Novo CPC/2015: Art. 515.
V - o crédito de auxiliar da
justiça, quando as custas,
emolumentos ou honorários
tiverem sido aprovados por
decisão judicial;
No CPC/73 era título executivo
extrajudicial – art. 585.
Títulos Executivos Judiciais 
� CPC/1973 :
.
Sem dispositivo
correspondente.
� Novo CPC/2015: Art. 515.
IX - a decisão interlocutória
estrangeira, após a
concessão do exequatur à
carta rogatória pelo
Superior Tribunal de
Justiça;
DOS TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS
Títulos Executivos Extrajudiciais 
� CPC/1973 : ART. 585
I - a letra de câmbio, a
nota promissória, a
duplicata, a debênture
e o cheque;
Títulos de créditos que possuem
força executiva;
Regulados por lei específicas.
� Novo CPC/2015: Art. 515.
I - a letra de câmbio, a nota
promissória, a duplicata, a
debênture e o cheque;
� Duplicata: Lei n. 5.474/68.
� ordem de pagamento emitida pelo credor, ao vender
uma mercadoria ou serviço que prestou e que estão
representados em uma fatura, que deve ser paga pelo
comprador das mercadorias ou pelo tomador dos
serviços.
� Depende de aceite. Se não aceita para ter força
executiva:
� 1. deve ser protestada;
� 2. acompanhada do comprovante de entrega do
produto/efetiva prestação de serviço e
� 3. não poderá ter recusa de aceite – art. 15;
8
• Letra de câmbio: Lei Uniforme de
Genebra (Decreto 57.663/66 – art. 43
e seguintes).
� Título de crédito onde o sacador (quem emite o título),
expede uma ordem de pagamento ao sacado (pessoa
que deverá paga-la), que fica obrigado, havendo aceite,
a pagar ao tomador (um credor específico), o valor
determinado no título;
� Nota promissória : Lei Uniforme
de Genebra – arts. 75 a 78;
� Título de crédito onde o emitente assume a
obrigação direta e principal de pagar o valor
correspondente no título
Requisitos da nota promissória:
1. A denominação "nota promissória" 
lançada no texto do título.
2. A promessa de pagar uma quantia 
determinada.
lançada no texto do título.
3. A época do pagamento, caso não 
seja determinada, o vencimento será 
considerado à vista.
Requisitos da nota promissória:
4. A indicação do lugar do pagamento, 
em sua falta será considerado o 
domicílio do subscritor (emitente).
5. O nome da pessoa a quem, ou a 
ordem de quem deve ser paga a 
promissória.
6. A indicação da data em que, e do lugar 
onde a promissória é passada, em caso de 
omissão do lugar será considerado o 
designado ao lado do N nome do subscritor.
Requisitos da nota promissória:
7. A assinatura de quem passa a nota 
promissória (subscritor).
8. Sem rasuras, pois perde o valor a 
nota promissória.
� Cheque: Lei n. 7.357/85 – art. 47,
inciso I;
9
� Debênture : Arts. 52 a 74 da Lei
n. 6.404/76.
� Título de crédito representativo de
empréstimo que uma companhia (S.A) faz
junto a terceiros e que assegura a seus
detentores direito contra a emissora, nas
condições constantes da escritura de
emissão.
CPC/73: art. 585
II - a escritura pública ou
outro documento público
assinado pelo devedor; o
documento particular
assinado pelo devedor e
por duas testemunhas; o
instrumento de transação
referendado pelo
Ministério Público, pela
Defensoria Pública ou
pelos advogados dos
transatores;
CPC/15: art. 784
II - a escritura pública ou outro
documento público assinado
pelo devedor;
III - o documento particular
assinado pelo devedor e por 2
(duas) testemunhas;
IV - o instrumento de transação
referendado pelo Ministério
Público, pela Defensoria Pública,
pela Advocacia Pública, pelos
advogados dos transatores ou
por conciliador ou mediador
credenciado por tribunal;
EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. DESNECESSIDADE DE
UTILIZAÇÃO DE EMBARGOS AO DEVEDOR. POSSIBILIDADE DE ARGÜIÇÃO NOS PRÓPRIOS
AUTOS DA AÇÃO DE EXECUÇÃO. CONTRATO ESCRITO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
TÍTULO EXECUTIVO (CPC, ART. 585, VIII, E LEI N. 8.906/98). DESNECESSIDADE DE
SUBSCRIÇÃO POR DUAS TESTEMUNHAS. RECURSO PROVIDO. I - "A nulidade é
vício fundamental e, assim, priva o processo de toda e qualquer eficácia. Sua declaração, no curso da
execução, não exige forma ou procedimento especial. A todo momento o juiz poderá declarar a
nulidade do feito tanto a requerimento da parte como ex officio. Fala-se, na hipótese, em exceção de
pré-executividade ou mais precisamente em objeção de não-executividade, já que a matéria
envolvida é daquelas que o juiz pode conhecer independentemente de provocação da parte. Não é
preciso, portanto, que o devedor utilize dos embargos à execução. Poderá argüir a nulidade em
simples petição, nos próprios autos da execução." (THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito
processual civil: processo de execução e cumprimento da sentença, processo cautelar e tutela de
urgência. 40. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2006. v. 2. p. 232). II - "Apesar de não
subscrito por duas testemunhas, o contrato escrito que estipular
honorários advocatícios é título executivo e constitui crédito
privilegiado, contendo força executiva, à luz do CPC 585 VII e
EOAB 24. A disposiçãocontida em lei especial não impõe a necessidade de assinaturas de
testemunhas instrumentárias para a formalização do contrato de honorários advocatícios, e, em assim
sendo, prevalece sobre outras normas de caráter geral que imponham tal necessidade, em respeito
ao princípio norteador do direito, de que a regra especial prevalece sobra a geral." (NERY JUNIOR,
Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de processo civil comentado e legislação
extravagante. 9. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006. p. 839).
(TJ-SC - AC: 105169 SC 2002.010516-9, Relator: Jorge Schaefer Martins, Data de Julgamento:
14/11/2007, Segunda Câmara de Direito Civil, Data de Publicação: Apelação Cível n. , de Lages)
CPC/73: art. 585
III - Os contratos
garantidos por
hipoteca, penhor,
anticrese e caução,
bem como o
seguro de vida.
Contrato de seguro de
vida – apólice e prova
do óbito.
CPC/15: art. 784
V - o contrato
garantido por
hipoteca, penhor,
anticrese ou outro
direito real de garantia
e aquele garantido por
caução;
VI - o contrato de
seguro de vida em
caso de morte;
CPC/73: art. 585
IV - o crédito decorrente
de foro e laudêmio;
Relacionados à enfiteuse
(CC/1916, art. 678 e seguintes)
seguintes) – proprietário faculta o
uso do domínio útil de um bem
imóvel mediante o pagamento de
um valor anual;
CC/02, art. 2.038 – proibiu a
constituição de enfiteuses,
enfiteuses, mas reconheceu as já
existentes;
CPC/15: art. 784
VII - o crédito
decorrente de foro
e laudêmio;
CPC/73: art. 585
V - o crédito,
documentalmente
comprovado,
decorrente de aluguel
de imóvel, bem como
de encargos
acessórios, tais
como taxas e
despesas de
condomínio;
CPC/15: art. 784
VIII - o crédito,
documentalmente
comprovado,
decorrente de aluguel
de imóvel, bem como
de encargos
acessórios, tais
como taxas e
despesas de
condomínio;
10
CPC/73: art. 585
VI - o crédito de
serventuário de
justiça, de perito, de
intérprete, ou de
tradutor, quando as
custas, emolumentos
ou honorários forem
aprovados por
decisão judicial;
CPC/15: art. 515
Corresponde ao inciso V
do art. 515 do Novo
CPC, transformou em
título executivo Judicial.
CPC/73: art. 585
VII - a certidão de
dívida ativa da Fazenda
Pública da União, dos
Estados, do Distrito
Federal, dos Territórios
e dos Municípios,
correspondente aos
créditos inscritos na
forma da lei;
Execução regulada pela Lei
n. 6.830/80.
CPC/15: art. 784
IX - a certidão de dívida
ativa da Fazenda
Pública da União, dos
Estados, do Distrito
Federal e dos
Municípios,
correspondente aos
créditos inscritos na
forma da lei;
Sem dispositivo
correspondente no
atual Código de
Processo Civil.
CPC/15: art. 784
X - o crédito referente às
contribuições ordinárias
ou extraordinárias de
condomínio edilício,
previstas na respectiva
convenção ou aprovadas
em assembleia geral,
desde que
documentalmente
comprovadas;
Sem dispositivo
correspondente no
atual Código de
Processo Civil.
CPC/15: art. 784
XI - a certidão expedida
por serventia notarial ou
de registro relativa a
valores de
emolumentos e demais
despesas devidas pelos
atos por ela praticados,
fixados nas tabelas
estabelecidas em lei;
CPC/73: art. 585
VIII - todos os demais
títulos a que, por
disposição expressa, a
lei atribuir força
executiva.
Cédula de Crédito Rural,
Cédula de Crédito Industrial,
Cédula de Crédito
Comercial, Cédula de
Crédito Bancário, Decisões
do Tribunal de Contas da
União, etc.
CPC/15: art. 784
XII - todos os
demais títulos aos
quais, por
disposição
expressa, a lei
atribuir força
executiva.
CPC/73: art. 585
§ 2o Não dependem de
homologação pelo Supremo
Tribunal Federal, para serem
executados, os títulos executivos
extrajudiciais, oriundos de país
estrangeiro. O título, para ter
eficácia executiva, há de satisfazer
aos requisitos de formação
exigidos pela lei do lugar de sua
celebração e indicar o Brasil como
o lugar de cumprimento da
obrigação.
CPC/15: art. 784
§ 2o Os títulos executivos
extrajudiciais oriundos de país
estrangeiro não dependem de
homologação para serem
executados.
§ 3o O título estrangeiro só terá
eficácia executiva quando
satisfeitos os requisitos de
formação exigidos pela lei do
lugar de sua celebração e
quando o Brasil for indicado
como o lugar de cumprimento da
obrigação.
Títulos executivos extrajudiciais oriundos 
de outro país
11
DOS REQUISITOS 
NECESSÁRIOS PARA 
REALIZAR QUALQUER 
EXECUÇÃO
Condições Específicas
a) o formal – que é a existência do título
executivo, pelo qual se extrai o atestado de
certeza e liquidez da dívida;
b) o prático – que é a atitude ilícita do
devedor, consistente no inadimplemento da
obrigação, que comprova a exigibilidade da
dívida (art. 580, CPC/73 – art. 786, CPC/15 ).
� Art. 580. A
execução pode ser
instaurada caso o
devedor não
satisfaça a
obrigação certa,
líquida e exigível
consubstanciada
em título executivo.
Art. 786. A execução
pode ser instaurada
caso o devedor não
satisfaça a obrigação
certa, líquida e exigível
consubstanciada em
título executivo.
Parágrafo único. A
necessidade de simples
operações aritméticas
para apurar o crédito
exequendo não retira a
liquidez da obrigação
constante do título.
Certeza
“retratará uma obrigação certa quando nele 
estiverem estampadas a natureza da 
prestação, seu objeto e seus sujeitos.”
Luiz Rodrigues Wambier
Liquidez
“A liquidez representa a identificação 
precisa do objeto da execução (a extensão 
da obrigação a ser adimplida).”
Misael Montenegro Filho
Exigibilidade
“é a não satisfação, pelo devedor, de 
obrigação certa, líquida e exigível, 
consubstanciada em título executivo”
Luiz Rodrigues Wambier
12
Art. 582. Em todos os casos em que
é defeso a um contraente, antes de
cumprida a sua obrigação, exigir o
implemento da do outro, não se
procederá à execução, se o devedor
se propõe satisfazer a prestação,
com meios considerados idôneos
pelo juiz, mediante a execução da
contraprestação pelo credor, e este,
sem justo motivo, recusar a oferta.
Parágrafo único. O devedor poderá
eximir-se da obrigação, depositando
em juízo a prestação ou a coisa, caso
em que o juiz não permitirá que o
credor a receba sem cumprir a
contraprestação que lhe tocar.
Art. 787. Se o devedor não for
obrigado a satisfazer sua
prestação senão mediante a
contraprestação do credor,
este deverá provar que a
adimpliu ao requerer a
execução, sob pena de
extinção do processo.
Parágrafo único. O executado
poderá eximir-se da obrigação,
depositando em juízo a
prestação ou a coisa, caso em
que o juiz não permitirá que o
credor a receba sem cumprir a
contraprestação que lhe tocar.
�
� Art. 581. O credor não
poderá iniciar a execução
ou nela prosseguir se o
devedor cumprir a
obrigação, mas poderá
recusar o recebimento da
prestação se ela não
corresponder ao direito ou
à obrigação estabelecidos
no título executivo, caso
em que requererá a
execução forçada,
ressalvado ao devedor o
direito de embargá-la.
Art. 788. O credor não
poderá iniciar a execução
ou nela prosseguir se o
devedor cumprir a
obrigação, mas poderá
recusar o recebimento da
prestação se ela não
corresponder ao direito ou
à obrigação estabelecidos
no título executivo, caso
em que poderá requerer a
execução forçada,
ressalvado ao devedor o
direito de embargá-la.
Certeza – Liquidez - Exigibilidade
A) exata definição dos elementos da obrigação;
B) quantidade de bens objeto da prestação;
C) momento do inadimplemento.
Competência para executar
Competência para execução dos 
títulos judiciais
a) Pelos Tribunais Superiores, 
assim como os Tribunais de 
Justiça, nas causas de sua 
competência originária;
Competência para execução dos 
títulos judiciais
b) Perante o juízo que 
processoua causa em 
primeiro grau de jurisdição. 
13
Competência para execução dos 
títulos judiciais
c) Sentença arbitral: pelo juiz 
que teria competência para 
julgar a causa, se ela não 
tivesse sido submetida a 
arbitragem. 
Competência para execução dos 
títulos judiciais
d) Sentença penal 
condenatória: pelo juízo cível 
competente.
Competência para execução dos 
títulos judiciais
e) Sentença Estrangeira: 
Justiça Federal de Primeira 
Instância.
CPC/73 : Art. 475-P. O cumprimento
da sentença efetuar-se-á perante:
I – os tribunais, nas causas de sua
competência originária;
II – o juízo que processou a causa no
primeiro grau de jurisdição;
III – o juízo cível competente, quando
se tratar de sentença penal
condenatória, de sentença arbitral
ou de sentença estrangeira.
Parágrafo único. No caso do inciso II
do caput deste artigo, o exeqüente
poderá optar pelo juízo do local
onde se encontram bens sujeitos à
expropriação ou pelo do atual
domicílio do executado, casos em
que a remessa dos autos do
processo será solicitada ao juízo de
origem.
CPC/15 : Art. 516. O cumprimento da
sentença efetuar-se-á perante:
I - os tribunais, nas causas de sua
competência originária;
II - o juízo que decidiu a causa no primeiro
grau de jurisdição;
III - o juízo cível competente, quando se
tratar de sentença penal condenatória,
de sentença arbitral, de sentença
estrangeira ou de acórdão proferido
pelo Tribunal Marítimo.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos
incisos II e III, o exequente poderá
optar pelo juízo do atual domicílio do
executado, pelo juízo do local onde se
encontrem os bens sujeitos à execução
ou pelo juízo do local onde deva ser
executada a obrigação de fazer ou de
não fazer, casos em que a remessa dos
autos do processo será solicitada ao
juízo de origem.
Execução da sentença de alimentos 
� Ao credor de alimentos é FACULTADO
propor a ação no foro do seu domicílio, do
local onde se encontram os bens sujeitos a
expropriação ou perante o juízo do foro do
executado.
Exclusão de ente federal da condenação
� Se a ação foi proposta perante a Justiça
Federal em decorrência de litisconsórcio
entre o ente Federal e um particular, e, no
julgamento da ação fosse excluído o ente
federal da condenação.
� De quem seria a competência? Federal ou
Estadual?
14
Juízo estadual com competência federal e 
criação de vara federal
� É possível que um juízo estadual julgue
causa da Justiça Federal, nos termos do §3º
do art. 109 da CF/88. Assim, a execução da
decisão será, também, da sua competência,
mesmo se envolver ente federal.
� Instalada Vara Federal na Comarca, a
delegação do exercício da competência
cessa, devendo os autos serem remetidos
a vara competente.
Competência para a execução universal 
(falência ou insolvência civil)
A competência é sempre da Justiça Estadual,
do local do principal estabelecimento do
devedor ou da filial da empresa que tenha
sede fora do Brasil. (exceção a regra de
competência territorial relativa).
Competência para execução dos títulos 
executivos extrajudiciais
� Regra Geral:
� A execução por títulos extrajudiciais será
processada perante o juízo competente.
� A execução será perante a autoridade judiciária
brasileira quando o executado qualquer que seja
sua nacionalidade estiver domiciliado no Brasil, ou
quando aqui tiver que ser cumprida a obrigação.
Admite-se a competência concorrente.
Execução fundada em letra de câmbio ou 
nota promissória
� Regra Geral: a execução fundada em letra de
câmbio ou nota promissória deve ser ajuizada no
foro do local do pagamento.
� Na letra de cambio, como não é requisito essencial
a indicação do local de pagamento, o local será
aquele indicado ao lado do nome do sacado.
� Se caso a letra de cambio tenha circulado sem
aceite, o local será onde a letra foi sacada ou o
local onde tenha recebido do endossante. Se não
tiver informação alguma, a execução poderá ser
intentada no domicílio do sacador.
Execução fundada em duplicata
� A execução deve ser proposta no foro do
local do pagamento ou do domicílio do
comprador.
� Prevalece o foro do local do pagamento, não
sendo este indicado, prevalecerá o foro do
domicílio do sacado/aceitante ou de algum
dos obrigados indiretos (endossantes e
avalistas).
Execução fundada em cheque
� Deve ser proposta no foro do local onde o
cheque foi emitido.
15
Execução fundada em debênture
� Será proposta no foro da sede, em território
nacional, da companhia que emitiu a
debênture.
Execução fundada em documento público 
ou particular
� Deverá ser proposta no foro do lugar do
cumprimento da obrigação, não havendo
essa indicação, deverá então, ser intentada
no foro do domicílio do devedor.
Execução fundada em contrato garantido
por hipoteca, penhor, anticrese ou
destinado a cobrar crédito decorrente de
foro ou laudêmio
� A execução fundada em contrato garantido
por hipoteca, há duas correntes de
interpretação, a primeira que entende que
deve ser processada no foro de da situação
da coisa e a segunda que estabelece como
competente o foro do local de pagamento,
ou, a falta de estipulação no foro do domicilio
do executado.
Execução fundada em contrato garantido
por caução ou destinada a cobrar seguro
de vida, bem como encargos e acessórios
� É no lugar do cumprimento da obrigação que
se executa o contrato garantido por caução,
ou na sua falta, no foro do domicílio do
executado.
� O contrato de seguro deve igualmente ser
executado no lugar do cumprimento, ou não
havendo, no foro da sede da seguradora ou
no de sua agência ou sucursal.
� Seguindo a mesma regra, os aluguéis
pactuados em contrato de locação de
imóveis devem ser executados no lugar do
cumprimento da obrigação, ou na sua falta
no foro do domicílio do devedor. Assim,
também se procede com a execução dos
demais encargos contratuais.
Execução de crédito de serventuário da
justiça, de perito, de intérprete ou de
tradutor
� Deve ser processada no foro onde tramitou o
processo do qual ela adveio, que consiste
exatamente no lugar do cumprimento da
obrigação.
16
Pluralidade de executados com domicílios
diferentes
� Deve ser intentada no foro do local de
pagamento da obrigação.
� Não havendo indicação do local do
pagamento, poderá o exequente optar por
intentar a execução do foro do domicílio de
qualquer um dos executados.
Títulos de crédito emitidos no exterior
� Somente poderá ser ajuizada se indicar o Brasil
como o local de cumprimento da obrigação. Nesse
caso, a execução haverá de ser proposta no foro do
local de pagamento;
� Se não indicar o local de cumprimento da
obrigação, será ajuizada no domicílio do devedor;
� Se o devedor não for domiciliado no Brasil, a
competência será do foro do domicílio do
Exequente.
Opção entre o foro do lugar do
cumprimento da obrigação e do domicílio
do executado
� Foro concorrente, cabe ao exequente a
escolha.
Alegação de incompetência 
� Cumprimento de sentença: impugnação ao
cumprimento de sentença;
� Execução título extrajudicial: embargos a
execução ou exceção de incompetência.
Responsabilidade 
Patrimonial
Conceito:
� A responsabilidade patrimonial consiste na
sujeição do patrimônio do devedor,
ou de terceiros responsáveis, às
providencias executivas voltadas a satisfação
da prestação devida.
17
Responsabilidade Primária
� É aquela que recai sobre bens do devedor
obrigado, como previsto no art. 591 e art.
592, I, III e V do CPC:
� Art. 591. O devedor responde, para o cumprimento de
suas obrigações, com todos os seus bens presentes e
futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei.
� Art. 592. Ficam sujeitos à execução os bens:
� I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução
fundada em direito real ou obrigação reipersecutória;� III - do devedor, quando em poder de terceiros;
� V - alienados ou gravados com ônus real em fraude de
execução.
Responsabilidade Secundária
� É aquela que recai sobre bens de terceiro
não obrigado, quando a responsabilidade se
desprende da obrigação e vai recair sobre
terceiro, art. 592, II e IV do CPC:
� Art. 592. Ficam sujeitos à execução os bens
� II - do sócio, nos termos da lei;III - do devedor, quando em
poder de terceiros;
� IV - do cônjuge, nos casos em que os seus bens próprios,
reservados ou de sua meação respondem pela dívida;
� O devedor responde, pela obrigação, com todos os
seus bens;
� Mas essa submissão não é absoluta, pois:
� Nem todos os bens do devedor respondem pela dívida (art.
649 do CPC);
� Nem só os bens do devedor respondem pela obrigação, a
exemplo da responsabilidade secundária.
� São passíveis de execução os bens presentes e 
futuros do executado
Bens alienados ou gravados com ônus real 
em fraude a execução
� Fraude a execução
� Fraude contra credores
� Art. 593. Considera-se em fraude de execução a alienação 
ou oneração de bens:
I - quando sobre eles pender ação fundada em direito real;
II - quando, ao tempo da alienação ou oneração, corria 
contra o devedor demanda capaz de reduzi-lo à 
insolvência;
III - nos demais casos expressos em lei.
Bens do cônjuge
� Meação: respondem pelas dívidas contraídas 
em proveito da familia
� Art. 1.643. Podem os cônjuges, independentemente de 
autorização um do outro:
� I - comprar, ainda a crédito, as coisas necessárias à 
economia doméstica;
� II - obter, por empréstimo, as quantias que a aquisição 
dessas coisas possa exigir.
� Art. 1.644. As dívidas contraídas para os fins do artigo 
antecedente obrigam solidariamente ambos os cônjuges.
� Regime da comunhão parcial: há três massas
patrimoniais: a da mulher, a do marido e a comum (adquiridos na
constância do casamento a título oneroso);
� Regime da separação obrigatória/legal: Sumula 377
do STF, há direito a meação dos bens adquiridos na constancia
do casamento a título oneroso por esforço comum;
� Regime de comunhão universal: comunicam-se todos
os bens, presentes e futuros, ainda que adquiridos em nome de
um só dos cônjuges;
� Regime da participação final nos aquestros: durante
o casamento predominam as regras da separação total, em caso
de dissolução do casamento predominam as regras do regime
de comunhão parcial.
18
Comunicação das dívidas:
� Regime da comunhão parcial: não se
comunicam as obrigações anteriores ao
casamento, somente as posteriores e mesmo
assim se exclusivas para atender os
encargos da família;
� Regime da comunhão universal:
comunicam todas as dívidas posteriores ao
casamento.
Dos bens particulares do cônjuge:
� Os bens particulares ou próprios de cada
cônjuge são aqueles incomunicáveis, que
não entram em qualquer comunhão, não há
direito de meação sobre eles.
� Os bens próprios ou particulares do cônjuge
somente respondem pela execução proposta
contra o outro cônjuge, quando o cônjuge a
quem eles pertencem também for
devedor.
� Na execução de dívida contraída para fazer
frente à economia doméstica, ambos os
cônjuges são obrigados solidariamente,
assim, ambos são devedores e
responsáveis pelo pagamento, por força
de lei.
� Nesta hipótese, os bens do cônjuge do
executado, seja ele próprio, ou seja da sua
meação, responde pela dívida.
Da penhora de bens do cônjuge
� Independente do regime de bens do casal ou
da natureza do bem constrito, sempre que a
penhora recair sobre imóvel o cônjuge do
executado deverá ser intimado (art. 655, §2º
do CPC).
� § 2o Recaindo a penhora em bens imóveis, será intimado
também o cônjuge do executado.
O cônjuge possui duas opções de defesa:
� Impugnação/Embargos do executado:
cabem quando o cônjuge reconhece que
seus bens respondem pela dívida, mas
pretende discuti-la;
� Embargos de Terceiro: Cabem quando o
consorte acredita que seus bens não
respondem pela execução, visam excluir a
constrição imposta.
Bens do sócio (art. 592, II e art. 596 do CPC)
� Em regra as sociedades possuem personalidade
jurídica própria e não se confundem com aquela
dos seus sócios/acionistas, mas existem exceções:
� Sociedades em comum: todos os sócios respondem
pessoalmente de forma solidária e ilimitada pelas
obrigações sociais (art. 990 do CC);
� Desconsideração da personalidade jurídica: (art. 50
do CC)
19
Responsabilidade patrimonial do fiador
� Ao fiador é dada a prerrogativa de nomear
bens livres e desembaraçados do devedor,
na tentativa de deixar a salvo seus próprios
bens.
� Esta nomeação deve ser realizada na
primeira oportunidade que tiver para
falar nos autos, ou seja, três dias a contar
da sua citação.
� O benefício de ordem pode ser
renunciado:
� Expressamente: art. 828, I do
Código Civil, através de previsão
contratual;
� Tácitamente: a não arguição no
momento processual adequado.
Outras regras que afastam o benefício de 
ordem:
� a) Se os bens do devedor forem insuficientes
à satisfação do direito do credor
(impenhorabilidade eventual);
� b) Não há o benefício de ordem se o fiador
se obrigou como devedor principal ou
solidário.
� O fiador que pagar a dívida poderá executar
o afiançado nos mesmos autos, neste caso,
o fiador se sub-roga nos direitos do credor,
adquirindo legitimidade ativa superveniente
para dar continuidade a execução.
� Art. 595 - Parágrafo único. O fiador, que
pagar a dívida, poderá executar o
afiançado nos autos do mesmo processo.
Responsabilidade patrimonial do espólio e 
herdeiros
� Falecendo o devedor o espólio responderá pela
obrigação, adquirindo legitimidade passiva para a
execução.
� Pelas dívidas da herança responderão os bens da
própria herança, não respondem os bens dos
herdeiros.
� Há casos que com a morte do devedor sua
responsabilidade patrimonial amplia.
� Feita a partilha da herança entre os
herdeiros, eles responderão
proporcionalmente pelas dívidas do de cujus
e passarão a ter legitimidade passiva para a
execução, respondendo na proporção da
parte da herança que lhe couber.
20
Responsabilidade patrimonial do incapaz
� Os bens do incapaz respondem pelos
prejuízos que tenha causado, em
responsabilidade objetiva ou subjetiva (art.
928 do Código Civil)
REGRAS QUE 
ESTRUTURAM O 
PROCEDIMENTO 
EXECUTIVO
Regra de que não há execução sem título 
(nulla executio sine titulo)
� O procedimento executivo somente poderá
ser instaurado se houver um documento a
que a lei atribua a eficácia executiva, o título
executivo. Não há execução sem título
executivo.
� Não há execução sem a certeza quanto a
existência do direito
Regra da disponibilidade da execução
� O credor pode dispor da execução,
quer não executando o título, quer desistindo
da execução já proposta (total ou
parcialmente), quer desistindo de algum ato
executivo realizado. (art. 775 do NCPC)
CPC/73: art. 569
Art. 569. O credor
tem a faculdade
de desistir de
toda a execução
ou de apenas
algumas medidas
executivas.
CPC/15: art. 775
Art. 775. O
exequente tem o
de desistir de toda
a execução ou de
apenas alguma
medida executiva.
Regra da responsabilidade objetiva do 
exequente
� A execução corre por conta e risco
do exequente, assim, prejuízos indevidos
causados ao executado haverão de ser
ressarcidos pelo exequente independente de
culpa (responsabilidade objetiva)
21
Regra da Aplicação subsidiária das regras 
do processo de conhecimento
Aplicam-se subsidiariamente à execução as
disposições que regem o processo de
conhecimento.
CPC/73: art. 598
Art. 598. Aplicam-
se
subsidiariamente
à execução as
disposições que
regem o
processo de
conhecimento.
CPC/15: art. 771
Parágrafo Único.
Aplicam-se
subsidiariamente à
execução as
disposições doLivro I da Parte
Especial.
Limites da Execução 
Forçada
A execução não poderá atingir:
� A pessoa do devedor;
� Certos bens indispensáveis à vida digna;
Do procedimento 
Executivo
Entende-se por procedimento
executivo o conjunto de atos
praticados no sentido de alcançar a
tutela jurisdicional executiva, isto é, a
efetivação/realização/satisfação da
prestação devida.
22
Legitimidade
� Das partes na execução – as partes ativas e passivas
são chamadas tradicionalmente no processo de
execução de exequente (credor) e executado (devedor).
� O CPC, no entanto, prefere denominá-las simplesmente
de credor e devedor, o que, todavia, não importa banir
da linguagem doutrinária e forense as expressões
tradicionais de exequente e executado, mesmo porque
mais significativas do que aquelas eleitas pela
nomenclatura legal.
Sujeitos ativos (art. 778 do NCPC)
� a) Legitimação ativa originária do credor – no
caput do art. 778 do NCPC, tem-se a legitimação
originária, ou seja, aquele que decorre do conteúdo
do próprio título executivo e compreende o credor a
quem a lei confere título executivo.
� Assim, no título judicial, credor ou exequente será o
vencedor da causa, como tal apontado na sentença.
� E, no título extrajudicial, será a pessoa em favor de
quem se contraiu a obrigação.
CPC/73: art. 566
Art. 566. Podem
promover a
execução
forçada:
I – o credor a quem
a lei confere título
executivo.
CPC/15: art. 778
Art. 778. Podem
promover a
execução forçada
o credor a quem a
lei confere título
executivo.
Sujeitos ativos (art. 778 do NCPC)
� b) Legitimação extraordinária do Ministério
Público (art. 778, I do NCPC) – para os casos
prescritos em lei.
� Atente-se que o MP ora funciona como órgão
agente (art. 81 do CPC), ora como órgão
interveniente (art. 82 do CPC). No processo
executivo, sua legitimação ativa ocorrerá em regra
nas hipóteses em que figure como órgão agente
(art. 81 do CPC).
CPC/73: art. 566
Art. 566. Podem
promover a
execução
forçada:
II – o Ministério
Público, nos
casos prescritos
em lei.
CPC/15: art. 778
I - o Ministério
Público, nos
casos previstos
em lei.
Sujeitos ativos (art. 778 do NCPC)
� Legitimação derivada (superveniente) – o §1º do art.
778 do NCPC completa o elenco das pessoas legitimadas
ativamente para a execução forçada, arrolando os casos
em que estranhos à formação do título executivo tornaram-
se, posteriormente, sucessores do credor, credor,
assumindo, assumindo, por isso, a posição que lhe
competia no vinculo obrigacional primitivo. Assim, a
legitimação derivada ou superveniente compreende:
� c.1) o espólio, os herdeiros ou os sucessores do
credor, sempre que, por morte deste lhes for
transmitido o direito resultante do título executivo;
23
Sujeitos ativos (art. 778 do NCPC)
� c.2) o cessionário quando o direito resultante do título
executivo lhe foi transferido por ato entre vivos - Considera-
se cessionário o beneficiário da transferência negocial de um
crédito por ato intervivos, oneroso ou gratuito. Para que haja a
transferência negocial do crédito é preciso que a isso não se
oponham a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção entre
as partes (CC, art. 286).
� c.3) o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou
convencional - Diz-se credor sub-rogado aquele que paga a
dívida de outrem, assumindo todos os direitos, ações,
privilégios e garantias do primitivo credor contra o devedor
principal e seus fiadores (CC, art. 349).
CPC/73: art. 567
� Art. 567. Podem promover a
execução forçada ou nela
prosseguir:
� I - o espólio, os herdeiros ou os
sucessores do credor, sempre
que, por morte deste, lhes for
transmitido o direito resultante
do título executivo;
� II - o cessionário, quando o
direito resultante do título
executivo lhe for transferido por
ato entre vivos;
� III - o sub-rogado, nos casos de
sub-rogação legal ou
convencional.
CPC/15: art. 778
� § 1o Podem promover a execução
forçada ou nela prosseguir, em
sucessão ao exequente originário:
� II - o espólio, os herdeiros ou os
sucessores do credor, sempre
que, por morte deste, lhes for
transmitido o direito resultante do
título executivo;
� III - o cessionário, quando o direito
resultante do título executivo lhe
for transferido por ato entre vivos;
� IV - o sub-rogado, nos casos de
sub-rogação legal ou
convencional.
� § 2o A sucessão prevista no § 1o
independe de consentimento do
executado.
Sujeitos Passivos (art. 779 do NCPC)
� Sujeitos passivos – dentro da sistemática do art. 779 do
NCPC, a legitimação passiva pode ser dividida em: devedores
originários; sucessores do devedor originário; e os apenas
responsáveis.
� a) devedor originário– o devedor, devedor, reconhecido como
tal no título executivo. Se se trata de cumprimento de sentença,
o executado será o vencido no processo de conhecimento e sua
identificação far-se-á pela simples leitura do decisório
exequendo.
� Convém lembrar que não apenas o réu pode ser vencido, pois
também o autor, quando decai de seu pedido, é condenado aos
efeitos da sucumbência (custas e honorários advocatícios),
assumindo a posição de vencido e sujeitando-se à execução
forçada.
Sujeitos Passivos (art. 779 do NCPC)
� b) Sucessores do devedor originário:
� b.1) o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor
– atente-se que o patrimônio do espólio não se confunde com
o patrimônio pessoal dos herdeiros.
� O patrimônio do terceiro não está sujeito à execução
(princípio do benefício do inventário).
� Outrossim, após efetuada a partilha, desaparece o espólio, e
nesse caso poderá responder o herdeiro e/ou sucessor pelas
dívidas do finado “na proporção da parte que na herança lhe
coube” (NCPC, art. 796).
Sujeitos Passivos (art. 568)
� b.2) o novo devedor, que assumiu, com o
consentimento do credor, a obrigação
resultante do título executivo.
� Trata-se de hipótese de cessão de débito, o que
no ordenamento brasileiro só é aceito com
expressa anuência do credor.
Sujeitos Passivos (art. 779 do NCPC)
� b.3) o fiador extrajudicial – caso esse figure no título
executivo extrajudicial, será parte legítima passiva da
execução.
� Solvendo a dívida o fiador terá ação regressiva contra o
devedor, sub-rogando-se nos direitos do credor e
legitimando-se ao manejo da execução forçada contra o
afiançado (CC, art. 832) que poderá se dar nos mesmos
autos (NCPC, art. 794, §2º).
� Seja convencional ou judicial, é assegurado o benefício
da ordem, isto é, a faculdade de nomear a penhora bens
livres e desembargados do devedor (NCPC, art. 794).
24
Sujeitos Passivos (art. 779 do NCPC)
� b.4) O responsável titular do bem vinculado
por garantia real ao pagamento do débito
Sujeitos Passivos (art. 779 do NCPC)
� b.5) o responsável tributário, assim definido em lei –
(Lei n°5.172/66 - CTN)
� - Considera-se responsável tributário “a pessoa obrigada
ao pagamento do tributo ou penalidade pecuniária” (CTN,
art. 121, caput). Que poderá ser o contribuinte (quando
tenha relação pessoal e direta com a situação que
constitua o respectivo fato gerador – CTN, art. 121,
parágrafo único, I) ou o responsável (quando, sem
revestir a condição de contribuinte, sua obrigação
decorra de disposição expressa da lei – CTN, art. 121,
parágrafo único, II).
CPC/73: art. 568
� Art. 568. São sujeitos passivos
na execução:
� I - o devedor, reconhecido como
tal no título executivo;
� II - o espólio, os herdeiros ou os
sucessores do devedor;
� III - o novo devedor que
assumiu, com o consentimento
do credor, a obrigação
resultante do título executivo;
� IV - o fiador judicial;
� V - o responsável tributário,
assim definido na legislação
própria.
CPC/15: art. 779
� Art. 779. A execução pode ser
promovida contra:
� I - o devedor, reconhecido como
tal no título executivo;
� II - o espólio,os herdeiros ou os
sucessores do devedor;
� III - o novo devedor que assumiu,
com o consentimento do credor, a
obrigação resultante do título
executivo;
� IV - o fiador do débito constante
em título extrajudicial;
� V - o responsável titular do bem
vinculado por garantia real ao
pagamento do débito;
� VI - o responsável tributário,
assim definido em lei.
CPC/73: art. 573
� Art. 573. É lícito ao
credor, sendo o mesmo
devedor, cumular várias
execuções, ainda que
fundadas em títulos
diferentes, desde que para
todas elas seja
competente o juiz e
idêntica forma do
processo.
CPC/15: art. 780
� Art. 780. O exequente pode
cumular várias execuções,
ainda que fundadas em
títulos diferentes, quando o
executado for o mesmo e
desde que para todas elas
seja competente o mesmo
juízo e idêntico o
procedimento.
Cumulação de execuções
Litisconsórcio na execução
É possível o litisconsórcio na execução seja ele ativo,
passivo ou misto.
Verifica-se nas execuções a formação do litisconsórcio
facultativo;
Entretanto, somente pode formar o litisconsórcio se
todos os credores e/ou devedores estiverem
vinculados a parte contrária em razão de uma mesma
relação jurídica material, sendo vedada a coligação de
credores e/ou devedores;
Intervenção de Terceiro na Execução
� Das modalidades de intervenção de terceiro
previstas na lei (assistência, oposição,
nomeação a autoria, denunciação da lide e
chamamento ao processo) apenas a
assistência é cabível no processo de
execução, entendimento não unânime.
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Exemplos de assistência:
� Terceiro atingido pela eficácia reflexa da sentença,
assistir o executado na alegação de invalidade do
título;
� O adquirente da coisa penhorada assistir o
executado na defesa da higidez do negócio;
� Aquele que deveria ter sido citado para a ação de
conhecimento e não foi, vir impugnar a execução da
sentença.

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