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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO E REDAÇÃO PROF MARIA TEREZA

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Técnico do Seguro Social
Interpretação de Textos e 
Redação Oficial
Profª Maria Tereza
www.acasadoconcurseiro.com.br
Interpretação de Textos e Redação Oficial
Professora Maria Tereza
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Edital
LÍNGUA PORTUGUESA: 1 Compreensão e interpretação de textos. 2 Tipologia textual. 11 
Significação das palavras. 12 Redação de correspondências oficiais. Ortografia Oficial.
Banca: FCC
Cargo: Técnico do Seguro Social
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Último Edital
Compreensão e Interpretação de textos. 
Tipologia textual.
Significação das palavras.
Redação de Correspondências Oficiais.
Aula 1
 • Compreensão e Interpretação de textos. 
 • Identificação da Ideia Central. 
 • Análise das Alternativas. 
 • Estratégias Linguísticas.
 • Inferência. 
 • Tipologias Textuais. 
Compreensão e interpretação de texto
PROCEDIMENTOS
1. Observação da fonte bibliográfica, do autor e do título;
2. identificação do tipo de texto (artigo, editorial, notícia, crônica, textos literários, científicos, 
etc.);
3. leitura do enunciado.
EXEMPLIFICANDO
Administração – Suporte Administrativo Geral / 2015 / TCE/CE / FCC / Médio
Preconceitos
 Preconceitos são juízos firmados por antecipação; são rótulos prontos e aceitos para serem 
colados no que mal conhecemos. São valores que se adiantam e qualificam pessoas, gestos, 
ideias antes de bem distinguir o que sejam. São, nessa medida, profundamente injustos, 
podendo acarretar consequências dolorosas para suas vítimas. São pré-juízos. Ainda assim, é 
forçoso reconhecer: dificilmente vivemos sem alimentar e externar algum preconceito. 
Aula 1
 
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 São em geral formulados com um alcance genérico: “o povo tal não presta”, “quem nasce ali 
é assim”, “música clássica é sempre chata”, “cuidado com quem lê muito” etc. Dispensam-nos 
de pensar, de reconhecer particularidades, de identificar a personalidade própria de cada um. 
“Detesto filmes franceses”, me disse um amigo. “Todos eles?” − perguntei, provocador. “Quem 
viu um já viu todos”, arrematou ele, coroando sua forma preconceituosa de julgar. 
 Não confundir preconceito com gosto pessoal. É verdade que nosso gosto é sempre seletivo, 
mas ele escolhe por um critério mais íntimo, difícil de explicar.
 “Gosto porque gosto”, dizemos às vezes. Mas o preconceito tem raízes sociais mais fundas: 
ele se dissemina pelas pessoas, se estabelece sem apelação, e quando damos por nós estamos 
repetindo algo que sequer investigamos. Uma das funções da justiça institucionalizada é 
evitar os preconceitos, e o faz julgando com critério e objetividade, por meio de leis. Adotar 
uma posição racista, por exemplo, não é mais apenas preconceito: é crime. Isso significa que 
passamos, felizmente, a considerar a gravidade extrema das práticas preconceituosas.
(Bolívar Lacombe, inédito) 
 • Trata-se de gênero textual denominado BREVE ENSAIO: opinativo/argumentativo, assinado, 
no qual o autor expressa a sua opinião, abordando assuntos universais.
 • O TÍTULO pode constituir o menor resumo possível de um texto. Por meio dele, certas 
vezes, identifica-se a ideia central do texto, sendo possível, pois, descartar afirmações feitas 
em determinadas alternativas. No texto em questão, o título – Preconceitos –, somado à 
repetição do vocábulo na primeira e na sétima linhas do texto e ao uso de expressões que 
fazem referência à mesma ideia (“pré-juízos”, por exemplo), remete o leitor não só à ideia 
central, mas também ao gênero do texto que lerá: um breve ensaio baseado em fato social 
corrente entre os seres humanos.
 • No ENUNCIADO, observa-se a presença da expressão “sobretudo”, o que norteia a 
estratégia de apreensão das ideias.
 • Destaque das palavras-chave das alternativas/afirmativas (expressões substantivas e 
verbais).
 • Identificação das palavras-chave no texto.
 • Resposta correta = paráfrase mais completa do texto.
1. Ao avaliar a gravidade e a extensão dos preconceitos, o autor os condena sobretudo pela 
seguinte razão: eles 
a) acabam se confundindo com nosso gosto pessoal e prejudicando nosso entendimento das 
coisas. 
b) proporcionam uma visão de mundo excessivamente singular e viciosa, mesmo quando 
justificável. 
c) promovem profunda injustiça ao julgarem pessoas ou coisas a partir de valores já firmados. 
d) acarretam máximos prejuízos para quem os alimenta, não atingindo as opiniões que 
circulam socialmente. 
e) deformam nossa visão de mundo por serem muito detalhistas, distraindo-nos do foco 
principal.
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Anotações:
Identificação da ideia central
PROCEDIMENTOS
 • Identificação do “tópico frasal”: intenção textual percebida, geralmente, no 1º e 2º períodos 
do texto (IDEIA CENTRAL).
 • Destaque das palavras-chave dos períodos (expressões substantivas e verbais).
 • Identificação das palavras-chave nas alternativas.
 • Resposta correta = paráfrase mais completa do texto.
Administração – Suporte Administrativo Geral / 2015 / TCE-CE / FCC / Médio
EXEMPLIFICANDO
Preconceitos
 Preconceitos são juízos firmados por antecipação; são rótulos prontos e aceitos para serem 
colados no que mal conhecemos. São valores que se adiantam e qualificam pessoas, gestos, 
ideias antes de bem distinguir o que sejam. São, nessa medida, profundamente injustos, 
podendo acarretar consequências dolorosas para suas vítimas. São pré-juízos. Ainda assim, é 
forçoso reconhecer: dificilmente vivemos sem alimentar e externar algum preconceito. 
 São em geral formulados com um alcance genérico: “o povo tal não presta”, “quem nasce ali 
é assim”, “música clássica é sempre chata”, “cuidado com quem lê muito” etc. Dispensam-nos 
de pensar, de reconhecer particularidades, de identificar a personalidade própria de cada um. 
“Detesto filmes franceses”, me disse um amigo. “Todos eles?” − perguntei, provocador. “Quem 
viu um já viu todos”, arrematou ele, coroando sua forma preconceituosa de julgar. 
 Não confundir preconceito com gosto pessoal. É verdade que nosso gosto é sempre 
seletivo, mas ele escolhe por um critério mais íntimo, difícil de explicar. “Gosto porque gosto”, 
dizemos às vezes. Mas o preconceito tem raízes sociais mais fundas: ele se dissemina pelas 
pessoas, se estabelece sem apelação, e quando damos por nós estamos repetindo algo que 
sequer investigamos. Uma das funções da justiça institucionalizada é evitar os preconceitos, 
e o faz julgando com critério e objetividade, por meio de leis. Adotar uma posição racista, por 
 
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exemplo, não é mais apenas preconceito: é crime. Isso significa que passamos, felizmente, a 
considerar a gravidade extrema das práticas preconceituosas. 
2. Atente para as seguintes afirmações: 
I – No 1º parágrafo, o autor define o que seja preconceito e avalia a extensão dos prejuízos que 
sua prática acarreta, considerando ainda a dificuldade de se os evitar plenamente.
II – No 2º parágrafo, o autor reconhece na prática algumas formulações preconceituosas, 
reforçando a ideia de que os preconceitos impedem uma identificação adequada das coisas e 
das pessoas. 
III – No 3º parágrafo, o autor estabelece um paralelo entre o juízo preconceituoso, passível de 
penalização, e o juízo decorrente do gosto pessoal, que se rege por critérios interiorizados e 
difíceis de definir. 
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em 
a) I, II e III. 
b) I e II, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) I e III, apenas. 
e) II, apenas.
Anotações:
ERROS COMUNS
EXTRAPOLAÇÃO 
Ocorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto, 
normalmente porque já conhecia o assunto devido à sua bagagem cultural.
REDUÇÃO
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de 
que o texto é um conjunto de ideias.
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CONTRAPOSIÇÃOEXEMPLIFICANDO
Controlador de Sistemas / 2014 / SABESP / FCC / Médio
 A renovação do interesse pelas cidades marcou o início do novo século. O século XXI será 
um século urbano, quando mais pessoas viverão em cidades do que em qualquer outro tipo de 
formação espacial. Há o temor de que grande parte desse processo de urbanização se dê nas 
cidades do sul global, cidades que têm sido caracterizadas pelo hipercrescimento. 
 Mas há muita discordância sobre como interpretar a paisagem urbana de hoje. De um lado, 
um discurso otimista vê as cidades como arenas de transformação social. De outro lado, alguns 
veem nelas o surgimento de formas fragmentadas e dispersas de cidadania urbana, constituídas 
por enclaves fechados e espaços exclusivos. 
(Adaptado de: ALSAYAD, Nezar; ROY, Ananya. Modernidade medieval: cidadania e urbanismo na era global. Trad. 
Joaquim Toledo Jr. Novos Estudos CEBRAP, n. 85, 2009) 
3. No texto, afirma-se categoricamente que as cidades no século XXI serão áreas 
a) cujos habitantes se sentirão ameaçados. 
b) em que prevalecerão as práticas democráticas de cidadania. 
c) de transformação social. 
d) de grande aglomeração humana.
e) constituídas por espaços públicos amplos e de fácil acesso. 
Comentário:
a) EXTRAPOLAÇÃO: habitantes ameaçados > temor de hipercrescimento das cidades.
b) EXTRAPOLAÇÃO: práticas democráticas de cidadania > arenas de transformação 
social.
c) REDUÇÃO: de um lado [...] arenas de transformação social < áreas de transformação 
social.
e) CONTRAPOSIÇÃO: espaços públicos amplos e de fácil acesso ≠ De outro lado [...] 
por enclaves fechados e espaços exclusivos.
Anotações:
 
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Análise das Alternativas – Estratégias Linguísticas
PROCEDIMENTOS
1. PALAVRAS DESCONHECIDAS = PARÁFRASES e CAMPO SEMÂNTICO e ETIMOLOGIA.
Paráfrase = versão de um texto, geralmente mais extensa e explicativa, cujo objetivo é torná-lo 
mais fácil ao entendimento.
Campo Semântico = conjunto de palavras que pertencem a uma mesma área de conhecimento.
Exemplo: aluno / professor / caderno / notas / caneta, etc.
Anotações:
EXEMPLIFICANDO
Estagiário de Ensino Médio Regular – Manhã / 2015 / SABESP / FCC / Médio
 Logo que Santo Ivo morreu, encaminhou-se ao Céu e bateu à porta, que São Pedro não se 
atreveu a abrir, subestimando as razões do bom santo. 
 − Faço o que quiseres − repetia o porteiro do Céu, não lhe dando o devido valor −, mas não 
acho que deva permitir a entrada a um advogado, não só porque nenhum tem assento entre os 
santos, mas também porque, muito ao contrário, juraria que se encontram no inferno todos os 
de tua profissão. 
 Santo Ivo não se desconcertou; antes, como bom advogado, teve tão convincentes razões 
para rebater as de São Pedro que este lhe permitiu finalmente entrar no Céu, mas com a 
condição de permanecer junto à porta. O hóspede entrou calmamente, sentou-se no lugar 
indicado por São Pedro, que foi participar a Nosso Senhor o sucedido...
4. Mantendo-se a correção e o sentido, no segmento Santo Ivo não se desconcertou..., o termo 
sublinhado pode ser substituído por
a) atinou.
b) enganou.
c) perdeu.
d) perturbou. 
e) anulou.
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5. (adaptado) Caso desconhecesse o significado da palavra “subestimando” (l. 02), a fim de 
apreendê-lo sem o uso do dicionário, o leitor poderia valer-se
I – sua função sintática.
II – paráfrase existente no 2º parágrafo.
III – significado dos morfemas que a compõem.
Quais afirmativas estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.
Atendente a clientes / 2014 / SABESP / FCC / Médio
 Hermético e postiço, jargão incentiva ‘espírito de corpo’ Na maioria dos textos produzidos no 
universo corporativo, vê-se um registro muito particular da língua, nem sempre compreensível 
aos “não iniciados”. É o que se pode chamar de “jargão corporativo”, uma linguagem hoje 
dominada por grande quantidade de decalques do inglês − ou ingênuas traduções literais. 
 O termo “jargão”, que em sua origem quer dizer “fala ininteligível”, guarda certa marca 
pejorativa, fruto de sua antiga associação ao pedantismo, ao uso da linguagem empolada. 
Embora os jargões sejam coisa muito antiga, foi nos séculos 19 e 20 que proliferaram na Europa, 
fruto de uma maior divisão do trabalho nas sociedades industriais. Na época, já figuravam 
entre as suas características o uso de termos de línguas estrangeiras como sinal de prestígio e o 
emprego de metáforas e eufemismos, exatamente como vemos hoje. 
 Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas expressões de outras 
línguas, o que lhes confere um ar postiço e hermético, como por seu viés pretensioso. A crítica 
a esse tipo de linguagem tem fundamento na preocupação com a “pureza” do idioma e com a 
perda de identidade cultural, opinião que, para outros, revela traços de xenofobia. 
 Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato que os jargões têm 
claras funções simbólicas: por um lado, visam a incentivar o “espírito de corpo”, o que deve 
justificar o empenho das empresas em cultivá-los (até para camuflar as relações entre patrão e 
empregado), e, por outro, promovem a inclusão de uns e a exclusão de outros, além, é claro, de 
impressionar os neófitos. 
(Adaptado de: CAMARGO, Thaís Nicoleti de. Caderno “Negócios e carreiras”, do jornal Folha de S. Paulo. São 
Paulo, 24 de março de 2013. p. 7) 
6. No título e no último parágrafo, a autora aproxima intencionalmente, de modo criativo, as 
palavras “espírito” e “corpo”. No texto, a expressão “espírito de corpo” assume um sentido 
mais diretamente relacionado a agrupamentos que se constituem no universo 
a) da religião. 
b) do trabalho. 
c) da geografia. 
d) da medicina. 
e) do esporte. 
 
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Anotações:
2. BUSCA DE PALAVRAS “FECHADAS” NAS ALTERNATIVAS (possibilidade de a alternativa ser 
incorreta):
 • advérbios;
 • artigos; multimídia
 • tempos verbais;
 • expressões restritivas;
 • expressões totalizantes;
 • expressões enfáticas.
X
3. BUSCA DE PALAVRAS “ABERTAS” NAS ALTERNATIVAS (possibilidade de a alternativa ser a 
correta):
 • Possibilidades;
 • hipóteses (provavelmente, é possível, uso do futuro do pretérito do indicativo (-ria) , modo 
subjuntivo...).
Anotações:
EXEMPLIFICANDO
Analista do Tesouro Nacional / 2015 / SEFAZ-PI / FCC / Superior
Filosofia de borracharia
 O borracheiro coçou a desmatada cabeça e proferiu a sentença tranquilizadora: nenhum 
problema com o nosso pneu, aliás quase tão calvo quanto ele. Estava apenas um bocado 
murcho. 
 − Camminando si sgonfia* − explicou o camarada, com um sorriso de pouquíssimos dentes 
e enorme simpatia. 
 O italiano vem a ser um dos muitos idiomas em que a minha abrangente ignorância é 
especializada, mas ainda assim compreendi que o pneu do nosso carro periclitante tinha se 
esvaziado ao longo da estrada. Não era para menos. Tendo saído de Paris, havíamos rodado 
muito antes de cair naquele emaranhado de fronteiras em que você corre o risco de não saber 
se está na Áustria, na Suíça ou na Itália. 
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Soubemos que estávamos no norte, no sótão da Itália, vendo um providencial borracheiro dar 
nova carga a um pneu sgonfiato. Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão 
europeu, embarcados numa aventura que, de camping em camping, nos levaria a Istambul 
– para dar carga nova a nossos estômagos, àquela altura não menos sgonfiati. O que pode 
a fome, em especial na juventude: à beira de um himalaia de sofrível espaguete fumegante, 
julguei ver fumaças filosóficas na sentença do tosco borracheiro. E, entre garfadas, sob o olhar 
zombeteiro dos companheiros de viagem, me pus a teorizar. 
Sim, camminando si sgonfia, e não apenas quando se é, nesta vida, um pneu. Também nós, 
de tanto rodar, vamosaos poucos desinflando. E por aí fui, inflado e inflamado num papo 
delirante. Fosse hoje, talvez tivesse dito, infelizmente com conhecimento de causa, que a partir 
de determinado ponto carecemos todos de alguma espécie de fortificante, de um novo alento 
para o corpo, quem sabe para a alma. 
* Camminando si sgonfia = andando se esvazia. 
(Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre, Arquipélago, 2011, p. 85-86)
7. A expressão em italiano, dirigida aos dois jovens casais pelo borracheiro, 
a) deu oportunidade a que todos reconhecessem na frase do borracheiro a filosofia que ele 
havia incutido nela para orientar os jovens. 
b) foi tomada em sentido puramente metafórico, já que parecia não se aplicar ao problema 
que os fez parar na borracharia. 
c) confundiu ainda mais aqueles aventureiros, que já se sentiam um tanto perdidos no 
emaranhado de estradas fronteiriças. 
d) deu aos turistas a certeza de que se encontravam na Itália, embora eles não atinassem com 
o sentido daquelas palavras. 
e) acabou propiciando uma interpretação mais abrangente, que resultou numa teoria 
posteriormente levantada numa refeição.
Oficial de Defensoria Pública / 2011 / DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO / FCC 
/ Médio
 Estamos cercados de situações que banalizam o mal. Segundo Hannah Arendt, teórica 
política alemã, a brutalidade é disseminada. Gostamos de pensar que a linha entre o bem e 
o mal é impermeável, que as pessoas que cometem atrocidades estão no lado mau, nós no 
lado bom, e que jamais cruzaremos a fronteira. Para banalizar o bem, entretanto, precisamos 
construir circunstâncias contrárias àquelas que insidiosamente nos corrompem: uma sociedade 
detentora de sistemas que permitam a contestação, a crítica e a verdade. Quem sabe assim não 
precisaremos de super-heróis para garantir direitos básicos de cidadania.
8. ... uma sociedade detentora de sistemas que permitam a contestação, a crítica e a verdade. 
O emprego da forma verbal grifada acima denota, no contexto,
a) possibilidade de realização de um fato. 
b) certeza imediata a respeito de uma ação real.
c) dúvida plausível acerca da realização de um fato.
d) ação prevista em um futuro imediato.
e) fato realizado em um tempo indefinido.
 
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Técnico Judiciário / 2014 / TRF3 / FCC / Médio
 Toda ficção científica, de Metrópolis ao Senhor dos Anéis, baseia-se, essencialmente, no 
que está acontecendo no mundo no momento em que o filme foi feito. Não no futuro ou numa 
galáxia distante, muitos e muitos anos atrás, mas agora mesmo, no presente, simbolizado em 
projeções que nos confortam e tranquilizam ao nos oferecer uma adequada distância de tempo 
e espaço. 
 Na ficção científica, a sociedade se permite sonhar seus piores problemas: desumanização, 
superpopulação, totalitarismo, loucura, fome, epidemias. Não se imita a realidade, mas imagina-
se, sonha-se, cria-se outra realidade onde possamos colocar e resolver no plano da imaginação 
tudo o que nos incomoda no cotidiano. O elemento essencial para guiar a lógica interna do 
gênero, cuja quebra implica o fim da magia, é a ciência. Por isso, tecnologia é essencial ao 
gênero. Parte do poder desse tipo de magia cinematográfica está em concretizar, diante dos 
nossos olhos, objetos possíveis, mas inexistentes: carros voadores, robôs inteligentes. Como 
parte dessas coisas imaginadas acaba se tornando realidade, o gênero reforça a sensação de 
que estamos vendo na tela projeções das nossas possibilidades coletivas futuras. 
(Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um filme. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. formato ebook.)
09. Considere. 
I – Segundo o texto, na ficção científica abordam-se, com distanciamento de tempo e espaço, 
questões controversas e moralmente incômodas da sociedade atual, de modo que a solução 
oferecida pela fantasia possa ser aplicada para resolver os problemas da realidade. 
II – Parte do poder de convencimento da ficção científica deriva do fato de serem apresentados 
ao espectador objetos imaginários que, embora não existam na vida real, estão, de algum 
modo, conectados à realidade. 
III – A ficção científica extrapola os limites da realidade, mas baseia-se naquilo que, pelo menos 
em teoria, acredita-se que seja possível. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e III. 
d) II. 
e) III. 
Anotações:
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Inferência
PROCEDIMENTOS
INFERÊNCIA = ideias implícitas, sugeridas, que podem ser depreendidas a partir da leitura do 
texto, de certas palavras ou expressões contidas na frase.
Enunciados = “Infere-se”, Deduz-se”, “Depreende-se”, etc.
Observe a tira.
Ao utilizar a palavra “também” (último quadro, sobretudo) – advérbio ou palavra denotativa 
de inclusão, que significa “do mesmo modo” –, Stock comunica conjuntamente, de modo 
implícito, que havia feito sexo com a noiva de Wood.
EXEMPLIFICANDO
Técnico Judiciário / 2014 / TRF3 / FCC / Médio
 O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da 
literatura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum. 
 As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas 
numa ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao 
irresistível poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios 
batiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam 
impiedosamente os tripulantes. 
 Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura 
grega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o 
incomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou 
inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perder 
a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio 
atravessou incólume a zona de perigo. 
 A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o 
reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus 
inescapáveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para 
resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha, 
mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem 
ao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios 
 
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ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo 
para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, 
contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona de 
perigo. 
 Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das 
sereias, a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de 
um lado, e o bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, 
reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi 
contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua 
própria alma. 
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)
10. Depreende-se do texto que as sereias atingiam seus objetivos por meio de 
a) dissimulação. 
b) lisura. 
c) observação. 
d) condescendência. 
e) intolerância.
Anotações:
INTERTEXTUALIDADE multimídia
Um texto remete a outro, contendo em si – muitas vezes – trechos ou temática desse outro 
com o qual mantém “diálogo”. 
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EXEMPLIFICANDO
Técnico Judiciário/ 2014 / TRF3 / FCC / Médio
Texto I
 O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da 
literatura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum. 
 As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas 
numa ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao 
irresistível poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios 
batiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam 
impiedosamente os tripulantes. 
 Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura 
grega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o 
incomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou 
inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perder 
a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio 
atravessou incólume a zona de perigo. 
 A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o 
reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus 
inescapáveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para 
resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha, 
mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem 
ao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios 
ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo 
para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, 
contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona de 
perigo. 
 Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das 
sereias, a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de 
um lado, e o bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, 
reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi 
contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua 
própria alma. 
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK) 
Texto II 
 O consultor de empresas americano Herb M. Greenberg chegou à conclusão de que o 
autoconhecimento é a base do sucesso de profissionais bem-sucedidos. Ele garante que 
esses profissionais “conseguem compreender a si mesmos e sabem o que fazem de melhor; 
conhecem exatamente quais são suas fraquezas e seus pontos fortes e por isso se destacam 
dos demais”.
(Adaptado de: GRINBERG, Renato. A estratégia do olho de tigre. São Paulo: Gente, 2011. p.51) 
 
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11. Atente para o que se afirma abaixo. 
I – Depreende-se do Texto II que o comentário sobre profissionais feito pelo consultor citado 
aplica-se a Ulisses (Texto I), pois foi por meio do autoconhecimento que ele desenvolveu a 
engenhosa estratégia que o salvou das sereias. 
II – Ao se contrapor o Texto II à fábula das sereias (Texto I), percebe-se que as estratégias 
realistas de um funcionário de uma empresa nada têm em comum com as decisões tomadas 
por Orfeu e Ulisses, pois foi a intervenção sobrenatural que mudou o curso do destino dos 
heróis. 
III – A atitude de Orfeu não é um exemplo válido para o que se afirma no Texto II sobre 
profissionais bem-sucedidos, pois fica evidente que Orfeu não conhecia seus pontos fracos. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II e III. 
b) II. 
c) I e II. 
d) I e III. 
e) I. 
EXTRATEXTUALIDADE
A questão formulada por meio do texto encontra-se fora do universo textual, exigindo do 
candidato conhecimento mais amplo de mundo. 
EXEMPLIFICANDO
“...inúmeros filmes vetados por famílias que se julgam no direito de determinar o que pode ou 
não pode ser dito sobre qualquer pessoa. Exatamente o que os generais acreditavam poder 
fazer em relação a jornais, rádios e televisões.”
12. ”Exatamente o que os generais acreditavam poder fazer em relação a jornais, rádios e televisão.” 
A finalidade da comparação no segmento do texto é a de 
a) recordar as grandes injustiças do regime militar. 
b) comparar dois momentos diferentes de nossa história. 
c) condenar a censura no regime militar. 
d) elogiar certas medidas duras, mas indispensáveis.
e) criticar a posição de algumas famílias de biografados.
A extratextualidade consiste em evocar o conhecimento prévio: a censura praticada 
por militares durante momento de nossa história, criticada à época, é inadmissível, 
independentemente da situação e do momento.
INSS 2015 – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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Anotações:
Tipologias Textuais
Narração: modalidade na qual se contam um ou mais fatos – fictício ou não – que 
ocorreram em determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma 
relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. 
EXEMPLIFICANDO
13. (12252) Estão presentes características típicas de um discurso narrativo em
I – Heidegger reclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoção progressiva das máquinas 
de escrever.
II – A escrita mecanizada priva a mão da dignidade no domínio da palavra escrita.
III – A escrita manual estimularia os processos de memorização e representação verbal.
Atende ao enunciado APENAS o que consta em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
Descrição: é a modalidade na qual se apontam as características que compõem 
determinado objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Usam-se adjetivos para tal. 
 
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EXEMPLIFICANDO
A Carta de Pero Vaz de Caminha
 De ponta a ponta é toda praia rasa, muito plana e bem formosa. Pelo sertão, pareceu nós 
do mar muito grande, porque a estender a vista não podíamos ver senão terra e arvoredos, 
parecendo-nos terra muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro nem 
prata, nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro; nem as vimos. Mas, a terra em si é muito 
boa de ares, tão frios e temperados, como os de Entre-Douro e Minho, porque, neste tempo 
de agora, assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas e infindas. De tal maneira é 
graciosa que, querendo aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem.
(In: Cronistas e viajantes. São Paulo: Abril Educação, 1982. p. 12-23. Literatura Comentada. Com adaptações)
14. A respeito do trecho da Carta de Caminha e de suas características textuais, é correto afirmar 
que
a) No texto, predominam características argumentativas e descritivas.
b) O principal objetivo do texto é ilustrar experiências vividas através de uma narrativa fictícia.
c) O relato das experiências vividas é feito com aspectos descritivos.
d) A intenção principal do autor é fazer oposição aos fatos mencionados.
e) O texto procura despertar a atenção do leitor para a mensagem através do uso 
predominante de uma linguagem figurada.
Argumentação: modalidade na qual se expõem ideias e opiniões gerais, seguidas da 
apresentação de argumentos que as defendam e comprovem. 
EXEMPLIFICANDO
Técnico Judiciário – Administrativo / 2012 / TRE-SP / FCC / Médio
 Adoniran Barbosa é um grande compositor e poeta popular, expressivo como poucos; 
mas não é Adoniran nem Barbosa, e sim João Rubinato, que adotou o nome de um amigo do 
Correio e o sobrenome de um compositor admirado. A idéia foi excelente, porque um artista 
inventa antes de mais nada a sua própria personalidade; e porque, ao fazer isto, ele exprimiu 
a realidade tão paulista do italiano recoberto pela terra e do brasileiro das raízes européias. 
Adoniran é um paulista de cerne que exprime a sua terra com a força da imaginação alimentada 
pelas heranças necessáriasde fora.
 Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português. Não concordo. Da 
mistura, que é o sal da nossa terra, Adoniran colheu a flor e produziu uma obra radicalmente 
brasileira, em que as melhores cadências do samba e da canção, alimentadas inclusive pelo 
terreno fértil das Escolas, se alia com naturalidade às deformações normais de português 
brasileiro, onde Ernesto vira Arnesto e assim por diante.
 São Paulo muda muito, e ninguém é capaz de dizer aonde irá. Mas a cidade que nossa 
geração conheceu (Adoniran é de 1910) foi a que se sobrepôs à velha cidadezinha caipira, 
entre 1900 e 1950; e que desde então vem cedendo lugar a uma outra, transformada em vasta 
INSS 2015 – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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aglomeração de gente vinda de toda parte. Esta cidade que está acabando, que já acabou com 
a garoa, os bondes, o trem da Cantareira, o Triângulo, as Cantinas do Bexiga, Adoniran não a 
deixará acabar, porque graças a ele ela ficará, misturada vivamente com a nova mas, como o 
quarto do poeta, também "intacta, boiando no ar." 
 A sua poesia e a sua música são ao mesmo tempo brasileiras em geral e paulistanas em 
particular. Sobretudo quando entram (quase sempre discretamente) as indicações de lugar, 
para nos porem no Alto da Mooca, na Casa Verde, na Avenida São João, na 23 de Maio, no Brás 
genérico, no recente metrô, no antes remoto Jaçanã. Talvez João Rubinato não exista, porque 
quem existe é o mágico Adoniran Barbosa, vindo dos carreadores de café para inventar no 
plano da arte a permanência da sua cidade e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da 
poesia, ao apito fantasmal do trenzinho perdido da Cantareira." 
Adaptado de Antônio Cândido. Textos de intervenção. São Paulo, Duas Cidades, Ed.34, 2002, p.211-213
15. (12256) No primeiro parágrafo, Antônio Cândido 
a) destaca a contribuição de Adoniran Barbosa para a comunidade italiana de São Paulo, na 
época em que a cidade era conhecida como terra da garoa.
b) analisa o contexto histórico em que a obra de Adoniran Barbosa aflorou, emitindo opinião 
crítica sobre a cidade que a acolheu.
c) contextualiza a obra de Adoniran Barbosa, expondo as características positivas e negativas 
da época em que o autor compunha.
d) fornece alguns dados biográficos sobre Adoniran Barbosa e emite opiniões críticas 
favoráveis a respeito do compositor.
e) critica João Rubinato por ter alterado o seu nome tipicamente brasileiro, embora reconheça 
que o pseudônimo escolhido tem maior força poética.
Exposição: apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias. Não faz defesa de uma 
ideia, pois tal procedimento é característico do texto dissertativo. O texto expositivo 
apenas revela ideias sobre um determinado assunto. 
EXEMPLIFICANDO
O telefone celular
 A história do celular é recente, mas remonta ao passado –– e às telas de cinema. A mãe do 
telefone móvel é a austríaca Hedwig Kiesler (mais conhecida pelo nome artístico Hedy Lamaar), 
uma atriz de Hollywood que estrelou o clássico Sansão e Dalila (1949). Hedy tinha tudo para 
virar celebridade, mas pela inteligência. Ela foi casada com um austríaco nazista fabricante de 
armas. O que sobrou de uma relação desgastante foi o interesse pela tecnologia.
 Já nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, ela soube que alguns torpedos 
teleguiados da Marinha haviam sido interceptados por inimigos. Ela ficou intrigada com isso, 
e teve a ideia: um sistema no qual duas pessoas podiam se comunicar mudando o canal, para 
que a conversa não fosse interrompida. Era a base dos celulares, patenteada em 1940.
 
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16. O modo predominante de organização textual é
a) descritivo.
b) narrativo.
c) argumentativo.
d) expositivo.
e) injuntivo.
Injunção: indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos 
e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, 
empregados no modo imperativo.
EXEMPLIFICANDO
Chutney de berinjela
1 pimentão amarelo 
2 pimentões verdes
2 pimentões vermelhos
2 berinjelas
200 g de passas
Picar todos os ingredientes e misturar com as passas. Pôr tudo numa assadeira com sal, ½ copo 
de azeite, ½ copo de vinagre. Levar ao forno até a berinjela ficar bem cozida.
17. Considere as afirmações.
I – O texto insere-se em apenas uma tipologia, a saber, a injuntiva.
II – O texto insere-se predominantemente nas tipologias descritiva e injuntiva.
III – Tal gênero de texto é chamado (além de prescritivo) de instrucional.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
Anotações:
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AULA 2
 • Gêneros Textuais. 
 • Semântica e Vocabulário. 
 • Polissemia. 
 • Conotação e Denotação. 
 • Ortografia. 
Gêneros Textuais
EDITORIAL: texto opinativo/argumentativo, não assinado, no qual o autor (ou autores) 
não expressa a sua opinião, mas revela o ponto de vista da instituição. Geralmente, aborda 
assuntos bastante atuais. Busca traduzir a opinião pública acerca de determinado tema, 
dirigindo-se (explícita ou implicitamente) às autoridades, a fim de cobrar-lhes soluções.
EXEMPLIFICANDO
Analista Judiciário – Administrativa / 2014 / TJ-AP / FCC / Superior
 A expressão “política indigenista” foi utilizada por muito tempo como sinônimo de toda 
e qualquer ação política governamental que tivesse as populações indígenas como objeto. 
As diversas mudanças no campo do indigenismo nos últimos anos, no entanto, exigem que 
estabeleçamos uma definição mais precisa e menos ambígua do que seja a política indigenista. 
 Primeiramente temos como agentes principais os próprios povos indígenas, seus 
representantes e organizações. O amadurecimento progressivo do movimento indígena desde 
a década de 1970, e o consequente crescimento no número e diversidade de organizações 
nativas, dirigidas pelos próprios índios, sugere uma primeira distinção no campo indigenista: a 
“política indígena”, aquela protagonizada pelos próprios índios, não se confunde com a política 
indigenista e nem a ela está submetida. Entretanto, boa parte das organizações e lideranças 
indígenas vêm aumentando sua participação na formulação e execução das políticas para os 
povos indígenas. 
 Numa segunda distinção, encontramos outros segmentos que interagem com os povos 
indígenas e que também, como eles, têm aumentado sua participação na formulação e 
execução de políticas indigenistas, antes atribuídas exclusivamente ao Estado brasileiro. Nesse 
conjunto encontramos principalmente as organizações não governamentais. Somam-se a este 
universo de agentes não indígenas as organizações religiosas que se relacionam com os povos 
indígenas em diversos campos de atuação. 
Aula 2
 
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 Contemporaneamente, portanto, temos um quadro complexo no qual a política indigenista 
oficial (formulada e executada pelo Estado) tem sido formulada e implementada a partir 
de parcerias formais estabelecidas entre setores governamentais, organizações indígenas, 
organizações não governamentais e missões religiosas. 
(Disponível em: pib.socioambiental.org. Acesso em 03/10/14. Com adaptações) 
18. Depreende-se corretamente do texto que 
a) a distinção entre a política indigenista e a política indígena está centrada no fato de que 
a primeira é implementada pelo Estado enquanto a segunda é colocada em prática pelos 
próprios índios. 
b) a expressão política indigenista deixou de ser apropriada na medida em que uma 
diversidade de organizações nativas, dirigidas pelos próprios índios, passou a prevalecer 
sobre as práticas governamentais. 
c) a tentativa de estabelecer uma definição menos ambígua do que seja a política indigenista 
mostrou-se inconclusa, dada a complexidade da situação atual em que a política indígena 
tem sido formulada. 
d) os povos indígenas amadureceram nas últimas décadas, o que fez com que demandas 
antigas do movimentoindígena, aquelas protagonizada[s] pelos próprios índios, fossem 
abandonadas. 
e) os agentes não indígenas, apesar dos avanços atingidos desde a década de 1970, deixaram 
de pôr em prática diversos projetos que tratavam de interesses específicos dos índios, nos 
vários setores em que atuam. 
ARTIGO: são os mais comuns. São textos autorais – assinados –, cuja opinião é da inteira 
responsabilidade de quem o escreveu. Seu objetivo é o de persuadir o leitor. 
EXEMPLIFICANDO
Técnico Judiciário – Enfermagem / 2012 / TRF 2ª / FCC / Médio
 O Brasil é um país de preguiçosos. A pequena parcela da população com disposição de 
calçar um par de tênis para se exercitar é formada majoritariamente por homens jovens e com 
alto poder aquisitivo. O futebol é, disparado, o esporte mais praticado, seguido por corrida 
e caminhada. Essas são as principais conclusões da maior pesquisa já feita sobre os hábitos 
esportivos dos brasileiros. Os resultados preocupam. É indiscutível que a prática de esportes, 
associada a uma alimentação regrada, está diretamente ligada a uma vida mais saudável. 
 A pesquisa traçou ainda um mapa da prática de esportes no Brasil. Poder aquisitivo 
e questões culturais explicam as modalidades favoritas de cada região. Porto Alegre e 
Florianópolis, locais de alto padrão de renda, são as cidades em que a população mais se 
exercita. Já Recife é a capital do sedentarismo. Pelos mesmos motivos, os brasileiros se mexem 
mais do que habitantes de países pobres da América Latina, África e Ásia. Mas bem menos do 
que europeus, japoneses e americanos. O Rio de Janeiro, com suas praias e a tradição de seus 
times, é a capital do futebol. Brasília, plana e cheia de parques, é onde mais se corre. 
INSS 2015 – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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 A saúde aparece como o principal motivo para a procura por atividades físicas. No ranking 
da Organização Mundial de Saúde dos principais fatores de risco para as causas mais comuns 
de morte, como infarto e derrame, o sedentarismo figura na quarta posição, atrás apenas de 
diabetes, tabagismo e hipertensão. "O corpo humano foi feito para se mexer", diz o fisiologista 
Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo. "Em movimento constante, nosso 
organismo realiza melhor todas as suas funções. Parado, adoece."
(Otávio Cabral e Giuliana Bergamo. Veja, 28 de setembro de 2011, p. 103-104, com adaptações)
19. (12212) Os mesmos motivos para a prática de exercícios físicos, referidos no 2º parágrafo, são 
a) alimentação regrada e hábitos esportivos.
b) sedentarismo e modalidades favoritas.
c) praias e tradição dos times de futebol.
d) poder aquisitivo e questões culturais.
e) parques e existência de áreas planas.
NOTÍCIA: são autorais, apesar de nem sempre serem assinadas. Seu objetivo é tão 
somente o de informar, não o de convencer.
CRÔNICA: fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, o cronista 
apropria-se de um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer críticas ao status 
quo, baseadas quase exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de 
texto é predominantemente coloquial.
EXEMPLIFICANDO
Controlador de Sistemas / 2014 / SABESP / FCC / Médio 
 "O amor acaba", disse Paulo Mendes Campos, em sua crônica mais bonita; só não disse 
o que fica no lugar. É na esperança, talvez, de entender essa estranha melancolia, esse vazio 
preenchido por boas lembranças e algumas cicatrizes, que a encontro a cada ano ou dois. 
Marcamos um almoço num dia de semana. Falamos do passado, mas não muito. Falamos do 
presente, mas não muito. Há uma vontade genuína de se aproximar e o tácito reconhecimento 
dessa impossibilidade. 
 Dois velhos amigos, quando se reveem, voltam no ato para o território comum de sua 
amizade. Reconstroem o pátio da escola, o prédio em que moraram − e o adentram. Para 
antigos amantes, no entanto, é impossível restabelecer o elo, o elo morreu com o amor, era 
o amor. O que sobra é feito um cômodo dentro da gente, cheio de objetos valiosos, porém 
trancado. Sentimos saudades do que está ali dentro, mas não podemos nem queremos entrar. 
Como disse um grego que viveu e amou há 2.500 anos: não somos mais aquelas pessoas nem é 
mais o mesmo aquele rio. 
 Uma vez vi um filme em que alguém declarava: "Se duas pessoas que um dia se amaram 
não puderem ser amigas, então o mundo é um lugar muito triste". O mundo é um lugar triste, 
mas não porque antigos amantes não podem ser amigos: sim porque o passado não pode ser 
recuperado. 
(Adaptado de: PRATA, Antonio. Folha de S.Paulo, 20/02/2013)
 
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20. No texto, o autor 
a) contrapõe o amor à amizade, em defesa desta. 
b) lamenta que antigos amantes não possam mais ser amigos. 
c) admite nutrir a expectativa de recuperar um antigo amor. 
d) constata que o passado é irrecuperável. 
e) critica o caráter insondável das relações interpessoais.
PEÇA PUBLICITÁRIA: a propaganda é um modo específico de apresentar informação sobre 
produto, marca, empresa, ideia ou política, visando a influenciar a atitude de uma audiência 
em relação a uma causa, posição ou atuação. A propaganda comercial é chamada, também, 
de publicidade. Ao contrário da busca de imparcialidade na comunicação, a propaganda 
apresenta informações com o objetivo principal de influenciar uma audiência. Para tal, 
frequentemente, apresenta os fatos seletivamente (possibilitando a mentira por omissão) 
para encorajar determinadas conclusões, ou usa mensagens exageradas para produzir uma 
resposta emocional e não racional à informação apresentada. Costuma ser estruturada por 
meio de frases curtas e em ordem direta, utilizando elementos não verbais para reforçar a 
mensagem.
CHARGE: é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar algum acontecimento 
atual com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa 
carga, ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo caricato, tece 
uma crítica contundente. Mais do que um simples desenho, a charge é uma crítica político-
social mediante o artista expressa graficamente sua visão sobre determinadas situações 
cotidianas por meio do humor e da sátira.
INSS 2015 – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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CARTUM: retrata situações sociais corriqueiras, relacionadas ao comportamento humano, 
mas não necessariamente situadas no tempo. Caracteriza-se por ser uma anedota gráfica 
na qual se visualiza a presença da linguagem verbal associada à não verbal.
QUADRINHOS: hipergênero, que agrega diferentes outros gêneros, cada um com suas 
peculiaridades.
TEXTO LITERÁRIO
EXEMPLIFICANDO
Técnico Judiciário – Enfermagem / 2015 / TRT 15ª / FCC / Médio
“Você não está mais na idade 
de sofrer por essas coisas” 
Há então a idade de sofrer 
e a de não sofrer mais 
por essas, essas coisas? 
As coisas só deviam acontecer 
para fazer sofrer 
na idade própria de sofrer? 
Ou não se devia sofrer 
pelas coisas que causam sofrimento 
pois vieram fora de hora, e a hora é calma? 
E se não estou mais na idade de sofrer 
é porque estou morto, e morto 
é a idade de não sentir as coisas, essas coisas? 
(ANDRADE, Carlos Drummond de. “Essas coisas”. As impurezas do branco. Rio de Janeiro: José Olympio, 3. ed., 1976, p.30) 
 
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21. Infere-se corretamente do poema que 
a) a alegria é maior nas horas calmas da vida. 
b) na vida há uma idade apropriada para sofrer por certas coisas. 
c) quando se é jovem, o sofrimento deve ser evitado. 
d) a ausência de sofrimento só é possível na morte. 
e) o sofrimento é mais comum na velhice do que na juventude.
Anotações:
Semântica e Vocabulário
SINÔNIMOS: palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.
Porém os sinônimos podem ser 
 • perfeitos: significado absolutamente igual (o que não é muito frequente); cambiáveis em 
qualquer contexto.
Ex.: morte = falecimento/ idoso = ancião
 • imperfeitos: o significado das palavras é apenas semelhante.
Ex.: belo~formoso/ adorar~amar / fobia~receio
ANTÔNIMOS: palavras que possuem significados opostos, contrários. Pode originar-se do 
acréscimo de um prefixo de sentido oposto ou negativo.
Exemplos:
mal X bem
fraco X forte
subir X descer
possível X impossível
simpático X antipático
EXEMPLIFICANDO
Analista do Tesouro Nacional / 2015 / SEFAZ-PI / FCC / Superior
Filosofia de borracharia
 O borracheiro coçou a desmatada cabeça e proferiu a sentença tranquilizadora: nenhum 
problema com o nosso pneu, aliás quase tão calvo quanto ele. Estava apenas um bocado 
murcho. 
INSS 2015 – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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 − Camminando si sgonfia* − explicou o camarada, com um sorriso de pouquíssimos dentes 
e enorme simpatia. 
 O italiano vem a ser um dos muitos idiomas em que a minha abrangente ignorância é 
especializada, mas ainda assim compreendi que o pneu do nosso carro periclitante tinha se 
esvaziado ao longo da estrada. Não era para menos. Tendo saído de Paris, havíamos rodado 
muito antes de cair naquele emaranhado de fronteiras em que você corre o risco de não saber 
se está na Áustria, na Suíça ou na Itália. 
 Soubemos que estávamos no norte, no sótão da Itália, vendo um providencial borracheiro 
dar nova carga a um pneu sgonfiato. Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão 
europeu, embarcados numa aventura que, de camping em camping, nos levaria a Istambul 
– para dar carga nova a nossos estômagos, àquela altura não menos sgonfiati. O que pode 
a fome, em especial na juventude: à beira de um himalaia de sofrível espaguete fumegante, 
julguei ver fumaças filosóficas na sentença do tosco borracheiro. E, entre garfadas, sob o olhar 
zombeteiro dos companheiros de viagem, me pus a teorizar. 
 Sim, camminando si sgonfia, e não apenas quando se é, nesta vida, um pneu. Também 
nós, de tanto rodar, vamos aos poucos desinflando. E por aí fui, inflado e inflamado num papo 
delirante. Fosse hoje, talvez tivesse dito, infelizmente com conhecimento de causa, que a partir 
de determinado ponto carecemos todos de alguma espécie de fortificante, de um novo alento 
para o corpo, quem sabe para a alma. 
* Camminando si sgonfia = andando se esvazia. 
(Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre, Arquipélago, 2011, p. 85-86)
22. Sem prejuízo para o sentido do contexto, pode-se substituir o elemento sublinhado no 
segmento 
a) sob o olhar zombeteiro (4º parágrafo) por exame indolente1. 
b) proferiu a sentença tranquilizadora (1º parágrafo) por opinião2 consoladora.
c) nosso carro periclitante (3º parágrafo) por indomável3. 
d) um providencial borracheiro (3º parágrafo) por previdente.4 
e) julguei ver fumaças filosóficas (4º parágrafo) por presunções de filosofia5.
Anotações:
1 sem vigor; insensível ≠ zombeteiro = aquele ou o que faz troça.
2 parecer ≠ sentença = decisão final.
3 que não pode ser domado, controlado ≠ periclitante = que está em perigo.
4 precavido ≠ providencial = oportuno.
5 pretensão = fumaças = maneiras presunçosas.
 
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Polissemia
Significa (poli = muitos; semia = significado) “muitos sentidos”, contudo, assim que se insere 
no contexto, a palavra perde seu caráter polissêmico e assume significado específico, isto 
é, significado contextual. Os vários significados de uma palavra, em geral, têm um traço em 
comum. A cada um deles dá-se o nome de acepção.
 • A cabeça une-se ao tronco pelo pescoço.
 • Ele é o cabeça da rebelião.
 • Sabrina tem boa cabeça.
EXEMPLIFICANDO
23. Encontramos o efeito polissêmico empregado na seguinte palavra:
a) vaca.
b) humano.
c) costela.
d) radiografia.
e) conversa.
Denotação e Conotação
DENOTAÇÃO: significação objetiva da palavra – valor referencial; é a palavra em "estado de 
dicionário“.
CONOTAÇÃO: significação subjetiva da palavra; ocorre quando a palavra evoca outras realidades 
devido às associações que ela provoca.
EXEMPLIFICANDO
Atendente a Clientes / 2014 / SABESP / FCC / Médio
A marca da solidão
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. Tem 
os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra 
na tarde quente. 
INSS 2015 – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminuto 
caminho de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, 
ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver. 
Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. 
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) 
24. No primeiro parágrafo, a palavra utilizada em sentido figurado é 
a) menino. 
b) chão. 
c) testa. 
d) penumbra. 
e) tenda. 
Anotações:
Ortografia
Parônimos – palavras que são muito parecidas na escrita ou na pronúncia, porém 
apresentam significados diferentes.
ALGUNS EXEMPLOS
absolver (perdoar, inocentar) absorver (aspirar, sorver)
ao encontro de (a favor) de encontro a (contra)
ao invés de (oposto) em vez de (no lugar de)
apóstrofe (figura de linguagem) apóstrofo (sinal gráfico)
aprender (tomar conhecimento) apreender (capturar, assimilar)
arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair)
ascensão (subida) assunção (elevação a um cargo)
bebedor (aquele que bebe) bebedouro (local onde se bebe)
cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem gentil)
comprimento (extensão) cumprimento (saudação)
deferir (atender) diferir (distinguir-se, divergir)
delatar (denunciar) dilatar (alargar)
descrição (ato de descrever) discrição (reserva, prudência)
 
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descriminar (tirar a culpa) discriminar (distinguir)
despensa (local onde se guardam mantimentos) dispensa (ato de dispensar)
docente (relativo a professores) discente (relativo a alunos)
emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país)
eminência (elevado) iminência (qualidade do que está iminente)
eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer)
esbaforido (ofegante, apressado) espavorido (apavorado)
estada (permanência em um lugar) estadia (permanência temporária em um lugar)
flagrante (evidente) fragrante (perfumado)
fluir (transcorrer, decorrer) fruir (desfrutar)
fusível (aquilo que funde) fuzil (arma de fogo)
imergir (afundar) emergir (vir à tona)
inflação (alta dos preços) infração (violação)
infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar)
mandado (ordem judicial) mandato (procuração)
peão (aquele que anda a pé, domador de 
cavalos) pião (tipo de brinquedo)
precedente (que vem antes) procedente (proveniente; que tem fundamento)
ratificar (confirmar) retificar (corrigir)
recrear (divertir) recriar (criar novamente)
soar (produzir som) suar (transpirar)
sortir (abastecer, misturar) surtir (produzir efeito)
sustar (suspender) suster (sustentar)
tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilegal)
vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente)
Homônimos – palavras que são iguais na escrita e/ou na pronúncia, porém têm significados 
diferentes.
Homônimos perfeitos são palavras diferentes no sentido, mas idênticas na escrita e na 
pronúncia.
São Jorge / São várias as causas / Homem são. 
Homônimos homógrafos têm a mesma escrita, porém diferente pronúncia na abertura da 
vogal tônica “o” / “e”.
O molho / Eu molho – A colher / Vou colher
Homônimos homófonos têm a mesma pronúncia, mas escrita diferente.
Acender = pôr fogo / Ascender = subir
INSS 2015 – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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ALGUNS EXEMPLOS
Acento Inflexão da voz; sinal gráfico Assento
Lugar onde a gente se 
assenta
Anticé(p)tico Oposto aos céticos Antissé(p)tico Desinfetante
Caçar Perseguir a caça Cassar Anular
Cé(p)tico Que ou quem duvidaSé(p)tico Que causa infecção
Cela Pequeno aposento Sela Arreio de cavalgadura
Celeiro Depósito de provisões Seleiro Fabricante de selas
Censo Recenseamento Senso Juízo claro
Cerração Nevoeiro espesso Serração Ato de serrar
Cerrar Fechar Serrar Cortar
Cilício Cinto para penitências Silício Elemento químico
Círio Vela grande de cera Sírio da Síria
Concertar Harmonizar; combinar Consertar Remendar; reparar
Empoçar Formar poça Empossar Dar posse a
Estrato 
Camadas (rochas); 
seção ou divisão de um 
sistema organizado; 
faixa. P.ext., a classifi-
cação dos indivíduos a 
partir de suas condições 
socioeconômicas; grupo 
composto por nuvens 
baixas. 
Extrato
Que foi extraído 
de alguma coisa; 
registro de uma conta 
(bancária, p.ex.); 
perfume.
Incerto Duvidoso Inserto Inserido, incluído
Incipiente Principiante Insipiente Ignorante
Intenção ou tenção Propósito Intensão ou tensão Intensidade
Intercessão Rogo, súplica Interse(c)ção Ponto em que duas linhas se cortam
Laço Laçada Lasso Cansado
Maça Clava Massa Pasta
Paço Palácio Passo Passada
Ruço Pardacento; grisalho Russo Natural da Rússia
Senão 
A não ser, caso 
contrário, defeito (= um 
senão)
Se não Caso não (condicional)
Cesta 
Recipiente de vime, 
palha ou outro material 
trançado
Sexta Dia da semana; nu-meral ordinal (fem.)
 
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Cessão = doação, anuência Se(c)cão = divisão, setor, departamento Sessão = reunião
Acerca de = a respeito de, 
sobre
A cerca de = aproximadamente, 
perto (distância)
Há cerca de = tempo decorrido 
(aproximadamente)
Anotações:
EXEMPLIFICANDO
Técnico Judiciário – Enfermagem / 2015 / TRT 15ª / FCC / Médio
“Você não está mais na idade 
de sofrer por essas coisas” 
Há então a idade de sofrer 
e a de não sofrer mais 
por essas, essas coisas? 
As coisas só deviam acontecer 
para fazer sofrer 
na idade própria de sofrer? 
Ou não se devia sofrer 
pelas coisas que causam sofrimento 
pois vieram fora de hora, e a hora é calma? 
E se não estou mais na idade de sofrer 
é porque estou morto, e morto 
é a idade de não sentir as coisas, essas coisas? 
(ANDRADE, Carlos Drummond de. “Essas coisas”. As impurezas do branco. Rio de Janeiro: José Olympio, 3. ed., 1976, p.30) 
INSS 2015 – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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25. é porque estou morto 
O elemento sublinhado acima também pode ser corretamente empregado na lacuna da frase 
a) Não entendi o ...... da sua atitude na reunião. 
b) Percebi logo ...... ele demorou para chegar. 
c) ...... você não confia nas suas ideias? 
d) Esclareça o ...... da necessidade desse procedimento. 
e) Os jovens às vezes erram ...... são muito ansiosos.
Analista Judiciário – Área Administrativa / 2012 / TRF 2ª / FCC / Superior
26. Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em
a) Se o por quê da importância primitiva de Paraty estava na sua localização estratégica, a 
importância de que goza atualmente está na relevância histórica porque é reconhecida.
b) Ninguém teria porque negar a Paraty esse duplo merecimento de ser poesia e história, por 
que o tempo a escolheu para ser preservada e a natureza, para ser bela.
c) Os dissabores por que passa uma cidade turística devem ser prevenidos e evitados pela 
Casa Azul, porque ela nasceu para disciplinar o turismo.
d) Porque teria a cidade passado por tão longos anos de esquecimento? Criou-se uma estrada 
de ferro, eis porque.
e) Não há porquê imaginar que um esquecimento é sempre deplorável; veja-se como e por 
quê Paraty acabou se tornando um atraente centro turístico.
Analista Judiciário – Análise de Sistemas / 2012 / TJ-RJ / FCC / Superior
27. É preciso corrigir, por falhas diversas, a seguinte frase:
a) Quem ouve mal não tem necessariamente mau ouvido; pode ter sido afetado pelo 
desconhecimento de um contexto determinado.
b) Quem não destorce6 o que ouviu de modo torto acaba por permanecer longe do caminho 
reto da compreensão.
c) Pelos sons exóticos das palavras, nos impregnamos da melodia poética a cujo encanto se 
rendem, imantados, os nossos ouvidos.
d) Há sons indiscrimináveis, como os que se apanha do rádio mau sintonizado ou de uma 
conversa aliatória, entre terceiros.
e) É possível elaborar-se uma longa lista de palavras e expressões em cuja recepção sonora 
verificam-se os mais curiosos equívocos.
Técnico Judiciário – Segurança Judiciária / 2012 / TST / FCC / Médio
28. O elemento em destaque está empregado corretamente na frase
a) O desempenho de um mau aluno deixa a desejar.
b) Um mal professor não é capaz de incentivar os alunos.
c) O aluno respondeu mau aos questionamentos do professor.
d) Mau chegou, ouviram-se suas reclamações.
e) A mudança de datas foi mau recebida pelos alunos.
6 endireitar o que estava torcido.
 
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Técnico Judiciário – Área Administrativa / 2011 / TRE-PE / FCC / Médio
29. O par grifado que constitui exemplo de parônimos está em
a) No espaço de uma noite, o rio havia transbordado e inundado o quintal da casa. / Pela 
manhã, foi possível constatar a força destrutiva das águas.
b) O rio se convertera em um caudaloso fluxo de águas sujas. / O menino se assustou com a 
violência barrenta das águas.
c) Famílias eminentes podiam ir para o campo, fugindo do bulício da cidade. / Eram iminentes 
os riscos causados pela inundação das águas barrentas do rio.
d) Era urgente a necessidade de obras para a contenção do rio. / Havia heroísmo na 
concentração dos homens que lutavam contra a corrente.
e) No pomar atrás da casa havia frutas, entre elas, mangas e cajus. / Em mangas de camisa, 
homens tentavam salvar o que as águas levavam.
30. Considere as afirmações que seguem.
I – Em “Seria ingênuo pensar que esse mito desapareceu com a recente crise, mas, que ele está 
mal das pernas, está.”, o sentido da expressão "mal das pernas", característica da oralidade, 
seria prejudicado caso se substituísse "mal" por mau. 
II – A correção gramatical do texto seria mantida se, no trecho “posicionado a alguns metros”, o 
termo “a” fosse substituído por há. 
III – Em “As trevas medievais tomaram conta da Europa, fazendo-a mergulhar em mil anos 
de estagnação, sob as mãos de senhores feudais, reis e papas, que não conheciam outro 
limite senão seu próprio poder.”, a substituição do vocábulo “senão” por se não, embora 
gramaticalmente correta, prejudicaria o sentido do texto. 
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas I e III.
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Aula 3
Compreensão Gramatical do Texto.
Elementos Referenciais.
Confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas.
PRONOMINALIZAÇÃO
Analista do Ministério Público Estadual – Suporte Técnico / 2012 / MPE-RS / FCC / Superior
 Não há dúvida de que o preconceito contra a mulher é forte no Brasil e que cabe ao poder 
público tomar medidas para reduzi-lo. Pergunto-me, porém, se faz sentido esperar uma 
situação de total isonomia entre os gêneros, como parecem querer os discursos dos políticos. 
 Nos anos 60 e 70, acreditava-se que as diferenças de comportamento entre os sexos eram 
fruto de educação ou de discriminação. Quando isso fosse resolvido, surgiria o equilíbrio. Não 
foi, porém, o que ocorreu, como mostra Susan Pinker, em "The Sexual Paradox". Para ela, não 
se pode mais negar que há diferenças biológicas entre machos e fêmeas. Elas se materializam 
estatisticamente (e não deterministicamente) em gostos e aptidões e, portanto, na opção por 
profissões e regimes de trabalho. 
31. Quando isso fosse resolvido ... (2º parágrafo)
O pronome grifado acima substitui corretamente, considerando-se o contexto, 
a) as diferenças de comportamento entre homens e mulheres. 
b) os problemas referentes à educação e à discriminação contra mulheres. 
c) as medidas governamentais para reduzir o preconceito contra as mulheres. 
d) o equilíbrio entre os sexos a partir das opções por profissões e regimes de trabalho. 
e) o cálculo estatísticoquanto às preferências femininas por determinadas profissões.
Anotações:
Aula 3
 
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SINTAXE
Administração – Suporte Administrativo Geral / 2015 / TCE-CE / FCC / Médio
Insânia*
 Não há limites para a insânia, costumava dizer um amigo meu, grande jornalista e pessoa 
melhor ainda, desolado ante o espetáculo da humanidade sobre a Terra. Planejava começar 
assim um artigo que não chegou a escrever. Uma pena. Eu próprio teria fornecido ao meu 
amigo umas ilustrações de insânia 
sem limites, e sem que precisasse recorrer à experiência alheia: rir de si mesmo é uma virtude, 
e humildemente reconheço que motivos não me faltam. 
*Insânia = loucura, demência, desatino 
(WERNECK, Humberto, Esse inferno vai acabar. Porto Alegre: Arquipélago, 2011, p. 107) 
32. A frase “sem que precisasse recorrer à experiência alheia” está-se referindo 
a) à pessoa do autor do texto, que está longe de ser um exemplo de insânia. 
b) ao amigo do autor do texto, um jornalista desolado com a insânia da humanidade. 
c) ao amigo do autor do texto, um jornalista que confessa ser capaz de rir de sua própria 
insânia. 
d) à pessoa do autor do texto, que se vê como ilustração da insânia humana. 
e) a um insano qualquer, incapaz de ver a si mesmo como um desatinado. 
Anotações:
PONTUAÇÃO
Escriturário / 2013 / BB / FCC / Médio
 Ao longo do século XVII, a Holanda foi um dos dois motores de um fenômeno que 
transformaria para sempre a natureza das relações internacionais: a primeira onda da chamada 
globalização. O outro motor daquela era de florescimento extraordinário das trocas comerciais 
e culturais era um império do outro lado do planeta − a China. Só na década de 1650, 40.000 
homens partiram dos portos holandeses rumo ao Oriente, em busca dos produtos cobiçados 
que se fabricavam por lá. Mas a derrota em uma guerra contra a França encerrou os dias da 
Holanda como força dominante no comércio mundial. 
INSS 2015 – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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 Se o século XVI havia sido marcado pelas grandes descobertas, o seguinte testemunhou a 
consequência maior delas: o estabelecimento de um poderoso cinturão de comércio que ia da 
Europa à Ásia. "O sonho de chegar à China é o fio imaginário que percorre a história da luta da 
Europa para fugir do isolamento", diz o escritor canadense Timothy Brook, no livro O chapéu 
de Vermeer.
 Isso determinou mudanças de comportamento e de valores: "Mais gente aprendia novas 
línguas e se ajustava a costumes desconhecidos". O estímulo a esse movimento era o desejo 
irreprimível dos ocidentais de consumir as riquezas produzidas no Oriente. A princípio 
refratários ao comércio com o exterior, os governantes chineses acabaram rendendo-se à 
evidência de que o comércio significava a injeção de riqueza na economia local (em especial 
sob a forma de toneladas de prata).
 Sob vários aspectos, a China e a Holanda do século XVII eram a tradução de um mesmo 
espírito de liberdade comercial. Mas deveu-se só à Holanda a invenção da pioneira engrenagem 
econômica transnacional. A Companhia das Índias Orientais − a primeira grande companhia 
de ações do mundo, criada em 1602 − foi a mãe das multinacionais contemporâneas. 
Beneficiando-se dos baixos impostos e da flexibilidade administrativa, ela tornou-se a grande 
potência empresarial do século XVII.
(Adaptado de: Marcelo Marthe. Veja, p. 136-137, 29 ago. 2012)
33. (12205) A Companhia das Índias Orientais – a primeira grande companhia de ações do mundo, 
criada em 1602 – foi a mãe das multinacionais contemporâneas.
O segmento isolado pelos travessões constitui, no contexto, comentário que
a) busca restringir o âmbito de ação de uma antiga empresa de comércio.
b) especifica as qualidades empresariais de uma companhia de comércio.
c) contém informações de sentido explicativo, referentes à empresa citada.
d) enumera as razões do sucesso atribuído a essa antiga empresa.
e) enfatiza, pela repetição, as vantagens oferecidas pela Empresa.
Anotações:
TEMPOS VERBAIS multimídia
Analista Judiciário – Área Apoio Especializado – Especialidade Enfermagem / 2012 / TRT 11ª 
/ FCC / Superior 
 A Amazônia, dona de uma bacia hidrográfica com cerca de 60% do potencial hidrelétrico do 
país, tem a chance de emergir como uma região próspera, capaz de conciliar desenvolvimento, 
conservação e diversidade sociocultural. O progresso está diretamente ligado ao papel que a região 
exercerá em duas áreas estratégicas para o planeta: clima e energia. Não se trata de explorar a 
floresta e deixar para trás terra arrasada, mas de aproveitar o valor de seus ativos sem qualquer 
 
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agressão ao meio ambiente. Para isso, basta que o Brasil seja capaz de colocar em prática uma 
ampla e bem-sucedida política socioambiental, a exemplo do que faz a indústria cosmética nacional, 
que seduziu o mundo com a biodiversidade brasileira. É marketing e é conservacionismo também. 
 Segundo o pesquisador Beto Veríssimo, fundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da 
Amazônia (Imazon), a floresta é fundamental para a redução global das emissões de gases de efeito 
estufa. "O Brasil depende da região para produzir mais energia e não sou contra a expansão da rede 
de usinas aqui, mas é preciso cautela, para não repetir erros do passado, quando as hidrelétricas 
catalisaram ocupação desordenada, conflitos sociais e desmatamentos. Enfrentar o desmatamento 
da Amazônia é crucial para o Brasil." 
 (Trecho de Diálogos capitais. CartaCapital, 7 de setembro de 2011, p. 46) 
34. Para isso, basta que o Brasil seja capaz de colocar em prática uma ampla e bem-sucedida 
política sócio ambiental ... (1º parágrafo) 
O emprego da forma verbal grifada na frase acima indica 
a) restrição à afirmativa anterior. 
b) condição da realização de um fato. 
c) finalidade de uma ação futura. 
d) tempo passado em correlação com outro. 
e) hipótese passível de se realizar. 
Assistente de Gestão de Políticas Públicas / 2012 / Fundação Paulistana de Educação e 
Tecnologia / FCC / Superior
35. Pouco após chegar ao Brasil com a família real, em 1808, o piano já se tornara símbolo de status 
e de sintonia com uma forma mais culta de vida, mesmo quando essa de fato não acontecia.
...o piano já se tornara símbolo de status... 
O tempo verbal empregado na frase acima exprime um fato 
a) futuro em relação a outro já passado. 
b) presente em relação a uma situação passada. 
c) anterior ao momento da fala, mas não totalmente concluído. 
d) passado em relação a outro fato também passado. 
e) incerto, que pode ou não vir a ocorrer. 
Anotações:
INSS 2015 – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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NEXOS
Analista Judiciário – Área Apoio Especializado – Especialidade Enfermagem / 2012 / TRT 11ª 
/ FCC / Superior 
 A Amazônia, dona de uma bacia hidrográfica com cerca de 60% do potencial hidrelétrico do 
país, tem a chance de emergir como uma região próspera, capaz de conciliar desenvolvimento, 
conservação e diversidade sociocultural. O progresso está diretamente ligado ao papel que a região 
exercerá em duas áreas estratégicas para o planeta: clima e energia. Não se trata de explorar a 
floresta e deixar para trás terra arrasada, mas de aproveitar o valor de seus ativos sem qualquer 
agressão ao meio ambiente. Para isso, basta que o Brasil seja capaz de colocar em prática uma 
ampla e bem-sucedida política socioambiental, a exemplo do que faz a indústria cosmética nacional, 
que seduziu o mundo com a biodiversidade brasileira. É marketing e é conservacionismo também. 
 Segundo o pesquisador Beto Veríssimo, fundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da 
Amazônia (Imazon), a floresta é fundamental para a redução global das emissões de gases de efeito 
estufa. "O Brasil depende da região para produzir mais energia e não sou contra a expansão da rede 
de usinas aqui, mas é preciso cautela, para não repetir erros do passado,quando as hidrelétricas 
catalisaram ocupação desordenada, conflitos sociais e desmatamentos. Enfrentar o desmatamento 
da Amazônia é crucial para o Brasil." 
 (Trecho de Diálogos capitais. CartaCapital, 7 de setembro de 2011, p. 46) 
36. ... e não sou contra a expansão da rede de usinas aqui, mas é preciso cautela ... (2º parágrafo) 
O segmento grifado acima denota 
a) finalidade decorrente do próprio desenvolvimento do texto. 
b) ressalva em correlação com o sentido da afirmativa anterior. 
c) temporalidade necessária à concretização da ação prevista. 
d) causa que justifica o posicionamento do pesquisador. 
e) condição para a realização da hipótese anterior a ele. 
Auxiliar de Enfermagem do Trabalho / 2012 / BB / FCC / Médio
 A mecanização dos meios de comunicação e da impressão foi de fundamental importância para 
a expansão da imprensa no início do século XX. Os novos prelos (*) utilizados pela grande imprensa 
eram comemorados em pequenos comentários dos semanários de narrativa irreverente paulistana. 
Surgiam as Marionis e outras tantas marcas de prelos, capazes de multiplicar os exemplares e combinar 
textos e imagens como, durante o século XIX, nunca havia sido possível. Aliados à maior capacidade 
de produção, impressão e composição estavam os correios e telégrafos, principais responsáveis pela 
distribuição dos jornais, assim como meio de comunicação fundamental para que leitores e os próprios 
produtores de jornais mantivessem contato com os acontecimentos do momento. 
 Apesar de sua péssima fama, que atravessara o século XIX e permanecia ao longo da primeira 
década do século XX em pequenas notas e comentários críticos dos jornais satíricos, por meio dos 
correios se faziam entregas em locais distantes do interior paulista, recebiam-se jornais de várias partes 
do mundo e correspondências de leitores e colaboradores das folhas.
*prelo − aparelho manual ou mecânico que serve para imprimir; máquina impressora, prensa. 
 (Paula Ester Janovitch. Preso por trocadilho. São Paulo: Alameda, 2006. p.137-138) 
 
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37. Apesar de sua péssima fama ... 
A observação inicial do parágrafo indica 
a) opinião que confirma o que vem sendo exposto desde o início do texto. 
b) hipótese que introduz uma afirmativa que não poderá se realizar. 
c) ideia oposta à que vai ser expressa, contrariando uma possível expectativa. 
d) conclusão das ideias contidas em todo o desenvolvimento textual. 
e) retificação de um engano cometido no parágrafo anterior.
Anotações:
REESCRITA: CLAREZA E COESÃO
Técnico Ministerial – Área Apoio Especializado – Especialidade Informática / 2012 / MP-PE / 
FCC / Médio 
38. O romance policial, descendente do extinto romance gótico, conserva características 
significativas do gênero precursor: a popularidade imensa e os meios para obtê-la. 
Mantendo-se a correção, a lógica e, em linhas gerais, o sentido original, uma redação alternativa 
para a frase acima é
a) Originário no extinto romance gótico, no romance policial conserva-se a popularidade 
imensa e os meios para obtê-la, características significativas do gênero precursor. 
b) Características significativas do extinto romance gótico, no qual são conservadas do 
romance policial, como a popularidade imensa e os meios para obtê-la. 
c) A popularidade imensa e os meios para obtê-la, no qual são considerados características 
significativas do romance policial, gênero precursor do extinto romance gótico. 
d) Conservam-se no romance policial características significativas do extinto romance gótico, 
gênero que o precede, tais como a popularidade imensa e os meios para obtê-la. 
e) Características originárias do extinto romance gótico, na qual incluem a popularidade 
imensa e os meios para obtê-la, conservam-se no romance policial. 
INSS 2015 – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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Agente de Segurança Metroviária / 2015 / METRÔ / FCC / Médio 
 Um filme é uma criatura muito especial, muito específica, nascida das mesmas vontades 
antigas que levaram nossos antepassados a narrar uma caçada ao mamute nas paredes das 
cavernas. Num filme está um impulso ao mesmo tempo mais primitivo que o da leitura e 
mais tecnologicamente sofisticado que o do teatro. Como na leitura, queremos narrativas 
que alimentem a nossa imaginação − mas diferentemente do livro, onde mundos interiores, 
paisagens distantes, estados de espírito ou intenções ocultas podem ser descritos, deixando-a 
preencher o vácuo, o filme tem a obrigação de nos mostrar visualmente cada uma dessas coisas. 
Como no teatro, ele propõe a apreciação do movimento, da presença humana, da máscara do 
personagem − mas apenas com a intermediação da imagem captada. E assim, desse jeito tão 
peculiar, o cinema tem capturado nossa atenção, nossa imaginação e nosso tempo há mais de 
um século. 
 Nos primórdios do cinema não havia montagem porque não havia o que montar: encantadas 
com a novidade da imagem em movimento, as plateias do final do século XIX contentavam-
se com uma tomada estática, que durava algo em torno de três minutos. A necessidade de 
aumentar a duração das sessões só podia ser resolvida com a adição de mais imagens, um 
problema que Edwin Porter resolveu com inventividade. Em pouco mais de seis minutos, 
Porter costura cenas de um dia na vida de um bombeiro, estabelecendo o conceito narrativo 
que iria dominar o cinema comercial ao longo das décadas seguintes: as imagens se sucedem, 
convidando o espectador a organizá-las como uma história linear, com começo meio e fim. 
 As normas que hoje regem o mercado da produção cinematográfica mundial não são exatas 
e rígidas, mas, basicamente, a filosofia principal é: um filme, mesmo “barato”, é caro; antes 
de investir a pequena fortuna necessária para que ele se torne realidade, há que se tentar ao 
máximo minimizar os riscos. E esse processo interessa de perto a nós, os espectadores, porque 
são as decisões tomadas durante essa tentativa que, em última análise, determinam a forma 
final que um filme terá, se ele será ousado ou conservador, cheio de estrelas ou repleto de 
desconhecidos, rodado em alguma ilha paradisíaca do Pacífico ou dentro de algum estúdio. 
(Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um filme. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012, formato e-book.) 
39. O elemento que pode ser suprimido do texto, sem prejuízo do sentido, da correção e da clareza, 
encontra-se sublinhado em
a) Como na leitura, queremos narrativas que alimentem a nossa imaginação...
b) ...as plateias do final do século XIX contentavam-se...
c) E esse processo interessa de perto a nós...
d) ...rodado em alguma ilha paradisíaca do Pacífico ou dentro de algum estúdio. 
e) ...se ele será ousado ou conservador..
 
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Agente de Segurança Metroviária / 2015 / METRÔ / FCC / Médio 
40. A pergunta pegou Rosinha de surpresa. Ela levantou os olhos do menu e se deparou com o 
marido em estado reflexivo.
As frases acima estão reescritas em um único período, mantendo-se a coerência e a correção, 
em
a) A pergunta pegou Rosinha de surpresa, uma vez que ela levantou os olhos do menu para 
deparar-se com o marido em estado reflexivo. 
b) A pergunta pegou Rosinha de surpresa, de maneira que ela levantou os olhos do menu, 
deparando com o marido em estado reflexivo. 
c) Depois que a pergunta pegou Rosinha de surpresa, ela levantou os olhos do menu, pois se 
deparou com o marido em estado reflexivo. 
d) Quando a pergunta pegou Rosinha de surpresa, levantou os olhos do menu, deparando-se, 
todavia, com o marido em estado reflexivo. 
e) Embora a pergunta pegasse Rosinha de surpresa, levantou os olhos do menu, deparando 
com o marido em estado reflexivo. 
Anotações:
Gabarito: 1. C 2. A 3. D 4. D 5. E 6. B 7. E 8. A 9. C 10. A 11. E 12. E 13. A 14. C 15. D 16. D 17. C 
18. A 19. D 20. D 21. D 22. E 23. C 24. E 25. E 26. C 27. D 28. A 29. C 30. E 31. B 32. D 33. C 34. E 
35. D 36. B 37. C 38. D 39. A 40. B
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