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24/04/2014 1 Resumo da última aula O que estudamos na última aula? Unidade 3 – Solidificação 3.4. Nucleação Homogênea e Heterogênea. 1os núcleos formam-se devido ao superresfriamento e recalescência. 3.5. Crescimento Se dá devido ao choque de átomos que se movimentam (difusão). Formam-se dendritas igualmente espaçadas uma das outras. 3.6. Macroestrutura de solidificação Zona coquilhada Zona colunar Zona central UNIDADE 3 Solidificação (continuação) Prof. Valmir Dias Luiz Curso Técnico de Metalurgia CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO DE TECNOLÓGICA DE MINAS FUNDIÇÃO E SOLIDIFICAÇÃO AULA 03 24/04/2014 2 3.7. Controle da Macroestrutura Em quase todas as aplicações, com exceção de apenas algumas muito especiais, é necessário obter estruturas com grãos pequenos e equiaxiais. Tais estruturas são isotrópicas e suas propriedades são notoriamente superiores. Entretanto, torna-se necessário suprimir o crescimento colunar por meios de estímulos das condições favoráveis à formação de núcleos equiaxiais. São eles: 1. O controle da nucleação pelo controle das condições de fundição ou pelo uso de inoculantes; 2. A utilização de métodos físicos (refino dinâmico) como, por exemplo, a agitação e a vibração ultra-sônica para induzir o refino dinâmico de grão. 0110 3.7. Controle da Macroestrutura 1. O controle da nucleação: adicionam-se normalmente os inoculantes ao metal líquido antes da fundição. Tanto os fatores estruturais como os fatores químicos exercem um papel importante na determinação da eficácia de um inoculante. 0110 Macroestrutura de aço inox tipo 18-8: (esquerda) estrutura fundida de grãos grosseiros; (direita) o mesmo aço refinado por inoculação com agentes nucleantes. 24/04/2014 3 3.7. Controle da Macroestrutura 0110 Estrutura de liga Mg-Zn: (a) espécie de uma liga dendrítica, com espaçamento entre as ramificações dendríticas de 40 m; (b) estrutura refinada pela adição de zircônio (espécime não dendrítico com tamanho de grão da ordem de 75 m). a b 1. O controle da nucleação: 3.7. Controle da Macroestrutura 0110 1. O controle da nucleação: portanto, os inoculantes são utilizados para refino de grãos. A experiência mostra que o desempenho de uma peça fundida é tanto maior quanto menor for o tamanho médio dos grãos cristalinos que a constituem, particularmente no que se refere as suas propriedades mecânicas. Há um esforço tecnológico no sentido de que a fundição resulte de um processo de solidificação no qual a frequência de nucleação seja a mais alta possível, a fim de minimizar o tamanho dos cristais sólidos (refinamento de grão). 24/04/2014 4 3.7. Controle da Macroestrutura 0110 Na tecnologia da fundição, o refinamento de grão é conseguido normalmente através da adição ou inoculação ao metal líquido, anteriormente à sua solidificação, de núcleos de germinação dispersos, com alta potência de nucleação, sob a forma de partículas finamente divididas. Estes inoculantes são distribuídos uniformemente no seio do metal líquido por meio de um veículo volátil (diluente) que lhe é adicionado previamente, desta forma, cada uma das partículas inoculantes atuará como um núcleo de germinação localizado para nucleação heterogênea da fase sólida Exemplo: decomposição dos sais de Boro e Titânio nas ligas de Alumínio. 3.7. Controle da Macroestrutura 0110 A quantidade de inoculante necessária para um refinamento de grão eficiente é em geral muito pequena, e normalmente não excede 0.5% do peso total do metal da peça fundida. A seguir exemplos de inoculantes utilizados para refino de grão e sua eficiência relativa. 24/04/2014 5 3.7. Controle da Macroestrutura 0110 Metais e ligas Inoculantes Eficiência relativa Ligas de magnésio Carbono Cloreto de ferro Zircônio Alta Alta Moderada Alumínio e suas ligas Boro Titânio Nióbio Alta Alta Moderada Titânio e suas ligas Terras raras Níquel Cobalto Moderada Baixa Baixa Zinco Alumínio Moderada Estanho Germânio Índio Moderada Baixa Chumbo Telúrio Moderada Ligas de cobre Ferro Nióbio Vanádio Moderada Baixa Baixa Ligas de níquel Óxido de cobalto Cobalto Alta Moderada Ferro Fundido (FoFo) Alumínio Boro Ferro-silício Terras raras Alta Alta Alta Moderada Aço comum Nióbio Titânio Moderada Moderada Aço inoxidável (18/8) Óxido de níquel Moderada Aço ferramenta (18/4/1) Óxido de ferro Baixa Aço Hadfield (13% Mn) Cianeto de cálcio Moderada 3.7. Controle da Macroestrutura 0110 Efeitos principais do refino de grão para algumas ligas Ligas Efeito principal do refino de grãos Ligas de Alumínio Reduz trincas de contração e aumenta a resistência e o alongamento Ligas de Magnésio Reduz a microporosidade e aumenta a resistência à fadiga Ligas de Cobre Melhora a trabalhabilidade mecânica Aços liga Aumenta a resistência à fadiga Ligas de Níquel Aumenta a soldabilidade Ligas de Estanho Melhora as propriedades mecânicas em geral 24/04/2014 6 3.7. Controle da Macroestrutura 2. Refino dinâmico do grão: Se o metal líquido contendo os núcleos dendríticos iniciais for agitado durante o esfriamento subsequente, ocorre a fragmentação das dendritas e resulta num substancial refino de grãos. 0110 Macroestrutura da liga Al-4Cu solidificada: (a) sem agitação; (b) com agitação do molde. 3.7. Controle da Macroestrutura 2. Refino dinâmico do grão: 0110 Macroestrutura de lingotes de aço inoxidável, fundidos sem vibração ultra- sônica (acima) e com vibração ultra-sônica (abaixo). 24/04/2014 7 3.7. Controle da Macroestrutura As influências dos diversos parâmetros de controle sobre as diferentes zonas de macroestrutura do fundido podem ser resumidas como na tabela abaixo: 0110 Controle Zona da Macroestrutura coquilhada colunar equiaxial Aumento do super-aquecimento Uso de massalote Agitação do líquido Aumento do conteúdo de liga Adição de inoculante Aumento na velocidade de extração de calor (Símbolos: aumento; decréscimo; não produz efeito) 3.8. Segregação Os líquidos que são solidificados para a produção de ligas industriais usualmente contêm, além dos elementos soluto, intencionalmente adicionados por seus efeitos benéficos, impurezas que se agregam (heterogeneidade química) ao metal líquido de muitas formas diferentes: 1. Impurezas presentes nos minérios; 2. Os revestimentos de tijolos refratários dos fornos usados na fusão e no refino; 3. Gases da atmosfera dos fornos podem ser outras fontes. Os diversos elementos dissolvidos nos metais líquidos comerciais muitas vezes reagem entre si, formando compostos (óxidos, silicatos, sulfetos etc.) que, em muitos casos, são menos densos que o líquido e sobem para a superfície, agregando-se à escória que flutua sobre o metal líquido (Ex.: escória do alto forno). 0110 24/04/2014 8 3.8. Segregação Por outro lado, é bem possível que pequenas partículas de impurezas permaneçam no líquido. Essas partículas, sem dúvida, agem como centros para a nucleação heterogênea. Este fenômeno tem sido usado no controle do tamanho de grão de fundidos pela inoculação artificial com elementos que, combinando, formam catalisadores para a nucleação. O aumento do número de centros de nucleação naturalmente produzirá um tamanho de grão mais fino no fundido. Em peças fundidas encontramos não somente variações de composição a longa distância (macrossegregação), como também variações de composição localizadas em uma escala menor que o tamanho do cristal (microssegregação). 0110 3.8. Segregação 0110 Segregação dendrítica (zoneamento) em uma liga cobre-estanho. Vários cristais diferentes sãomostrados. Note que os braços dendríticos têm diferentes orientações em cada cristal. 200 x. O líquido que envolve essas projeções dendríticas está, assim, enriquecido de soluto e, quando solidifica, os espaços entre os ramos se tornam regiões de elevada concentração de soluto. 24/04/2014 9 3.9. Crescimento de grão Na metalurgia, grão é um cristal isolado na matéria em estado sólido. Crescimento de grão é o processo pelo qual o tamanho médio de grão de um material (livre de tensão ou quase) aumenta continuamente durante o tratamento térmico sem uma mudança da distribuição de tamanho de grão. Os grãos crescem pelo movimento dos contornos. A força motriz é a diferença na energia livre do material nos dois lados de um contorno de grão, que faz com que o contorno se mova na direção de seu centro de curvatura. 0110 3.9. Crescimento de grão 0110 24/04/2014 10 3.9. Crescimento de grão 0110 Crescimento de grão: Um material com grãos mais finos possui maior dureza e resistência mecânica do que um material com grãos grosseiros, pois os primeiros possuem maior número de contornos de grão.
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