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Microbiologia Geral

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Microbiologia Geral – Rodolfo F. Marino – Farmácia 2010/02 
Controle do crescimento microbiano 
1-)Terminologia do controle microbiano: 
Esterilização: destruição de todas as formas de vida microbiana. O aquecimento é o método 
mais comum usado para matar micróbios, incluindo as formas mais resistentes, como os 
endósporos. A remoção de micróbios de líquidos os gases pode ser feita por outra forma de 
esterilização: a filtração. 
As pessoas pensam que os alimentos enlatados a venda são completamente estéreis. Na 
realidade, o tratamento com calor requerido para assegurar a esterilidade absoluta iria 
degradar o alimento. O alimento então é submetido somente ao calor suficiente para destruir 
os endósporos de Clostridium botulinum, que pode produzir uma toxina mortal. Esse 
tratamento limitado de calor é conhecido como esterilização comercial. 
Desinfecção: Controle voltado para a destruição de microrganismos nocivos. Normalmente 
refere-se a destruição dos patógenos vegetais não formadores de esporos, o que não é igual a 
esterilidade completa. A desinfecção pode fazer uso de substâncias químicas, radiação 
ultravioleta, radiação ou calor. Na pratica, o termo mais aplicado é o uso de produtos químicos 
para tratar uma superfície ou uma substancia inerte. 
Antissepsia: O mesmo que desinfeção só que quando o tratamento é dirigido a tecidos vivos. 
Degerminação: remoção mecânica em vez de morte da maioria dos microrganismos de área 
limitada, por exemplo, quando alguém precisa receber uma injeção, a pele é limpa com álcool. 
Sanitização: Destinado a reduzir as contagens microbianas a níveis seguros de saúde publica e 
minimizar as chances de transmissão de doença de um usuário para o outro, Isso normalmente 
é obtido por lavagem em alta temperatura ou no caso das louças em um bar, lavagem em uma 
pia seguida de imersão em um desinfetante químico. 
Assepsia: ausência de contaminação significativa. Técnicas assépticas são importantes em 
cirurgia para minimizar a contaminação dos instrumentos, da equipe cirúrgica e do paciente. 
 
2-)Ações dos agentes de controle microbiano: 
-Alterações da permeabilidade da membrana: A membrana plasmática de um microrganismo é 
o alvo de muitos agentes de controle microbiano. Essa membrana regula ativamente a 
passagem de nutrientes para dentro da célula e a eliminação de dejetos da mesma. A lesão aos 
lipídeos ou proteínas da membrana plasmática por agentes antimicrobianos causa o 
vazamento do conteúdo celular do meio circundante e interfere com o crescimento da célula. 
É causada por compostos fenólicos e álcoois. 
-Dano às proteínas e aos Ácidos nucleicos: As bactérias algumas vezes são vistas como 
“pequenos sacos de enzimas”. As enzimas, que são principalmente proteínas, são vitais para 
todas as atividades da célula. São as pontes de Hidrogênio que são suscetíveis ao rompimento 
pelo calor ou produtos químicos; o rompimento resulta em desnaturação da proteína. Os 
ácidos nucleicos DNA e RNA são os transportadores da informação genética celular. A lesão a 
esses ácidos nucleicos, pelo calor, radiação ou substancias químicas é frequentemente letal 
para a célula; essa não pode mais se replicar, nem realizar as funções metabólicas normais 
como a síntese de enzimas. São causados por produtos químicos como compostos fenólicos, 
álcool, iodo e glutaraldeido. 
 
3-)Métodos físicos de controle microbiano 
-Calor: 
Calor Úmido: 
a-)Fervura: Causa a desnaturação das proteínas. Mata fungos e células bacterianas vegetativas 
patogênicas e quase todos os vírus em 10 min; menos efetivo para endósporos. Uso em 
pratos, bacias, jarros e equipamento variado. 
b-)Autoclave: Causa a desnaturação das proteínas. Método muito efetivo de esterilização; em 
cerca de 15psi de pressão a 121ºc, todas as células vegetativas e seus endósporos são mortos 
em cerca de 15 min. É usado preferencialmente em meios microbiológicos, soluções, roupa de 
cama, utensílios, curativos, equipamentos e outros itens que podem suportar a pressão. 
Pasteurização: 
Causa a desnaturação das proteínas. É feito um tratamento com calor para o leite, cerca de 15 
segundos à 72ºC que mata todos os patógenos e a maioria de não patógenos. É usado em 
leite, cremes, cervejas e vinhos. 
Calor seco: 
a-)Chama direta: Queima os contaminantes até se tornarem cinzas, é um método muito eficaz 
de esterilização, é usado em alças de inoculação. 
b-)Incineração: Queimas até se tornarem cinzas, é um método muito eficaz de esterilização. É 
usado em copos de papel, curativos contaminados, carcaça de animais, sacos e panos de 
limpeza. 
c-)Esterilização com ar quente: Causa a oxidação. É um método muito eficaz de esterilização, 
mas requer temperatura de 170ºC por duas horas. É usado para vidros vazios, instrumentos, 
agulhas e seringas de vidro. 
-Filtração: 
É a separação das bactérias do líquido de suspensão. Remove os micróbios através da 
passagem de um liquido ou gás através de um material semelhante a uma tela; a maioria dos 
filtros em uso consiste de acetato de celulose ou nitrocelulose. É útil para esterilizar líquidos 
que são destruídos pelo calor. 
-Frio: 
a-)Refrigeração: Redução das reações químicas e possíveis alterações nas proteínas. Tem 
efeito bacteriostático. É usado na conservação dos alimentos, drogas e culturas. 
b-)Congelamento profundo: Redução das reações químicas e possíveis alterações nas 
proteínas. É um método eficaz para conservar culturas microbianas em que as culturas são 
congeladas rapidamente. 
c-)Liofilização: Redução das reações químicas e possíveis alterações nas proteínas. Método 
mais eficaz para a conservação prolongada de culturas microbianas; a água é removida por 
alto vácuo em baixa temperatura. 
-Alta pressão: 
Causa alteração da estrutura molecular de proteínas e carboidratos, É usado em sucos de fruta 
para promover a conservação de cores, sabores e valores nutricionais. 
-Dessecação: 
Causa interrupção do metabolismo. Envolve a remoção de água dos micróbios; principalmente 
bacteriostática. É usado na conservação de alimentos. 
-Pressão osmótica: 
Causa plasmólise. Uma grande quantidade de sal ou açúcar nos alimentos resulta na preda de 
água das células microbianas. 
-Radiação: 
a-) Ionizante: Causa destruição do DNA, usado para esterilizar produtos farmacêuticos e 
suprimentos médicos e dentários. 
b-)Não-ionizante: Causa lesão no DNA, é uma radiação não muito penetrante. É usado no 
controle de ambientes fechados com lâmpada UV (Germicida). 
 
4-)Avaliando um desinfetante: 
Teste de Uso-diluição: O padrão atual para a avaliação de desinfetantes. Para a maioria dos 
fins, são usadas três tipos de bactérias: Salmonella cholerae-suis, Staphylococcus aureus e 
Pseudomonas aeruginosa. Anéis metálicos são mergulhados em culturas padronizadas das 
bactérias-teste cultivadas em meio liquido, removidos e secos a 37ºC por um breve período. As 
culturas secas então são colocadas em uma solução do desinfetante na concentração 
recomendada pelo fabricante e deixadas por 10 min a 20ºC. Após essa exposição, os anéis são 
transferidos a um meio que permitira o crescimento de quaisquer bactérias sobreviventes. A 
efetividade do desinfetante pode então ser determinada pelo numero de culturas que se 
desenvolveram. 
Método de Disco-Difusão: É usado em laboratórios de ensino, para avaliar a eficácia de um 
agente químico. Um disco de papel filtro é embebido em um produto químico e colocado em 
uma placa de ágar que foi previamente inoculadas e incubadas com o organismo teste. Após a 
incubação, se o produto químico é eficaz, uma zona clara representando a inibição do 
crescimento pode ser vista em torno do disco. Disco contendo antibióticos estão disponíveis 
comercialmente e usados para determinar a susceptibilidade microbiana aos antibióticos. 
5-)Fatores que influenciam a eficiênciados antissépticos e desinfetantes: 
 
-Numero e característica do micróbio 
-Influências ambientais: Matéria orgânica inibe ação de antimicrobianos químicos. Em 
hospitais a presença de matéria orgânica como vômito, fezes, sangue influencia a escolha do 
desinfetante. 
Os desinfetantes agem melhor a temperaturas mais elevadas. A eficiência do tratamento com 
calor é maior sob condições ácidas e reduzida na presença de gorduras e proteínas. 
-Tempo de exposição: Antimicrobianos químicos requerem maior tempo de exposição. Em 
tratamentos com calor, quanto menor ser a temperatura, maior devera ser prolongada a 
exposição. 
 
6-)Tipos de Desinfetantes: 
 
-Fenol e compostos fenólicos: 
a-)Fenol: Causa a ruptura da membrana plasmática e desnaturação das enzimas. É raramente 
usado como desinfetante ou antisséptico devido à probabilidade de irritação e odor 
desagradável, é usado como padrão de comparação. 
b-)Compostos fenólicos: : Causa a ruptura da membrana plasmática e desnaturação das 
enzimas. É usado em superfícies ambientais, instrumentos, superfícies cutâneas e membranas 
mucosas. 
c-)Bifenóis: Causa provável ruptura da membrana plasmática. É usado em sabonete para as 
mãos e loções hidratantes. O triclosano é um exemplo especialmente comum. É mais eficaz 
contra gram-positivos. 
-Biguanidas (clorexidina): 
Causa a ruptura da membrana plasmática. É usado na desinfecção da pele, especialmente para 
escovação cirúrgica. É um bactericida contra gram-positivos e gram-negativos, atóxico. 
-Halogênios: 
O iodo inibe a função das proteínas e é um forte agente oxidante; o cloro forma o agente 
oxidante forte ácido hipocloroso, que altera os componentes celulares. O iodo é um 
antisséptico eficaz disponível como tintura e como iodofor; o gás cloro é usado para desinfetar 
água; os compostos de cloro são usados para desinfetar o equipamento de fabricas de 
laticínio. O iodo e o cloro podem agir isoladamente ou como componentes de compostos 
inorgânicos e orgânicos. 
-Álcoois: 
Causa desnaturação das proteínas e dissolução dos lipídeos. É usado em termômetros e outros 
instrumentos; ao limpar a pele com álcool antes de uma injeção, a maior parte da ação 
desinfetante provavelmente provém de simplesmente degerminar, ou seja, remover o pó e 
alguns microrganismos. É um bactericida e fungicida, mas ineficaz contra endósporos ou vírus 
não envelopados; álcoois comumente usados são o etanol e o isopropanol. 
-Metais pesados e seus compostos: 
Causa desnaturação das enzimas e de outras proteínas essenciais. O nitrato de prata pode ser 
usado para prevenir a oftalmia gonorreica neonatal; o mercurocromo desinfeta a pele e as 
membranas mucosas; o sulfato de cobre é um algicida. 
-Agentes de superfície: 
a-)Sabões e detergentes ácido-aniônicos aniônicos: Causa remoção mecânicas dos micróbios 
através da escovação. É usado na Degerminação da pele e remoção de resíduos. 
b-)Compostos de amônio quaternário: Causa inibição de enzimas, desnaturação das proteínas 
e ruptura das membranas plasmáticas. É usado como antisséptico para a pele, instrumentos e 
utensílios. São bactericidas, bacteriostáticos, fungicidas e viricidas contra vírus envelopados. 
São exemplos os enxaguantes bucais. 
-Aldeídos: 
Causam a desnaturação das proteínas. Excelente agente esterilizante, especialmente para 
objetos que seriam danificados pelo calor. O óxido de etileno é o mais utilizado. 
-Peroxigênios 
São agentes oxidantes. Usados em superfícies contaminadas; alguns ferimentos profundos, em 
que eles são muito efetivos contra os anaeróbios sensíveis ao oxigênio. 
 
 
 
 
Metabolismo Microbiano 
1-) Produção de energia 
As células capturam nutrientes, algum dos quais servem como fontes de energia, e os 
degradam de compostos altamentes reduzidos a compostos altamentes oxidados. Compostos 
tais como glicose, que possuem muitos átomos de H, são altamentes reduzidos contendo uma 
grande quantidade de energia, sendo uma valiosa fonte de energia. 
Vias metabólicas de produção de energia: Os organismos liberam e armazenam energia de 
moléculas orgânicas por meio de uma série de reações controladas, ao invés de ser uma única 
explosão. 
2-) Catabolismo de carboidratos: 
A maioria dos microrganismos oxida carboidratos como sua fonte primaria de energia celular. 
A glicose é a fonte mais comum de energia de carboidrato. Para produzir energia a partir de 
glicose, os microrganismos utilizam a respiração celular e a fermentação. Ambos iniciam com a 
glicólise, mas seguem vias diferentes. A respiração da glicose ocorre em três etapas principais: 
Glicólise: É a oxidação da glicose em ácido pirúvico com a produção de ATP e NADH contendo 
energia. 
Ciclo de Krebs: Oxidação do acetil em CO2 com a produção de ATP, NADH contendo energia e 
um outro transportador de elétron reduzido, FADH2. 
Cadeia de transporte de elétrons: NADH e FADH2 são oxidados, entregando os elétrons que 
transportaram dos substratos para uma cascata de reações de oxidação-redução envolvendo 
uma série de carregadores de elétrons adicionais. A energia dessas reações é utilizada para 
gerar uma considerável quantidade de ATP. Na respiração, a maioria do ATP é gerada no 
terceiro passo. 
Vias alternativas a glicólise: A via pentose fosfato funciona simultaneamente com a glicólise e 
fornece condições para a quebra de açúcares de cinco carbonos e da glicose, ela produz 
pentoses intermediárias como ácidos nucleicos, glicose a partir de CO2 na fotossíntese e certos 
aminoácidos (Bacillus subtilis, E. coli). A via Entner-Doudoroff de cada molécula de glicose 
produz duas moléculas de NADPH e uma molécula de ATP para utilizar nas reações 
biossintéticas da célula (Rhizobium, Pseudomonas). 
Respiração celular: Após a glicólise ter sido quebrada em ácido pirúvico, o ácido pirúvico pode 
ser guiado ao próximo passo da respiração celular ou fermentação. A respiração celular é 
definida como processo de geração de ATP em que moléculas são oxidadas e o aceptor final de 
elétrons é uma molécula inorgânica. Na aeróbica o aceptor final de elétrons é o O2 e na 
anaeróbica o aceptor é uma molécula inorgânica (íon nitrato, gás nitrogênio, carbonato). 
A fermentação libera energia de açúcares ou moléculas orgânicas, tais como aminoácidos, 
ácidos orgânicos, purinas e pirimidinas. Não requer O2, Ciclo de Krebs ou uma cadeia de 
transporte de elétrons. Utiliza molécula orgânica como aceptor final de elétrons. Produz 
pequena quantidade de ATP. Durante a fermentação, ATP é gerado somente durante a 
glicólise. 
 
3-) Catabolismo dos lipídeos e das proteínas: 
Os microrganismo também oxidam lipídeos e proteínas, e as oxidações de todos esses 
nutrientes estão relacionadas. Os microrganismos produzem enzimas extracelulares chamadas 
de lipases que quebram as gorduras em seus componentes ácido graxo e glicerol, cada 
componente é então metabolizado separadamente. O Ciclo de Krebs funciona na oxidação de 
glicerol e ácidos graxos. Muitas bactérias que hidrolisam ácidos graxos podem utilizam as 
mesmas enzimas para degradas produtos do petróleo. 
As proteínas são muito grandes para atravessarem sozinhas as membranas plasmáticas. Os 
microrganismos produzem proteases e peptidases extracelulares, enzima que quebram 
proteínas em seus aminoácidos componentes, os quais podem atravessar as membranas. 
 
4-) Vias metabólicas de uso de energia: 
 As vias começam com a síntese das unidades estruturais simples. As unidades estruturais são 
ativadas com a energia de ATP, NADH e NADPH. As unidades estruturais são unidas para 
formar substâncias complexas da célula. 
Biossíntese de polissacarídeos: Os microrganismos sintetizam açúcares e polissacarídeos. Os 
átomos de carbono necessários para sintetizar glicose são obtidos dos intermediáriosproduzidos durante a glicólise e o ciclo de Krebs e de lipídeos e aminoácidos. Para a bactéria 
sintetizar glicogênio, uma molécula de ATP é adicionada à glicose 6-fosfato para formar 
adenosina difosfoglicose. 
Biossíntese de lipídeos: Devido ao fato de os lipídeos variarem consideravelmente em sua 
composição química, eles são sintetizados por uma variedade de rotas. As células sintetizam 
gorduras unindo glicerol e ácidos graxos. Como a síntese de polissacarídeos, as unidades de 
montagem das gorduras são unidas via reações de síntese de desidratação que requerem 
energia, não comente na forma de ATP. O mais importante papel dos lipídeos é como um 
componente estrutural das membranas biológicas, os fosfolipídios. 
Biossíntese de aminoácidos e proteínas: Os aminoácidos são necessários para a biossíntese de 
proteínas. Alguns microrganismos como E. coli, possuem as enzimas necessárias para utilizar 
materiais iniciais, tais como glicose e sais inorgânicos, para a síntese de todos os aminoácidos 
necessários. Organismos com as enzimas necessárias podem sintetizar todos os aminoácidos 
diretamente ou indiretamente a partir de intermediários do metabolismo de carboidratos. 
Outros microrganismos requerem que o ambiente forneça alguns aminoácidos pré-formados. 
Uma importante fonte de precursores intermediários utilizada na síntese de aminoácidos é o 
ciclo de Krebs. A união dos aminoácidos para formar as proteínas envolve síntese de 
desidratação e requer energia na forma de ATP. 
Biossíntese de purinas e pirimidinas: As moléculas de RNA e DNA consistem-se em unidades 
repetidas chamadas de nucleotídeos, cada um dos quais consiste de uma purina ou pirimidina, 
uma pentose e um grupo fosfato. A energia para síntese é fornecida pelo ATP. 
 
5-) A integração do metabolismo: 
 As reações anabólicas e catabólicas ocorrem independentemente uma da outra no tempo e 
no espaço. Na verdade, essas estão unidas por um grupo de intermediários comuns. Ambas 
reações também dividem algumas vias metabólicas, como o ciclo de Krebs. As vias metabólicas 
que funcionam em ambos anabolismo e catabolismo são chamadas de vias anfibólicas, 
significando que são de dupla utilidade. 
Vias anfibólicas ligam as reações que levam à quebra e à síntese de carboidratos, lipídeos, 
proteínas e nucleotídeos. Tais vias possibilitam que reações simultâneas ocorram em que o 
produto decomposto formado em uma reação é utilizado em outra reação para sintetizar um 
composto diferente e vice-versa. Uma vez que vários intermediários são comuns a ambas 
reações anabólicas e catabólicas, existem mecanismos que regulam as vias de síntese e quebra 
e permitem que essas reações ocorram simultaneamente. Um desses mecanismos envolve o 
uso de diferentes coenzimas para as vias opostas. 
. 
Genética Bacteriana 
Bactérias possuem mecanismo para variabilidade genética mesmo reproduzindo 
assexuadamente. 
O genoma Bacteriano: Cromossomos contem genes essenciais do crescimento a divisão. Nem 
todas as bactérias tem plasmídeo pois são informações acessórias que contribui para 
virulência, contem genes associados a atividade especializada (resistência a antibióticos). 
Replicons: Replicação do plasmídeo sem ser necessária. 
 
1-) Fluxo da informação genética: 
Com reprodução assexuada não deixa com que a célula evolua, por isso a bactéria aprendeu 
mecanismos para mudanças e variação genética. 
Variantes podem surgir espontaneamente ou pela ação de fatores químicos ou físicos. 
Mutantes resistentes são colônias que crescem em zonas de inibição. Muitas vezes o 
antibiótico não faz efeito por causa das resistentes que quando permanece no organismo, 
proliferam muito mais violentamente porque elas se adaptam e geram descendentes também 
resistentes. 
 
2-)Mecanismo de transferência genética: 
-Conjugação: Mediada por plasmídeos. Requer contato célula a célula. As células em 
conjugação devem ser de tipos opostos de acasalamento: cél doadora devem transportar o 
plasmídeo e as receptoras não. Plasmídeos conjugativos codificam todas as funções 
necessárias a sua transferência para nova bactéria. 
-Transformação: Consiste na captação direta de DNA do doador pelos receptores. Esta 
captação depende da sua competência para transformação. 
Um número pequeno de linhagens é naturalmente competente para a transformação, o que 
requer enzimas específicas (em poucos gêneros, ex: Bacillus, certas linhagens de 
Staphylococcus e Streptococcus) 
Outras requerem tratamentos adicionais (CaCl2 e choque térmico) p/ se tornarem 
competentes. Ex: E. coli utilizada em Engenharia Genética. 
-Transdução: Permite mudança genética. Inserção física em plasmídeo permite propagação 
dos transposons para outras bactérias. Os transposons são feitos no sistema fechado, 
fragmento de plasmídeo que mudam de posição dentro da própria bactéria, que podem 
propagar a mudança genética para outras bactérias através do Pili F. 
 
3-)Mecanismo de alteração Genêtica: 
-Mutações: São alterações na seqüência de bases do DNA. As mutações incluem substituições 
de base, deleções, inserções e rearranjos. 
Teste de Ames: É usado para triagem de compostos mutagênicos (p.ex.carcinógenos químicos) 
suspeitos de causarem câncer em seres humanos e outros animais. Ex: extratos de alimentos, 
fumaça etc. 
Cerca de 90% das substâncias que são mutagênicas pelo teste de Ames também 
demonstraram ser carcinogênicas em animais. 
Princípio: 
1. Uso de bactérias como indicador de compostos mutagênicos. 
2. O teste mede reversão de auxotrofismo. Ex: células His-(mutantes de Salmonella que 
perderam a capacidade de sintetizar histidina) para células que a sintetizam (His+) após 
tratamento com agente mutagênico. Uma bactéria que é auxotrófico para histidina ( depende 
dela para sobreviver ), quando em contato com a substancia mutanega, há reversão do 
auxotrofismo e a bactéria consegue produzir histidina 
-Recombinação: Troca de genes entre duas moléculas de DNA para formar novas combinações 
de genes em um cromossomo. Garante diversidade genética. Em alguns casos, é mais benéfica 
que a mutação pois tem menos chance de destruir a função de um gene e pode unir 
combinações de genes que permitem ao microrganismo realizar novas funções. 
-Transposição: Inserção física em plasmídeos permite propagação dos transposons para outras 
bactérias. Algumas vezes, a inserção rompe genes e provoca mutações e ou inativação dos 
genes. 
 
Fungos 
1-)Estruturas vegetais: 
-Fungos filamentosos e fungos carnosos: O talo (corpo) de um fungo filamentoso ou de um 
fungo carnoso consiste em filamentos longos de células conectadas. Esses filamentos são as 
hifas. Na maioria dos fungos filamentosos, as hifas contém paredes cruzadas, denominados 
septos, que dividem as hifas em distintas unidades celulares uninucleadas. Essas hifas são 
chamadas de hifas septadas. Em algumas poucas classes de fungos, as hifas não contêm septos 
e se apresentam como células longas e continuas com muitos núcleos. Essas são as hifas 
cenocíticas. 
As hifas crescem por alongamentos das extremidades. A porção da hifa que obtêm nutrientes 
é chamada de hifa vegetativa; a porção envolvida com a reprodução é a hifa reprodutiva ou 
aérea. As hifas aéreas frequentemente sustentam os esporos reprodutivos. Quando as 
condições ambientais são favoráveis, as hifas crescem formando uma massa filamentosa 
chamada de micélio, que é visível a olho nu. 
-Leveduras: São fungos unicelulares, não filamentosos, caracteristicamente esféricas ou ovais. 
As leveduras são amplamente encontradas na natureza, são frequentemente encontradas 
como um pó branco cobrindo frutas e folhas. As leveduras de brotamento, como 
Saccharomyces, dividem-se formando células desiguais. 
No brotamento, a célula parental forma um broto na sua superfície externa. Á medida que o 
broto se desenvolve, o núcleoda célula parental se divide, e um dos núcleos migra para o 
broto. O material da parede celular é então sintetizado entre o broto e a célula parental, e o 
broto acaba se separando dessa. 
As leveduras são capazes de crescimento anaeróbio facultativo. Podem utilizam oxigênio ou 
um componente orgânico como aceptor final de elétrons. Esse é um atributo valioso por que 
permite que esses fungos sobrevivam em vários ambientes. 
 
2-)Ciclo de vida: 
Fungos filamentosos podem se reproduzir-se assexuadamente pela fragmentação de suas 
hifas. Tanto a reprodução sexuada como a assexuada ocorrem pela formação de esporos. 
Os esporos de fungos são completamente diferentes dos endósporos das bactérias. Os 
endósporos de bactérias permitem que as células bacterianas sobrevivam a condições 
ambientais adversas. Uma única célula bacteriana vegetativa forma um endósporo, que 
germina para produzir uma única célula bacteriana vegetativa, esse processo então não é de 
reprodução. No caso dos fungos, após um fungo filamentoso formar um esporo, o esporo se 
separa da célula parental e germina originando um novo fungo filamentoso. Os esporos 
assexuais são formados pelas hifas de um organismo. Quando esses esporos germinam, 
tornam-se organismos geneticamente idênticos ao parental. Um tipo de esporo assexual é o 
clamidósporo, um esporo com paredes espessas, formado por um arredondamento e 
alargamento no interior de um segmento de hifa. 
 
3-)Doenças Causadas por fungos: 
Qualquer infecção de origem fúngica é chamada de micose. As micoses são, geralmente, 
infecções crônicas, pois os fungos crescem lentamente. 
-Micoses sistêmicas: são infecções fúngica profundas no interior do corpo. Podem afetar vários 
tecidos e órgãos, são normalmente causadas por fungos que vivem no solo. A inalação dos 
esporos é a rota da transmissão; essas infecções normalmente se iniciam nos pulmões e se 
difundem para outros tecidos do corpo. 
-Micoses subcutâneas: São infecções localizadas abaixo da pele causada por fungos 
saprofíticos que vivem no solo e na vegetação. Os fungos que infectam apenas a epiderme, o 
cabelo e as unhas são chamados de dermatófitos, e suas infecções são chamadas de 
dermatomicoses ou micoses cutâneas. Os dermatófitos secretam queratinases, enzimas que 
degradam a queratina. 
Os fungos que causam as micoses superficiais estão localizados ao longo dos fios de cabelos e 
em células epidérmicas superficiais. 
Um patógeno oportunista é geralmente inofensivo em seu habitat normal, mas pode se tornar 
patogênico em um hospedeiro que se encontra debilitado ou traumatizado; indivíduos sob 
tratamento com antibióticos de amplo espectro; cujo sistema imune esteja comprometido ou 
tenham doenças pulmonares. 
A mucomicose é uma micose oportunista causada por Rhysopus e Mucor; a infecção ocorre 
principalmente em pacientes com diabetes melito, leucemia, ou sob tratamento com drogas 
imunossupressoras. A aspergilose também é uma micose oportunista causada por Aspergillus. 
Essa doença ocorre em indivíduos que estão debilitados devido a doenças nos pulmões ou 
câncer e que tenham inalado os esporos do Aspergillus. Infecções oportunistas causadas por 
Cryptococcus e Penicillium podem ser fatais para pacientes com AIDS. Esses fungos 
oportunistas podem ser transmitidos de um individuo para outro que não enteja infectado, 
mas geralmente não infectam indivíduos imunocompetentes. As infecções por levedura, ou 
candidíase, são frequentemente causadas por Candida albicans. 
 
Vírus 
1-)Características gerais: 
Os vírus não são considerados organismos vivos porque são inertes fora das células 
hospedeiras. No entanto, quando penetram em uma célula hospedeira, o ácido nucleico vital 
torna-se ativo. São verdadeiros parasitas intracelulares obrigatórios. Possuem um único tipo 
de ácido nucleico, DNA ou RNA. Possuem cobertura proteica envolvendo o ácido nucleico. 
Multiplicam-se dentro das células vivas usando a maquinaria de síntese das células. 
Os vírus possuem poucas enzimas próprias ou mesmo nenhuma para seu metabolismo. A 
maioria das drogas que interfere na multiplicação vital pode interferir também na fisiologia da 
célula hospedeira sendo, dessa forma, demasiadamente toxicas para uso clinico. 
Quando o vírus entra em contato com as nossas células, gruda na superfície da membrana que 
faz uma endocitose e entra na célula envolta pela membrana, O vírus que infecta bactéria só 
“solta” material genético para dentro da bactéria, sua carapaça é destruída pelo sistema 
imune. O vírus encontra receptores, penetra material genético. 
 
2-)Espectro dos hospedeiros: 
Existem vírus que infectam invertebrados, vertebrados, plantas, protistas, fungos de bactérias. 
Contudo, a maioria dos vírus infecta tipos específicos de células de uma única espécie de 
hospedeiro. Os vírus que infectam bactérias são os bacteriófagos ou fagos. 
 
3-)Estrutura viral: 
-Ácido nucleico: Os vírus podem possuir tanto DNA como RNA, mas nunca ambos. A 
porcentagem de ácidos Nucleico em relação a proteína é de 1% no caso do Influenzavirus e de 
50% em determinados bacteriófagos. 
-Capsídeo e Envelope: O ácido nucleico dos vírus é envolvido por uma cobertura proteica 
chamada de capsídeo. A estrutura do capsídeo é determinada pelo genoma viral e constitui a 
maior parte da massa viral, é formado por subunidades proteicas chamadas de capsômeros. 
Muitos vírus possuem enzimas (RNApol e Transcriptase reversa) no interior do capsídeo e que 
atuam na replicação viral. 
Em alguns vírus, o capsídeo é coberto por um envelope que consiste de uma combinação de 
lipídeos, proteínas e carboidratos. O envelope contém proteínas codificadas pelo genoma do 
vírus juntamente com materiais derivados de componentes normais da célula hospedeira. 
Dependendo do vírus, os envelopes podem ou não apresentar espículas, que são complexos 
de carboidrato-proteica que se projetam da superfície do envelope. 
Os vírus cujos capsídeos são estão cobertos por um envelope são vírus não envelopados. 
Nesse caso, é o capsídeo que protege o genoma viral do ataque pelas enzimas nucleases nos 
líquidos biológicos e promove aderência da partícula às células hospedeiras suscetíveis. 
Quando um hospedeiro foi infectado por um vírus, seu sistema imune é estimulado a produzir 
anticorpos. Essa interação entre anticorpos e as proteínas virais deve inativar o vírus e 
interromper a infecção. Contudo, alguns vírus podem escapar dos anticorpos, porque os genes 
que codificam as proteínas virais de superfície são suscetíveis a mutação. A progênie dos vírus 
mutantes possuem proteínas de superfície alteradas, de forma que não interagem mais com 
anticorpos. O Influenzavirus sofre frequentemente alterações nas suas espiculas. E é por isso 
que se contrai gripe mais de uma vez. Apesar de termos produzidos anticorpos contra um tipo 
de Influenzavirus, esse pode sofrer mutação e infectar novamente. 
 
4-)Morfologia geral: 
Os vírus podem ser classificados em vários tipos morfológicos diferentes, com base na 
arquitetura do capsídeo. 
-Vírus Helicoidais: Vírus que causam a raiva e febre hemorrágica. 
-Vírus Icosaedros: Adenovírus, Poliovírus. 
-Vírus complexos: Bacteriófagos. 
 
5-)Isolamento, Cultivo e Identificação de vírus 
O fato de os vírus não poderem se multiplicar fora de uma célula viva complica a sua detecção, 
a contagem e a identificação. Os vírus não se desenvolvem em meios de cultivos com 
composição químicas simples, necessitam na presença de células vivas. Os vírus cujos 
hospedeiros são células bacterianas proliferam facilmente em cultivos bacterianos. 
-O cultivo de bacteriófagos em laboratório: O meio sólido torna possível o uso do método da 
placa de lise paraa detecção e contagem das partículas virais, mistura-se uma amostra de 
bacteriófagos com as bactérias em ágar fundido. Cada placa de lise corresponde a uma única 
partícula viral da suspensão original. Logo, a concentração das suspensões virais, medida pelo 
numero de placas de lise formadas, é, geralmente, dada em unidades formadoras de placas. 
-O cultivo de vírus animais em laboratório: Alguns vírus podem ser cultivados em animais vivos 
como camundongos, coelhos e cobaias. A maioria dos experimentos para estudar a resposta 
imunológica contra infecções também é realizada em animais infectados com vírus. A 
inoculação de animais pode ser usada como no procedimento diagnostico na identificação e 
no isolamento do vírus a partir de amostras clinicas. 
O cultivo em culturas de células consiste de células que se dividem em meio de cultivo no 
laboratório. É mais conveniente trabalhar com culturas de células do que com animais inteiros 
ou ovos embrionados, porque geralmente são cultivos homogêneos que podem ser 
propagados e manipulados da mesma forma que as bactérias. 
 
6-)Multiplicação de bacteriófagos: 
Embora possa variar a maneira pela qual um vírus penetra e se desenvolve dentro da célula 
hospedeira, o mecanismo básico da multiplicação viral é muito semelhante para todos os vírus. 
O ciclo de vida viral melhor conhecido é o dos bacteriófagos. Podem se multiplicam por dois 
mecanismos alternativos: o ciclo lítico ou lisogênico. O lítico termina com a lise e a morte da 
célula hospedeira e o lisogênico a célula permanece vida, incorporando seu DNA ao DNA da 
célula hospedeira, traduzindo suas proteínas e gerando novas copias. 
 
7-)Multiplicação de vírus em células eucarióticas: 
-Fixação: Os vírus possuem sítios reativos em sua superfície que interagem com receptores 
específicos na célula hospedeira. 
Danos causados a estes sítios de ligação (ex: por desinfetantes ou calor) ou o bloqueio por 
anticorpos específicos (anticorpos neutralizantes) podem impedir a infectividade de um vírus. 
-Penetração: Fusão do invólucro viral com a membrana celular(vírus envelopados). 
Englobamento do vírus por parte da membrana formando um vacúolo que sofre invaginação 
ou endocitose (vírus não envelopados). 
-Desnudamento: Etapa de decapsidação. O ácido nucléico precisa estar livre para a transcrição, 
tradução e replicação virais. Durante este estágio, partículas virais não podem ser detectadas 
até que sejam produzidos novos vírions: Fase de Eclipse 
-Biossíntese: - Produção de centenas ou milhares de novas partículas virais por células 
infectadas. 
Replicação do ácido nucléico viral: diferentes maneiras conforme seja um DNA ou RNA vírus. 
Produção de capsídeos para conter esse ácido nucléico. 
As primeiras proteínas virais sintetizadas: Não estruturais. Enzimas que atuam na transcrição e 
replicação do ácido nucléico viral ou fatores que atuam sobre o metabolismo celular em 
benefício viral. 
Fase posterior: Síntese de proteínas estruturais para o capsídeo viral 
-Maturação: Consiste na montagem da partícula viral a partir da formação do capsídeo 
proteico. 
Vírus envelopados: o envoltório é formado em torno do capsídeo através de um processo de 
brotamento da membrana plasmática. O vírus é liberado, muitas vezes, sem morte da 
célula hospedeira. Ex: AIDS, gripe, rubéola 
Vírus não envelopados: são liberados através de rupturas na membrana plasmática que levam 
à morte da célula hospedeira. Ex: poliomielite 
 
8-)Patogênese da infecção viral: 
Princípios das infecções virais: Algumas são subclínicas ou inaparentes, a mesma doença pode 
ser causada por vírus diferentes, o mesmo vírus causa doenças diferentes, a interação vírus-
hospedeiro também pode ocasionar transformações celulares. 
Portas de entrada: Pele, trato respiratório, trato digestivo, trato geniturinário, conjuntiva. 
Fases de ataque ao hospedeiro: 
-penetração do vírus no hospedeiro 
-replicação primária, é o que determina se a infecção será localizada ou sistêmica. 
-disseminação, via sanguínea, linfática ou neuronal. Os vírus disseminam-se adsorvidos a 
leucócitos, hemácias ou livres no plasma até atingir as células suscetíveis. 
-tropismo celular e tecidual, Após a disseminação do agente viral, segue-se sua fixação e 
replicação nos órgãos-alvo específicos. 
-replicação secundária c/dano celular e tecidual 
 
9-)Tipos de Infecções Virais: 
- Infecção aguda 
-localizadas, disseminadas ou inaparentes 
-depende da dose infectante e da resposta imune do hospedeiro 
-Mesmo subclínica continua produzir resposta imune 
-O vírus é eliminado 
- Infecção persistente 
-O vírus não é eliminado e persiste por muito tempo 
-Crônica: Hepatites B e C. O vírus pode ser identificado continuamente e causa lesão tecidual 
durante todo o tempo 
-Latente: Herpes. O vírus não é detectável de forma contínua mas alguns antígenos virais 
podem ser identificados na célula-alvo que não sofre lise. Ocorre período não infeccioso. 
Pode ocorrer reativação. 
 
10-)Citomegalovirus: 
Citomegalovírus (CMV) é um vírus de DNA que pertence à família dos herpesvírus. Em adultos 
saudáveis, o CMV em geral é assintomático, e às vezes, pode apresentar quadro clínico 
semelhante à mononucleose infecciosa. Cerca de 85% da população adulta é soropositiva. 
Persiste latente nos leucócitos e tecidos. 
Encontrado na saliva, urina e outros fluidos corpóreos como o sêmen e secreção vaginal. A 
importância da infecção pelo CMV é maior quando ocorre a transmissão da gestante para o 
feto, dado seu poder de interferir na formação de orgãos e tecidos fetais. Manifestações 
graves podem ocorrer quando o CMV é adquirido ou se reativa em pacientes 
imunossuprimidos (transplante, AIDS) 
O CMV é considerado a maior causa de infecção congênita.

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