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Ed Bio 1 - Lista 5

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Ed Bio 1 - Lista 5
Lista 5 – CB1
Anatomia e Fisiologia Humanas
A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte). Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente a anatomia. Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, enquanto dissecar é um dos métodos desta ciência. Seu estudo tem uma longa e interessante história, desde os primórdios da civilização humana.
Inicialmente limitada ao observável a olho nu e pela manipulação dos corpos, expandiu-se, ao longo do tempo, graças à aquisição de tecnologias inovadoras.
Assim, a anatomia é o estudo da forma e da constituição do corpo, pré-requisito indispensável para o estudo da fisiologia dos órgãos. Seu estudo compreende tanto a evolução do indivíduo desde a fase de zigoto até a velhice (ontogenia), como o desenvolvimento de uma estrutura no reino animal (filogenia). (LACERDA, 2009).
Sistema Muscular
O sistema muscular é formado pelo conjunto de músculos do nosso corpo. Existem cerca de 600 músculos no corpo humano; juntos eles representam de 40% a 50% do peso total de uma pessoa. Os músculos são capazes de se contrair e de se relaxar, gerando movimentos que nos permitem andar, correr, saltar, nadar, escrever, impulsionar o alimento ao longo do tubo digestório, promover a circulação do sangue no organismo, urinar, defecar, piscar os olhos, rir, respirar...
A nossa capacidade de locomoção depende da ação conjunta de ossos, articulações e músculos, sob a regulação do sistema nervoso.
Figura 1: Sistema muscular
 
Fonte: Disponível em:< www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/sistemamuscular.php >. Acesso em: 15 abr. 2015.
Figura 2: Sistema muscular
 
Fonte: Disponível em:< www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/sistemamuscular.php >. Acesso em: 15 abr. 2015.
Tipos de músculos
No corpo humano existem músculos grandes, como os da coxa, e músculos pequenos, como certos músculos da face. Eles podem ser arredondados (os orbiculares dos olhos, por exemplo); planos (os do crânio, entre outros); ou fusiformes (como os do braço).
Mas, de maneira geral, podemos reconhecer três tipos de músculos no corpo humano:
• Músculo não estriado (músculo liso);
• Músculo estriado esquelético;
• Músculo estriado cardíaco.
Sistema esquelético
Pense na quantidade de movimentos que você realiza todos os dias, desde a hora em que acorda até o momento em que vai dormir novamente. Você levanta da cama, escova os dentes, leva os alimentos do café da manhã até à boca, mastiga, vai à escola, volta, faz ginástica, corre, usa as mãos para segurar algum objeto, passeia, espirra, boceja, empurra e puxa objetos, ensaia passos de dança ao ouvir música, joga basquete, pratica qualquer outro esporte...
Figura 3: Sistema esquelético
 
Fonte: Disponível em: < http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/sistemaesqueletico.php >. Acesso em: 15 abr. 2015.
Função do esqueleto
O esqueleto humano adulto é constituído por cerca de 200 ossos. O esqueleto sustenta o corpo, protege órgãos diversos e está associado a muitos dos movimentos que executamos. O ser humano e os outros animais vertebrados se locomovem das mais diversas formas e para os mais diversos fins.
 
O esqueleto ósseo, além de sustentação corporal, apresenta três importantes funções:
• Reservas de sais minerais, principalmente de cálcio e fósforo, que são fundamentais para o funcionamento das células e devem estar presentes no sangue. Quando o nível de cálcio diminui no sangue, sais de cálcio são mobilizados dos ossos para suprir a deficiência.
• Determinados ossos ainda possuem medula amarela (ou tutano). Essa medula é constituída principalmente por células adiposas, que acumulam gorduras como material de reserva.
• No interior de alguns ossos (como o crânio, coluna, bacia, esterno, costelas e as cabeças dos ossos do braço e coxa) há cavidades preenchidas por um tecido macio, a medula óssea vermelha, onde são produzidas as células do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas.
Sistema Digestório
Você já parou para pensar o que acontece com os alimentos que nós ingerimos?
E quais as partes do corpo envolvidas nesse processo?
O sistema digestório se inicia na boca e segue pela faringe, esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso, terminando no ânus. Ele é formado por um longo tubo com regiões especializadas e por glândulas anexas (salivares, pâncreas e fígado).
Importante: O sistema digestório é formado pelo trato gastrintestinal (Boca - Faringe - Esôfago - Estômago – Intestino Delgado - Intestino Grosso) e Órgãos Anexos (glândulas parótidas, glândulas submandibulares, glândulas sublinguais, fígado e pâncreas).
 
Vídeo:<http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=9215 >
Figura 4: Sistema digestório
Fonte: LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 2. 2. ed. São Paulo: Ática, 2013.
 
A função primária do sistema digestório é o fornecimento de água, íons e nutrientes para o corpo. Essas funções estão relacionadas com os processos de ingestão e digestão de substâncias orgânicas, seguidas pela absorção dos produtos resultantes da digestão e pela eliminação do que não foi aproveitado. Os restos não aproveitáveis da digestão são eliminados do organismo pela defecação.
A digestão é de fundamental importância, pois permite que as grandes moléculas do alimento ingerido sejam separadas em suas unidades estruturais, que podem ser absorvidas pelas células.
Funções do Sistema Digestório
• Destina-se ao aproveitamento pelo organismo de substâncias alimentares, que asseguram a manutenção de seus processos vitais.
• Transformação mecânica e química das macromoléculas alimentares ingeridas (proteínas, carboidratos, etc.) em moléculas de tamanhos e formas adequadas para serem absorvidas pelo intestino.
• Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais da luz intestinal para os capilares sanguíneos da mucosa do intestino.
• Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos juntamente com restos de células descamadas da parte do trato gastrointestinal e substâncias secretadas na luz do intestino.
Conceitos importantes:
Mastigação: Desintegração parcial dos alimentos, processo mecânico e químico.
Deglutição: Condução dos alimentos através da faringe para o esôfago. 
Ingestão: Introdução do alimento no estômago. 
Digestão: Desdobramento do alimento em moléculas mais simples. 
Absorção: Processo realizado pelos intestinos. 
Defecação: Eliminação de substâncias não digeridas no trato gastrintestinal.
Boca
A boca, também referida como cavidade oral ou bucal, é formada pelas bochechas (formam as paredes laterais da face e são constituídas externamente por pele e internamente por mucosa), pelos palatos duro (parede superior) e mole (parede posterior) e pela língua (importante para o transporte de alimentos, sentido do gosto e fala). Ela é a primeira estrutura do sistema digestório.
A abertura que se forma entre o lábio superior e o inferior se chama fenda bucal. Ela serve de comunicação do tubo digestório com o meio externo; é por ela que entram os alimentos. O "céu da boca" é também chamado de véu palatino ou palato duro. Mais para o fundo está a "campainha" ou úvula palatina.
O arco dental superior e o arco dental inferior são as estruturas em forma de arco em que os dentes estão dispostos e fixos. Com os dentes, nós cortamos e trituramos o alimento. Esse processo faz com que aumente a superfície de contato dos nutrientes com as enzimas digestivas, aumentando a velocidade da digestão. Os dentes (com a língua) realizam a digestão mecânica, ou seja, a transformação do alimento em pedaços menores. Enquanto as enzimas digestivas realizam a digestão química, isto é, a transformação das moléculas do alimento em outras capazes de serem absorvidas pelo intestino delgado, passarem para o sangue e entrarem na célula.
O assoalho da boca é ocupado pela língua. Ela contribui para a mistura dos alimentos com a saliva, mantém o alimento
junto aos dentes, empurra o alimento para a faringe, limpa os dentes e é o órgão importante da fala. A língua apresenta ainda as papilas linguais (são projeções do cório, abundantemente distribuídas nos 2/3 anteriores da língua, dando a essa região uma aspereza característica. Os tipos de papilas são: papilas valadas, fungiformes, filiformes e simples), estruturas responsáveis pela gustação.
Figura 5: Boca
 Fonte: Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/digestorio/sistemadigestorio.htm >. Acesso em: 12 abr. 2015.
Anexas à boca estão três pares de glândulas salivares, que são órgãos produtores de saliva.
Figura 6: Glândulas
Fonte: Disponível em: < http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/digestao.php >. Acesso em: 12 abr. 2015.
A saliva contém uma enzima do tipo amilase, chamada ptialina (ou amilase salivar), que age sobre o amido e o transforma em maltose, uma variedade de açúcar formada pela união de duas moléculas de glicose. A ptialina age no pH neutro da boca, mas é inibida ao chegar ao estômago por causa da acidez do suco gástrico.
Deglutição
Após a mastigação e a salivação, forma-se o bolo alimentar, que é deglutido. Após o ato de engolir, o bolo alimentar passa pela faringe e chega ao esôfago. Nesse momento, a epiglote fecha automaticamente a entrada da laringe (glote) e impede que o alimento siga pelo sistema respiratório.
Faringe
A faringe é um órgão cavitário alongado em forma de funil, situado logo após a boca. É um tubo que se estende da boca até o esôfago.
Ela se comunica com a boca, com as cavidades nasais, com a laringe e com o esôfago. Quando o alimento chega à faringe, os músculos de sua parede se contraem e empurram o alimento para o esôfago.
Quando o alimento chega à faringe, os músculos de sua parede se contraem e empurram o alimento para o esôfago. Na região entre a boca e a faringe encontram-se as tonsilas palatinas (amídalas) direita e esquerda. São órgãos de defesa do corpo.
O movimento do alimento, da boca para o estômago, é realizado pelo ato da deglutição. A deglutição é facilitada pela saliva e muco e envolve a boca, a faringe e o esôfago.
Três estágios:
Voluntário: no qual o bolo alimentar é passado para a parte oral da faringe.
Faríngeo: passagem involuntária do bolo alimentar pela faringe para o esôfago.
Esofágico: passagem involuntária do bolo alimentar pelo esôfago para o estômago.
Figura 7: Sistema digestório
Fonte: Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/digestorio/sistemadigestorio.htm >. Acesso em: 12 abr. 2015.
Esôfago
O esôfago é um órgão em forma de tubo, com paredes flexíveis e que mede aproximadamente 25 centímetros de comprimento. Em sua parede superior ele se comunica com a faringe; em sua parte inferior, comunica-se com o estômago. Por meio de movimentos peristálticos, o esôfago empurra o alimento para o estômago.
Fonte: Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/digestorio/sistemadigestorio.htm >. Acesso em: 12 abr. 2015.
Figura 8: Sistema digestório
 Fonte: Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/digestorio/sistemadigestorio.htm >. Acesso em: 12 abr. 2015.
O esôfago é formado por três porções:
Porção Cervical: porção que está em contato íntimo com a traqueia.
Porção Torácica: é a porção mais importante, passa por trás do brônquio esquerdo (mediastino superior, entre a traqueia e a coluna vertebral).
Porção Abdominal: repousa sobre o diafragma e pressiona o fígado, formando nele a impressão esofágica.
Figura 9: Sistema digestório
Fonte: Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/digestorio/sistemadigestorio.htm >. Acesso em: 12 abr. 2015.
Do esôfago até o estômago, o alimento é ativamente transportado por contrações musculares (as contrações ou movimentos peristálticos ou a peristalse), que também faz parte da digestão mecânica.
Movimentos peristálticos
A deglutição é um movimento voluntário, isto é, executamos conscientemente o ato de engolir. A partir daí, os movimentos peristálticos conduzem o bolo alimentar pelo tubo digestório. Esses movimentos são involuntários, isto é, independem da nossa vontade. São contrações dos músculos situados no esôfago, no estômago e nos intestinos, onde são mais intensos. Além de empurrar o alimento ao longo do tubo digestório, promovem a sua mistura.
Os movimentos peristálticos participam da digestão mecânica, fazendo com que o bolo alimentar seja empurrado do esôfago para o estômago. Uma válvula, a cárdia, regula essa passagem do alimento.
Digestão no estômago
O estômago é uma região dilatada e musculosa do canal alimentar, com capacidade de cerca de um litro. Este órgão está situado no abdome, logo abaixo do diafragma, anteriormente ao pâncreas, superiormente ao duodeno e à esquerda do fígado. É parcialmente coberto pelas costelas.
Figura 10: Estômago
Fonte: Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/digestorio/sistemadigestorio.htm >. Acesso em: 12 abr. 2015.
O estômago é divido em quatro áreas (regiões) principais: cárdia, fundo, corpo e piloro.
No estômago, os movimentos peristálticos misturam o bolo alimentar ao suco gástrico, produzido pelas glândulas da mucosa. Esse suco contém ácido clorídrico, que mantém a acidez estomacal, dando condição favorável ao trabalho das enzimas do estômago.
Figura 11: Estômago
 Fonte: Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/digestorio/sistemadigestorio.htm >. Acesso em: 12 abr. 2015.
A pepsina (produzida na forma inativa de pepsinogênio), a principal enzima do estômago, atua na transformação das proteínas, intensificando a digestão química, que continuará no intestino. O suco alimentar resultante da digestão gástrica é denominado quimo; por isso, a digestão gástrica é também denominada quimificação. Através de outra válvula – o piloro – é regulada a passagem do quimo para o intestino.
Funções Digestivas do Estômago
• Digestão do alimento
• Secreção do suco gástrico, que inclui enzimas digestórias e ácido hidroclorídrico como substâncias mais importantes.
• Secreção de hormônio gástrico é fator intrínseco.
• Regulação do padrão no qual o alimento é parcialmente digerido e entregue ao intestino delgado.
• Absorção de pequenas quantidades de água e substâncias dissolvidas.
Digestão no intestino delgado
A maior parte da digestão e da absorção do alimento ocorre no intestino delgado, que se estende do piloro até a junção iliocólica (ileocecal), que se reúne com o intestino grosso. O intestino delgado é um órgão indispensável. Os principais eventos da digestão e absorção ocorrem no intestino delgado, portanto sua estrutura é especialmente adaptada para essa função. Sua extensão fornece grande área de superfície para a digestão e absorção, sendo ainda muito aumentada pelas pregas circulares, vilosidades e microvilosidades.
O intestino delgado, que consiste em duodeno, jejuno e íleo, estende-se do piloro até a junção ileocecal onde o íleo une-se ao ceco, a primeira parte do intestino grosso.
Apresenta quatro partes:
1) Parte Superior ou 1ª porção - origina-se no piloro e estende-se até o colo da vesícula biliar.
2) Parte Descendente ou 2ª porção - é desperitonizada. 
Ducto colédoco - provém da vesícula biliar e do fígado (bile)
Ducto pancreático - provém do pâncreas (suco ou secreção pancreática)
3) Parte Horizontal ou 3ª porção
4) Parte Ascendente ou 4ª porção
Figura 12: Intestino
 Fonte: Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/digestorio/sistemadigestorio.htm >. Acesso em: 12 abr. 2015.
Jejuno: é a parte do intestino delgado que faz continuação ao duodeno, recebe este nome porque sempre que é aberto se apresenta vazio. É mais largo (aproximadamente 4 centímetros), sua parede é mais espessa, mais vascular e de cor mais forte que o íleo.
Íleo: é o último segmento do intestino delgado que faz continuação ao jejuno. Recebe este nome por relação com osso ilíaco. É mais estreito e suas túnicas são mais finas e menos vascularizadas que o jejuno. Distalmente, o íleo desemboca no intestino grosso num orifício que recebe o nome de óstio ileocecal.
Juntos,
o jejuno e o íleo medem 6 a 7 metros de comprimento. A maior parte do jejuno situa-se no quadrante superior esquerdo, enquanto a maior parte do íleo situa-se no quadrante inferior direito. O jejuno e o íleo, ao contrário do duodeno, são móveis. É nesta porção que o processo de digestão termina. Essas porções do intestino produzem o suco intestinal, composto pelas enzimas responsáveis pelas etapas finais da digestão, que são: maltase, sacarase, lactase, aminopeptidases, dipeptidases, tripeptidases, lipase, nucleosidases e nucleotidases.
No duodeno são lançadas as secreções do fígado e do pâncreas, também controladas por mensagens nervosas e hormônios. Nessa primeira porção do intestino delgado é realizada, principalmente, a digestão química – com a ação conjunta da bile, do suco pancreático e do suco entérico ou intestinal atuando sobre o quimo. Quando entra em contato com a parede intestinal, o quimo estimula a produção de secretina. Esse hormônio estimula o pâncreas a secretar bicarbonato de sódio, substância básica que neutraliza a acidez do quimo. Outro hormônio é a colecistocina, que estimula a secreção da bile, pela vesícula biliar, e das enzimas do suco pancreático.
O suco pancreático é alcalino (pH entre 7,5 e 8,8), pois contém água e bicarbonato de sódio. Nele há também as enzimas tripsina e quimiotripsina, que quebram os fragmentos de proteína produzidos pela pepsina. Essas duas enzimas são produzidas em formas inativas: o tripsinogênio e o quimiotripsinogênio. O pâncreas ainda produz a amilase pancreática, que completa a ação da amilase salivar; as nucleases, que fragmentam ácidos nucléicos em nucleotídeos; a carboxipeptidase, que quebra mais algumas ligações dos peptídeos; uma lipase, que digere as gorduras em ácidos graxos, glicerol e monoglicerídeos.
Na digestão química há a ação dessas secreções:
• Bile – secreção do fígado armazenada na vesícula biliar. Ela é lançada no duodeno através de um canal e não contém enzimas digestivas; mas os sais biliares separam as gorduras em partículas microscópicas, funcionando de modo semelhante a um detergente. Isso facilita a ação das enzimas pancreáticas sobre os lipídios.
• Suco pancreático – É produzido pelo pâncreas. Possui várias enzimas que atuam na digestão das proteínas, dos carboidratos e dos lipídios.
• Suco entérico – é produzido pela mucosa intestinal. Possui enzimas que atuam na transformação, entre outras substâncias, das proteínas e dos carboidratos.
Ao término do processo digestório no intestino delgado, o conjunto de substâncias resultantes forma um líquido viscoso de cor branca denominado quilo.
A digestão continua no jejuno e no íleo.
O destino dos alimentos
O quilo, produto da digestão, é composto pelos nutrientes transformados em moléculas muito pequenas, mais as vitaminas e sais minerais. As substâncias que formam o quilo podem ser absorvidas pelo organismo, isto é, atravessam as células do intestino, por meio das vilosidades do intestino delgado.
Com isso, ocorre a passagem das substâncias nutritivas para os capilares sanguíneos – ocorre a absorção dos nutrientes. O que não é absorvido, parte da água e massa alimentar, formada principalmente pelas fibras, passa para o intestino grosso.
Intestino grosso
Após a digestão no intestino delgado, o que resta do quilo chega ao intestino grosso. Este absorve a água e os sais minerais ainda presentes nos resíduos alimentares, levando-os, então, para a circulação sanguínea.
O intestino grosso apresenta algumas diferenças em relação ao intestino delgado: o calibre, as tênias, os haustros e os apêndices epiplóicos.
O intestino grosso é dividido em quatro partes principais: ceco (cecum), cólon (ascendente, transverso, descendente e sigmoide), reto e ânus.
Figura 13: Intestino
 Fonte: Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/digestorio/sistemadigestorio.htm >. Acesso em: 12 abr. 2015.
A primeira é o ceco, segmento de maior calibre, que se comunica com o íleo. Para impedir o refluxo do material proveniente do intestino delgado, existe uma válvula localizada na junção do íleo com o ceco - válvula ileocecal (iliocólica). No fundo do ceco encontramos o Apêndice Vermiforme.
A porção seguinte do intestino grosso é o cólon, segmento que se prolonga do ceco até o ânus.
• Colo Ascendente – é a segunda parte do intestino grosso. Passa para cima do lado direito do abdome a partir do ceco para o lobo direito do fígado, onde se curva para a esquerda na flexura direita do colo (flexura hepática).
• Colo Transverso – é a parte mais larga e mais móvel do intestino grosso. Ele cruza o abdome a partir da flexura direita do colo até a flexura esquerda do colo, onde curva-se inferiormente para tornar-se colo descendente. A flexura esquerda do colo (flexura esplênica), normalmente mais superior, mais aguda e menos móvel do que a flexura direita do colo.
• Colo Descendente – passa retroperitonealmente a partir da flexura esquerda do colo para a fossa ilíaca esquerda, onde ele é contínuo com o colo sigmoide.
• Colo Sigmoide – é caracterizado pela sua alça em forma de "S", de comprimento variável. O colo sigmoide une o colo descendente ao reto. A terminação das tênias do colo, aproximadamente a 15cm do ânus, indica a junção reto-sigmoide.
Flexura Hepática - entre o cólon ascendente e o cólon transverso. 
Flexura Esplênica - entre o cólon transverso e o cólon descendente.
Figura 14: Intestino
 Fonte: Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/digestorio/sistemadigestorio.htm >. Acesso em: 12 abr. 2015.
Funções do Intestino Grosso
• Absorção de água e de certos eletrólitos;
• Síntese de determinadas vitaminas pelas bactérias intestinais;
• Armazenagem temporária dos resíduos (fezes);
• Eliminação de resíduos do corpo (defecação).
Algumas bactérias intestinais fermentam e assim decompõem resíduos de alimentos e produzem vitaminas (a vitamina K e algumas vitaminas do complexo B), que são aproveitadas pelo organismo. Nessas atividades, as bactérias produzem gases – parte deles é absorvida pelas paredes intestinais e outra é eliminada pelo ânus.
O material que não foi digerido, as fibras, por exemplo, forma as fezes que são acumuladas no reto e, posteriormente, empurradas por movimentos musculares ou peristálticos para fora do ânus. É quando sentimos vontade de defecar, ou seja, eliminar as fezes. O reto recebe este nome por ser quase retilíneo. Este segmento do intestino grosso termina ao perfurar o diafragma da pelve (músculos levantadores do ânus) passando a se chamar de canal anal.
O canal anal, apesar de bastante curto (três centímetros de comprimento), é importante por apresentar algumas formações essenciais para o funcionamento intestinal, das quais citamos os esfíncteres anais.
O esfíncter anal interno é o mais profundo, e resulta de um espessamento de fibras musculares lisas circulares, sendo consequentemente involuntário. O esfíncter anal externo é constituído por fibras musculares estriadas que se dispõem circularmente em torno do esfíncter anal interno, sendo este voluntário. Ambos os esfíncteres devem relaxar antes que a defecação possa ocorrer.
Concluídas todas as etapas da digestão, os nutrientes que chegam à circulação sanguínea são distribuídos a todas as células, e assim são utilizados pelo organismo.
 Vídeo:< http://www.youtube.com/watch?v=6JfDX94htbU >
Sistema Circulatório e Sangue
Quais as funções do sangue do nosso organismo?
E qual a relação entre o sistema circulatório e outros sistemas do organismo, como o digestório e o respiratório?
A função básica do sistema circulatório (cardiovascular) é a de levar material nutritivo e oxigênio às células. Esse sistema é um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por tubos, que são chamados vasos, e por uma bomba percussora que tem como função impulsionar um líquido circulante de cor vermelha por toda a rede vascular.
Figura 15: Esquemas da circulação humana
Fonte: LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 2. 2. ed. São Paulo:
Ática, 2013.
O sistema cardiovascular consiste no sangue, no coração e nos vasos sanguíneos. Para que o sangue possa atingir as células corporais e trocar materiais com elas, ele deve ser, constantemente, propelido ao longo dos vasos sanguíneos. O coração é a bomba que promove a circulação de sangue por cerca de 100 mil quilômetros de vasos sanguíneos.
Circulação Pulmonar e Sistêmica
Circulação Pulmonar - leva sangue do ventrículo direito do coração para os pulmões e de volta ao átrio esquerdo do coração. Ela transporta o sangue pobre em oxigênio para os pulmões, onde ele libera o dióxido de carbono (CO2) e recebe oxigênio (O2). O sangue oxigenado, então, retorna ao lado esquerdo do coração para ser bombeado para circulação sistêmica.
Circulação Sistêmica - é a maior circulação; ela fornece o suprimento sanguíneo para todo o organismo. A circulação sistêmica carrega oxigênio e outros nutrientes vitais para as células, e capta dióxido de carbono e outros resíduos das células.
Figura 16: Circulação
Fonte: Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/cardiovascular/angiologia.htm >. Acesso em: 13 abr. 2015.
Estruturas do Sistema Circulatório (Cardiovascular):
• Sangue
• Coração
• Vasos Sanguíneos
• Sistema Arterial
• Sistema Venoso
 
 Vídeo:< http://www.youtube.com/watch?v=73THGXdeKsY >
Artérias, Vasos e Capilares Sanguíneos
A parede das artérias e das veias é formada por três camadas: externa, com tecido conjuntivo rico em fibras colágenas e elásticas; média, que apresenta músculo liso e fibras elásticas; interna, originada por células epiteliais achatadas, o endotélio. Já os capilares são formados apenas por endotélio.
As camadas musculares das artérias são mais espessas que as das veias, o que lhes permite suportar a pressão sanguínea decorrente da contração dos ventrículos. Essa pressão diminui à medida que o sangue se afasta do coração, e nas veias é muito baixa. Apesar disso, o sangue das partes inferiores do corpo consegue voltar ao coração graças ao trabalho dos músculos do esqueleto e da respiração. Quando esses músculos se contraem, as veias próximas se comprimem, impulsionando o sangue. Como elas possuem válvulas que só se abrem no sentido da volta ao coração, fica garantido o fluxo nesse sentido.
Sistema Endócrino e Hormônios
A coordenação das funções do organismo é feita pelos sistemas nervoso e endócrino. O sistema endócrino é formado por glândulas endócrinas, que produzem hormônios e estão amplamente distribuídas pelo corpo. As glândulas endócrinas são glândulas sem ductos, isto é, elas secretam hormônios diretamente no interior de capilares (sanguíneos).
Hormônios são substâncias que, em geral, são lançadas no sangue e influenciam a atividade de vários órgãos, controlando o crescimento, a pressão arterial, a concentração de substâncias no sangue, etc., e colaborando para a homeostase.
Alguns hormônios são lipossolúveis (solúveis em lipídios). É o caso dos esteroides e dos hormônios da glândula tireoidea. Outros são hidrossolúveis (solúveis em água), como os hormônios proteicos e a adrenalina (produzida na glândula suprarrenal).
O sistema endócrino produz seus efeitos por meio da secreção de hormônios. Os hormônios são mensageiros químicos que influenciam ou controlam as atividades de outros tecidos ou órgãos. A maioria dos hormônios é transportada pelo sangue a outras partes do corpo, exercendo efeitos em tecidos mais distantes.
As principais glândulas endócrinas são:
1 – Hipófise
2 – Glândula Tireoide
3 – Glândulas Paratireoides
4 – Glândulas Suprarrenais
5 – Pâncreas
6 – Gônadas (Ovários e Testículos)
7 – Timo
8 – Glândula Pineal
Figura 17: Glândulas endócrinas
Fonte: LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 2. 2. ed. São Paulo: Ática, 2013.
Vídeo:< http://www.youtube.com/watch?v=Gw8gWIs9oAE >
A maioria dos hormônios é formada por proteínas ou por peptídeos. Os hormônios da glândula tireoidea e os da medula da glândula suprarrenal, por exemplo, formam-se de um único aminoácido modificado, a tirosina. Há também os que são constituídos de esteroides (um grupo de lipídios), como os sexuais e os do córtex da suprarrenal.
O hormônio age como um mensageiro químico, atuando em determinado tecido do corpo ao ligar-se nos receptores hormonais, que são proteínas especiais presentes, em geral, nas membranas das células. Cada tipo de hormônio age apenas nos tipos de células cujos receptores apresentam forma complementar à sua. Após o encaixe, o receptor é ativado e desencadeia uma série de reações químicas.
Outros hormônios, como os esteroides e os da glândula tireoidea, atravessam a membrana plasmática e se ligam a receptores no interior da célula-alvo; eles estimulam o funcionamento dos genes para a fabricação de RNA-m e, consequentemente, de proteínas específicas, muitas das quais são enzimas, que vão controlar diversas reações químicas da célula.
Sistema Imunológico
Os mecanismos de defesa do corpo humano podem ser agrupados em duas categorias:
Mecanismos de defesa inespecíficos: não distinguem um agente infeccioso de outro. Também é chamado de sistema imunitário inato (primeira e segunda linhas).
Mecanismos de defesa específicos: constituem a terceira e última linha de defesa, em que as respostas não são mais indiscriminadas, mas específicas. Eles também são chamados de sistema imunitário adquirido ou adaptativo.
A terceira linha de defesa do corpo humano (a primeira é formada pela pele e pelas membranas mucosas dos sistemas respiratório, digestório e urogenital; a segunda linha corresponde a substâncias químicas e células que matam indiscriminadamente qualquer agente infeccioso que penetre no organismo) diferencia-se dos mecanismos inespecíficos de defesa por dois fatores básicos: especificidade e memória.
A especificidade refere-se à capacidade do sistema imunitário (imunológico) de reconhecer e eliminar certos microrganismos ou substâncias estranhas ao corpo. O elemento estranho capaz de estimular uma resposta imune é denominado antígeno. O sistema imunitário responde ao antígeno produzindo uma proteína chamada anticorpo, que é específica para aquele antígeno.
Antígenos estão presentes nos envoltórios de vírus, bactérias, fungos, protistas e vermes parasitas, e também na superfície de materiais estranhos ao corpo humano, como pólen e tecidos transplantados.
Os anticorpos são denominados genericamente imunoglobulinas (Ig), e cada anticorpo reconhece apenas o antígeno que induziu sua formação, sendo, portanto, altamente específico.
Anticorpos são moléculas proteicas esquematicamente representadas na forma de Y.
Os sítios de reconhecimento e de ligação dos antígenos estão localizados nas extremidades de cada braço do Y.
O corpo humano é capaz de produzir grande número de anticorpos diferentes em resposta à grande quantidade de antígenos com os quais entra em contato.
Ao nascer, uma criança já recebeu de sua mãe, pela placenta, anticorpos prontos; além disso, recebe outros durante a amamentação.
Ao longo da vida, o corpo humano é capaz de produzir anticorpos diferentes em resposta aos antígenos com os quais entra em contato.
A memória refere-se à capacidade que o sistema imunitário tem de reconhecer um mesmo antígeno, caso entre novamente em contato com ele. Nesse caso, a reação e a produção de anticorpos específicos serão muito mais rápidas. Desse mecanismo participam os linfócitos B e T. Existem dois tipos de linfócitos T:
• Linfócitos T citotóxicos (ou células CD8): unem-se às células infectadas e as destroem.
• Linfócitos T auxiliares (ou células CD4): participam de mecanismos que ativam os linfócitos T e estimulam os linfócitos B em sua função de produzir anticorpos.
Imunização Ativa e Passiva
O princípio da imunização ativa é:
• Inocula-se pela primeira vez um indivíduo sadio com uma pequena quantidade de antígeno;
• O indivíduo passa a produzir anticorpos, que após alguns dias estarão disponíveis no sangue para atuar contra os antígenos (resposta primária);
• Se esse indivíduo receber uma segunda inoculação
do mesmo antígeno, a resposta imunológica será muito mais rápida, e a produção de anticorpos muito maior. É a chamada resposta secundária, relacionada ao mecanismo de memória, que é prontamente ativada quando o organismo volta a entrar em contato com o antígeno.
É nesse mecanismo que se baseiam as vacinações.
Na imunização passiva são introduzidos no organismo os anticorpos já prontos para o combate a um antígeno específico. É um tipo de imunização que se destina a desencadear uma resposta rápida do organismo, como quando se utilizam soros.
Sistema Nervoso
Como são controlados nossos movimentos?
Vídeo:< https://www.youtube.com/watch?v=Wzedk7LjZxE >
O sistema nervoso – exclusivo dos animais – vale-se de mensagens elétricas que caminham pelos nervos mais rapidamente que os hormônios através do sangue.
Além de coordenar as diversas funções do organismo, contribuindo para seu equilíbrio, permite que os animais reajam de modo rápido a estímulos do meio ambiente.
A principal célula desse sistema é o neurônio, que juntamente com as células glias formam o tecido nervoso.
Neurônio: é a unidade estrutural e funcional do sistema nervoso que é especializada para a comunicação rápida. Tem a função básica de receber, processar e enviar informações.
Células Glias: compreendem as células que ocupam os espaços entre os neurônios e têm como função sustentação, revestimento ou isolamento e modulação da atividade neural.
Os neurônios são células altamente excitáveis que se comunicam entre si ou com outras células efetuadoras, usando basicamente uma linguagem elétrica. A maioria dos neurônios possui três regiões responsáveis por funções especializadas: corpo celular, dendritos e axônios.
O corpo celular é o centro metabólico do neurônio, responsável pela síntese de todas as proteínas neuronais. A forma e o tamanho do corpo celular são extremamente variáveis, conforme o tipo de neurônio. O corpo celular é também, junto com os dendritos, local de recepção de estímulos, através de contatos sinápticos.
Dendritos: geralmente são curtos e ramificam-se profusamente, à maneira de galhos de árvore, em ângulos agudos, originando dendritos de menor diâmetro. São os processos ou projeções que transmitem impulsos para os corpos celulares dos neurônios ou para os axônios.
Em geral os dendritos são não mielinizados. Um neurônio pode apresentar milhares de dendritos. Portanto, os dendritos são especializados em receber estímulos.
Axônios: a grande maioria dos neurônios possui um axônio, prolongamento longo e fino que se origina do corpo celular ou de um dendrito principal. O axônio apresenta comprimento muito variável, podendo ser de alguns milímetros como mais de um metro. São os processos que transmitem impulsos que deixam os corpos celulares dos neurônios, ou dos dendritos. A porção terminal do axônio sofre várias ramificações para formar de centenas a milhares de terminais axônicos, no interior dos quais são armazenados os neurotransmissores químicos. Portanto, o axônio é especializado em gerar e conduzir o potencial de ação.
Figura 18: Sistema nervoso
 
Fonte: Disponível em: < http://cantinhospensamentos.blogspot.com.br/2013/10/neuronios-o-cerebro-e-composto-por.html >. Acesso em: 12 abr. 2015.
O sistema nervoso ou sistema neural dos vertebrados é formado por duas partes, também denominadas sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP).
O SNC compreende o encéfalo e a medula espinal, enquanto o SNP compreende os nervos cranianos e os espinais (ou raquidianos).
Figura 19: Cérebro
Fonte: LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 2. 2. ed. São Paulo: Ática, 2013.
Sistema Nervoso Central (SNC)
Estruturas protetoras
Os órgãos do SNC estão protegidos por estruturas esqueléticas (crânio, protegendo o encéfalo, e coluna vertebral ou raque, protegendo a medula espinal) e por membranas denominadas meninges.
As meninges localizam-se entre as estruturas esqueléticas e os órgãos do SNC.
Os mamíferos têm três meninges:
• Dura-máter: mais resistente e em contato com os ossos.
• Aracnoide: delicada e fibrosa.
• Pia-máter: delgada e vascularizada, em contato com o SNC.
Entre a aracnoide e a pia-máter há um espaço preenchido por líquido denominado cefalorraquidiano (cerebroespinhal) ou líquor.
O Encéfalo
O encéfalo é formado pelo telencéfalo, diencéfalo, mesencéfalo, metencéfalo e mielencéfalo.
O telencéfalo ou cérebro humano está relacionado principalmente com memória, inteligência e com o processamento da visão, da audição, do olfato, do paladar e da fonação.
O córtex cerebral (camada mais superficial) revela grande aumento de superfície, formando os sulcos e giros cerebrais (circunvoluções cerebrais). O hemisfério cerebral direito está associado à criatividade, e o esquerdo, às habilidades analíticas.
O diencéfalo possui três centros nervosos principais:
• Tálamo: relaciona-se com emoções inatas e é uma área de retransmissão de informações vindas do corpo para serem processadas no cérebro e vice-versa;
• Epitálamo: evaginação dorsal do tálamo que forma o órgão pineal, glândula endócrina;
• Hipotálamo: região ventral do tálamo que controla a temperatura corporal, o balanço hídrico, o apetite e interfere nas atividades dos órgãos viscerais. O hipotálamo forma o lobo posterior da hipófise (ou glândula pituitária).
Ao contrário das outras glândulas, a hipófise tem origem dupla: o lobo posterior deriva do hipotálamo e o anterior do teto da cavidade bucal; além disso, só a parte anterior produz hormônios e está sujeita ao controle do hipotálamo; o lobo posterior não produz hormônio, mas armazena e libera hormônios produzidos no hipotálamo.
No hipotálamo os nervos ópticos procedentes dos olhos se cruzam e depois se dirigem para o cérebro. Esse cruzamento denomina-se quiasma óptico.
O mesencéfalo controla os movimentos dos olhos, constituindo um centro de reflexos visuais e auditivos, mas não é o centro da visão.
O metencéfalo ou cerebelo é encarregado de coordenar funções motoras como a locomoção, o equilíbrio corporal, o tônus e o vigor muscular.
Na base do cerebelo dos mamíferos existe uma estrutura denominada ponte (ponte de Varolio) onde ocorre o cruzamento das vias motoras, que passam a ocupar, na medula espinal, o lado contrário ao que ocupavam no cérebro. Deste modo, o lado esquerdo do cérebro controla o lado direito do corpo, e o lado direito do cérebro controla o lado esquerdo do corpo.
O mielencéfalo ou bulbo é considerado um centro vital, pois controla a respiração e funções relacionadas ao sistema digestório, além de determinar alterações nos batimentos cardíacos. Também exerce influência em certos atos reflexos, como a deglutição, o vômito, a sucção e a tosse.
A medula
A medula espinal tem duas funções básicas:
• Transportar informações do corpo para o encéfalo e do encéfalo para o corpo.
• Integrar respostas simples a certos tipos de estímulo, sem que o cérebro tome parte.
Figura 20: SNC
 
Fonte: Disponível em: <http://www.auladeanatomia.com/site/pagina.php?idp=161>. Acesso em: 15 abr. 2015.
Sistema Nervoso Periférico (SNP)
Esse sistema é formado por 12 pares de nervos cranianos e 31 pares de nervos espinais. Os nervos cranianos partem do encéfalo e os nervos espinais partem da medula espinal.
Figura 21: SNP
Fonte: Disponível em: <http://www.auladeanatomia.com/site/pagina.php?idp=161>. Acesso em: 12 abr. 2015.
Os nervos cranianos podem ser:
• Sensitivos: apresentam apenas fibras nervosas transmissoras de mensagens dos órgãos para os centros nervosos (fibras sensitivas ou aferentes).
• Motores: apresentam apenas fibras nervosas que transmitem mensagens dos centros nervosos para os órgãos (fibras motoras ou eferentes).
• Mistos: possuem tanto fibras sensitivas como motoras.
Os nervos espinais são todos mistos, cada um formado por uma raiz sensitiva e uma raiz motora, que saem lateralmente da medula e logo se unem. A raiz posterior, ou dorsal, é sensitiva; a raiz anterior, ou ventral, é motora.
O sistema nervoso periférico pode ser considerado
sensorial e motor.
A divisão sensorial compreende os neurônios sensoriais que levam ao SNC informações sobre os estímulos ambientais e internos do corpo percebidos pelos receptores sensoriais.
A divisão motora apresenta:
• Neurônios motores que formam o sistema nervoso periférico somático: encaminham mensagens do SNC aos músculos esqueléticos, principalmente em resposta a estímulos do ambiente. Nesse caso a resposta é voluntária, ou seja, depende da vontade (embora em alguns casos os músculos esqueléticos possam apresentar movimentos involuntários).
• Neurônios motores que formam o sistema nervoso periférico autônomo ou visceral: encaminham mensagens do SNC aos músculos não estriados (lisos) e estriado cardíaco e ao sistema endócrino; a resposta é involuntária, ou seja, independente da vontade.
O sistema autônomo é dividido em duas partes: a simpática (que libera a noradrenalina) e a parassimpática (que libera acetilcolina), que agem de forma antagônica, de modo a manter a homeostase do organismo.
Figura 22: Esquema das principais vias simpáticas e parassimpáticas
 Fonte: LOPES, S.; ROSSO, S. Bio: volume 2. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
Sistema Sensorial
Como percebemos o mundo ao nosso redor?
Associado ao sistema nervoso está o sistema sensorial, formado por um conjunto de estruturas que permitem a percepção de estímulos provenientes do exterior ou do interior do corpo.
O sistema sensorial recebe estímulos que são transmitidos ao encéfalo, onde eles são interpretados e transformados em sensações.
De acordo com os estímulos aos quais respondem, os receptores sensoriais podem ser classificados em:
• Mecanorreceptores: respondem a estímulos mecânicos, especialmente à pressão.
• Termorreceptores: respondem à variação de temperatura;
• Quimiorreceptores: transmitem informações relacionadas às substâncias químicas dissolvidas no meio;
• Fotorreceptores: detectam luz;
• Receptores de dor.
Na pele humana, por exemplo, existem mecanorreceptores, termorreceptores e receptores de dor. Em conjunto, eles recebem todos os estímulos que proporcionam a sensação conhecida por tato.
Figura 23: Os diversos receptores da pele
 Fonte: LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 2. 2. ed. São Paulo: Ática, 2013.
Os quimiorreceptores relacionados com o paladar situam-se na língua. Eles são conhecidos por papilas gustativas e nos permitem distinguir cinco sabores: salgado, doce, amargo, azedo e umami.
Figura 24: Papilas e Botões Gustatórios
 
Fonte: LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 2. 2. ed. São Paulo: Ática, 2013.
Os quimiorreceptores relacionados com o olfato situam-se no teto das cavidades nasais e constituem o epitélio olfatório.
Figura 25: Células olfatórias
 Fonte: LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 2. 2. ed. São Paulo: Ática, 2013.
Os fotorreceptores localizam-se nos olhos.
Figura 26: Esquema do olho humano
Fonte: LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 2. 2. ed. São Paulo: Ática, 2013.
Figura 27: Esquema simplificado da retina
Fonte: LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 2. 2. ed. São Paulo: Ática, 2013.
A recepção dos estímulos sonoros é feita pelas orelhas, consideradas em três regiões: orelha externa, orelha média e orelha interna.
Figura 28: Esquema da orelha humana
 Fonte: LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 2. 2. ed. São Paulo: Ática, 2013.
Sistema Reprodutor
O sistema reprodutor humano, também denominado sistema genital, é formado por órgãos que constituem o aparelho genital masculino e feminino, caracterizados conforme abaixo:
Sistema Reprodutor Masculino
Os órgãos do sistema genital masculino são os testículos (gônadas masculinas), um sistema de ductos (ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra), as glândulas sexuais acessórias (próstata, glândula bulbouretral e vesículas seminais) e diversas estruturas de suporte, incluindo o escroto e o pênis. Os testículos (gônadas masculinas) produzem esperma e secretam hormônios (testosterona). O sistema de ductos transporta e armazena esperma, auxiliando na maturação e o conduz para o exterior. O sêmen contém esperma mais as secreções das glândulas sexuais acessórias.
Figura 29: Sistema Genital Masculino
Fonte: Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/site/pagina.php?idp=107 >. Acesso em: 12 abr. 2015.
 
Sistema Reprodutor Feminino
Os órgãos genitais femininos são incumbidos da produção dos óvulos, e depois da fecundação destes pelos espermatozoides, oferecem condições para o desenvolvimento até o nascimento do novo ser.
Os órgãos genitais femininos consistem de um grupo de órgãos internos e outro de órgãos externos. Os órgãos internos estão no interior da pelve e consistem dos ovários, tubas uterinas ou ovidutos, útero e vagina. Os órgãos externos são superficiais ao diafragma urogenital e acham-se abaixo do arco púbico. Compreendem o monte do púbis, os lábios maiores e menores do pudendo, o clitóris, o bulbo do vestíbulo e as glândulas vestibulares maiores.
Estas estruturas formam a vulva ou pudendo feminino. As glândulas mamárias também são consideradas parte do sistema genital feminino.
Figura 30: Sistema reprodutor feminino
 Fonte: Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/site/pagina.php?idp=114 >. Acesso em: 12 abr. 2015.
Figura 31: Órgãos genitais femininos – vista lateral global
 Fonte: Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/site/pagina.php?idp=114 >. Acesso em: 12 abr. 2015.
Sistema Respiratório
A função do sistema respiratório é facultar ao organismo uma troca de gases com o ar atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, necessária para as reações metabólicas, e em contrapartida servindo como via de eliminação de gases residuais, que resultam dessas reações e que são representados pelo gás carbônico.
Este sistema é constituído pelos tratos (vias) respiratórios superior e inferior. O trato respiratório superior é formado por órgãos localizados fora da caixa torácica: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traqueia. O trato respiratório inferior consiste em órgãos localizados na cavidade torácica: parte inferior da traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões. As camadas da pleura e os músculos que formam a cavidade torácica também fazem parte do trato respiratório inferior.
O sistema respiratório humano está representado de forma esquemática na figura abaixo:
Figura 32: Sistema respiratório
Fonte: LOPES, S.; ROSSO, S. Bio: volume 2. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
Além do diafragma, a ventilação pulmonar é determinada pelos músculos intercostais que se ligam às costelas, movimentando-as. A movimentação das costelas promove alterações no volume da caixa torácica. Ao se contraírem, esses músculos expandem a caixa torácica, e ao relaxarem, diminuem seu volume. Esses movimentos são sincronizados com a ação do diafragma.
As trocas gasosas nas superfícies respiratórias ocorrem por difusão. No sangue venoso, a concentração de gás carbônico (CO2) é maior que a do meio externo que fica em contato com as superfícies respiratórias, ocorrendo o inverso com o sangue arterial, rico em oxigênio (O2). Nas superfícies respiratórias há difusão de CO2 para o meio externo e entrada de O2 para o sangue. O sangue venoso passa, então, a sangue arterial. Esse processo denomina-se hematose.
No sangue dos vertebrados existem células sanguíneas especiais chamadas hemácias. Elas contêm hemoglobina, pigmento respiratório de cor vermelha que apresenta grande afinidade com moléculas de O2. Assim, a maior quantidade de O2 é transportada pelas hemácias, enquanto uma quantidade menor é transportada dissolvida no plasma.
No sangue que passa pelos pulmões, o O2 combina-se com a hemoglobina (Hb) durante a hematose, formando um composto instável denominado oxiemoglobina. Nos tecidos, o O2 desprende-se da oxiemoglobina, deixando a hemoglobina livre.
O CO2 difunde-se dos tecidos para o sangue, e parte dele se une à hemoglobina livre, formando
um composto também instável denominado carboemoglobina.
Enquanto praticamente todo o O2 é transportado pela hemoglobina, isso não ocorre com o CO2. Apenas uma pequena quantidade dele é transportada sob a forma de carboemoglobina; a maior parte é transportada pelo plasma, principalmente sob a forma de íons bicarbonato (HCO-3).
Nos pulmões, o CO2 difunde-se para os alvéolos. Quando transportado pela carboemoglobina, deixa a hemoglobina livre.
 Vídeo:< http://www.youtube.com/watch?v=WoepxcgurLY >
Sistema Excretor/Sistema Urinário
O sistema excretor é formado por um conjunto de órgãos que filtram o sangue, produzem e excretam a urina - o principal líquido de excreção do organismo. É constituído por um par de rins, um par de ureteres, pela bexiga urinária e pela uretra.
O sistema excretor tem a função de eliminar os resíduos das reações químicas que ocorrem dentro das células, no processo de metabolismo. Dessa maneira, muitas substâncias que não são aproveitadas no organismo, principalmente as tóxicas, são excretadas do corpo.
Figura 33: Sistema excretor
 
Fonte: LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 2. 2. ed. São Paulo: Ática, 2013.
A eliminação de substâncias prejudiciais ou que estão em excesso em nosso corpo é chamada de excreção, processo que permite o equilíbrio interno do nosso organismo. Os produtos da excreção são denominados "excretas", que são lançadas das células para o líquido que as banha (líquido intersticial), e daí são passadas para a linfa e para o sangue.
Importante ressaltar que o sistema excretor é encarregado de muito mais que apenas a eliminação de resíduos. Trata-se do principal responsável pelo controle da composição química do ambiente interno. Sendo assim, os rins participam do controle das concentrações plásmicas de íons, como sódio, potássio, bicarbonato, cálcio e cloretos; e de acordo com as concentrações no sangue, esses íons podem ser eliminados em maior ou menor quantidade na urina. Os rins funcionam como um filtro que retém as impurezas do sangue e os deixa em condições de circular novamente pelo organismo. As substâncias descartadas formam a urina, que é eliminada pelas vias urinárias que fazem parte do sistema urinário.
Vídeo:< http://www.youtube.com/watch?v=EL3_OqqggDs >
Referências
AULA DE ANATOMIA. Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/digestorio/sistemadigestorio.htm >. Acesso em: 12 abr. 2015.
LACERDA, R. A. M. V. et al. Apostila de Anatomia e Fisiologia. 2009. Disponível em: < http://www.fategidio.com.br/materia_didatico2.pdf >. Acesso em: 14 abr. 2015.
LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 2. 2. ed. São Paulo: Ática, 2013.
LOPES, S.; ROSSO, S. Bio: volume 2. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
O CORPO HUMANO. Disponível em: < http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/corpohumano.php >. Acesso em: 12 abr. 2015.
O SISTEMA DIGESTÓRIO HUMANO. Disponível em: < http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/digestao.php >. Acesso em: 12 abr. 2015.
SISTEMA CARDIOVASCULAR. Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/cardiovascular/angiologia.htm >. Acesso em: 12 abr. 2015.
SISTEMA ENDÓCRINO. Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/site/pagina.php?idp=199 >. Acesso em: 23 set. 2014.
SISTEMA EXCRETOR. Disponível em: < http://www.todamateria.com.br/sistema-excretor/ >. Acesso em: 12 abr. 2015.
SISTEMA RESPIRATÓRIO. Disponível em: < http://www.auladeanatomia.com/site/pagina.php?idp=104 >. Acesso em 12 abr. 2015.

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