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RESENHA DE MICROBIOLOGIA - EFEITO PREBIÓTICO DO MEL SOBRE O CRESCIMENTO E VIABILIDADE DE BIFIDOBACTERIUM SPP. E LACTOBACILLUS SPP. EM LEITE.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESPÍRITO SANTO – UNESC
BRUNA RAGAZZI
BYANCA GUIMARÃES SALOMÃO
CAMILA OLIVEIRA
CAROLINE GOTARDO VENDRAMINI
RESENHA DE MICROBIOLOGIA - EFEITO PREBIÓTICO DO MEL SOBRE O CRESCIMENTO E VIABILIDADE DE BIFIDOBACTERIUM SPP. E LACTOBACILLUS SPP. EM LEITE.
COLATINA
2015
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
	Um alimento só é funcional se possui uma ação beneficiadora para o organismo. Probióticos são uma cultura de microrganismos que fazem bem para o ser humano ou animais por melhorarem a microbiota intestinal. Já os prebióticos são alimentos não digeríveis que estimulam os microrganismos no nosso intestino a executarem sua função, melhorando a digestão. O mel é um alimento funcional, age prebioticamente reduzindo o colesterol e o risco de câncer e regula a pressão arterial e a digestão intestinal.
Entre os produtos alimentícios funcionais mais recorrentes estão os laticínios que possuem grande diversidade, indo de iogurtes até os leites fermentados. O que torna essa funcionalidade possível é o cultivo de Probióticos ou incrementando substâncias prebióticas. A segunda é menos recorrente, pelo dato de que a maioria dos pebióticos ao serem misturados com esses leites fermentados adicionam ao alimento um gosto peculiar e pouco agradável além de alterarem o pH para ácido. 
Alguns produtos que contém bactérias lácticas em sua composição já se mostraram efetivos na melhora de doenças gastrointestinais, como a intolerância a lactose, por exemplo. Os Lactobacillus tem uma boa variação de temperatura de crescimento, o que os torna completamente elegíveis para serem utilizados na produção de alimentos funcionais. Os maiores problemas com essas bactérias são aa dificuldades de cultivo, já que as mesmas demandam um ambiente anaeróbio e inóculo para seu desenvolvimento. 
Essas bactérias são selecionadamente do trato gastrointestinal devido a sua capacidade de se adaptar as necessidades fisiológicas do homem, com facilidade de colonizar o intestino do mesmo.
Esse estudo objetivava estudar o efeito do mel de Apis mellifera sobre o crescimento e a viabilidade de culturas probióticas em leite fermentado durante 46 dias de armazenamento a 7 °C.
MÉTODOS E MATERIAIS
	1 Materiais:
	
MEL:
 Foi preparada uma solução com mel de Apis mellifera pasteurizado para eliminar todos os microrganismos que estivessem presentes. 
MICRORGANISMOS PROBIÓTICOS: 
Foram utilizadas as seguintes culturas probióticas: Lactobacillus acidophilus La-5, Lactobacillus casei-01 e Bifdobacterium Bb-12, Lactobacillus acidophilus e Bifdobacterium lactis e Lactobacillus casei Shirota isolada da bebida láctea comercial Yakult.
2 Métodos:
O leite desnatado foi esterilizado. Cada frasco continha 200ml e foi adicionado a cada uma a quantidade exata da solução de mel para que ficassem com 3% de concentração. Então esses frascos foram inoculados com as culturas probióticas e incubados à 36º por 76 horas para reativar a mistura. Para cada uma das culturas foi preparado um frasco controle, sem mel e com água, incubados à 36º por 24 horas para o processo de fermentação. Para verificar a viabilidade dos microrganismos e a influência do mel sobre o seu crescimento, foram realizadas diluições seriadas. O estudo durou 46 dias.
DISCUSSÃO
	
	Depois de todo o estudo, todas as amostras se mantiveram viáveis durantes os 46 dias independentemente de serem cultivadas com ou sem mel. Todos os microrganismos atingiram os parâmetros exigidos. O maior número de células viáveis aos 46 dias de armazenamento foi obtido com linhagens de L. casei com adição de 3% mel. Estas bactérias mantiveram seu crescimento constante ao longo dos 46 dias, porém a influência do mel não foi significante. 
	Com o passar dos dias a acidez se elevou, mostrando a eficiência da acidificação pós fermentação, acidez essa que não inibiu a viabilidade celular. O mel contribui para acelerar o metabolismo, sem interferir na viabilidade celular. 
	Já nas linhagens de L. acidophilus, o mel não estimulou significativamente o crescimento e a manutenção da viabilidade destes probióticos. Os menores valores quanto ao número de células viáveis com 46 dias foram encontrados para Bifdobacterium.
	Dessa forma, conclui-se que a seleção de linhagens específcas é de suma importância para a utilização em produtos probióticos. O mel, por conter um alto teor de carboidratos fermentáveis, propicia maior produção de ácido e conseqüente abaixamento do pH. As bifdobactérias possuem baixa capacidade de acidificação durante o processo de pós-acidifcação na estocagem. 
CONCLUSÃO
	Com a conclusão do estudo podemos notar que todas as amostras se mantiveram viáveis durante os dias de testes e com a contagem de células correta segundo a legislação. O metabolismo de duas linhagens de bifidobactérias foram influenciadas pelo mel, apesar de se manterem em menor número, comparadas aos lactobacilos. Essas bactérias também resistiram a uma acidez mais alta do que o limite imposto para a sobrevivência das mesmas. Não foi encontrada nenhuma redução nos números de bactérias bífidas nem lactobacilos, exceto para o cultivo de L. acidophilus sem mel.

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