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1 Paola Freitas – 5º período – 2012.2 Técnica Cirúrgica (MED 340) *ACESSO VENOSO* TIPOS Superficial e profundo Punção percutânea Dissecção venosa *ACESSO VENOSO PERIFÉRICO* INDICAÇÕES Amostra de sg para exames Adm de drogas IV Hidratação venosa Reposição volêmica Reposição de hemocomponentes LOCAIS DE ACESSO Membro superior o Face anterior – no antebraço é mais doloroso Veias basílica e cefálica na fossa cubital Regularidade do fluxo comprometida pela flexão do membro Veia radial do punho o Face posterior Veias radial do punho ou do dorso da mão não dominante Membro inferior o Safena externa (magna) e as veias superficiais do dorso do pé devem ser evitadas em adultos por risco de TROMBOSE o Utiliza-se em crianças Plexo venoso do escalpo o Utilização em lactentes e neonatos o É comum a punção arterial inadvertida MATERIAL Equipamento de proteção pessoal Solução antisséptica Garrote Algodão ou gaze Scalps (Butterfly) ou cateteres (Jelco ou similar) Seringa 2 Paola Freitas – 5º período – 2012.2 H2O destilada Equipo de infusão venosa Bomba para infusão Filtros Esparadrapo ou similar Conectores: tampa de oclusão com filtro, injetor duplo, 3-way TÉCNICA Posição confortável e fonte de luz Calor para vasodilatação Garroteamento para interromper o fluxo venoso, e não o arterial Punção sobre o vaso ou lateral SCALP Indicado para infusões de curta duração Manuseio mais simples Menor velocidade de infusão É frequente o extravasamento de solução Calibres de 19 a 27 FR o Quanto maior o número menos calibrosa é a agulha Técnica: o Antissepsia o Irrigação do scalp o Punção lateral à veia ou sobre a veia o Punção com o bisel para baixo desde a punção na pele até introduzir na veia o Introduz a agulha até o final quando o sangue reflui para o conduto plástico CATETER (JELCO) Indicado para infusões de média duração Menor irritação do endotélio Maior velocidade de infusão Extravasamento menos frequente Calibre de 10 a 24 Fr o Quanto maio o número, menos calibroso Tipos de cateter: o Luz única o Luz dupla Técnica o Asséptica o Punção lateral ou sobre a veia o Punção com bisel para cima, introdução no vaso o Refluxo de sg para a câmara do cateter o Movimentos rotatórios 3 Paola Freitas – 5º período – 2012.2 o Posiciona-se o bisel para baixo e introduz-se a cânula no vaso e retira-se a agulha concomitantemente o Compressão sobre a pele e a cânula para evitar sangramento o Mantem-se a cânula com fluxo de líquido por seringa ou equipo de soro o Pode-se comprimir o sítio de punção sobre a cânula para evitar o refluxo de sangue o Limpeza do campo e fixação da cânula o Verificação do gotejamento CATETER CENTRAL Posição do cateter: porção distal da veia inominada ou na porção proximal da cava superior Pode-se prever a posição do cateter utilizando os seguintes reparos: o Medir a distância desde o ponto de entrada na pele até: Junção esterno-clavicular: subclávia Área média do manúbrio: veia inominada Junção manubrio-esternal: cava superior Apêndice xifóide: átrio MANUTENÇÃO DO ACESSO VENOSO A finalidade e o tempo previsto para uso de um vaso sanguíneo influenciam na escolha do: o Tipo de vaso o Tipo de dispositivo endovenoso e sua localização o Processo de fixação Gotejamento pode ser em gotas ou microgotas o 1 gota = 3 microgotas o 1ml = 20 gotas = 60 microgotas CUIDADOS PÓS-PUNÇÃO Permeabilidade do sitema Fixação adequada Imobilização do sítio de punção Tolerância do organismo COMPLICAÇÕES Hematoma Edema local Infiltração do tecido adjacente Infecção do sítio de punção Trombose venosa Tromboflebite Drogas vasopressoras potentes podem provocar necrose isquêmica quando injetadas em veias periféricas 4 Paola Freitas – 5º período – 2012.2 *ACESSO VENOSO CENTRAL* INDICAÇÕES Monitorização hemodinâmica invasiva (pressão venosa central, pressão de artéria pulmonar) Acesso vascular para infusão de soluções cáusticas, irritantes ou hiperosmóticas Hemodiálise Acesso vascular de longo prazo: para nutrição parenteral prolongada ou quimioterapia Reposição rápida de fluídos ou sangue no trauma ou cirurgia Estimulação cardíaca artificial temporária (marcapasso) Acesso venoso em pcts com veias periféricas exauridas Reposição volêmica de emergência Frequentemente usado em UTI e sala de operações Deve ser executado com cautela e preparo adequado Posição do pct e conhecimento detalhado das referências anatômicas são cruciais CONTRA-INDICAÇÕES Inexperiência ou material inadequado Falta de consentimento do pct Distúrbios da hemostasia Infecção no sítio de punção Pct em choque hipovolêmico Punção de subclávia em pcts enfisematosos Punção de jugular em pct com história pregressa de cirurgia no sítio de punção Durante manobras de ressuscitação TÉCNICA DE SELDINGER Introdução do cateter no vaso com fio guia Retirada do fio guia e progressão do cateter no vaso Retirada da agulha Fixação do cateter ACESSOS PREFERÊNCIAIS Adultos o Veias superficiais do membro superior (umeral e axilar) o Jugulares (dissecção e punção) o Subclávias (punção) o Femorais (dissecção e punção) 5 Paola Freitas – 5º período – 2012.2 Crianças o Veias basílica, umeral e axilar (dissecção) o Jugulares (punção e dissecção) o Facial (dissecção) o Safena maleolar (punção e dissecção) o Subclávia (punção) o Femorais (dissecção e punção) o Punção intraóssea SUBCLÁVIAS Um dos primeiros a ser utilizado na prática médica e em pcts de UTI Não deve ser a 1ª escolha, pois as complicações quando ocorrem geralmente são fatais Anestesia local: lidocaína 1 ou 2% Anestesia geral em pcts pediátricos ou com debilidade do intelecto Posição: o Posição de Trendelenburg o Cxim sob os ombros o Cabeça rodada para o lado oposto o Tração do braço ipsilateral Material utilizado: o Técnica asséptica e EPI o Campos o Cateteres, seringas, agulhas e gaze o Fio de sutura (seda 4.0 / 3.0, vicryl 3.0 / 4.0 e mononylon 4.0) o Instrumental cirúrgico o Soro fisiolófico e equipo de infusão o Avaliação do comprimento necessário do cateter entre o sítio de punção e a veia cava superior Técnica o Junção do terço proximal com terço medial da clavícula, colocando o polegar na intersecção da clavícula e 1ª costela o Palpar a fúrcula esternal com o dedo indicador o Puncionar paralelamente à pele em direção ao dedo na fúrcula esternal, tracionando o êmbolo da seringa o Entrar com a agulha sob a clavícula, aspirando sempre o êmbolo o Caso não venha sangue após introduzir 5 cm a agulha, retire-a aspirando o êmbolo, repita a punção usando a técnica descrita 1 cm mais lateral e em caso de insucesso: parar o procedimento, radiografar o tórax, e considerar a punção contralateral o Em caso de punção arterial, retire a agulha e pressione o local por 5 minutos. Avaliar monitorização hemodinâmica e possivel hemotórax o Obtendo sangue venoso, retire a seringa e tape a agulha para evitar embolia aérea 6 Paola Freitas – 5º período – 2012.2 o Prepare o cateter e introduza-o na agulha; introdução suave e sem resistência o O cateter deve ser mensurado antes da introdução o Após a introdução do cateter, retire a agulha o Coloque a agulha no protetor, aspire sangue e irrigue o sistema com soro o Fixe o cateter no hemitórax Complicações o Posicionamento incorrreto o Perfuração do miocárdio o Lesão da artéria mamária interna o Punção arterial o Enfisema subcutâneo o Lesão do plexo braquial o Mediastinite supurativa o Lesão do nervo frênico o Osteomielite clavicular oSepsis o Pneumotórax o Fístula arterio-venosa o Hidro e hemotórax o Trombose venosa o Arritmias cardíacas o Lesão do ducto torácico o Embolia do cateter o Celulite local o Lesão de traquéia o Hidro e hemomediastino VEIA JUGULAR INTERNA Um dos locais mais favoráveis para o acesso às grandes veias torácicas Altas taxas de sucesso na punção Posição: o Posição de Trendelemburg o Cabeça rodada para o lado oposto o Vértice do ângulo formado pelas bordas anterior e posterior do ECOM Técnica: o Acesso anterior: punção com agulha (30 a 35º de ângulo) paralelo à pele, em direção ao mamilo o Acesso posterior: borda lateral do ECOM no cruzamento com a jugular externa; em direção à fúrcula esternal Complicações imediatas: o Imediatas Punção arterial – lesão da carótida Laceração de nervo (compressão do nervo frênico) Embolia aérea 7 Paola Freitas – 5º período – 2012.2 Extravasamento da infusão Hemotórax, pneumotórax, hidrotórax, quilotórax Não progressão do cateter Falso trajeto do cateter Posicionamento inadequado do cateter átrio direito e ventrículo direito o Tardias Infecção local e sistêmica Septicemia Trombose venosa Flebite Embolia Deslocamento diário do catéter Rompimento do cateter Paralisia de cordas vocais Hematoma VEIA JUGULAR EXTERNA Posição: o Cefalodeclive: aumento da pressão venosa central e dilatação venosa o Local: na altura da cartilagem cricóide o Mensuração do cateter o Punção venosa tracionando o êmbolo o Angulação na altura da clavícula VEIA FEMORAL Geralmente pouco utilizada para a cateterização venosa central prolongada, devido ao alto índice de complicações Útil em situações clínicas especiais como manobras de ressuscitação cardiorrespiratória e reposição volêmica no politraumatizado Baixo índice de complicações imediatas, além de permitir passagem de cateteres de grosso calibre Indicações: o Acesso venoso de emergência o Necessidade de acesso venoso profundo com impossibilidade de dispor veias jugulares e subclávia Contra-indicações: o Cirurgia anterior em região crural (relativo) o Discrasias sangüíneas graves, uso de anticoagulantes o Infecção no sítio de punção o Necessidade de manter o paciente no leito enquanto permanecer o cateter Técnica: o Remoção dos pelos o Palpação do pulso femoral o A veia femoral corre paralela e bem medial à artéria o Afaste a artéria lateralmente 8 Paola Freitas – 5º período – 2012.2 o Anestesia local o Punção no sentido cranial, a 45º com a pele Complicações: o Punção da artéria femoral o Hematoma (frequente) o Laceração nervosa o Fenômenos tromboembólicos o Infecção PROFILAXIA DE INFECÇÃO E DE OCLUSÃO Cateteres impregnados com antibióticos: o Minociclina e Rifampicina o Chlorhexidine e Sulfadiazina o Gentamicina e Vancomicina Cateteres impregnados com heparina CATETERES SEMI-IMPLANTÁVEIS Se apresentam comercialmente com vários diâmetros, permitindo infusão de grande quantidade de líquidos, coleta e transfusão de sangue, que são as grandes indicações desses sistemas, facilitando o manuseio constante com menor risco de obstrução Principais utilizações: o Crianças muito pequenas, nas quais a instalação do receptáculo do sistema totalmente implantável se torna difícil pela falta de tecido celular subcutâneo o Pacientes adultos ou crianças, nos quais haja a necessidade de várias diferentes utilizações diárias para coleta de exames, infusões de grande quantidade de líquidos ou sangue o Os sistemas totalmente implantáveis também podem ser utilizados para coletas de exames ou infusão de sangue e derivados, porém a formação de resíduos no “port” facilita sua obstrução Inserido por punção percutânea ou dissecção Exposição de trajeto de cateter Ativação com injeção na conexão do cateter CATETERES TOTALMENTE IMPLANTÁVEIS Os cateteres totalmente implantáveis foram desenvolvidos após os sistemas semi- implantáveis, visando dar ao paciente maior conforto, porém sem a vantagem da possibilidade de infusão de grandes quantidades de líquidos ou sangue, pois necessitam de uma agulha especial para sua punção, o que limita o fluxo Indicações: o Acesso venoso freqüente o Tratamento prolongado com infusão o Quimioterapia (hospitalar ou domiciliar) o Dano tissular, trombose ou esclerose devido a tratamento prévio com medicação irritante o Previsão de uso prolongado de medicações irritantes endovenosas Dissecção venosa Colocação da porta Túnel subcutâneo Ocultação total do cateter Ativação por punção percutânea com agulha especial 9 Paola Freitas – 5º período – 2012.2 PUNÇÃO INTRAÓSSEA Indicado em crianças Acesso rápido e seguro Absorção rápida Tíbia, crista ilíaca e fêmur Técnica relativamente fácil Vasos intramedulares não colapsam no choque hipovolêmico Indicações: o Acesso venoso de emergência quando é impossível outra via, e não há tempo ou disponibilidade para dissecção venosa o Usado em crianças abaixo de 3 anos Técnica: o Pct em decúbito dorsal o Técnica asséptica o Usar agulha de aspiração de medula ou própria para infusão intraóssea o Punção com bisel para cima, em ângulo de 60-90º, direto na medula do osso longo, preferencialmente a tíbia, 2-3 cm abaixo da tuberosidade tibial o 1/3 inferior do fêmur é uma alternatica o Direcionar a agulha perpendicularmente, ligeiramente para baixo para evitar a cartilagem de crescimento Cessada a emergência deve ser obtido outro acesso venoso Pode ocorrer osteomielite DISSECÇÃO VENOSA Procedimento cirúrgico, indicado na impossibilidade de acesso venoso periférico para hidratação venosa, infusão de nutrição parenteral e outros medicamentos que necessitam infusão continua Obtenção de acesso vascular sob visão direta Incisa-se a pele e isola-se o vaso Flebotomia Ligadura distal do vaso Introdução do cateter Fechamento Pode-se também puncionar o vaso sob visão direta a fim de poupar este vaso CATETERIZAÇÃO DE VASOS UMBILICAIS A veia umbilical pode ser usada como acesso em neonatos nos primeiros dias de vida Após este período, a dissecção cirúrgica pode ser necessária para acessar o vaso umbilical devido à mumificação do cordão umbilical Procedimento invasivo cujo objetivo é o de estabelecer uma linha de acesso à corrente sanguínea Finalidades: infusão de líquidos, monitorizações, intervenções cirúrgicas, infusão de drogas, trocas sangüíneas, entre outras É uma via bastante utilizada para acesso vascular na sala de parto e no período neonatal imediato Indicações: o Colheitas freqüentes de amostras sangüíneas para exames gasométricos o Monitorização contínua da pressão sangüínea o Exsangüineotransfusão ICTERÍCIA “FISIOLÓGICA” DO RECÉM-NASCIDO 10 Paola Freitas – 5º período – 2012.2 Acomete 2/3 dos recém-nascidos não prematuros, sendo ainda mais frequente nos prematuros Circunstância normal, apresentando-se de forma leve na maioria das vezes e que regride espontâneamente, mas às vezes requer tratamento para evitar os problemas causados pelo excesso de bilirrubina no sg Decorre de um conjunto de fatores que acabam levando ao aumento da produção de bilirrubina, a uma dificuldade desua captação pelo fígado (o que permite seu acúmulo no sg) e a um aumento da sua reabsorção nos intestinos, aumentando a concentração de bilirrubina no sg Se o bebe for prematuro (principalmente) deve-se fazer tratamento para evitar a impregnação de bilirrubina no cérebro, o que causa graves danos à criança -> Kernicterus EXSANGUÍNEOTRANSFUSÃO Cateterização da veia umbilical Cateter é conectado a um aparelho para a exsanguineotransfusão, incorporando os tubos que fazem o sg entrar e sair de uma bolsa de sg de um doador e de um recipiente para sobras Tubossão conectados por meio de um registro de 4 vias, no qual é ligado também a seringa utilizada para remover o sg do bebe e depois injetá-lo novamente É realizada em ciclos, que duram alguns minutos Sg do bebê é retirado vagarosamente e o plasma ou sg fresco, já pré-aquecido, é injetado O cateter pode ser deixado no local caso seja necessário repetir o procedimento após alguma horas Posicionamento: o Cateter na artperia umbilical percorrendo a artéria ilíaca direita em direção à aorta descendente, com a ponta no nível de T3 o Cateter inserido na veia umbilical em direção ao ângulo costofrênico e com a ponta virando na direção medial PRESSÃO VENOSA CENTRAL (PVC) Medida da pressão sg nas grandes veias de retorno ao átrio direito, ou a pressão se enchimento do ventrículo direito Medida da capacidade relativa do coração em bombear sg venoso Medidas podem ser expressas em mm Hg ou em cm H2O, sendo que o ponto zero da coluna de fluido deve ficar situado no mesmo nível que o átrio direito Para medir a PVC utiliza-se um cateter de único lpumen, ou vários lúmens, que é introduzido através de uma veia periférica ou da punção de uma veia central, até que a ponta do cateter atinja a veia cava superior Podemos introduzir no sistema venoso central (veia cava superior) por: o Punção de jugular interna ou externa o Subclávia o Flebotomia (dissecção): basílica, braquial, cefálica e até femoral A PVC bem como a pressão do átrio direito (PAD) podem ser medidas continuamente através de um transdutor de pressão O cateter venoso central também permite a coleta de amostras sanguíneas, de especial interesse para a análise da pressão parcial venosa de O2 (PvO2), que se encontra rebaixada em casos de choque (<60 mmHg) Serve como via de infusão de fluidos e de drogas vasoativas
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