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Cocos Gram positivos Nome do gênero derivado do termo grego “staphylé”: cachos de uva Catalase positivos; São imóveis; Anaeróbios facultativos; Crescem em meios com 10% de NaCl; Temperatura variam entre 7-47ºC (ótimo: 35 – 40ºC); Staphylococcus Prova da catalase Staphylococcus Micrococcus Stomatococcus Macrococcus Planococcus Streptococcus Enterococcus Aerococcus Pediococcus Vagococcus Leuconostoc Staphylococcus H2O2 O gênero compreende cerca de 35 espécies. Colonizam a pele e mucosas de animais e seres humanos (tratos respiratório, urogenital, gastrointestinal), bem como solo, água, plantas e objetos. Exemplos de espécies associadas a doenças em humanos: Staphylococcus aureus S. epidermidis S. haemolyticus S. lugdunensis S. warneri S. saprophyticus Coagulase Negativos Coagulase Positivos Staphylococcus Parede Celular Peptideoglicano – atrai leucócitos (formação de abscesso). Proteína A – previne a eliminação do Staphylococcus pelo sistema imune do hospedeiro. Ácido teicóicos – auxiliam na adesão do microrganismo através da ligação a fibronectina. Fator de aglutinação – presente em S. aureus. (agregação). Fatores de virulência – produtos extracelulares Toxinas TSST Esfoliatina Enterotoxinas Hemolisinas (ação citolítica) Leucocidina (destrói Leucócitos) Síndrome intoxicação alimentar estafilocócica Síndrome da pele escaldada Alfa, beta, delta, gama Termoestável a 100 ºC por 30’min. Fatores de Virulência É comum a colonização persistente ou por curto período de tempo nas narinas anteriores de S. aureus em 20-40% de adultos Importante no ambiente hospitalar e em manipuladores de alimentos. Sobrevivem em superfícies secas por longos períodos de tempo. São sensíveis a temperatura a desinfetantes e anti- sépticos. As infecções estafilocócicas têm distribuição mundial. Epidemiologia S. aureus é espécie mais importante do gênero. Causa doença através de toxina ou invasão direta. O nome “aureus” significa “dourado” em latim, qualidade atribuída ao pigmento amarelo produzido pela bactéria. Staphylococcus aureus Doenças mediada pela proliferação dos microrganismos Infecções cutâneas Foliculite E uma infecção benigna dos folículos pilosos. Caracteriza-se por lesões avermelhadas e dolorosas. Ex: Terçol – foliculite na base da pálpebra. Infecção superficial. Começa com mácula e evolui para vesículas (pús). Que sofrem ruptura, formando uma crosta. Impetigo Bolhoso Manifestações Clínicas Furúnculos Nódulos elevados, dolorosas, com centros necróticos e com material purulento. Locais afetados - axilas, nariz, nádegas, etc. Carbúnculos O carbúnculo ocorre quando furúnculos convalescem e afetam o tecido subcutâneo, mais profundo. Sintomas - febre e calafrios, indicando a disseminação sistêmica. Infecções cutâneas Manifestações Clínicas Doenças mediada pela proliferação dos microrganismos S. aureus infecções em feridas cirúrgicas. Colonizam a pele e são introduzidos na ferida. Edema, eritema, dor e acúmulo de material purulento. Infecções cutâneas Infecções de Feridas Manifestações Clínicas Doenças mediada pela proliferação dos microrganismos Outras Infecções Ocorre geralmente a partir de uma infecção localizada em outro sítio. Aceso direto da bactéria na corrente sanguínea através de cateteres ou outros dispositivos. Endocardite – 50% mortalidade. Sintomas iniciais igual a gripe. Embolização séptica (oclusão de capilares). Bacteremia e Endocardite Manifestações Clínicas Doenças mediada pela proliferação dos micro-organismos Pneumonia e Empiema Pneumonia por aspiração de secreções orais. Secundária à intubação e ventilação mecânica (origem hospitalar) ou pela disseminação hematogênica (complicação de endocardite). Bacteremias, formação de abscessos nos pulmões e empiema (pús). Outras infecções Manifestações Clínicas Doenças mediada pela proliferação dos micro-organismos Osteomielite Infecção óssea que pode ocorrer a partir de uma infecção local ou por via hematogênica. Doenças mediada através da produção de toxinas Síndrome da Pele Escaldada Estafilocócica (SSSS ET-A e ET-B) Eritema perioral que cobre o corpo em dois dias. Uma leve pressão desloca a pele (sinal de Nikolsy) e há o aparecimento de bolhas ou vesículas cutâneas, seguidas da descamação das camadas superficiais da pele. Habitualmente observada em recém- nascidos ou lactentes. Toxinas esfoliatinas. Ausência de S.aureus no local. Manifestações Clínicas Síndrome do Choque Tóxico (TSS TTST-1) Febre, hipotensão, tontura, descamação cutânea e acometimento de pelo menos mais três sítios orgânicos (gastrointestinal, sistema nervoso e renal) Pode ser fatal. Inicialmente foi observada em mulheres menstruadas. Tampões hiper-absorventes. Mulheres e homens, Complicação de abscessos osteomelite infecções de feridas cirúrgicas Doenças mediada através da produção de toxinas Manifestações Clínicas Intoxicação alimentar estafilocócica (Enterotoxinas A-E, H e I) Resulta da ingestão de alimento contaminado com cepas produtoras de enterotoxinas termoestáveis. Os alimentos podem ser contaminados através de pessoas com colonização nasal. Sintomas: dores abdominais ou náuseas, diarréia, vômitos. Pode ocorrer suores e dores de cabeça, mas não febre e em 24 horas não há mais sintomas. Doenças mediada através da produção de toxinas Manifestações Clínicas Alimentos: leite, creme, tortas recheadas com creme, queijos, presunto cozido e outras carnes cozidas; pratos muito manipulados. Fatores intrínsecos: Temperatura: 7ºC-47ºC, pH: 4 a 9,8, Aa:0,86 Resistem a NaCl: 10 a 20% - Alimentos curados Intoxicação alimentar estafilocócica Produtores de enterotoxinas termoestáveis a 100°C Pré-formadas nos alimentos Segunda espécie mais importante do gênero Staphylococcus. Faz parte da microbiota normal da pele e da mucosa de seres humanos. Não produzem coagulase. Causam infecções em pacientes que fazem uso de dispositivos plásticos (cateter, próteses). Outras infecções: bacteremia (cateteres infectados), infecções cutâneas, oculares (pós-cirúrgicas). Produzem muco polissacarídico – proteção contra antibióticos Staphylococcus epidermidis Infecção do trato urinário, especialmente em mulheres jovens. Uretrite e pielonefrite e, raramente, bacteremia. Coagulase negativo. Também pode ser encontrado colonizando trato urogenital e o reto (principal reservatório). Staphylococcus saprophyticus Os estafilococos apresentam-se em espécimes clínicos como células isoladas ou em grupos – Cocos Gram positivos Não é recomendada a microscopia em materiais como: O pus aspirado (basicamente formado de células necróticas, com poucos microrganismos). Sangue de pacientes com bacteremia menos de 1 micro- organismo/ml de sangue. Intoxicação alimentar - o diagnóstico é feito pela clínica (anamnese) e um histórico de ingestão alimentar. Microscopia Diagnóstico Laboratorial Cultura Quase todas as amostras de estafilococos produzem hemólise no ágar sangue (hemolisinas). Os estafilococos podem ser isolados seletivamente em meios sólidos. Suplementados com 7,5% de NaCl (inibe a maioria dos microrganismos) 1% de manitol (inibe outros Staphylococcus). Diagnóstico Laboratorial Reações da catalase, coagulase, proteína A, fermentação do manitol, podem ser utilizadas para a identificar S. aureus. A identificação dos estafilococos coagulase negativos requer várias provas bioquímicas adicionais (sistemas comerciais de identificação). Antibiograma e fagotipagem Coleção de bacteriófagos são testados para avaliar a suscetibilidade à lise dos Staphylococcus. Testes Bioquímicos Tratamento, Prevenção e Controle A penicilina – opção terapêutica para infecções estafilocócicas até os anos 60. Atualmente apenas 10% das cepas são sensíveis a penicilina. Esta resistência é mediada pela produção de penicilinases. Surgimento das penicilinas semi-sintéticas resistentes à hidrólise pelas β–lactamases (meticilina, oxacilina, etc). Atualmente 30-50% das cepas de S. aureus e 50% de estafilococos coagulase negativos são resistentes a estas penicilinas semi-sintéticas, sendo conhecidas como “MRSA”. Cepas de MRSA estavam restritas no ambiente hospitalar, Surtos na comunidade MRSA têm sido relatados e estão associados ao desenvolvimento de doenças graves. Tratamento, Prevenção e Controle Opção de tratamento para cepas MRSA: vancomicina. Em 1997, foi relatada no Japão, a primeira cepa clínica de S. aureus com resistência intermediaria à vancomicina. No ano de 2002, foi descrito nos EUA a primeira cepas de S. aureus resistente à vancomicina (VRSA). Novas drogas: linezolida. Tratamento, Prevenção e Controle Limpeza apropriada da ferida e aplicação de um anti-séptico adequado (sabonete germicida, solução de iodo, hexaclorofeno). Completa lavagem das mãos e cobertura da pele exposta auxilia o pessoal médico evitar infecções ou disseminá-la para outros pacientes. E difícil controlar a disseminação dos microrganismos resistentes à meticilina (MRSA) - portadores nasais assintomáticos. Tratamento, Prevenção e Controle 1 – Os estafilococos são responsáveis por uma variedade de doenças, incluindo a síndrome da pele escaldade estafilocócica, a síndrome do choque tóxico, intoxicação alimentar, infecções cutâneas e endocardite. Quais as toxinas e outros fatores de virulência implicados em cada doença estafilocócica ? 2 – Cite as estruturas na célula do estafilococo e as toxinas que protegem esta bactéria da fagocitose. 3- O que é a catalase? Qual a importância da catalase para o grupo dos estafilococos? 4- Diferencie intoxicação de infecção. Explique a intoxicação alimentar estafilocócica. GD
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