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U6 ÉXJ‹., ..,,.,, Karl Deutsch Análise das Relações_ Internaclonais Pensamento Político Thzduçãa de María Hosinda Ramos da Silva 'sw \�,v0 uu|v;,%7 :c›\10ucA0fsÃ0r,âuuÍš .Q/,K _ .dz _/ EA ||n|ÀE._!ä 'fora UniverszdadedeBrasília'ší Ilhllnmn MA‹Pu|:sP Cx \3:`*Y*\ `\|‹»«›�‹wmmz› .....»» *, W “J H Jl V ÍMWW100021415 CAPÍTULO 111 PODER E ESTADO�NAÇAO Reconhecer a nanireza dupla da politica também nos ajuda a perceber os limites do conceito de poder politico. Alguns autores de renome tentaram desenvolver uma teoria sobre a política. particularmente na que se rclere as relaçoes entre Estados. em grande pane ou inteiramente baseada na noção de poder � entre eles, Maquiavel e Thomas Hobbes e. em nossa époea. Hans Morgenthau e Frederick L, Schuman. Ao mesmo tempo. a noção de poder corno base da politica internacional ê ainda bastante divulgada pela imprensa de um modo geral e até mesmo pelos Ministérios de Negócios Estrangeiros e pelas instituições militares de muitos paises. Qual è, então. perguntamos nós, a parcela de verdade ‹'‹›nti‹.la nesta rtoçãu ‹� quais os seus limites? Neste estudo, trataremos não apenas do poder das nações c dos organismos internacionais, mas também do poder dos govemos. dos grupos de interesse, das elites e dos indivíduos. na medida em que qualquer desses elementos possa aletar signi¿ativarnente qualquer manifestação de politica internacional. O poder. visto aqui «le uma lornta nua tz crua. è a opacidade ‹|t~ prt~\>..\lt›‹ er um caso de conflitos e de superar obstáculos, Nesse sentido. Lenine, antes da Revolução Russa. propôs a seus adeptos. como urna questão chave de politica. a seguinte indagação: "Q_uem. aquem?" O queelequeria dizer fra: ‹|u‹›tn vem zt ser o sujeito e senhor das ações e dos acontecimentos e quem è o objeto e a vitini.i.‹' Durantea depressão de l932. uma canção de protesto alemã evocava uma imagem setrtclhante: "Queremos ser 0 malho. não a bignrna". Quem e mais forte e quem íz mais Ít�am? Q_u‹�rn t�‹›nst~¡;nira o que quer e qnt�rn terá de desistir? Perguntas como essas, quando feitas a respeito de uma série de confrontos possiveis ou reais entre um limitado número de competidores, t�untlttzt�rn a listas de classiliracão� tais como as que se fazem para classificarjogadores de tênis ou de xadrez nos respectivos torneios, ou de beisebol nos campeonatos mundiais ou 34 Karl Wolfgang Deutsch ainda para selecionar galinhas. cm uma granja, corn base na raça das aves, ou pan classificar as grandes potências no plano da politicamundial. E claro que. quanto menor u número de confrontos reais ocorridos recentemente. maior sera a ampliiudecom que essas listas de classificação terão que ser elaboradas. a partir de hipóteses baseadas em amigos desempenhos e nos recursos atuais ou expectativa de recursos das facções conflitantes. A BASE DE PODER 0 Potencial de Po/1er(irtfen'do dos rzcursos) O quadro I mostra um exemplo do potencial rclazívo de poder de duas coalizôos de nações. O poder dos Aliados e dos países do Eixo na ll Guerra Mundial c medido � ou. pelo menos, indicado � pela porcentagem do wtal de munições que cada lado produzia por ano. Quadro I �Prrcmlagzmdaproduçãø lnhrld:materialMlicodosp¿nnpaíspaúex beligzrartltr, I9)!�I 91)' IN! 1942 N13Pak 1931 issu um t:\|a.1.z‹ |›.ú.|‹» Canaria Clã�BrÀalnlu Ulus TOTAL: Paim Aliados Alzmawilzal' ') nana japao Toni.: Paim do Lim TonL GEML äaoa «_ �oo. »_ «aco ..›_._ az�.. JD 40 1 1 15 ls 11 ls 39 ‹5 sl as as 40 5 4 5 9 a 1 _ �55 7 52 100 mu I00 I si sl 4 7 42 00 54 70 27 22 a t 6 1 36 ao mo |00 � tmn... awõzs. azú1|..z¡a zzrwua. mazzziai a‹ z¡na|¡›a‹aa. navios z mpzazim zqaipamzmas. '~ mt�1... izmmz�‹›z azupaúaz. mia� Kim L Know. na wa, mzzmala/Nam. (mnzzianz uaivmizy mn. mas). p. so. O quadro mostra que as potências do Eixo produziriam muito maior ‹¡uznz¡‹la‹iz dz muniçõzz .ln que os pa‹s‹s aliados nos anos dz mau, mas z 1940, mas que sua vantagem sc reduziu em l940 e de¿nitivarnenle sc desfez em 1941 e l942. Após este ponto crítico. as potências do Eixo foram ¿cando cada vel mais Analise das Relaçües Internacionais 85 para n�as. até seu colapso total em I945. Winston Churchill resumiu ia] fato com a seguinte metáfora: "O destino voltou�se contra eles". O quadro 2 apresenta uma lista de 23 paises rom seu poderio militar a rurtn prazo� indicado em termos degastos militares. Nou.�sequeem 1973 nenhum pals detinhamais de I/3 do total; até mesmo os l�Istados Unidos apresentavam apenas o indice de 82.296. Quadro 2 � Gastos Militares Mundiais (1973) PAI: US: milhoes; PsI«'“=5="' Mundial Mu�mz 1. :nadas uaíam 2. uma saviêúra s. Aizmaziiia oâazmal 1. china s, nana s. nú» uma1, tuna sum�al t1�11 r. 1zza=|e. Japa» io. alemanha orizzuai 11. canaaa l2. Irã is. inata 14. naizaaatratzaz�aa¡×°a› is. roiôiúa sabzztai (1�ts; ls. iaipaaiha 17. Azmzalia ta. sueeia 19. Egito 20. Tfhzwaluzâquia ui, a‹as¡1 22. nélgiza 2.1. Arabia saudita saiztztat us za; 'ro'r,«L 11�za) 206.0 1l.5 51.0 12,0 I¶.O 9.5 |.s 4.1 191.1 3.7 3.6 2.5 2,4 2.3 1.3 2,11 2.0 20.1 1.9 1.0 1.1 1.1 1.1 1.s IJ 1,1 12.7 125.1 1110.0 !2.2 21.5 ‹.9 1.9 3.9 3.3 1.1 10.6 1.5 1,5 1.11 1.0 0,9 0.9 0.1 0.11 11.5 0.: 0,7 0.1 0,7 0.1 0.6 0.5 0.5 5.1 913 nmtzz Ruth ug" si�zard. wwld Miluavy and sam! bzpmzlitwzr 1916 (Leesburg. virginia wM_tE Mtzauam. ms), p. ts. 36 Karl Wolfgang Deutsch Um exemplo de classificação hipotetia das principais nações para os periodos I950� I973 e l990�20l0 em termos de poderio a longo prazo pode ser dado por recentes cálculos feitos (Quadro 3) por um fisico da Alemanha Ocidental. As projeções para I990 e 2010 indicadas no Quadro 3 baseiam�se em cifras referentes a expectativa de crescimento da produçãoper capim de aco e de energia. bem como da população total em cada pais. Para a China de l990 (2010) as projeções indicam uma população de cerca de l,100.000.000(1,575.000.000) habitantes e uma produção anual de aço (per capim) de cerca de 175 libras (544 libras) ou. aproximadamente. l/6 (metade) do Indice obtído pola Rússta em 1913 e1/|z(1/4)doquoobtzvoojapaoem 1915. Éoviaonte que ninguém pode assegurar que tais projeções irão confirmar�se em relação a I990 (2010) ou mesmo a uma época posterior sobretudo apos os retrocessos experimentados pela economia chinesa. em termos de crescimento, no inicio dos anos 60. _|a com referência a l976. a população da China foi estimada em 900 milhões potjohn K. Fairbank. utn dos principais especialistas none�americanos em assuntos chineses'. De qualquer modo. parece digno de nota que nessas projecües tambem o poderio do pais mais forte em 1963 e l97!›. assim como em I990 c20l 0. esta classificado abaixo da metadedo poderio total dos sete primeiros paises. Assim. em ambos os periodos. o pais mais forte representará ainda apenas uma minoria no quo so ro�foro ao pottt�no tuuuaiat. Os recursos agregados do poderio de uma nação são algumas vezes conside rados sua “base de poder",já que podem ser considerados como a base sobre a qual o poder potencial pode ser transfonnado, em maior ou menor grau. em realidade. Noção semelhante. embora un�1 tanto distinta. è o conceito de um “valor de base”. conformedefinido por Harold D. lasswell eAbraham Kaplan. De acordo com seu raciocinio. uma base de poder para o ator “A” ("A". no caso. poderia ser uma pessoa ou um pais) representa um total de ceno valor para o ator "B", que se encontra sob o controle de “A". lsto è. o ator "A" controla um possivel aumento ou redução da riqueza de "B", ou de seu bem�estar ou da Fruicão do respeito geral. já que "B" deseja obter mais desse valor controlado por “A". "B" tem que tentar agradar a "A", a lim de induzir "A" a deixa�Io conseguir mais. Assim. se um pais em desenvolvimento precisa de ajuda econômica.a lim de aperfeiçoar sua tecnologia. ou se um pais faminto necessita de trigo, a lim de prevenir a incidência dc fome. e se os Estados Unidos ou a União Soviética controlam uma parcela dos suprimentos. então os Estados Unidos (ou a União soviética) toúo uma “base ao poder" para oww innuênzta sobre ossos paises mais necessitados. 1. “cast Aziz out ozzzctiiua rrototzm". rnzattiotzz itozztluy. vol. zu�sz sztztutzto az ms. Pp. 4.12. t�sr. tt 5 73_”IH__wEH__RMSCwhQR__ÉQnA ______ _____Ê:__=_š/v_ ,___r_:_______ñ____¢____________.__ñV___›n_;___________`:___`:___¿š'_`____,__________,______Ã_;_V_;=___`_____:__,=_________'__À_,(____:,____.:____¿___;___:___=_'_'95¡____3_:_¬_:=__'_§___=_=_______:__'_____;__:____,_____¿_______'__š_¿_____7_____;____:__:______1¿____'__:___::____‹_=___“_____4_____=___I__y_'_______Li _:_“_______;_; _¡__4__”_«,_________)_______¿_,___¿__________:,_v__________,________¬______, ___¿_'__________'_:__4____V_`_`__¡ E :__L 1_____”__š___________¢___:____ É Éh_¡:____;__"§__o>°__g_;À___;_____¿_________`____`__\__š`____š_v_Ã:_`_____`__š``›___‹__5”¿___`_¿¿______________:____________________Ú!_______¿Ve: ______ ___:___,_4_:¿_;_:__=______ 3ä_á__5__§N~____ë°_§~__¿______N_šàöOsã;W_______°__O_______É:'___gx__ñ@___!@3232_____2__°_‹__::"____õSgaÊsã*__35 87:_~_°5¿ «___3ã_3§_VP ¿ã____¿__¿__¿ä__ e___e_:_u:›____~_°5__“ _______Àša 2_____;_‹_: ga€___uas:Ju 3ÉVOOÉazN.2gz=s_ _“__:_e°_€_w ____g__°_š__E ä______°_¿¿__=__ëãu É‹___~___5_¡ _______ “____5¿5_2€2_0_‹¿¿ OÉÀ______unz:(3 2nnD'Ó:N___“_'_23s_ _:¿___._°¡_¡ ____g6_§u___¿ ¡__! %____U"___°_¿55; A2'__N_°5__m lg: _____5___3 Rá ":_=EU_‹EK :Euma:gm _:Nñn:_É.ÀE2_”8_ Eé_¿_°¡__w EE“_ 2__ãn__ãv__u_F___ :äãu_°_3:93U:iu¿ :4___d_°__ã giÉsí_”nã;_* £_===_‹__:___'Ê__«_u_n¿__o_” “S5ዬ_H__ ___°§€__:_gia: ea32 :Z se as 38 Karl Wolfgang Deutsch Outra questão. natu ralmcnte, Ó com que e¿cacia o governo dos Estados Unidos � ou o governo soviético �, usaria essa base de poder ou “valor de base" para atlqttirir influência e poder reais sobre a conduta de alguns ou de todos aqueles países no que se refere a certo "valor de finalidade" � por exemplo, um voto Íavorável nas Nações Unidas � que os palses mais pobres controlam e que os paises mais ricos desejam. 0 po‹ler de "A", em todos estes casos, baseia~se em três pontos: primeiro, na relativa pobreza e necessidade de “B” quanto a algum valor de base do qual "A" controle um estoque signilicativo; segundo. no controle, por pa.rte de “B". de significativa quantidade de algum valor de linalidade desejado por "A" e o qual "A" esta tentando obter utilizando seu poder sobre “B": e. linalmentr. na capacidade e eficiência de "A" em transforrnar o potencial de seu poder de base em potler real sobre a conduta de “B"2. O Peso da Poder (ínfmãiø tz partir dos resultados) O potencial de puder e uma cstimativa aproximada dos recursos liunianos e materiais relacionados t�mn o poder. indiretamente, tal estimativa pode ser usada para sc inferir o grau de sucesso que uma nação precisa atingir em uma disputa pelo poder caso utilize ao maximo seus próprios recursos. Mas e posslvcl inverter esse calculo. Podemos perguntar: até que ponto esse ator (lider, governo ou nação) conseguiu provocar a alteração de certas manifestaçdes de polltin internacional? Ai, então, ‹': possivel inferir o "peso" do poder a partir do grau de sucesso obtido. (As quatro principais dimensões ou os quatro principais aspectos do poder são seu prstv. ‹I‹›_ninaciln, alcanct� ‹› I`tnz_Ii‹lade; destes. o peso ê o que se encontra mais príixituu da noção intuitiva que quase t‹i‹l‹›s ternos quando pensamos em poder). O peso ‹ln poder ou a inÀuencia de um ator sobre determinado processo e a capacidade com que esse ator pode alteraraprobabilidade de seu desfecho. epode ser avaliado mais facilmente sempre que se esteja lidando com uma alegoria repetitiva de resultados semelhantes, como, por exemplo. os votos dados na Assetnbli�ia das Nações Unidas. Se, por hipótese, as moções apoiadas pelos Estados Unidos sao aprovadas. em media. :res em cadaquauo vezes. ou com uma prtibahilitlade de 75%. cnt|u__n_t› as não�apoiadas pelos Estados Unitins são aprovadas em apenas 2596 dos casos. entao podemos dizer que o apoio dos Estados Unidos é rapaz de tnudar as chances de sucesso de uma moção na Assembleia das Nações Unidas numa media de 25 a 75% � ou seja. na base de sox. rms soeó seriam. por ‹_›r_szgu_mz, uma mzúidz zpmzimziis do peso medio do poder dos Estados Unidos na Assembléia durante o periodo analisado. (A inrditla é aproximada c pode mascarar a verdadeira inÀuência dos 1 rsrs um analise mais ampla consulta: H. D. tazswzll ‹A. Kaplan. mezriisøt�íay (New Haven: val: umvmity Pmi. _950. Puda ‹sm‹z1adz.r.diu›ra univmiaade de amllis. 1979). e tt. w. Deutselt. "Smne Quantitalivt CoI\su1iI\tsonVa.IueAI|oat¡ÀII ill SotíÀy and Po|ilits".B=¡_nt›_`lIv_=lSa`ml‹,Vnl. ll. ne ‹ utilizo, mas). pp 2‹s�52. Análise das Relações lnremacionais 89 Estados Unidos. ja que muitas moções potenciais a quc os Estado: Unidos sc opõem podem pztrecer de sucesso tao improvável a seus defensores cm potencial. que e possível que sequer st�jatn ¡›r‹›¡›‹›suis e, desta forums, não entram em nossa estatistica). O cálculo ou a estimativa do peso do poder torna�se mais dilicil quando se lida com um acontecimento isolado. Qual 0 poder exercido pela bomba atômica lançada sobre Hiroxima em 6 de agosto de 1945 (ou por aquela que destruiu Nagasalti très dias mais tarde). para apressar a rendiçãodojapão e abrc�vias o lim da Segunda Guerra Mundial? Um famoso especialista cm assuntos do japao. o Professor Edwin O. Reischauer. que em 1961�1967 foi Embaixador dos Estados Unidos naquele pais. chegou à conclusão dequeabombaabrevioti o lim da gucmi em apenas alguns dias! Para se fazer um julgamento desses e necessario imaginar que tal evento � o lançzunento da bomba num momento em que ojapão já se encontrava quase derrotado e exaurido e em que seu governojá busava uma forma de se render � tenha ocorrido muitas vezes. Sena preciso. portanto. tentar avaliar o que teria acontecido. de maneira geral, em todos aqueles rasos licticios em que uma dessas bombas Iiumø sido lançada. em comparação com o resultado medio de todos aqueles casos lictícios em que não tivesse sido lançada. Parece um raciocinio ani¿cial. mas não é. Na verdade. não É muito diferente do raciodnio de um engenheiro sobre o que teria causado a niprura de determinada ponte. ou o de um medico acerca do que teria causado a morte ou a recuperação de certo paciente. Em todos esses casos. a ¿m de estimar as conseqüências do que_/oifeito � c talvez estimar o quedevevía ter .ridoƒzílø em termos de “boa prática" �, transforrna�se aquele evento isolado em integrante de uma classe repetitiva dc eventos hipotéticos bastante similares. Tenta�se. então, avaliara dimensão e a probabilidade de desfechos alternativos na presenca e na ausência. respectivamente. da acao ou da condição cujo poder desejamos medir; e. assim. infercse n poder do ator. ou atores, a partir do poder de sua ação ou da condição por ele controlada. O poder, considerado desta forma. 6 praticamente a mesma coisa que causalidade: e o peso do poder de um ator, ou atores, equivale ao peso daquelas causas que. entre as que detemiinaram cena resultado, se encontram sob seu contmlel. Os govemos modernos. em comparação com os de séculos passados, tem aumentado consideravelmente o peso de seu poder sobre suas proprias popula› s. i; o. nzizzitstm, nz t/,tim .riam zzmifzzpzzz. za. vzv. tu. v‹›rt.� vital; mis. mz). p. zw. 4. cf. naum A. ou�1, mztóri» ns» putztiuaø. zpmzmzà.�› ...�› ‹�\z‹�"zm ...uu az New enzima nztiútzt seizztzearsoeiztizn. Nzmttzmpwi�. Mass.. zm 25 u‹zt›z¡1àz|ssõ,‹"rwzf'..›. ozvúa 1. sim. za.. luzmzumzl sv�‹;‹1›p‹d«z WA: sam: :mw (mw vaztz Mam�iitlzn mà mf nz�sz),vt�›|. tz. pp. ‹os~|s. 40 Karl Wolfgang Deutsch ções. Cobram�se impostos. recrutam�se soldados. aplicam�se leis. prendem�se infratores. tudo isso com um grau de probabilidade muito maior do que jamais poderiam ter sonhado os soberanos medievais. Por tal motivo ê que o peso do poder de governos de paises altamente industrializados è. em geral, muito superior ao de paises contemporâneos que se encontram em um estagio inicial de desenvolvimento industrial. E entre os governos que se encontram neste estagio. o peso do puder nacional varia enormemente. Em politica internacional. ao contrario. o peso do poder da maioria dos govemos. particularmente das grandes potências. vem declinando desde l945. Nenhum governo. hoje em dia. derem tanto controle sobre o provável desfecho de questões mundiais como detinha a Ctã�Bretanha. digamos. entre 1370 e 1935. Atualmente a Grã�Bretanha não pode controlar suas antigas colônias: os Estados Unidos não podem controlar a Franca ou Cuba; a União Soviética não pode controlar a Iugoslávia ou a China; e a China não pode controlar seus vizinhos. A tentativa feita pelos soviéticos de controlara politica daTchecoslovaquia atraves de uma ocupação militar em agosto de l968 aparentemente não redundou em qualquer garantia de sucesso prolongado. As razões para esse declínio do peso do poder du maioria dos grandes paises serio analisadas mais adiante, mas parece valido mencionar tal fato agora. Numa analise mais cuidadosa, veremos que o peso do poder pode vir a induir dois conceitos diferentes. O primeiro relaciona�se com a habilidade demiuzir as chances de vir a ocorrer um resultado não desejado por determinado ator. Em politica interna fala�se. algumas vezes, dcgrupo: de veto, ou seja, aqueles que podem evitar ou dilicullar seja aprovada alguma espécie de legislação a que sc oponham. Em politica intemacicnal constata�sr a existência de considerável poder de veto formalmente actmlazlo entre cinco membros permanentes do Conselho de Segurança tlas Nações Unidas. com base na Cana das Nações Unidas. Menos formalmente. podese falar do poderque tem uma nação em negareerto território, ou área de influência. a algum outro governo ou facção ideológica. É. o caso dos Estados Unidos. por exemplo. que na decada de 50 negaram, com grande sucesso. a cessão da Coreia do Sul aos agressores norivcoreanos. da �nesma forma como negaram nn l‹›ug‹› «los .ums 60 grande parit� do Vietname do Sul aos vit�tcongues. Devena ser facil saber por que razão acontece isso. Em primeiro lugar. o desfecho especifico que porventura se deseja evitar pode não ter muita probabi� Iitlatle de ocorrer. Suponhamos que uma campanha de guerrilha comunista em um pais asiático ou africano tenha aproximadamente uma chance em três. ou 35%. de ali estabelecer um regime comunista estável. Nesse caso. uma intervenção anticomunista por parte de urna putêiicia estrangeira. realizada com um poder limitado � digamos. com um peso dc cerca de 2596 � teria condições de reduzir essas chances de sucesso de 33% para apenas 5% e criar uma probabilidade de insucesso de 95%. ou seja iszi. o resultado ¿nzl, jà razoavelmente improvável. Análise das Itelaçütvs Internacionais ‹i| podera então tornar�se altamenre improvável pela aplicação are mesmo de uma parcela de poder relativamente limitada. Em tais situações. a alteração das probabilidades de ocorrer esse resultado linal especilico parecerá bastante drástica. e essa parcela limitada de poder talvi�.z tenha contribuído para transfor� mar iini considerável grau de incerteza em uma quase certeza e. assim. ter produzido resultados espetaculares. Mas seo sucesso das guerrilhas tr seus partidariosja fosse altamente provável � digamos, em cerca de 95%� então até mesmo o poder negativo de seus adversários poderia ser bastante limitado. Se o peso da intervenção destes fosse novamente de 2896. isto poderia reduzir a probabilidade de uma vitória eventual da guerrilha apenas de 9596 para 67%. deixando as guerrilhas ainda uma chance de i�iitiria de 2:I, 0 insucesso resultante do limitado apoio dado pelos Estados Unidos as l`acc‹`›es pró�Ocidente em Angola em I975 pode ser atribuido. pelo menos ein pane. a esses desequilíbrios ‹lesl'avt›rà\'eis entre forca local e motivação. O mesmo grau do poder também produz resultados ainda in‹~n‹›s impressio� nantes quando aplicado no i~si.imuIo a um resultado a primeira vista praiii~aiiii~iitt~ improvável. Sc se deseja criar um regime ctmstiiiieional e democrático cstávt~I um nosso ¿ctlcin e mi�ivulsionado país asiático ou africano. eiitíio ‹'� preciso ter�se «iii mente que. em termos aprmtimados. apenas um em cada 20 dos paises mais pobres do mundo apresenta unia forma de governo democrático estável t� de respeito à lei. A Índia tem demonstrado ser um desses raros eitemplos nas duas últimas décadas. Não há. porém. muitos outros paises iguais à lndia. Ao contrario. o vasto leque de alternativas para a deinocratia � ditaduras, juntas militares. oligarquiâis corrupias disfarcadas por detrás de fachadas constitucionais. suces� sivos golpes de Estado ou combinaçõesou repetições de tudo isst›~ tem sido muito mais freqüente. Mas, st� as chances de haver democracia em uni pais organizado recentemente são de apenas 5%. a aplicação de um poder com um pt�.to dt� 23% ainda assim produzir�ia apenas uma probabilidade de 83% de sucesso para zi implantação de um regime democrático nesse pais. cont uma margem de 2:1 de insucesso. De fato. are mesmo esse calculo e demasiadamente oiiiiiisia. pois. st�in qualquerjusti¿cativa, prcssiipüe que o poder de promover detenninado resultado pode scr transformado. sem qualquer perda. no mesmo grau de poder iietessário a produzir outro. Todos sabemos iiiuiro bem que isso simplesmente i.¡`i‹› é verdade. O poder de dernibar algúerri não nos da o poder de ensinar�lhe a locu� piano, fazer cálculos ou patinar. O poder de hombardear e incendiar uma aldeia não pode ser totalmente ou facilmente ti�anslormado no puder de conquistar a simpatia dos seus habitantes ou dc governa�la com Scu Consentimento, r muito menos traiisformado no poder de produzir entre os habitantes as varias técnicas. ou os muitos valores e Iealdades voluntários essenciais a uiii goverrio democrático. 42 Karl Wolfgang Deutsch Quanto mais específico for um resultado positivo. maiores serio as alterna� tivas por ele excluídas. Dal. normalmente. ral resultado ser mais improvável; e. Por�tanto, e mais diilcil ainda torna�lo altamente provável atraves da aplicacao de um poder limitado. Desra forma. um poder limitado ê mais eliaz quando utilizado negativamente como potler de veto ou como poder dc rejeição contra algum resultado altamente especilico, porque ai ele estara de fato sendo usado para aumentar a ja considerável probabilidatle contida no amplo leque de alternativas possiveis. pouco importando. ou não importando. no cam. qual delas se rnarerializará. O poder de aumentar a probabilidade de um resultado positivo espedftco abrange tanto o poder de “consecução de ohjer.ivos" quanto o de“controle" sobre determinado ambiente. A exemplo do que ocorre com relação a qualquer consecucio de objetivos ou controle, ral poder necessariamente implica enorme grau tle autocontrole por pane do ator, Um elefante. ao aracar. pode destruir um grandeobstámlo. mas é incapaz de enfiar uma linhanumaagulha. Naverdade. ele não comegue dar uma volta em ângulo reto em um raio de 3 pésr Quanto maiores forcm a forca bruta. a massa. a velocidade e o ímpeto do elefante. mais árduo será para ele controlar seus próprios movimentos. e seu controle se tomara menos preciso ainda. Quase todos sabemos que o mesmo ocorre quando dirigimos um carro: quanto maior. mais pesado. mais rápido e mais poderoso for nosso carro. mais dilicil será dirigi�Io. Uma tentativa de avaliar seu poder, em termos de desempenho. nos daria. por conseguinte. pelo menos dois números diferentes ou dois rrptrsdt� rrrí�dia: urna. alta. pelo seu puder de aceleração, e outra. baixa. relacionada com sua capacidade de parar ou de virar a direita ou a esquerda. Será que algo scmtrlhanuf st: aplica an poder dos governos e das nações? Quanto maior' for ‹› país. rnais numerosa será sua populacao; e quanto maiores Íorcm sua população c os recursos mobilizados na consecução de deterrrtinada politica � e. podemos acrescentar. quanto mais intenso e sem reservas for seu comprometimento emocional com tal politica � maior. provavelmente, sera o |›‹›‹lz›r tlt�sse pais e de seu governo para super�ar quaisquer obstáculos ou resistências em seu rarninlro. No entanto, normalmente as diretrizes pollticas nacronau neccssrram mais do que meramente vencer resistênrias; na maioria das vezes. visam a resultados positivos especilicos. Desta forma., requerem quase sempre a busca de algum objetivo permanente atraves de uma seqüènciade táticas altcravt�is ou. até mesmo. desraca.nr.lo alguns valores basicos por meio de sucessivas altr›r'aç|`›t�s de objetivos. No entanto, quanto mais as populações e os recursos estiverem cornpromeriiltn corn as táticas politicas e objetivos iniciais, e quanto mas azrrzztzzznenze e sem reservas z› ¿zzrzm. matar me z úqtzezz dos inrercsszs. carreiras. reputações e emoções nclcs envolvida e mais dificil sera. para qualquer membro do govemo ou mesmo para o governo como um rodo. propor qualquer rnodiftcacão. A menos que renharn sido tornada: cenas precauções suhstanciais e t›¡›t›rrurt;rs_ os governos podem tornar�se prisioneiros de suas politicas anteriores. c seu poder pode inconscientemente conduzi�los a obstáculos e armadilhas. Analise das Relaçües Internacionais 48 Esses perigos tendern a cresoer com a magnitude do poder nacional e com a intensidade de esforcos empreendidos no sentido de ampliá�lo. Cumumente. esses perigos de perda parcial deautocontrole são maiores para os paises grandes e para as ditaduras do que para os palscs pequenos e para as democracias, c são também maiores em tempos de guena do que em terttpos de paz. Se tais perigos não forem evitados, o peso do poder, a longo prazo. pode em parte tomar�se frustrante ou autodestrutivo. OUTRAS DIMENSÕES DO PODER Domínio, Alcance e Finalidade Sobre quem é exercido o poder? A respostaaesta pergunta consiste na area do poder � representada pelo conjunto de pessoas cuja provável conduza é significa� tivamente alterada em função de seu exercicio. A area de poder de um lider dc aldeia consiste. ptatiamente. no conjunto de habitantes de seu povoado; aareade poder dogovernodaSuéciaê. em grande parte. lirnitadaa Suécia. embora ta|nI.véttt inclua os navios suecos c os cidadãos suecos localizados fora do pais. A área de poder dos governos clox Estados Unidos e da Uniao Soviética sc limita. sobmuitos aspectos. a seus respectivos paises � e a seus navios. tropas. bases c cidadãos localizados no exterior� mas. sob outros aspectos importantes. afeta. pelo menos indiretamente. o comportamento de um c de outro. bem como o destino de grande parte do mundo, Em outros aspectos, é possivel que algumas potências çxtrapolem sua area de poder para alem de suas próprias fronteiras Na medida em que os católicos romanos seguem a orientação da Igreja em assuntos de importância politica ou em assuntos em que a política e a doutrina religiosa se superponham � Iais como com relação à politica olicial sobre crescimento demográlico e ao ensino de metodos de controle da natalidade � o poder politico ou a inlluênciado Papa alcanca muitos paises. O mesmo ocorre commuitas outras relígiõeajâ que wa.�ss as religiões mundízàz enzizzzm, zzpttzizz ou ¡m¡›|¡ú|zm‹m‹. que ha uma lei moral mais alta e uma autoridade moral mais relevante do que ns politicas transitórias de qualquer Estado�nação. Cada uma dessas religiões. ao interpretar essa lei moral. cria oportunidades para o exercicio de liderança moral. de inlluência e. muito possivelmente, de poder além das fronteiras das nações. Algo zamuzf z‹ zpiaza tzztufzimmzf. z zlgtzzztzs ¿|‹›s‹›¿z.‹ st�‹~t.|z.rt›s. o gm. «_�.tt que. em muitos palscs. os comunistas costumavam seguir a nrientacão e a politica de Muscuu a cada mudanca dc sentido era realmente notável. A partir do surgimento de inúmeras variacôcs da doutrina comunista � as versões chinesa, iugoslava c russa. cada uma tlelas apoiada por um govcrno estabelecido � o grau de submissão por parte dos movimentos comunistas no exterior em relacão as 41 Karl Wolfgang Deutsclr ortlunz partidas de um único núcleo dt� orientação rctluzirt‹.~;c perceptivelmctire. mas de modo nenhurn desapareceu. (Os rchecos também tentaram estabelecer uma versão mais liberal. até o momento em que os soviéticos. em agosto de 1965. ocuparam seu pais). Em menor grau. adeptos de outras ¿losolias ou ideologias. tais como os conservaelores. os tnonarquístas, os liberais. os socialistas. os ‹~xisrt~rrt'ia|isra.t e os adeptos flu Iívrc�empresa. todos cics, às vezes, tentam exercer alguma inlluència ou poder sobre gmpos tradicionais ou mais suscetíveis localizados em outros paises. visando, com isso. a ampliar o seu dominio. Essencialnrente, a area do poder politico consiste sempre no conjunto de pessoas a ele sujeitas c obedientes. De modo vago. e definido corno a área gcográlica na qual o poder ê exercido sobre amaioria da população. É importante que lique claro o uso que .te pretende dar à expressão. O primeiro (e preferlvel) signifrrado de area de poder de um governo inclui apenas aquelas pessoas que em determinado território obedecem as ordens do governo ou. pelo menos passi� vamente. a elas st: submetem enquanto que o segundo. urna definicao geogra¿ca da área de unr governo, incluiria até mesmo os guerrilheiros que contra ele lutam ern seu próprio território � pelo menos na medida em que esses guerrilheiros não obtenham êxito em colorar alguns vilarejo: sob seu dominio. Um tt�reeim âigtrilicado possivel de area de poder incluiria não apenas as pessoas a ele sujeitas e obedientes. mas também a quantidade de terras. de bens apiul ede recursos demátergenl porelasoontzolados Terpoder sobreumacenrena de miseráveis. segundo esse raciocinio, significa menos do que ter poder sobre uma centena tle pessoas que disponham de amplos recursos. Este terceiro tipo devisão de área de poder se aproxima de nossa noção de poder referida inicialmente e delinída em terrrros de um conjunto de recursos. Essas tres noções de arcade poder são utilizadas no caso de deixarmos de lado temporariamente a possibilidade de existirem cidades c populações rebeldes e pouco arnistosas um determinado pais; assirn. podemos avaliar ‹› rlomlnio diretamente exercido por seu govemo. conforme o primeiro significado do ‹�mrccito. cum base rm sua população. ou. no segundo. rm seu território c. no terceiro. pelo menos grassa rrwdo, enr seu produto nacional bnito. O Quadro 4 nos fornece uma comparação entre os dominio de poder de alguns dos principais paises. segundo o primeiro conceito (isto è, com base na poputzzâo). Análise das Relações lnu›r11aci‹111ais 45 Quzdm 4 � o oammúz da rm Nzzúzzwl zm rzmzzzz az 1°‹›p1uzz;õ‹› mó: z zw, 1›°p111z¢à1› râyulzçâz 1›z‹zz111z;‹111 az rz1z‹‹11z¿‹111 ao ‹:1z1z11'1‹z‹¡‹› 1M¡1›1ó‹1; ‹M1111õz$) mz: »11111‹11z1 'réu 11111111111 1m ms 1m ms |_ ¢|.¡... mo 111 22 12 2. i111.1¡z uu s7‹ 11 15 su1׋›u111›21 I�H9 Lau só 91 :_ unss 221 zso 1 1 1. :UA 111 21o s â sub1‹11z1 1:�1) ‹o1 «so 1: 11 s. 111111›11ê›1z 91 us s s, _|›pa‹› as 101 1 7. Brasil 75 HH 1 1. w1;1z11«11 11 ø.nq1ú›1â« } 97 as * xo, Nige¿z as 11 1 »1.11.›«z�1. s11b1.×z11s�1o) «H 551 11 15 E2821�` 1.›»1.¬›.1 _..._1› ll. Alunanha Ocidenlàl 55 12. nzim unida 5! 1:. 11.11iz so 14. amu ‹1 52 sub1o1z|(11�14) 201 ns 1 5 15. Mézim :7 51 1 1 16. Ezpznhz 51 15 1 1 11. rúlõniz ao as 1 1 s«hm1z|(1s�17) 98 122 3 3 T0TÀ1,(1�11) 1.160 11 1:1 1ln1zn1‹ do mundo un 25 27 Mundo 3.075 100 100 r»111‹›.�Dzdm az 1962. 111 1‹. w. 1›z111zz11. 1111111111111.. 11114 s1×1.z1 c.›11111111‹111111›1, 1.1. 1.1 ‹czz111›‹1a¡zz M1�rmn. 19561. p. ss; dzúzâ az 191: 11. 1111111 Lqzf siwa, wzu 141111111; 11114 sw: ›:1¡×‹11111«m ma ¡1..‹zb11f;.vz.= vms: 1›11111¡1~z1¡.~111z, 1915), 11; m11111» r‹‹‹11¬11z1 1 1m ‹ 191: w111z111, 1111 111111, ss Q 111111, mpz‹1¡11zm‹111‹. zm lzzz A: ‹1¡111v11m ‹1›111‹11111›z z‹1 sz znzúwnúuzm 11 úím. Nesse quadro, ê claro. não foram levadas em consideração as populzçõzâ Iozúizzúzz zlêm az; f1‹›11zz¡1�1; p‹›11ú‹zz az zzaz paz z quz z¬z‹11111z1111zz11‹ zzúo 46 Karl Wolfgang Deutsch sujeius ao seu poder; mas mesmo assim. os dados alí eonridos representam uma primeira aproximação que vale a pena :cr analisada. Obtém�se uma elassi¿cado de cena. forrna distinta ao aplicar�se o conceiro geo;�rã¿co de dominio. como demonstra u Quadro 5. Quadro 5 � Dømírríø do Poder Nacional em Termo: 11: Área (1964) C1 T ~ Áuz em 1111111111 1›z1‹‹1111¡‹111 doN' 'um 111 111111 1�111.11 1411111111� I. LVISS 22,4 I7.0 2. canadá 10.0 0,0 3. China 9.5 l,0 4. :UA 9.4 7.0 5. 51�1111 1,5 7,0 6. Ausrvália 7,7 8.0 subroul (1�6) 67.6 S3 1. indu 5.2 2,0 1. A1¡‹111i111 2.1 2.11 9. 51111111 2.5 2,0 1o Aqêlíz 2.1 2.0 11. z1¡1‹ 2.: 2,0 12. ›.1›abi1 s11111¡11 1.: 2,0 1:. Memo 2,0 1.5 11. 1.11111 1.0 1,5 15. 111 1.6 1,11 1o. 11zp1'�111111 1>‹›p11111› 111 M1�111;ó1¡1 1,5 1,011. rm 1.5 1.o 51111111111 ¡1~17) 13,9 il TOTAL(1�17) 91,5 11 RtÀiÀlt db II\\¡I\dl| À°_¿ 19 .~111‹11111 ”' " ma ' A p‹1‹z1111z‹m 1111 111111 11111114111 z11¡1111.11 111111 1111 111111 dz 111111 dz 131.111. zoo 11111' 4111z11ú‹111111111p111 111.1).1111111 1111 11111 11111 156 p111‹1 1�‹|11=¡11111411: 1111 wwuuzmozúuz 11111u.N. s‹1‹11111111 111111111. oz 11111111 1111111 1 1111 111111 111 111.11 p111 111z111‹111 11 1111111511 az 1¡11111 i111‹11111 z11�1111 11z11›1¡111.11‹ 1111111" 1111 r111111‹i11z. 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Aqui enwnlramos algo que nos surpreende. Embora unxo os Esudos Unidos quanto a União Soviética zenham conninuado a crescer, sua panicipaçio oonjunu na renda mundial diminuiu dc 4896 em I95Z para apenas 40% em 1978, Nes_‹~ sentido. as duas “superpo_ênci¡s" se mos_mn menus “super” do que em�n antes. Quadro 7 � Auwria de Obras Címbúícax � (Cavuñbuiçâo murulüzl � 1967�69) cluzinnuo _›z_z‹|_‹z¿¢m aozum immúízl _. :maos Unidos A|.7 'L Ilcino Unido l0›2 S. União Sovíéúu 1.2 Subwul (_�5) W,| ‹. Almznlu o‹_a‹mz_ 5.9 s. rmzçz 5.4 s. Jzpu 4.2 1. cauda a,4 U. Índia 2.3 9. _ú_¡z 2,0 s_zr›_«_z| (‹~9) 14.2 io. /uzzzúliz ___ __. sum ___ ix. 1'‹__z‹zzz_‹›m¡..¡z me __. s..é‹_z me __, r_ú|zz_dz ‹_>z_zz�_ nzimq _,on ns. _›‹›_ô._.._ 0.95 ns. _sfz¢| 0.15 n. _›‹›mz¡z_ 0.76 __. nélgifz 0.7: 19. ninumm o,s1 zu. Áumiz 0.55 submm (mao) _ _,zs Toni. (_�ao) 95.55 Ilnunu: do Mundu 4.15 Mundo 100.00 |ú»._zz maos ‹‹›mp¡_zd‹›› W: _›z‹z__|. uz søllâ _>‹i‹‹. vz_‹ uuiwsizy, _» c. __ 'rzymr ‹ M. c. Hudson. wma r:«».¡_›‹›«| u. (v. nr. nas Quzdfw s.s;. pp. uz�zs. Análise das Rclaçocs Internacionais 49 O conceito de area ou dominio poderia ser ampliado cont vistas a abran� ger o conhecimento, a tecnologia e os sixterrias armamentistas. Em que medi� da os cientistas mundiais. de nível PhD ou equivalente. se encomram no domlnio ou área deste ou daquele gov/emo? Os Estados Unidos. com mais de l00.000 cientistas dcssc nlvel. devem possuir mais de l/4 do numero de cientistas de todo o mundo. E e possivel que a Uniao Soviética possua o mesmo numero de cientis_as._|untos. os governos desses dois palses gigantescos devem controlar mais da metade dos cientistas do planeta � parcela superior as suas respectivas participações na renda mundial. Cálculo scmelhanle foi realizado cm relação a participação media anual de cada pais nas obras cientilicas publicadas em todo o mundo. Os resultados desse calculo são apresentados no Quadro 7 e revelam ordens de classificação nacionais e perceniagcm de participação mais semelhantes do que o fariam os calculos dos cientistas. podendo servir para checagens e para coxnpensar a fal_a de dados informativos. Nele se conlirmam um continuo fortalecimento da Gr.\�Brvtiittlta e um considerável atraso nas publicações sovièticas. Outra ampliação do conceito dc dominio ou área o tomaria aplicável aos sistemas armamentistas. Aqui. mais uma vez. o conceito de domínio sobrepovsc ao conceito de recursos. Que govemos controlam que quantidades de exercuos, navios. forças aereas. sistemas de foguetes e de armas nucleares? Qual a participacao de determinado govemo nos respectivos totais mundiais de ada uma dessas areas? No Quadro I estão indicadas algumas estimativas simplilicadas e de carater experimental relativa.: ao armamento nuclear. Este quadro revela. a partir de seus pressupostos. como _ orzlt�m dc classificação das potências nucleares parece manter�se constante. ate que uma delas atinjao suposto nlvel de saturação de mais de l0.000 ogivas nucleares. Mas indica tambem, com base nos mesmos pressupostos. cinco paises quejâ detêm um "poder de veto" nuclear por volta de l967 � cada um deles dispondo. digamos. da capacidade de deter o ataque de outro pals simplesmente ameaçando inlligu danos intoleráveis aos agressores. O fato è que uma dúzia de ogivas nucleares e suficiente para arneacar seriamente destmir a tapital e grande parte do governo central e da elite metropolilana do pals inimigo � nivel de danos que grande pane de governos seusatos poderia não considerar um preco aceitável para a busca de qualquer objetivo externo ou distante. /to mesmo tempo. porém. nem mesmo a ameaça de l0.000 ogivas nucleares pode ser suliciente para forçar um pais a uma completa capitulaçio em suaárea eentral e. assim. a desistência da manutenção de seus valores predominantes. padrões (hábitos). instituições e elites. Em outras palavras, a chantagematômica tem limites. Em meados de I97 7. haviam�se fornecido armamentos nucleares a Índia e. conforme foi noticiado. a lsrael;e outra ÉEuCDgnW°W_'_"K05 __b_:u›___ 3;ëä:ššQ:V:EÊ*tá;:____;___¿_§ššz_;šz‹___g___”n_;_*MvHBOE¡¶____3š__~____ãu¶_mw`W__“_¶__`____M__& ‹_€____________Exg_____:_335.5:8:EÍng__¡_y_3______a_°_632!:U1_ë____E_____E_~__uv ä_______â'3¡_________3___2___êga*3É_š¿__2__gz_äE§_¿"E:_c_s_2___c__g__“ë_____u____:ësã_°__ë___5›_š__I_mÉ4§___0__;gx“mgUsãëäE°____#___;0!.__!gaca________as3_§§¡_5›_O›__ä¶O_??gqeUVEEëasa%_§___sägt“_”_š_`__;3¿u_____Ég3§___%:___0sãMg3__:__t__3EmDuãäuv_____ãaë__&__`:___a_%_________§___ IEKII2RYI2NII22NI32@I32äIOzVH2Ê:___ê3Ê___gg`asš_2308g`93:§_ä NI2Ngn.Mas:Ê+ga:gs ___89: zÓ:agg; O3om":g g3Em .2:_ ÉS É N“EÓÉ@2:_ÉÀ:___N_¡L_M2g_____UQE ig___”üE___ã_D¿_u %g__5; _N_____°_6vw__6_*_'_*_N__ É: ¿5_U__zgia80 ã_i___0ä__š__Ênão«__:Eš__š_~_¿____¡__d:_n%____¿ 22 S23: G2 :É 22 #2 22 :Ecaga na _€&__“;_835%_=_s=_Zg_E`ui§___`NE_\_"_cN3__š_äGâ_s_:E_§_z°`š_‹Im°__g___d AnÀise das Relações Internacionais 51 meia�dúzia de paises pareciam dispostos a segui�los muito em breve, transfor� mando o mundo em algo muito mais diÀcil de se controlar. Os armamentos nucleares suscitam, ainda. o problema do almnoe do P°¿¢l'~ Este alcance (da forma como ucilizaremos o termo) é a diferença entre a mÀí¿ 2112 recompensa (ou "indulgencia") e o pior dos castigos (ou "privaçao“) que os detentores do poder são apaaes de impor (ou "inÀi;ir"). Embora os governantes possam contar com muitas pessoas em seus domínios. o alcance do poder sobre algumas delas pode ser menor que sobre outras, ou seja, sobre aquelas que nada querem e nada temem. que são indiferentes a dor ou ao lucro. seu poder seria realmente reduzido. No decorrer dos últimos séculos. o alcance do poder de governos pa area da política intema tende a tomar�se cada vez mais reduzido. Recompensas extra� vagantes (como receber o proprio peso em ouro ou a l�ilha do rei em asamento). bem como castigos exuavagantes (como ser cstripado, esquartejado, queimado vivo ou torturado publicamente até a morte) já desapareceram na maioria dos paises e se tomaram algo desrespeitoso em quase todo o mundo. Na medida em que os Estados modernos dependem do poder, normalmente o govemo não é exercido auavés do alcance de seu poder e sim atraves de seu peso � isto e. com base na alia probabilidade do cumprimento de suas ordens. Os tiranos que dependam da influencia que possam ter suas recompensas periódias ou seus castigos crueis tem pouca probabilidade de se manter no poder nas atuais condições. Em anos recentes. aparentemente as questões intemacionais estao tomando um outro rumo. Os govemos parecem ter aumentado o alcance tanto das recompensas que oferecem como dos castigos que ameaçam apliar, em seus esforços para controlar o comportamento de outros paises e dos governos destes paises. Por cmo auxílios e empréstimos extemos vêm sendo oferecidos com muito mais facilidade do que no começo deste século. e a amcaa c a pratica de bombardeio: aéreos, com a conseqüente morte de civis � inclusive mulheres e crianças � foram utilizadas por alguns govemos em meados dos anos 60 e inicio da dèada de 70 em escala muito mais ampla do que poderia ser imaginado como proprio de padrões civilizadas há cerca de 70 anos. quando as Convenções lntemacionais de Haia. dispondo sobre o direito de guerra, foram rcdigidas e atztadas. A ameaça de um massacre nuclear total ampliou ainda mais o alcance das amcacas agora ã disposição das grandes potências e de seus govcmantes e. de fato. _a.is ameaças foram empregadas, em linguagem disfarçada, mas inconfundlvcl, tanto pelos Estados Unidos como pela Uniao Soviética. durante a crise de Cuba. em 1962. Na verdade. entretanto, essa expansão temporáriado raio dcalcance do poder na área da politica internacional tem produzido efeitos bastante limitados. A 52 Karl Wolfgang Deutsch pratica de exercer controle sobre governos estrangeiros através de concessões e empréstimos e hoje por demais evidente. Uma vez que potências rivais estao dispostas a continuar a fornecer pelo menos parte desses subsídios. os governos da maioria dos paises do Terceiro Mundo tem menos a ganhar ou a perder com a troca de benfeilores ou ao apelar para dois ou mais deles ao mesmo tempo. Da mesma forma. qualquer ameaça perigosa pode ser enfraqueeida ou limitada através tio recurso a uma potência rival ou. então. no caso de haver um minimo de força propria de dissuasao, pela ameaça de retaliação. Em conseqüência. a recente expansão do alcance de poder na area da politica internacional tomou muito mais cara qualquer política externa. ativa e ambiciosa sem. em contrapar� tida. tomar seus Ínitos maiores ou mais seguros. Outra dimensio do poder politico que se expandiu nas décadas recentes è a sua I�inalidade. expansao que produziu e ainda produz consequencias importantes. Por /itmlüiadø de poder entenda�se o conjunto ou a eoleçao de todos os tipos ou classes particulares de relações de comportamento e questões que efetivamente estejam a ele sujeitas. A finalidade do poder dos pais sobre os Glhos jovens é bastante lata em certo sentido. já que abrange quase todas as atividades dos filhos. Mas è limitada em outro sentido,já que, embora os pais possam controlar quase todas as atividades dos ¿lhos. não há. a¿nal. muitas coisas que uma criança possa fazer. A finalidadedo poder. portanto aumenta segundo o nivel de potencialidade das pessoas abrangidas pela area do poder no que diz respeito aos tipos de comportamento a ele sujeitos. Portanto. o poderpolitico se expande em termos de ¿nalidade. sempre que uma questão adicional ou tipos adicionais de comporta� mento se coloquem sob seu controle. Que peso ou e¿rácia tera tal controle obviamente e outra questao de fato, conforme mencionado anteriormente. Durante os últimos 100 anos. particulannente no curso dos últimos 50 anos, a finalidade da policia sofreu enorme expansão. Muitas atividades que no passado eram deixadas por conta da tradição ou do livre arbítrio, ou que nem sequer existiam estao agora sendo regulamentadas pelos govemos e pelas leis ~ logo, pela politica Nenhum soberano medieval ou sultão oriental teria imaginado fazer todas as crianças de seu reino. de 6 a 14 anos de idade. levantarem�se da uma todos os dias antes das B horas da manhã e dirigirem�se para escolas públicas c la permanecerem por varias horas. Contudo. o Estado _modemo. com a educacao compulsória. sistemas escolares e leis contra a ociosidade, se empenha em fazer justamente isso; e tal e o peso de seu poder, baseado na submissão e no consenso da maioria da população, que em todos os paises adiantados do mundo este controle ë quase que inteiramente e¿az: quase todas as crianças vão a escola e praticamente todos os adultos são alfabeúzados. Em muitos paises em desenvolvi› mento. por outro lado. essa expansão da finalidade do poder público e dos serviços publicos somente agora vem�se processando: faz parte do grande processo dc transformação pelo qual esses países (e. com eles. a maioria da humanidade) vem passando. .›.ttâ1¡s‹z‹1zzs Rvlztçõt�.\ tzztmtztt�im�tztis sa Nas últimas decadas. muitas ouuas responsabilidades e servicos lotam acrescidos a ñnalidade dos governos. tais como saude pública e um rol cada vez maiorde serviços médicos; pensões para velltice e outras foi�:nas ‹l‹.› previdência social; obras Púb|¡c¡5, ¡n¢|u¡n¿°.¡¢ ¡¡ z construção de estradas. ponos. aeropnttos.. controle de enchentes e construcao de usinas de energia elétrica; regulagem e mattutrttção de precos dos produtos agropecuários; controle da pureza e qualidade de alitnrtttos e remedios; desenvolvimento e ¿nanciamento de pesquisa e de indústrias total� mente novas. inclusive na area de energia nuclear. aviação supersônica. fabricacao de foguetes e transporte espacial; enorrne expansão dosetor educacional. desde os jardins de infância públicos ate as grandes universidades oficiais e seus cursos dt: |›t'›s�grzttlttztçao; e a grande ampliação dos encargos militares. Cada nova responsabilidade do governo. como. por exemplo. a implantatão tlc ttttt novo sistema rodoviário, o ensino gratuito. ou a instalação de um servico público de assistência minliua. desvia a distribuicão de algumas parcelas adicionais do produto nacional bruto para o setor público. Aumenta. portanto. as respon� sabilidades do setor politico. Amplia o circulo de pessnat que ganham ou perdetn com os resultados de decisões politicas. Aumenta a politizaeão potencial e real da sociedade. E fortaleceas condições que. em cada pais, eventualmente favorecem o crescimento da participação política de segmentos cada vez maiores da população. A história de paises como a Franca. a lnglaterra e a l>rt'tssizi�Altrtttartlta nos mostta a extensão e a velocidade com que tais mudancas vêm oeorrt�tttlo nos últimos 150 attos. Embora suas estatisticas sejam diliccis de comparar. dadas as diferentes formas de registro de dados adotadas em cada um desses paises. bem como os equívocos efalhas nelas eitistentes. a ponto deem alguns casos termos que usar simples estimativas. o aspecto geral do quadro tl bastante claro. Em meados do século XIX, o produto nacional brutopacapita nesses paises uilvrz. não r ltzgasse a 525 dólares � valores de l976 � nu cerca dc l/5 do que ê hoje. NO continetite. a população rural e a das pequenas cidades constituíam a grande maioria. Praticamente apenas l/4 da populacao da França � uttt pouco mais no caso da Alemanha e muito mais no da Inglaterra � morava em cidades com tttats de 20.000 habitantes. Mais da metade dc todos os adultos. no entanto. ja era alfabetitada. e. tanto na Franca quanto na Pnissia. em qualquer época. cerca de I'J6 da população � ou. aproximadamente. l.7% da população em idade de traballtar � sen�ia ao exercito permanente em tempos de paz. A politica. ctttttudo. ainda era assunto do ittteresse de poucos. Os gasto; totais do governo central. em cada tim dos três paises. se sttuavatn. em média, abaixo de l0% da produto nacional bruto. ‹� nem mesmo com os gastos adicionais de govemos municipais e estaduais esta proporção aumentava de forma significativa. Se o que estava em jogo na arena politica era relativamente pouco. o mesmo ocorria cont a participação na atividade politica. Normalmente, menos de l/3 da população adulta tinha direito .t voto, e menos de l/4 (ou seja. menos da metade dos homens) realmente exercia esse direito. 54 Karl Wolfgang Deutsch Por volta de 1910�I9l3, as vésperas da Primeira Guerra Mundial. o Produto Nacional Brutopereapita havia chegado. talvez. a l05O dólares, ou cerca da metade ‹l‹› que havia sido em valores de I976, A urbanização se intensilicava e o indice dc alfabetização se aproximava dos 9896. Os governos centrais agora gastavam cerca de I376 do Produto Nacional Bruto. e talvez 4096 da população adulta � ou. aproximadamente. 80% tlox homens � votavam de fato. O nivel de participação militar em tempos de paz pcnnaneciasuhstancialmente imutável. mas a guerra de l9l4�l9l8 iria mobilizar de forma radical as populações dos paises nela mvnlvidos. Por volta de l928. os danos causados pela guerra haviam sido mais do que reparado: e o Produto Nacional Bmtoper capim chegava a aproximadamente L500 dólares ou mais em valores de l976. Entretanto. os gastns gerais do govemo haviam rliegado a cerca de 2496 do Produto Nacional Bruto, enquanto a participação no processo eleitoral, inclusive das mulheres que recentemente haviam adquirirlo direito a voto. se aproximava do índice de 7596 do total de adultos. A Grande Depressão de l929�1983 aumentou essa tendência A rendaper :apita estagnou ou se reduziu. mas os gastos se :levaram na medida em que mais serviços públicos se tornavam neressários. Por volta de 1938. o total dos gastos governamentais na Grã�Bretanha e ua França atingiu aproximadamente 80% do Produto Nacional Bruto, sendo que na Alemanha nazista era dc cerca de 42%. em Íztcc da frcnétia campanha de rearmamertto que ali se veri¿cava. Após a Segunda Cuer�ra Mundial. foi alcançado um novo patamar. Tão logo os danos de guerra forant reparadox. a rendaper capita se elevou a cerca de 8 L700 em 1057 c a cerca de 8 5.000 em valores inllacionados de l976; e isto incluía uma grande t�xpansão das areas de serviços sociais. 0 total de gastos governamentais nos principais paises da Europa Ocidental se situa agora em cerca de 45% do Produto Nacional Bruto. A panicipaçãomilitar em tempo de pazmostrou um leve rlrcltnio. ou seja. 1.096 ou menos do total da população. mas o nivel de participação eleitoral continuava alto. isto ê. 80% ou mais na maioria dos paises indusu'iali› zado¿, com zt notável exceção representada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido. Não í: necessario mostrar as cifras aqui. Elas indicam como o mundo se modi¿rnu de maneira relativamente lenta entre lBl5 c l9H. curti que rapidez e intensidade se transformou entre l9l4 e l95O e quanto pode vir a depender da vzlocidzdz e «in .‹z_núa‹› dz; mudanças entre 1950 z mao. Algo. no zmzztt‹›_ ja se zmnzrtz zlzmz para ‹›l›«m ou pzrztz mal. z pzznúzz .‹z×|zr¡z›r_ como mais .tz ponúzzz. não pode ser tarefade alguns poucos. Tcm que levar em conta os votos e os desejos de muitos. A mesma evolução politica, em ruas grandes linhas. pode ser traçada com relação à história dos Estados Unidos e, mesmo com relação â história de todos os paist�s nilu~t¬r›munixtas que tenham alcançado um alto nivel de desenvolvimento erottõmico. Analise das Relacoes Internacionais 55 O testemunho desse cone longitudinal na historia de alguns paises e em geral conlirmado pela evidência de um estudo transversal. conforme demonstrado no Quadro 9, que compara varios paises situados em determinado ponto no tempo ou próximos a ele� Em conjunto, as tendencias a longo prazo e os dados desse estudo transversal mostram que os países desenvolvidos nao�comunistas apresen� tam uma tendência a utilizar entre 30 a 4096 do seu Produto Nacional Bruto no setor govemamental e que uma parcela de 2/3 a 3/4 dessa pcroentagem (entre 20 a 3096 do Produto Nacional Bruto) tende a scrtliretatnentecontrolada pelogoverno central dc cada pais desenvolvido, Os dados mostratn também como o mundo modemo sofreu mudanças em relação aos padrões da Europa Ocidental do seculo XIX. Ali e entao. a elevação do nivel de urbanização. de alfabetização e de renda precedeu ao aumento da participação eleitoral e da relativa magnitude do setor govemamental. Tal fato sugere quc nos paises lideres do bloco ocidental a mpacidade produtiva de satisfazer muitas das necessidades c reinvidicações :lu ser humano. tais como alimentação. habitaçao. saúde. educação e elevação do padrão de vida. evoluiu antes da elevação do nivel das reivindicações populares internas t' das pressoes competitivas internacionais. conforme indica a elevação do nivel de participação eleitoral e dos gastos governamentais. Nos países em desenvolvi� mento da segunda metade do seculo XX, verilicou�se o oposto. As mudanca: de carater social ocorridas ao longo das primeiras e parciais etapas demonetarizaçao. industrialização e urbanização dos varios palses asiáticos. africanos e latino» ameriunos associam�se aos efeitos produzidos pelos novos meios de transporte e de comunicação de massa, afetando profundamente a vida demuitas populações, bem antes de elas teram desenvolvido as potencialidades educacionais e produ� tivas necessarias à vida moderna Ao mesmo tempo. a participacao eleitoral. a participação militar e a participaáo dos gastos govemamentais têm evoluído em grau muito menor do que a alfabetização. a renda e a urbanizaclo. contendo�se. deste modo. num estagio de desenvolvimento econômico e social muito inferior ao que se veri¿eava na Europa ha cem anos. Os riscos. as esperanças e as ¿¬i_‹tr;it;ñe.‹do poder politico crescem agora commais rapidez eem um número de paises muito maior do que jamais ocorreu antes. Em 3/A dos paises do mundo, na medida em que dispomos de informações a esse respeito. 0 Estado�nação hoje despende ou realoca pelo menos l/4 do produto nacional. sendo que no rcstantc dos paises � os mais pobres �quase todos os governos seguem a mesmadircçao. o_quc contrasta com a reduzida parcela de I96 do Produto Nacional Bruto mundial que vcm agora sendo gasta por todos os organismos internacionais em conjunto somente quanto à capacidade de gastar É queos Estados�nações superam os organismos internacionais por umamargem de mais dc 25 a l. Hoje. e ainda por uma ou mais décadas, os Estadornacões constituem c constituirão os principais centros de poder tnundialr E assim continuarão. na medida em que o Estado�nação continuar a representar o meio mais avançado com que contam as populações para atingir seus objetivos. hE6HCD8mkb'MWmK65 3_w___SÉgvOgA_________ëÉ_šš_asêšë_°__*_______š_3°_š__dêm___€_M____;_nu_u_›____Q____gu5 §_;g__°___~____;_?__ë__svÊ?01asÉgzã025”sã;Bia_____À____ã_ã~____:____;__êF_4_d_____u_°__:____“___v_°_i_3“____cvâ__Ncg_____E0ÊãEaÊš'gv_š_______gvë__šš__ä________š›_n___u________0_"_____E__"___š8___U__¿“___”sã”5°_ã_0__?ã______u_5u_____Ê*sí3_______=~_______u____v____°_š~___OgšÉš___V_`__`ëš`____§__`¿\°‹_¿§`___s__§______”__š__4_É~u_____:_;_“__€ãÀa__`__°__ __3________2_vv¿___“___8:5__”_;šg_â°___«__x___%__u______vvšàN_ã'_~_É35%:EEN___c__“___š___~_¿E___vÊ:ê_” ______š__~â1Q___Q____3__ã_äÊ;"__2¡_____üN ___¶__~___m__naë~___~____~§____ã_:_“__33:_EEE*____~___›_š___v_A_'____É__gsÊ;2__ E":“_É2om___g__ššS'__N”äâ_ãš__“__3ÉAgAêz,vQÉ3“__:*Q2a:_É,_E¡z__*_N_____À___í_%.___“EZ*É___2__v_¿%§__8 _V_g___ä*_bg_”*_:___O__;_aO_‹ 0%;.____%____x_=__Ê*são "___Eü 3,___*_ _=_§___E_â “__sic _ _*d ¿_____°_U_š_uv2___w_1__‹ N 322:__ã2.2;:_z2g“_O3 ag:_sä____É”__g3__h°__3_ _)>_______ __cn_"“___ šÃ. 3_x___ë___sê”V”w_____§`___ã s______‹ES3655%“ZL O0‹ `¡Ê___v_â___m_____;â____l¿ ñ _â_E__:_u___7__E_'_“____¿_°›__g¿ N ¡___¶____Ê; :Mu_~_____?_ _ dg`N! ããšê_€_____Éä__ÃNE°_šM_ãÊušä:S_›s_š°`Éš___¿9____`s__ëš:Ez:_N8E_____¿=_맚H___`_šš___`¿IMoëgd
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