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Montagem ATPS Monitoramento 8 SEMESTRE

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA- UNIDERP
Osasco/Anhanguera 
Serviço Social
Monitoramento e Avaliação em Serviço Social 
Monitoramento e Avaliação em Serviço Social
Nome do tutor presencial: Mirian Meneghini Rodrigues
Nome do tutor a distância: Mirian Meneghini Rodrigues
Nome e RA de cada participante:
Ana Paula Ravena - RA: 4300069742 
Andréa Rodrigues - RA: 4348879801 
Janice Honório do Prado - RA: 4311778529 
Osasco / 24.09.2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................................................03
A AVALIAÇÃO E O MONITORAMENTO DA POÍTICA DE ASSISTENCÊNCIA SOCIAL................................................................................................................................04
2.1 – PROJETO SOCIAL....................................................................................................06
2.2 – PÚBLICO ALVO........................................................................................................06 
2.3 – PERÍODO DE EXECUÇÃO .....................................................................................06
2.4 - JUSTIFICATIVA.........................................................................................................06
2.5 - OBJETIVOS................................................................................................................06
2.5.1 – Objetivos Geral.........................................................................................................06
2.5.2 – Objetivos Específicos...............................................................................................06
2.6 - METODOLOGIA........................................................................................................07
2.7 – EXECUÇÃO...............................................................................................................08
2.8 – AVALIAÇÃO.............................................................................................................10
2.9 - MONITORAMENTO..................................................................................................10
3 - RECURSOS.........................................................................................................................11
3.1 – HUMANOS................................................................................................................ 11
3.2- MATERIAIS................................................................................................................ 11
3.3 – INDICADORES DO PROJETO................................................................................ 11
3.4 – AVALIAÇÃO DO PROJETO.................................................................................. 11
4-ETAPA 2 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE NOS PROJETOS SOCIAIS.................................................................................................12
4.1 - INDICADORES DE EFICIENCIA, EFICACIA E DE RESULTADOS DO PROGRAMA NACIONAL DE GESTÃO PUBLICA........................................................14
5 - SOFTWARE BRASIL E A SUA RELEVANCIA DE SUA UTILIZAÇÃO PARA FACILITAR A ANÁLISE DOS INDICADORES SOCIAIS E EDUCACIONAIS.........18
6 - INDICADORES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS...............................................................20
7 - ETAPA 4: DIFERENÇA ENTRE OS METODOS DE PESQUISA: QUANTITATIVO E QUALITATIVO................................................................................................................21
7.1 - UTILIZAÇÃO DA PESQUISA QUALITATIVA E QUANTITAVA EM PROJETOS SOCIAIS..............................................................................................................................23 
8 - CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................25 
9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................26 
1 - INTRODUÇÃO
Ao se discutir o tema assistência social e o monitoramento para a execução de projetos sociais é necessário descobrir o andamento histórico e o progresso dessa política e ressaltar também em tempo remoto que ela era vista como assistencialismo, unido ao clientelismo e paternalismo e consequentemente visualizado como benesses concedidas e favores arranjados. 
O assistencialismo não solidifica um direito, uma resposta às questões e problemáticas sociais e sim a não consolidação das políticas públicas.
As políticas públicas e o cenário brasileiro chamado o mundo “civilizado” vem passando por várias transformações onde estabelece, como uma de suas prioridades, a defesa dos direitos de cidadania.  Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a importância do Monitoramento e Avaliação em Serviço Social.
O processo de avaliação encontra-se presente em todas as etapas do processo de planejamento. A ação planejada deve conter os indicadores por meio dos quais ela será monitorada e avaliada, de forma a possibilitar correções e adaptações no curso do projeto.
As estratégias de ação e os indicadores escolhidos deverão mostrar como os objetivos propostos serão alcançados, mostrando através de estudos e de varias pesquisas que realizamos durante a elaboração de todas as etapas.
 
2 - A AVALIAÇÃO E O MONITORAMENTO NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL.
Conforme o texto, Martins descreve que o mundo “civilizado” está em constante transformação e, nele, a sociedade se revê, suas práticas se modificam, assim como se modificam as legislações, as convenções e os tratados, desde situações mais específicas até situações mais globais. 
Relata ainda que no Brasil, o marco legal para as grandes mudanças no campo da Política de Assistência Social foi a Constituição Federal de 1988, considerada inovadora, moderna que estabelece, como uma de suas prioridades, a defesa dos direitos de cidadania. Expressões desse reconhecimento se manifestaram na regulamentação do ECA e da LOAS e, recentemente, na aprovação da nova Política Nacional de Assistência Social – PNAS, que orienta a construção do Sistema Único da Assistência Social – SUAS.
Neste contexto para que se fortaleça e garanta a implantação do SUAS faz-se imprescindível a construção e a implantação de um sistema de monitoramento e avaliação, que permita a mensuração de sua eficiência, eficácia e efetividade. Para isso, o processo deve ser coletivo, transparente, ter acompanhamento, ter ciência, além da realização de estudos, pesquisas e diagnósticos, a fim de contribuir para a gestão desta política.
Refere ainda que no sentido de avaliação é necessário julgar a importância de uma ação em relação a um determinador referencial valorativo e aceito como tal pelos sujeitos que avaliam. Deste modo, então, não significa apenas medir, mas julgar a partir de um referencial de valores.
A avaliação tem o papel de analisar criticamente o andamento do serviço e ou projeto, segundo seus objetivos, tendo por base as informações produzidas pelo monitoramento.
O monitoramento diz respeito à observação regular e sistemática do desenvolvimento das atividades, do uso dos recursos e da produção de resultados, comparando-os com o planejamento inicial. Ele deve produzir informações e dados confiáveis para subsidiar a análise da razão de eventuais desvios, assim como, das decisões de revisão do plano. Afirma ainda que o sistema de monitoramento e avaliação deve oferecer informações substantivas para implicar nos fatores institucionais e processuais passíveis de gerar ineficiência recorrente no desempenho das políticas e dos programas sociais.
Assegura também que não podemos pensar a avaliação tão somente em uma perspectiva de verificação de estatísticas, expressando a ação na sua eficiência imediata, sem um compromisso intencional com a transformação e a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, pela via de programas e serviços públicos.
Conseqüentemente,
os programas sociais, no seu processo de implementação e avaliação, exigem negociação, articulação e adesão de um conjunto heterogêneo de atores sociais (Estado, sociedade civil, iniciativa privada e a própria comunidade beneficiaria).
Nesta conjuntura, Martins descreve que para se alcançar a dimensão da efetividade é necessário que a avaliação contenha três aspectos considerados fundamentais: 1) - A pauta ao cenário histórico-social; 2) - Além de associado ao anterior, contempla o papel social da própria avaliação; e, ligado a ambos; 3) - Refere-se a uma perspectiva de conhecimento como instrumento para uma melhor qualidade de vida. 
Deste modo, a autora finaliza o texto relatando que uma avaliação de impacto contém, portanto, o inter-relacionamento destes três aspectos, sem os quais, o conhecimento da efetividade de programas ou projetos, ficaria comprometido.
Ressalta que informação, avaliação e monitoramento caminham juntos de forma a buscar a melhor apreensão e a mais acurada vigilância social ininterrupta, entendendo-a como importante função da Política de Assistência Social. 
Além de que os subsídios devem ser oportunos, simples e substanciais para que todos os implicados na ação, sobretudo para que executores e beneficiários possam apreendê-las e utilizá-las para aprimoramento ou descarte de soluções. 
Deste modo, concluímos que um processo avaliativo tem importância estratégica para a gestão de uma política pública, pois permite um acompanhamento orientado para os objetivos e metas previstos, possibilitando dessa forma a identificação de eventuais falhas, a revisão de decisões, à racionalização de recursos públicos e, conseqüentemente, um redirecionamento das ações. 
Constitui-se também em um mecanismo de controle social, na medida em que são divulgados os resultados, permitindo à sociedade civil, avaliar a ação do Estado e das entidades em relação ao andamento da política. De uma forma geral, o processo de monitoramento e avaliação de um projeto consiste em procedimentos de análise e acompanhamento das ações e resultados ligados ao projeto. 
2.1 - PROJETO SOCIAL
TEMA: A importância da mulher no contexto social.
2.2 - PÚBLICO-ALVO
Mulheres do Bairro Parque Imperial – Barueri que se encontram em situação de vulnerabilidade social.
2.3 – PERÍODO DE EXECUÇÃO
De: 05/08/2015 Até 11/09/2015.
2.4 - JUSTIFICATIVA 
Este projeto tem por foco atender as mulheres que estejam em situação de vulnerabilidade social, através de projetos, oficinas e cursos técnicos com o objetivo de uma melhor qualidade de vida social e cultural, possibilitando desenvolvimento pessoal, geração de trabalho e renda.
2.5 - OBJETIVOS
2. 5. 1 - Objetivo Geral
	Fortalecer a articulação intersetorial com diversas políticas públicas e órgãos de defesa dos direitos da mulher; utilização da metodologia que possibilite um atendimento personalizado e a construção participativa da mulher em projetos, oficinas e cursos técnicos proporcionando uma melhor qualidade de vida social e cultural. 
Promover integração social e cultural para os grupos de mulheres residentes no bairro, com o intuito de que as usuárias adquiram novos conhecimentos e aprendizados que sejam relevantes para a formação de consciência crítica.
Elevação da autoestima e conhecimento de seus direitos e deveres enquanto cidadãs atuantes dentro da sociedade, fazendo com que todas participem e se sintam bem dentro do grupo. 
2. 5. 2 - Objetivos Específicos.
	Garantia de atendimento em espaços e serviços diferenciados para as mulheres que se encontram em vulnerabilidade social; 
	Os espaços e a metodologia devem proporcionar o atendimento em conjunto, a privacidade do núcleo de mulheres, a proteção especial e o fortalecimento do vínculo entre seus membros e o desenvolvimento de relações saudáveis entre si;
Proporcionar um local de novos conhecimentos onde as integrantes se sintam à vontade e valorizadas.;
Promover a articulação de parcerias com instituições públicas e privadas buscando novas fontes de conhecimento às integrantes;
Informar em reuniões socioeducativas a essas mulheres para que obtenham 
conhecimentos de seus direitos e deveres para com a família e a sociedade.
2.6 - METODOLOGIA
Para o desenvolvimento desse Projeto Social será utilizada a abordagem qualitativa do tipo de Estudo de Caso. Optamos pela pesquisa qualitativa porque esta responde: as questões muito particulares de cada mulher.
Esta pesquisa se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos, que não podem ser reduzidos á operacionalizações de variáveis (MINAYO, 2003, p. 21/22).
Podemos ainda afirmar que a abordagem qualitativa “aprofunda-se no mundo dos significados das ações e relações humanas.” (MINAYO, 2003, p. 22).
Segue abaixo especificado características básicas que configuram o tipo de delineamento utilizado no presente estudo, a saber:
1. A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal instrumento.
2. Os dados coletados são predominantemente descritivos.
3. A preocupação com o processo é muito maior do que o produto.
4. O significado que as pessoas dão às coisas e à sua vida são focos de atenção especial do pesquisador.
5. A análise dos dados tende a seguir um processo intuitivo (LUDKE e ANDRÉ, 2001, p. 11/13).
O tipo de pesquisa qualitativa denominada de Estudo de Caso, “é o que se desenvolve numa situação natural, é rico em dados descritivos, tem um plano aberto e flexível e focaliza a realidade de forma complexa e contextualizada” (LUDKE e ANDRÉ, 2001, p. 18).
O desenvolvimento de um estudo de caso é caracterizado em três fases, sendo a primeira aberta e exploratória, a segunda a mais sistemática em termos de coleta de dados e a terceira na análise e interpretação sistemática dos dados e na elaboração do relatório. Essa três fases se superpõem em diversos momentos, sendo difícil precisar as linhas que as separam (LUDKE e ANDRÉ, 2001).
2.7 – EXECUÇÃO
O Grupo de Mulheres do CRAS do Bairro Parque Imperial, foco da pesquisa iniciará suas atividades nos mêses de Agosto e Setembro de 2015. Os encontros serão realizados semanalmente, sempre às quarta feiras e sextas feiras.
O grupo será constituído a partir da junção dos grupos de Gestantes, Mães Nutrizes e usuárias em situação de vulnerabilidade existentes no CRAS, pois devido aos nascimentos e desenvolvimento das usuárias, mães e filhos, existe uma pequena quantidade de integrantes em todos os grupos, fazendo-se necessário a união dos grupos. 
Essa atitude da Assistente Social que trabalhava com os grupos que estão sendo extinto foi de grande melhoria, resultando num trabalho mais completo, não possuindo distinção de temas trabalhados.
Por meio do trabalho social com reflexões sobre variados assuntos em grupo, entende-se que, acima de qualquer ação é necessário que o Assistente Social acredite nos processos de mudanças com os integrantes e sua família para auxiliando na formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres além de pessoas com visão crítica perante a situação social, econômica, cultural na qual vivemos atualmente. 
Além disso, a Assistente Social e a Psicóloga, trabalharão com a possibilidade de aquisição de conhecimentos sobre variados temas atuais e de interesse das integrantes, havendo também entre o grupo a troca cultural, o convívio inter geracional, e a conscientização coletiva, questão primordial dentro deste trabalho com o grupo de mulheres usuárias do CRAS.
Para Pichon-Riviére (2005) o grupo cria condições para que os participantes promovam uma modificação criativa e adaptativa à realidade, que significa compreender o grupo como instrumento de aprendizagem. Assim, o grupo de mulheres do CRAS do Bairro Parque Imperial trabalha no sentido de promover a
aprendizagem e a autonomia pessoal e social por meio de orientações, cursos e palestras.
Pretende-se por meio do trabalho com o Grupo de Mulheres, atender as famílias usuárias da Assistência Social, trabalhando com as mulheres e mães, de certa forma, com a família em seu contexto geral por meio de entrevistas, visitas domiciliares, palestras explicativas, encaminhamentos, orientações e por outras técnicas utilizadas nos atendimentos.
Segundo o Art.226. Constituição Federal de 1988 “a família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.” (BRASIL, 2006, p. 141).
O Estado e a família desempenham papéis similares, em seus respectivos âmbitos de atuação: regulam, normatizam, impõem direitos de propriedade, poder e deveres de proteção a assistência. Tanto família quanto o Estado funcionam de modo similar, como filtros redistributivos de bem-estar, trabalho e recursos.
Para se tornarem integrantes do Grupo de Mulheres as interessadas participarão de uma entrevista individual junto ao (profissional de Serviço Social ou de psicologia que formam a equipe técnica do CRAS) que colherão informações precisas a respeito da integrante e de sua composição familiar, onde se conhecerá suas dificuldades, gastos financeiros e etc., dados que podem mostrar a real situação da família a ser atendida. 
Durante as reuniões, palestras, oficinas e cursos estarao sempre sob a orientação e coordenação da Assistente Social serão trabalhados temas atuais, dinâmicas, vídeos, de forma que as integrantes construíssem uma visão de mundo mais crítica e consciente a respeito das questões sociais em que vivem. Serão realizados também passeios com o Grupo para a descontração e lazer das integrantes, para o conhecimento cultural e o bem-estar físico e emocional de todas refletindo em sua vida social e familiar.
Além do atendimento no CRAS, as mulheres serão também acompanhadas em seus próprios domicílios pelo Serviço Social com o objetivo de constatar a real situação vivida pela família, suas dificuldades financeiras e sociais definindo assim o grau de vulnerabilidade que a mesma se encontra. Por meio dessas técnicas é possível obter a definição de qual auxílio emergencial a família necessita.
Após detectada a real necessidade da família serão feitos encaminhamentos com o intuito de direcionar os usuários em sua necessidade momentânea aos órgãos de atendimento, palestras, cursos e etc.
A faixa etária das mulheres que participarão do grupo de mulheres do CRAS do Parque Imperial encontra-se na idade de 18 a 45 anos. Assim distribuídos: 13% na faixa etária de 35 a 45 anos; 37% entre 18 e 25 anos e 50% de 25 a 35 anos.
Todas as mulheres participantes do grupo do CRAS do Bairro Parque Imperial, não possuem emprego. Um dado bastante relevante para a pesquisa, pois demonstra a grande necessidade dessas famílias em relação aos programas de auxílio, e também a projetos sociais desenvolvidos para desenvolver uma renda própria para mulher, tendo em vista que o homem constitui-se nesse caso o único provedor do lar.
2.8 - AVALIAÇÃO
Para a implantação do Projeto Social no CRAS do Parque Imperial serão utilizadas a avaliação em três momentos distintos:
A primeira avaliação será a do contexto, quando serão verificadas as necessidades, os ativos e recursos de forma a planejar intervenções relevantes e efetivas, dentro do contexto da comunidade a ser atendida; identificando a atmosfera política, econômica e social da comunidade envolvida, de modo a aumentar a probabilidade de que as intervenções escolhidas sejam de fato satisfatórias.
A segunda avaliação será a da implementação, que será feita de forma contínua, visando levantar informações sobre o que acontece e porque acontece. Envolverá a contínua adaptação do plano inicial, de modo a considerar as condições locais, a dinâmica da comunidade a ser atendida e as incertezas programáticas. As informações serão continuamente analisadas e ações de correção tomadas para garantir o atingimento dos resultados propostos.
A terceira avaliação será a dos resultados, quando procuraremos focar os resultados práticos de curto e longo prazo do projeto. Como normalmente os projetos trazem resultados nem sempre previstos na proposta original, e devido aos esforços de prevenção serem complexos em um ambiente de comunidade, na qual se atua em projetos sociais, e difíceis de mensurar, seremos flexíveis na condução da avaliação de resultados.
2.9 - MONITORAMENTO
O monitoramento será feito por meio do acompanhamento contínuo dos processos e atividades previstas no plano de ação que analisará constantemente se existe coerência entre objetivo principal, estratégias propostas e resultados obtidos.
De modo consistente com os objetivos apontados, o Projeto Social utilizará continuamente os resultados de avaliação para realizar ajustes e correções imediatos caso houver necessidade.
Os resultados serão devidamente anotados e divulgados tanto para as integrantes do grupo como também para toda a equipe do referido CRAS e demais pessoas e entidades envolvidas.
3 – RECURSOS :
3.1 - HUMANOS:
Palestrante de empreendedorismo, cursos de corte e costura, curso de pintura, oficinas de artesanatos, palestras (auto ajuda) e projetos sociais.
3.2 - MATERIAIS:
Máquina de costura, agulha, linha, botões, tecidos, tesoura, fita métrica, moldes, roupas (customização), tela, caixa amplificada, data show, microfone, apostilas,canetas, lápis.
Massa de biscuit, tintas para diversos tipos de pintura, E.V.A., colas, viés.
Objetos reciclados para oficinas de artesantos (jornal, cds e dvd usados, papelão, filtros de café, retalhos de panos).
 
3.3- INDICADORES DO PROJETO:
Pesquisa qualitativa através de entrevistas
3.4 - AVALIAÇÃO DO PROJETO:
A lista de presença é um tipo de monitoramento que usamos, pois através dela podemos perceber se o nosso trabalho tem sido satisfatório a todos. 
Considerando que o projeto é elaborado e executado para enfrentar um desafio ou resolver um problema, nada mais adequado do que verificar se as soluções apresentadas serão, são ou foram adequadas. Trata-se de avaliar o projeto. 
Avaliar é fazer um julgamento sem a idéia de condenar e sim, de melhorar a prática, seja ela de elaboração ou de execução do projeto.
O mesmo foi avaliado através do monitoramento que é a observação regular e sistemática do desenvolvimento das atividades, do uso dos recursos e da produção dos resultados, comparando-os com o que foi planejado, será uma avaliação participativa que pode ser utilizada em qualquer etapa do projeto. Incorporando a perspectiva das populações beneficiadas na análise de aspectos e problemas relacionados ao planejamento, à execução e aos resultados do projeto. As avaliações participativas procuram superar algumas deficiências das abordagens tradicionais, abrindo canais de participação entre usuários e gestores.
4 - Etapa 2 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE NOS PROJETOS SOCIAIS.
A necessidade crucial de mais eficiência, eficácia e efetividade (3Es) das ações governamentais está intrinsecamente relacionada à questão do desenvolvimento, pois suas possibilidades são, muitas vezes, cerceadas devido aos limites que surgem quando os atores envolvidos na gestão pública não estão comprometidos com estes conceitos, resultando em impactos negativos na vida de todos os cidadãos.
Figura 1 – Mapa Conceitual
Mapa conceitual: critérios de avaliação
Eficácia
Eficiencia 
						
					
Efetividade				
				
Modelo de mapa conceitual conforme modelo de ATPS
Conceitos dos três critérios de avaliação conforme mapa conceitual acima.
Eficácia: é a quantidade de produtos e serviços entregues aos usuários. 
Eficiência: é a relação entre os produtos / serviços gerados (outputs) com os insumos empregados, usualmente sob a forma de custos ou produtividade. 
Efetividade: são os impactos gerados pelos produtos / serviços, processos ou projetos. A efetividade está vinculada ao grau de satisfação ou ainda ao valor agregado.
A Governança
e a Governança para Resultados são expressões em ascendente uso na literatura gerencial no setor público que possuem fortes e centrais significados para o processo de mudança organizacional e para a mensuração do desempenho. 
O termo Governança busca expandir e superar o atual paradigma de administração pública que está associado a um papel preponderante do estado como executor direto no desenvolvimento, na gestão de políticas públicas e no provimento de serviços. A Governança pública, por sua vez, baseia‐se em múltiplos arranjos com a participação de diversos atores (estado, terceiro setor, mercado etc.) no desenvolvimento, na gestão de políticas públicas e no provimento de serviços. Este modelo não diminui a importância do estado, mas qualifica‐o com o papel de orquestrador, direcionador estratégico, indutor e fomentador absolutamente.
A orientação para resultados é uma fixação deste novo programa, ou seja, o que está em foco são as novas formas de geração de resultados em um contexto contemporâneo complexo e diversificado.
Neste contexto a boa gestão é aquela que alcança resultados, independentemente de meritórios esforços e intenções. Alcançar resultados, no setor público, é atender às demandas, aos interesses e às expectativas dos beneficiários, sejam cidadãos ou organizações, criando valor público. 
No entanto, os resultados não acontecem por acaso, pois governos, organizações públicas, políticas, programas e projetos não são auto‐ orientados para resultados. Assim como, também não basta apenas definir bem os resultados, pois não são auto executáveis.
Portanto, a implementação passa a ser a variável crítica.
Assim, a principal questão concentra-se em como fazer os resultados obtidos e, para isso, faz-se necessário harmonizar todos esses fatores sob o abrigo de gestão para resultado. 
Um modelo é um recurso analítico com o proposito de representar a realidade a partir da definição de um conjunto de variáveis (ou aspectos da realidade que se pretende representar, aspectos estes que podem ser vistos, definidos, medidos de forma quantitativa ou qualitativa, por meio de indicadores). Modelos são, portanto, um conjunto de indicadores relacionados. 
A construção de modelos, a partir da escolha das variáveis e seus padrões (hipóteses) de relacionamento (causação), podem seguir várias lógicas: relações causais verificadas empiricamente ou lógica dedutiva. 
Assume‐se que a realidade é um todo complexo e os modelos, ao incluírem apenas algumas variáveis para representá‐la buscando descrever, explicar ou prever algo, serão sempre recursos limitados, revelando e escondendo, deixando de fora muitas variáveis potencialmente importantes e contendo limitações para estabelecer os padrões de comportamento entre as variáveis.
Com tudo, todo modelo é limitado, mas a limitação deve ser sempre minorada por meio da escolha das variáveis mais relevantes: incluir o que mais importa e excluir o que não importa.
Por sua vez, o conceito de Gestão para resultados não se restringe apenas em formular resultados que satisfaçam às expectativas dos legítimos beneficiários da ação governamental de forma realista, desafiadora e sustentável. Requer, também, alinhar os arranjos de implementação (que envolvem intrincados conjuntos de políticas, programas, projetos e organizações) para alcançá‐los, além de envolver a construção de mecanismos de monitoriamento e avaliação que promovam aprendizado, transparência e responsabilização. 
4.1 - INDICADORES DE EFICIENCIA, EFICACIA E DE RESULTADOS DO PROGRAMA NACIONAL DE GESTÃO PUBLICA. 
	
	Indicadores são métricas que proporcionam informações sobre o desempenho de um objeto (seja governo, política, programa, organização, projeto etc.), com vistas ao controle, comunicação e melhoria.
Os indicadores são instrumentos de gestão essenciais nas atividades de monitoramento e avaliação das organizações, assim como seus projetos, programas e políticas, pois permitem acompanhar o alcance das metas, identificar avanços, melhorias de qualidade, correção de problemas, necessidades de mudança etc. Assim sendo, pode‐se dizer que os indicadores possuem, minimamente, duas funções básicas: a primeira é descrever por meio da geração de informações o estado real dos acontecimentos e o seu comportamento; a segunda é de caráter valorativo que consiste em analisar as informações presentes com base nas anteriores de forma a realizar proposições valorativas.
 Quadro 1 – Vejamos o quadro a seguir referente ao gerenciamento dos indicadores de eficiência, eficácia e de resultados do Programa Nacional de Gestão Pública. 
	Identifica
ção do nível, dimensão e objetos de mensuração
	Estabeleci
Mento de indicadores
	Validação preliminar dos indicadores com as partes interessadas
	Construção de Fórmulas, Estabelecimento de metas e notas
	Definição de Responsá
veis
	Geração de sistema de Coleta de dados
	Ponderação e validação final dos indicadores com as partes interessa
das
	Macro governo
	Índice  de  Desenvolvi-mento 
Humano
 (IDH)
	Estabelecimento
de indicadores,  tais  como:  seletividade;  simplicidade  e  clareza; 
representatividade;  rastreabilidade  e  acessibilidade; 
comparabilidade;  estabilidade;  custo‐efetividade.  Esses  critérios 
servirão de base
para a decisão de 
manter, modificar 
ou 
excluir os indicadores 
inicialmente
propostos.
	(Longevidade  +Educação  +Renda) /3 
	PNUD - Programa das Nações Unidas para o desenvol-vimento
	Tradicionais: aplica
ção  de  questionários,  realiza
ção  de entre
vistas, 
Observação
direta, 
análise 
documental 
(físicos e virtu-ais); 
	Uma
vez 
definidos os pesos das dimen
sões, 
é necessário 
ponderar oscritérios de 
seleção do
indicador
para se 
obter um
conjunto 
seleto de indicadores  por  dimensão.
	Eficiência, eficácia e efetividade
	Taxa de Analfabetismo
 de  15 anos ou mais
	Expectativa de vida ao nascer;  Taxa de 
alfabetização;
Taxa de matrícula;
PIB per capita
	Total de analfabetos na Faixa etária/total  da população
com a mesma faixa etária
	IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
	Contextuais: análise social,análise  do  ambiente interno  e análisedo 
ambiente
externo
	
Fonte: http://www.gespublica.gov.br/Tecnologias/pasta.2010-05-24.1806203210/guia_indicadores_jun2010.pdf
Os indicadores não são simplesmente números, ou seja, são atribuições de valor a objetivos, acontecimentos ou situações, de acordo com regras, que possam ser aplicados critérios de avaliação, como, por exemplo, eficácia, efetividade e eficiência. Dessa forma os indicadores servem para:
mensurar os resultados e gerir o desempenho;
embasar a análise crítica dos resultados obtidos e do processo de tomada decisão;
contribuir para a melhoria contínua dos processos organizacionais;
facilitar o planejamento e o controle do desempenho; e 
viabilizar a análise comparativa do desempenho da organização e do desempenho de diversas organizações atuantes em áreas ou ambientes semelhantes. 
O desempenho pode ser compreendido como esforços empreendidos na direção de resultados a serem alcançados. A equação simplificada é: desempenho = esforços + resultados; ou desempenho = esforços resultados.   
A definição sintética e ao mesmo tempo ampla para o desempenho é estabelecida pela atuação de um objeto (uma organização, projeto, processo, tarefa etc.) para se alcançar um resultado. Logo, desempenho é um conceito peculiar, um construto específico, para cada objeto. 
Uma vez definido desempenho, o conceito de gestão do desempenho precisa ser qualificado. A gestão do desempenho constitui um conjunto sistemático de ações que buscam definir o conjunto de resultados a serem alcançados e os esforços e capacidades necessários para seu alcance, incluindo‐se a definição de mecanismos de alinhamento de estruturas implementadoras e de sistemática de monitoramento e avaliação. A mensuração é parte essencial de um modelo de gestão do desempenho.
Os indicadores devem ser especificados
por meio de métricas estatísticas, comumente formados por porcentagem, media, numero bruto, proporção e índice. Os componentes básicos de um indicador são: medida, fórmula, índice (número), padrão de comparação, meta. 
Na identificação e seleção de um indicador é importante considerar critérios básicos como: seletividade ou importância; simplicidade, clareza, inteligibilidade e comunicabilidade; representatividade, confiabilidade e sensibilidade; investigativos; comparabilidade; estabilidade; custo-efetividade. 
É necessário identificar se a escolha do indicador atende às expectativas de seus públicos de interesse, como os órgãos setoriais, órgãos centrais, órgãos de controle e outros possíveis interessados, de modo a assegurar a relevância do indicador proposto.
É fundamental a obtenção de um conjunto significativo de indicadores que propicie uma visão global da organização e represente o desempenho da mesma. O processo de validação é conduzido vis-á-vis como analise dos critérios de avaliação do indicador. 
A fórmula descreve como deve ser calculado o indicador, possibilitando clareza com as dimensões a serem avaliadas. A formula permite que o indicador seja: inteligível, interpretado uniformemente, compatibilizado como processo de coleta de dados; especifico quanto a interpretação dos resultados e apto em fornecer subsídios para o processo de tomada de decisão. 
A meta é uma expressão numérica que representa o estado futuro de desempenho desejado. A nota deve refletir o esforço no alcance da meta acordada, por indicador em particular, o que implicará na determinação de valores de 0 a 10 para cada um, conforme a relação entre o resultado observado e a meta acordada. 
Na fase de definição de responsáveis é necessária a indicação pela geração e divulgação dos resultados obtidos de cada indicador. 
Em alguns casos, o responsável de pela apuração e pelo desempenho do indicador podem ser os mesmos. Indicadores sem responsáveis por sua coleta e acompanhamento não são avaliados, tornando‐se sem sentido para a organização. Há necessidade de se coletar dados acessíveis, confiáveis e de qualidade. 
 A identificação de dados varia de acordo com o tempo e os recursos disponíveis, assim como o tipo de informação necessária. 
A ponderação e validação final dos indicadores com as partes interessadas são fundamentais para a obtenção de uma cesta de indicadores relevante e legitima que assegure a visão global da organização e, assim, possa representar o desempenho da mesma.
5 - SOFTWARE BRASIL E A SUA RELEVANCIA DE SUA UTILIZAÇÃO PARA FACILITAR A ANÁLISE DOS INDICADORES SOCIAIS E EDUCACIONAIS.
O Brasil Hoje é um software que reúne indicadores sociais e educacionais, produzidos por diversos institutos de pesquisas nacionais, com o objetivo de facilitar o acesso e a análise dessas informações, sendo possível produzir relatórios agregando diferentes indicadores e estabelecendo comparações com outros municípios e localidades.
Software é um sistema que reúne em um único ambiente, informações criteriosamente selecionadas, produzidas e diversos institutos de pesquisa nacionais, para que se possa conhecer as características de cada um dos municípios brasileiros.
O Brasil Hoje – indicadores sociais para a gestão do município, resultado de uma parceria estabelecida entre a Fundação Itaú Social (FIS), o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e o Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), é um site que reúne em um único ambiente, informações criteriosamente selecionadas, produzidas de diversos institutos de pesquisa nacionais, para que se possa conhecer as características de cada um dos municípios brasileiros.
Um dos diferenciais do Brasil Hoje é a maneira pela qual são organizadas e apresentadas as informações, o que permite um fácil acesso pelos usuários, o que auxilia na leitura de contextos municipais. 
O acesso às informações sobre os municípios tem se tornado uma estratégia cada vez mais necessária e essencial para o processo de gestão das políticas públicas. Sem informações sobre a realidade não se elaboram diagnósticos efetivos, não se criam parâmetros avaliativos, não se constroem indicadores, não se traz à tona a complexidade das condições de vida da população.
Os indicadores sociais ganham cada vez mais espaço na gestão pública, como fontes privilegiadas para o mapeamento da realidade e para nortear ações e investimentos sociais.
O Brasil Hoje, além de permitir o conhecimento e o monitoramento da realidade, pode se constituir em um valioso instrumento para subsidiar decisões estratégicas de implementação e avaliação de políticas, programas e projetos.
É importante que os gestores fundamentem a implementação de políticas públicas em diagnósticos referenciados no território, que aliem indicadores sociais oficiais à verificação da realidade. Espera-se que essa análise combinada revele as fragilidades e vazios, bem como as potencialidades presentes no município.
Acredita-se que o Brasil Hoje possa contribuir para o aprimoramento de uma “cultura de avaliação”, calçada em permanente processo investigativo, que envolva diferentes atores sociais e sirva de referência para o planejamento de políticas públicas a curto, médio e longo prazo. Na perspectiva intersetorial das políticas públicas, o diagnóstico educacional só tem sentido se analisado dentro do contexto socioeconômico mais amplo.
Dessa forma, o Brasil Hoje é uma ferramenta que colabora com essa concepção, trazendo dados sobre educação, saúde, assistência social, população, condições de vida, infraestrutura e finanças. Apresenta um grande potencial de pesquisa e cruzamento de dados dos indicadores sociais considerados fundamentais para a implementação de políticas sociais na gestão pública.
Para facilitar a compreensão e possibilitar o seu aproveitamento adequado, cada indicador está acompanhado das respectivas definições, notas técnicas explicativas, fonte e glossário dos termos utilizados, além de mapas e gráficos que comparam o indicador do município com o do respectivo estado e com o do País.
O usuário tem acesso a diversas bases de dados dos indicadores e informações, podendo exportá-las e utilizá-las de diversas maneiras.
Como usuários, estamos cientes que não é suficiente socializar dados e informações. É preciso saber ler e interpretar os indicadores, com o objetivo de enxergar e compreender a realidade retratada por meio deles.
É necessário programar estratégias para que se possa estabelecer uma correlação entre os dados e o cotidiano das instituições, transformando os indicadores e resultados das avaliações em programas e ações concretas para a promoção e a melhoria da qualidade da política pública.
Assim, podemos afirmar que os indicadores sociais estão diretamente relacionados às políticas públicas existentes e às suas diferentes áreas de intervenção. Essa relação entre indicadores e políticas públicas/planos/programas/projetos, não é por acaso, e está presente já no momento de elaboração das intervenções.
6 - INDICADORES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
Taxa de analfabetismo 
Rendimento médio de trabalho
Taxas de mortalidade infantil
Taxas de desemprego 
Índice de gini e proporção de 
Crianças matriculadas em escolas
Proporção de crianças com baixo peso
Proporção de domicílios com saneamento adequado
Indicadores baseados registro de ocorrência policial
Mortalidade por causas violentas
Indicadores de rendimento como medidas de acompanhamento
Renda familiar
Indicadores demográficos
Indicadores habitacionais
Indicador de segurança publica
Indicadores de infraestrutura urbana
7 - ETAPA 4: DIFERENÇA ENTRE OS METODOS DE PESQUISA: QUANTITATIVO E QUALITATIVO.
Para se começar uma pesquisa, Asti Vera (1979), defende a idéia que o propulsor para um estudo é o problema pois sem ele não há razão de realizar a pesquisa. 
Segundo Diehl (2004) a escolha do método se dará pela natureza do problema, bem
como de acordo com o nível de aprofundamento. Estes métodos são diferenciados, além da forma de abordagem do problema, pela sistemática pertinente a cada um deles (RICHARDSON, 1989). 
Uma vez definido o tema da pesquisa, deve se escolher entre realizar uma pesquisa qualitativa ou uma quantitativa. Uma não substitui a outra, elas se complementam. 
A pesquisa quantitativa pelo uso da quantificação, tanto na coleta quanto no tratamento das informações, utilizando-se técnicas estatísticas, objetivando resultados que evitem possíveis distorções de análise e interpretação, possibilitando uma maior margem de segurança. São mais adequadas para apurar opiniões e atitudes explícitas e conscientes dos entrevistados, pois utilizam instrumentos padronizados (questionários), que são utilizados quando se sabe exatamente o que deve ser perguntado para atingir os objetivos da pesquisa. Permitem que se realizem projeções para a população representada. Elas testam, de forma precisa, as hipóteses levantadas para a pesquisa e fornecem índices que podem ser comparados com outros. É apropriada para medir tanto opiniões, atitudes e preferências como comportamento.
A pesquisa qualitativa, por sua vez, descreve a complexidade de determinado problema, sendo necessário compreender e classificar os processos dinâmicos vividos nos grupos, contribuir no processo de mudança, possibilitando o entendimento das mais variadas particularidades dos indivíduos.
Tem caráter exploratório, estimulam os entrevistados a pensar e falar livremente sobre algum tema, objeto ou conceito. Fazem emergir aspectos subjetivos, atingem motivações não explicitas, ou mesmo não conscientes de forma espontânea. É particularmente útil como uma ferramenta para determinar o que é importante para os clientes e porque é importante.
	PESQUISA:
	QUALITATIVA
	QUANTITATIVA
	Exemplos:
	Descriçoes detalhadas de fenômenos, comportamentos; citações diretas de pessoas sobre suas experiências; trechos de documentos, registros, correspondências; gravações ou transcrições de entrevistas e recursos; dados com maior riqueza de detalhes e profundidade; interações entre indivíduos, grupos e organizações
	Ser estruturada, planejada e controlada; faz uso de instrumentos de coleta de dados; responde a propósitos pre estabelecidos; o observador sabe o que procura; o observador deve ser objetivo, reconhecer possíveis erros e eliminar sua influência sobre o que vê ou recolhe. 
	
AMOSTRAS
	Não há preocupação em projetar resultados para a população. O numéro de entrevistados geralmente é pequeno
	Exige um numero maior de entrevistados para garantir maior precisão nos resultados, que serão projetados para a população representada.
	
QUESTIONÁRIOS 
	Normalmente as informações são coletadas por meio de um roteiro. As opiniões dos participantes são gravadas e posteriormente analisadas.
	As informações são colhidas por meio de um questionário estruturado com perguntas claras e objetivas. Isso garante a uniformidade de entendimento dos entrevistados. 
	
ENTREVISTA
Continuação
ENTREVISTA
	São realizadas por meio de entrevistas em profundidade ou de discussões em grupo. Para as discussões em grupo, as pessoas em ( média 8) são convidadas para um bate papo realizados em salas especiais com circuito de gravação em aúdio e vídeo. Nas entrevistas em profundidade, é feito o pré agendamento do entrevistado e a sua aplicação é individual, em local reservado. Este procedimento garante a concentração do respondente. 
	O entrevistador identifica as pessoas a serem entrevistados por meio de critérios previamente definidos: por sexo, por idade, por ramo de atividade, por localização geográfica, etc. As entrevistas não exigem um local previamente ou em pontos de fluxos de pessoas. O importante é que sejam aplicadas individualmente e sigam as regras de seleção da amostra.
	
RELATÓRIO
	As informações colhidas na abordagem qualitativa são analisadas de acordo com o roteiro aplicado e registradas em relatório, destacando opiniões, comentário e frases mais relevantes que surgiram. 
	O relatório da pesquisa quantitativa, além das interpretações e conclusões, deve mostrar tabelas de percentuais e gráficos. 
De maneira sucinta, em pesquisas qualitativas o importante é o que se fala sobre um tema, enquanto que em pesquisas quantitativas o importante é quantas vezes é falado. 
7.1 - UTILIZAÇÃO DA PESQUISA QUALITATIVA E QUANTITAVA EM PROJETOS SOCIAIS. 
A pesquisa quantitativa é importante para dimensionar os problemas com os quais o Assistente Social trabalha, pois identifica o numero de crianças fora da escola, mulheres vitimas de violência domestica, crianças que estão na rua, etc. Enfim, traz retratos da realidade, mas são dados insuficientes para: 
a) trazer a centralidade dos sujeitos, suas historias; 
b) trazer as concepções do sujeito;
c) pensar a particularidade das expressões da questão social;
d) pensar as experiências dos sujeitos;
e) expressar a vida como é vivida;
f) as reais condições de vida não são alcançados pela pesquisa quantitativa;
Os dados números em si instrumentalizam a elaboração de programas, mas não prepara para a análise, para a interpretação e para o real em movimentos, nas contradições e na totalidade e nem diálogo com os sujeitos. 
Por isso, o Serviço Social busca pela pesquisa qualitativa a fim de proporcionar novas metodologias de pesquisa como:
o diálogo como sujeito;
interpretações;
histórias do sujeito;
centralidade do sujeito;
Com isso, não se exclui a pesquisa quantitativa, mas certamente impõe um outro modo de fazer pesquisa em Ciencias Sociais, Humanas e em Serviço Social. De acordo com Gonçalves (2013) a informação quantitativa não deixa de ser importante, não se excluem os dados, a observação, a mensuração, mas eles ganham uma outra dimensão qualitativa de interpretação, de analises. 
	
8 - CONSIDERAÇÕES FINAIS. 
Atráves da elaboração desse trabalho percebemos a importância de monitoriamento e avaliação de um projeto e que para garantir o desenvolvimento do projeto é necessário ser eficientemente avaliado e monitorado para que suas informações sejam coletadas de maneira segura e que garante as boas ações sobre os impactos e efeitos detectados da realidade social.
Dentro do contexto do Serviço Social dá-se grande ênfase aos projetos sociais, entretanto, não basta apenas criar projetos e deixá-los no papel, faz-se necessário que sejam colocados em prática, bem como eles devem ser avaliados de forma a perceber se de fato os resultados esperados estão sendo alcançados.
Consta-se ainda por meio desse estudo, que para a avaliação dos projetos sociais é necessário à utilização de vários indicadores, para cada área especifica, assim como é preciso escolher um tipo de pesquisa.
A literatura sugere a utilização das pesquisas qualitativa e quantitativa, apesar de alguns autores afirmarem que a primeira é a mais viável quando se trata de pesquisa em Serviço Social. O fato é que as duas contribuem de certa forma com a questão social e devem ser utilizadas de acordo com os objetivos a serem alcançados.
Neste contexto descrevemos de forma sucinta alguns desses desafios, incluindo o contexto institucional e os procedimentos adotados, os quais vêm consistindo em passos decisivos para institucionalizar e integrar no interior da administração pública, o conhecimento técnico as politicas publicas e sociais. 
Uma das maiores dificuldades para a produção de indicadores no plano municipal é a inexistência na maioria dos municípios brasileiros de um sistema de informações municipais alimentado por coletas e sistematização de dados regulares originários dos diversos órgãos setoriais, o que limita, por exemplo, a identificação de desigualdades intramunicipais, ou seja, entre bairros ou no mínimo entre regiões administrativas. 
Este é portanto um dos grandes desafios dos Conselhos Municipais que é exigir a coleta e a disponibilização de informações
que possibilitem a produção de indicadores de monitoramento das politicas publicas locais. 
Atualmente as informações disponíveis são majoritariamente produzidas por organismos federal ou estaduais. 
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