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História da Aviação AVIAÇÃO NA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL • Principais aviadores e seus feitos durante a Guerra • Aeronaves utilizadas • Evolução da participação da aviação • E muito mais... AVIAÇÃO NA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL Profa. Kétnes Ermelinda G. Lopes Também estudamos os aeródinos de asas rotativas, os helicópteros, suas características e principais pioneiros. Neste módulo, estudaremos a aviação na Primeira Guerra Mundial, as aeronaves utilizadas e as missões realizadas. Olá! Seja bem-vindo (a) ao módulo “Aviação na Primeira Guerra Mundial”! Conheceremos os principais aviadores, dentre eles o maior ás da Grande Guerra, o Barão Vermelho. Vamos começar? Um ótimo trabalho! No módulo “Aeródinos” você aprendeu sobre as máquinas mais pesadas que o ar. Estudamos os aeródinos de asa fixa: planadores e aviões, suas características, experimentos e principais pioneiros, dentre eles, Santos Dumont e os irmãos americanos Wright. 2 Aviação na Primeira Guerra MundialHistória da Aviação 3 Aviação na Primeira Guerra MundialHistória da Aviação APRESENTAÇÃO Como vimos, no final do século XIX, os estudiosos das máquinas voadoras se preocupa- ram em dar estabilidade e dirigibilidade aos balões, surgindo verdadeiros gigantes, mais leves que o ar, para o transporte de passageiros. Após esta conquista, os pioneiros da aviação ainda não satisfeitos com os aeróstatos, passam a desenvolver estudos sobre as máquinas mais pesadas que o ar, os aeródinos. Iniciaremos nosso estudo falando dos aeródinos de asa fixa 1, os planadores e aviões. Na história dos planadores, estudaremos suas principais características, seu desenvolvimen- to e principais pioneiros, dentre eles o alemão Otto Lilienthal, que perdeu sua vida em seus experimentos. Em seguida, já no final do século XVIII e início do século XIX, vamos estudar sobre os aviões, conceitos e principais características. Vamos conhecer as primei- ras máquinas mais pesadas que o ar que foram capazes de alçar voo. Quem nunca ouviu falar do 14-Bis? Vamos mergulhar nas façanhas do brasileiro Santos Dumont, seus estu- dos e contribuição ao desenvolvimento da aviação e sobre os irmãos americanos Wright, que juntos trouxeram conhecimento para o posterior desenvolvimento e afirmação dos aviões, como veículos de transporte de passageiros. Meu (minha) querido (a) aviador (a), finalizando nosso módulo estudaremos os aeródinos de asa rotativa, os helicópteros, sua história e principais pioneiros. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Ao final desse módulo, você deverá ser capaz de: • Apontar os pioneiros e seus feitos no desenvolvimento dos aeródinos. • Identificar a importância dos irmãos Wright e de Santos Dumont no desenvolvi- mento dos aviões. • Citar datas marcantes na história das máquinas mais pesadas que o ar. • Descrever a história dos helicópteros e seus principais pioneiros. 1 Os ultraleves também são aeródinos de asa fixa, no entanto, não serão tratados em nosso módulo. Primeira Guerra Mundial (1914-1918) A Primeira Guerra Mundial foi o primeiro conflito armado que envolveu diretamente as grandes potências do mundo. Desde meados do século XIX acirram-se disputas entre as grandes potências imperialistas europeias pelo controle das matérias-primas, das áreas coloniais e dos mercados mundiais. Dentre as principais disputas, pode-se citar: a rivali- dade anglo-alemã (competição industrial e comercial), a rivalidade franco-alemã (perda da Alsácia e da Lorena para a Alemanha); rivalidade austro-russa e o nacionalismo da Sérvia (opondo-se aos austríacos e aos turcos). O aumento do arsenal das grandes potências não causou diretamente a guerra, mas configurou um cenário propício à luta. A principal característica do período anterior ao conflito foi a criação de tratados de alian- ça entre países, que buscavam apoio para enfrentar seus inimigos. Assim foram criados dois grandes blocos distintos: • Tríplice Aliança: inicialmente formada pela Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália, em 1882. • Tríplice Entente: inicialmente formada pela Inglaterra, França e Rússia em 1906. Europa: divisão política em 1914 e Primeira Guerra Mundial 4 Aviação na Primeira Guerra MundialHistória da Aviação 5 Aviação na Primeira Guerra MundialHistória da Aviação Desta forma, os países estavam prontos para o conflito e esperavam apenas um motivo que justificasse o início da guerra. E esta ocorreu em 28/06/1914, quando o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco, juntamente com sua esposa Sofia foram assassinados, quando visitavam a cidade de Sarajevo, na Bósnia. Em 28/07/1918, exatos um mês após a morte do herdeiro austríaco, o Império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia. A partir de então, os outros países foram se envolvendo no conflito, em uma verdadeira reação em cadeia resultante da política de alianças. Apesar de todas as rivalidades que antecederam a guerra, nenhum país tinha sequer um palpite sobre suas dimensões e suas consequências. Era unânime a ideia de que seria um conflito de duração mínima. 6 Aviação na Primeira Guerra MundialHistória da Aviação A Guerra Aérea Meu(minha) caro(a) aluno(a), quando ocorreu o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, contava-se com apenas oito anos desde o primeiro voo de Santos Dumont com seu 14-Bis. Nesse pequeno período de tempo, os avanços obtidos nas característi- cas dos aviões os consagravam como um meio de transporte viável. Deve-se destacar que no início da guerra, o número de aviões em todos os países era muito pequeno. A França, por exemplo, tinha menos de 140 aeronaves. Ao fim do confli- to, os franceses dispunham de 4.500 aviões! Durante o conflito, não apenas cresceu o aumento da produção, mas também ocorreu um grande desenvolvimento tecnológico, tanto em relação à velocidade quanto à autonomia. Em 1914 era importante que a aeronave fosse fácil de voar, já que a quantidade de pilotos treinados era mínima. As aeronaves eram projetadas para terem maior estabilidade, não se preocupavam, neste período, com a agilidade! No final do conflito, essa característica deu lugar à manobrabilidade, e apesar de serem difíceis de voar, os aviões eram extrema- mente ágeis. Um piloto poderia ser enviado para combate após um treinamento de apenas três horas de voo! Além dos aviões se tornarem mais rápidos, manobráveis e poderosos, foram realizadas diversas alterações em sua configuração tecnológica. Um exemplo disto é que as hélices nos aeroplanos de 1914 eram localizadas atrás e no final do conflito esta configuração se alterou, ficando a hélice situada à frente. Durante o conflito, utilizou-se também o balão dirigível rígido, construído pelo Conde Ferdinand von Zeppelin. Estes gigantes voadores foram utilizados principalmente pelos alemães, entre 1915 e 1917 ao efetuar os ataques de bombardeios sobre Londres e outras cidades. Devido a alta altitude de voo eles ficaram por algum tempo protegidos, visto que nenhum caça aliado conseguia atingi-los. Somente com o desenvolvimento de projéteis de metralhadora revestidos de fósforo incen- diário é que veio o fim dos dirigíveis, visto a presença do gás hidrogênio em seu invólucro altamente inflamável. No início da guerra, muitos generais acreditavam que os aviões ajudariam apenas em missões de observação e reconhecimento. E podem acreditar, meus (minhas) queridos (as) alunos (as), alguns deles tinham grandes reservas mesmo para essa função, pois muitos acreditavam que a ferramenta mais importante para a observação e reconhecimento seria a cavalaria. Porém, ao final da guerra, todos os países já integravam os aeroplanos em suas estratégias de combate. Foi durante a 1ª Guerra Mundial que o avião provou seu potencial, através da descoberta e testes de suas funções bási- cas: observação e reconhecimento, bombardeio tático e estratégico, ataque ao solo e guerra naval. 7 Aviação na Primeira Guerra MundialHistória da Aviação A Guerra Aérea deixou mesmo muitos rastrossombrios! Além do perigo constante representado pelos inimigos no ar, pela artilharia antiaérea e pela possibilidade de falha estrutural ou do próprio motor, os aviadores estavam sujeitos à ulceração provocada pelo frio quando voavam com a carlinga aberta e a grandes altitudes, ou durante o inverno. (Sweeting, 2011). Bombardeiros e Caças Os aviões de combate, os caças, eram as aeronaves mais agressivas da guerra, tendo como principal função a defesa: tanto na proteção do seu espaço aéreo quanto na prote- ção das aeronaves em operação no espaço aéreo inimigo. Os caças eram aeronaves relativamente pequenas e o seu projeto de construção era relativamente simples. Teve um grande desenvolvimento tecnológico durante o conflito, por isto seu prazo de utilização era pequeno, cerca de apenas um ano. Caça alemão Fokker D.VII As missões ofensivas eram geralmente desenvolvidas pelos bombardeiros. Os bombar- deiros eram aeronaves bem maiores que os caças e devido a sua complexidade não apre- sentaram uma inovação tecnológica tão rápida. Os projetistas se preocupavam mais em aumentar o seu desempenho do que construir uma aeronave nova. As missões de bombardeios eram diferenciadas em bombardeios estratégicos, táticos e ataque aéreo ao solo. Os bombardeios estratégicos tinham como principal objetivo a redução da capacidade do inimigo de continuar na guerra. Os alvos típicos eram fábricas, sedes de órgãos públicos, militares ou civis e arsenais da marinha. Os aviões emprega- dos neste tipo de missão eram aeronaves de grande autonomia, visto o alvo se localizar a grandes distâncias. Outro tipo de bombardeio era o bombardeio tático que tinha como principal função ajudar as forças que atuavam no solo, bombardeando instalações de suprimentos na área de batalha. E por fim os ataques aéreos ao solo, caracterizados por ataques a alvos de oportunidade, ou seja, qualquer coisa que aparecesse à frente do atirador. 8 Aviação na Primeira Guerra MundialHistória da Aviação Bombardeiro monomotor da Primeira Guerra Mundial A Primeira Guerra Mundial, com todos os seus lutos e horrores, representou um fator decisivo a favor da afirmação definitiva do mais pesado que o ar! Ao longo da guerra, as grandes potências realizaram grandes progressos na tecnologia de motores e aviões. As frágeis gaiolas do início da guerra foram substituídas por aviões mais eficientes, especializados, projetados para perseguição, bombardeamento, observação e ataque terrestre. Ases A partir do crescimento da importância e influência dos aviões, durante a Primeira Guerra Mundial, surgiram também os heróis dos ares, aviadores que conseguiam abater seus inimigos, mostrando sua superioridade no domínio do espaço aéreo. Estes aviadores rece- beram o título de ases. A primeira nação a premiar seus pilotos foi a França. O gover- no francês exigia que o aviador abatesse no mínimo 5 aeronaves para que este fosse considerado um ás. A Alemanha também adotou este título, exigindo, no entanto, que os pilotos abatessem 8 aeronaves e poste- riormente 16. A tabela ao lado mostra os 10 maiores pilotos de combate da 1ª Guerra Mundial. De seus 364 ases, o mais importante ás da 1ª Guerra Mundial foi Manfred Richthofen, o Barão Vermelho, que abateu 80 aerona- ves inimigas e simboliza até hoje o ideal do piloto de caça. Os 10 maiores pilotos de combate 1 Manfred Von Richthofen 80 2 René Fonck 75 3 William Bishop 72 4 Ernst Udet 62 5 Edward Mannock 61 6 Raymond Collishaw 60 7 James McCudden 57 8 Andrew Beauchamp-Proctor 54 9 Erich Löwenhardt 54 10 Donald Roderick MacLaren 54 9 Aviação na AntiguidadeHistória da Aviação A fama do barão Manfred von Richthofen, título concedido à família pelo imperador da Prússia em 1741, extrapolou as frontei- ras alemãs, chegando aos Estados Unidos, Canadá, Grã-Bretanha e Austrália. Quando a guerra iniciou, Richtofen foi encaminha- do à cavalaria, o que lhe permitia praticar sua maior paixão, a caça. Logo, ele solicitou transfe- rência para a recém-criada força aérea, participando de uma série de missões de reconhecimento e de observação. Em 1916, ele recebeu o treina- mento de piloto de caça, destacando-se por sua agressividade. Ele sempre dizia sentir um enorme prazer em matar um inimigo. Ele foi incorporado à unidade comandada pelo ás alemão Oswald Bolcke, famoso pelo desenvolvimento das técnicas de caça, até hoje ensinadas aos pilotos. Em outubro de 1916, Bolcke chocou-se no ar com outro piloto alemão, vindo a falecer quando seu avião colidiu com o solo. Enquanto isto, Richthofen adquiria experi- ências em combate. Ele tinha um costume de toda vez que abatia uma aeronave, guar- dar como lembrança um pedaço da aero- nave abatida, além de encomendar uma pequena taça de prata (gravada com o tipo de avião abatido e a data). Manfred ficou conhecido principalmente por sua ética em combate. Se o inimigo abatido já estivesse no chão, ele não atirava e nem o perse- guia. O seu principal objetivo era destruir a aeronave inimiga e não seu aviador. Ficou famoso por sua lealdade e generosidade ao oponente. Em janeiro de 1917, Richthofen com sua décima sexta vitória, já se consagra- va como maior ás alemão. Neste período foi-lhe entregue o comando do Jasta 11 e Richthofen decide pintar seu biplano Albatros D.III de vermelho, para facilitar a sua identificação tanto por seus amigos no solo, evitando assim acidentes, quanto por seus inimigos. Ele dizia que com sua aero- nave pintada de vermelho, seus oponentes Manfred Von Richthofen não estariam completamente desavisados! Daí surgiu seu apelido: Barão Vermelho! Seus companheiros do Jasta 11, também decidiram pintar suas aeronaves, nascendo a lenda do Circo Voador, apelido dado às coloridas aeronaves do Jasta11. Albatros D.III O mês de abril de 1917 ficou conheci- do como o “Abril Sangrento” em razão das pesadas perdas sofridas pelos britâ- nicos diante dos pilotos do corpo aéreo germânico. Em julho de 1917, Richthofen foi abatido enquanto perseguia um bimotor F.E.2. Ele escreve sobre esse combate: Eu olhava para o observador, extremamente excitado atirando em minha direção. Eu calmamen- te o deixei atirar, já que nem o melhor dos atiradores consegue acertar algo a uma distância de 300 metros. Ninguém consegue! (...) De repente, houve um estou- ro em minha cabeça! Eu fui atin- gido! Por um momento eu fiquei completamente paralisado... a pior parte é que o impacto na cabeça tinha afetado meu nervo ótico e eu fiquei completamente cego. O avião começou a mergu- lhar. (LUFTWAFFE39-45 sem paginação) Apesar de ter pousado em segurança, ele sofreu um sério ferimento na cabeça, que nunca se cicatrizou. Durante o resto de sua vida, Richthofen sofria com terríveis dores de cabeça. Richthofen foi um dos primeiros a pilotar um triplano Fokker, que estreou nas fren- tes de batalha no outono de 1916. Era um 10 Aviação na AntiguidadeHistória da Aviação avião de caça pequeno, tendo como prin- cipal arma, sua agilidade e velocidade de decolagem. Em manobras, era impossível colocá-lo em mira, mas, se seguisse um rumo fixo, tornava-se alvo fácil. Isto foi o que provavelmente acabou com Richthofen. No dia 21 de abril de 1918, pouco antes de completar 26 anos, Richthofen foi atingido, enquanto perseguia sua vítima de núme- ro 81. Não se sabe ao certo quem foi o autor do tiro que tirou a vida deste grande ás alemão, mas existiram depoimentos de que um soldado australiano, Robert Buie, teria sido um dos autores deste tiro. Outro possível autor do tiro seria o soldado Cedric Popkin, que manejava uma metralhadora no local ou o piloto canadense Roy Brown enquanto tentava defender seu companhei- ro de combate. Richthofen foi enterrado com honras mili- tares e em 1925, seu corpo foi exumado e sepultado em Berlim, novamente com honras militares e com grande participa- ção popular. Réplicas do triplano Fokker do Barão Vermelho estão expostas na maioria dos museus de tecnologiae aviação do mundo. Numa época de aviões feitos de madeira, e que apenas vinte vitórias garantiam a um piloto de caça um status de lenda, Richthofen alcançou a marca de 80 vitórias e passou a ser conhecido como o “ás dos ases”. Outro famoso ás da Primeira Guerra Mundial foi o aviador francês Roland Garros. Após sua morte, em outubro de 1918, Garros foi homenageado com seu nome no complexo esportivo Roland Garros Studim, sede do torneio anual de tênis em piso de saibro. Ele era sócio do clube fundador da quadra e conforme estatuto do clube, a quadra ganharia o nome do primeiro integrante que falecesse. SAIBA MAIS Saiba mais sobre a história do barão Richthofen assis- tindo ao filme: O Barão Vermelho (Direção: Nikolai Müllerschön, Elenco: Til Schweiger, Joseph Fiennes, Lena Headey Käte Otersdorf, Matthias Schweighöfer). 11 Aviação na Primeira Guerra MundialHistória da Aviação Participação Brasileira na Primeira Guerra Mundial Até meados de 1917, o Brasil manteve uma atitude de neutralidade perante a Primeira Guerra Mundial. Esta posição foi alterada pela comoção nacional após o afundamen- to de navios nacionais por submarinos alemães. Assim em 26 de outubro de 1917, o Brasil declara guerra contra o império alemão. Apesar da tímida participação brasileira durante a Primeira Guerra Mundial, ela trouxe uma relativa importância interna, visto abrir portas para o desenvolvimento de seu setor industrial, aumentando a participação nacio- nal nos negócios mundiais. Brasil na Primeira Guerra Mundial A guerra marcou profundamente a situação mundial, mesmo naqueles países que tiveram uma pequena participação durante o conflito. Em janeiro de 1918 foi criada a Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG), com a oferta de dois cruzadores leves, Bahia e Rio Grande do Sul, e de quatro contratorpedeiros, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e Santa Catarina para operar no circuito Dacar-São Vicente-Gibraltar. Durante o percurso para Gibraltar ocorreram alguns incidentes, talvez explicados pelo alerta de presença de submarinos inimigos na área. O primeiro incidente foi a Batalha das Toninhas, quando um cardume destes peixes foi confundido com o rastro de um peris- cópio, fazendo com que o cruzador brasileiro disparasse seus canhões contra os peixes. O outro incidente foi um ataque de canhões, feito pelo contratorpedeiro Piauí contra o caça-submarino 190 da marinha norte-americana, confundido com um submarino devido às suas pequenas dimensões, felizmente sem causar danos ao navio aliado, que logo se identificou. 12 Aviação na Primeira Guerra MundialHistória da Aviação VÍDEO Assista ao vídeo, disponível no site a seguir, e saiba mais sobre a participação do Brasil na primeira guerra mundial. http://www.youtube.com/watch?v=r_vxm3HeP90 Mesmo que a participação brasileira no conflito tenha sido restrita, a 1ª Guerra Mundial teve profundas e duradouras consequências, tanto militares, como sociais e econômicas. O Fim da Guerra No dia 28 de junho de 1919, os alemães assinaram o Tratado de Versalhes, exatos cinco anos após o assassinato do herdeiro do trono austríaco. O Tratado de Versalhes foi um tratado de paz assinado pelas potências europeias finalizando oficialmente a Primeira Guerra Mundial. Este armistício selava a responsabilidade da Alemanha como causadora da guerra e listava obrigações e reparações a serem realizadas frente aos países ganha- dores. Entre outras coisas, a Alemanha perderia uma parte de seu território, pagaria uma enorme indenização em dinheiro aos países vencedores; restringiria o tamanho de seus exércitos, sendo extremamente proibida de possuir aviação militar. Evidentemente esse conjunto de decisões impostas à Alemanha, provocou a reação de forças políticas, instituindo um nacionalismo alemão, que buscava a revogação das rigo- rosas imposições do Tratado de Versalhes. Desta forma, o tratado acabou semeando o revanchismo e o nazismo explorando essa vontade, gerou um clima que desencadearia a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Bem pessoal, vamos finalizando nossos estudos sobre a importân- cia da aviação na Primeira Guerra Mundial! Agora hora é de exercitar! Vamos às atividades de fixação. ATIVIDADE Acesse a atividade de fixação nº 01 no material didático online da disciplina Sugiro que acesse a biblioteca, onde poderá encontrar livros interessantes sobre o assunto. FUNDAÇÃO MINEIRA DE EDUCAÇÃO E CULTURA – FUMEC CONSELHO DE CURADORES Conselheiros Efetivos Prof. Tiago Fantini Magalhães - Presidente Prof. Antônio Carlos Diniz Murta - Vice Presidente Profa. Isabel Cristina Dias Alves Lisboa Prof. Custódio Cruz de Oliveira e Silva Prof. Eduardo Georges Mesquita Prof. Estevam Quintino Gomes Prof. Erix Morato Prof. Márcio José Aguiar Prof. Mateus José Ferreira Prof. Renaldo Sodré - Suplente UNIVERSIDADE FUMEC Reitor Prof. Antonio Tomé Loures Vice-Reitora Profa. Maria da Conceição Rocha Pró-Reitor de Ensino, Pesquisa e Extensão Prof. Eduardo Martins de Lima FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA (FEA) Diretor Geral Prof. Luiz de Lacerda Júnior Diretor de Ensino Prof. Lúcio Flávio Nunes Moreira Diretor Administrativo-Financeiro Prof. Fernando Antônio Lopes Reis SETOR DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - FUMEC VIRTUAL Gestão Pedagógica Gabrielle Nunes P. Araújo (Coorda.) Carolina de Paula Mendes Gestão Tecnológica Produção de Design Instrucional Rodrigo Tito M. Valadares (Coord.) Alan Galego Bernini Matheus Guerra de Araújo Raphael Gonçalves Porto Nascimento Infra-estrututura e suporte Anderson Peixoto da Silva (Coord.) 13 Síntese Neste módulo estudamos as máquinas mais pesadas que o ar, os aeródinos de asas fixas e os de asa rotativa. Conhecemos as características, desenvolvimento e principais pioneiros dos plana- dores, aviões e dos helicópteros. Na próxima aula estudaremos a participação da aviação na Primeira Guerra Mundial! Até lá! Referências BARROS, H., L., (2003). Santos Dumont e a invenção do voo. Rio de Janeiro: Jorge Zahard Ed. COSTA, F., H., (2006). Alberto Santos Dumont: o pai da aviação. Rio de Janeiro: Adler. CROUCH T., D. (2008) Asas: uma história da aviação: das pipas à era espacial. Rio de Janeiro: Record. NOGUEIRA, S. (2006). Conexão Wright - Santos Dumont: a verdadeira história da inven- ção do avião. Rio de Janeiro: Record. SPACCA (2005). Santô e os pais da Aviação. A jornada de Santos Dumont e de outros homens que queriam voar. São Paulo: Companhia das letras.
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