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TREINAMENTO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR E OTIMIZAÇÃO DO APRENDIZADO

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TREINAMENTO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR E OTIMIZAÇÃO DO APRENDIZADO MOTOR
TREINAMENTO DA MOTRICIDADE
	“O treinamento motor é definido com base nos principais aspectos cinemáticos do movimento da criança, em especial os trajetos lineares descritos pelo segmento do corpo, assim como rotações e deslocamento angulares. Nesse aspecto é possível observar que, os principais aspectos da ação motora tem a ver com a ativação dos músculos e com as forças produzidas, sendo a cinemática o resultado da produção de força.”
POSIÇÃO SENTADA PARA A POSIÇÃO EM PÉ.
	O desenvolvimento da capacidade de se por em pé é indispensável para a realização de outros atos, como por exemplo, a marcha. Nesta fase, a criança deve ser capaz de realizar a extensão de quadris, joelhos e tornozelos sobre os pés.
	 A criança então começa a utilizar os membros inferiores para propulsionar a massa corporal e afastar-se de sua base de apoio, exigindo apenas a combinação com a flexão da parte superior do corpo a nível de quadril, para projetar o seu centro de gravidade para frente, assim como a capacidade de equilibrar o corpo durante o ato.
	“O ato de passar da posição sentada para a posição em pé deve ser treinada no lactente o mais cedo possível, sempre que ele apresentar ou correr risco de apresentar distúrbio motor.”
- Durante o ato de se levantar da posição sentada e sentar-se novamente é “treinado” um padrão motor congênito que pode desaparecer nos primeiros meses de vida se não for treinado. A falta da prática desses movimentos pode vir associada de encurtamento dos músculos da panturrilha, bem como os flexores do quadril e joelho, tornando o ato mecanicamente impossível. É importante lembrar que esse efeito e maior na criança porque a inatividade combina com o crescimento.
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE
- Fase de pré-extensão: a criança adota a posição inicial deslocando os pés para trás de uma linha vertical imaginaria que liga os joelhos ao solo. Em seguida, o tronco se desloca pra frente a nível de quadris enquanto o ombro descreve uma trajetória inicialmente horizontal e depois vertical, com certo grau de superposição no movimento em que as coxas se elevam da cadeira. A velocidade da flexão de tronco, faz com que as coxas se movimentem para frente, movimento este realizado a nível de joelhos e tornozelos.
- Fase de extensão: ocorre a nível de joelhos assim que as coxas se elevam do assento, seguido por flexão dos quadris e finalmente a flexão plantar dos tornozelos. O momento em que as coxas se deslocam do assento é o momento em que os músculos extensores da coxa são obrigados a desenvolver atividade intensa, a fim de levantar verticalmente a massa corporal para a posição em pé.
COMPONENTES INDISPENSÁVEIS
-> Posicionamento dos pés, flexão do tronco para a frente ao nível dos quadris estando a coluna em extensão, bem como o deslocamento horizontal do joelho para a frente, acompanhado de flexão dorsal do tornozelo e extensão de joelho, quadril e tornozelo.
ATO DE SENTAR-SE
	
	O padrão do movimento cinemático é semelhante a posição que se observa na passagem da posição sentada para a posição em pé. É provável também que o ato seja semelhante a fase do salto vertical que precede a elevação das coxas. A principal diferença entre a fase inicial do salto vertical e da fase de extensão durante o ato de se colocar em pé reside na sequência diferente em que se inicia a extensão de diversas articulações ( salto vertical : quadris joelhos e tornozelos; da posição sentada para a posição em pé: joelhos, quadris e tornozelos ) traduzindo o fato que levanta-se implica trocar uma base de apoio por outra ao passar que o salto é executado sobre a mesma base de apoio 
	 Esse padrão exige uma forte atividade muscular excêntrica ao invés de concêntrica para que o centro de gravidade vá em direção ao assento, porque a criança não tem mais o efeito facilitador da flexão vigorosa do tronco e precisa de equilíbrio para conseguir executar o movimento.
DISTURBIO MOTOR 
A dificuldade para a produção de força por parte dos músculos extensores do membro inferior quando acentuada, impede que a criança levante de um assento. A criança não consegue estabilizar os pés sobre o chão, nem produzir força suficiente para se levantar sem ajuda.
	A adução e a rotação interna ao nível dos quadris tanto podem ser uma maneira de tornar a extensão do membro inferior mais eficaz como pode também ser devidas ao encurtamento ou a contração excessiva dos músculos adutores. Após um certo período de treinamento específico, a criança é capaz de se colocar em pé sem ajuda e sem se apoiar sobre as mãos, porém pode ainda ser observada a posição de adução e rotação interna dos quadris.
A criança que não tem o deslocamento suficiente dos pés para trás, quando realiza o movimento de extensão dos membros inferiores que se segue, o movimento impele a criança para trás e não para frente e para cima. Este problema torna-se maior ainda quando a amplitude e a velocidade da flexão do tronco sobre as coxas são inadequadas, por esse motivo exige maior deslocamento do centro de gravidade para frente.
	A incapacidade para deslocar a metade superior do tronco em grau suficiente para frente no momento em que as coxas se levantam do assento, quando o centro de gravidade deve situar-se perpendicularmente acima dos pés faz com que a força propulsiva desloque o corpo para trás. Quando a criança flete o tronco para frente interrompendo o movimento antes da fase de extensão, o efeito natural do impulso criado pelos grandes segmentos do tronco deixa de se fazer sentir, de maneira tal que a fase de extensão começa a parti do zero. Existem indícios que o consumo de energia aumenta nesse caso visto que a força da fase de extensão é produzida durante esta fase
	A incapacidade para o posicionamento correto do pé pode ser devida ao encurtamento do músculo solear, impedindo a flexão dorsal no tornozelo. Mesmo o encurtamento relativamente discreto nesse músculo em casa é capaz de criar um problema durante o ato de levantar-se, visto que exige flexão dorsal no tornozelo muito além da posição plantígrada. De modo análogo, o paciente não conseguirá posicionar os pés atrás e mover as pernas para a frente se os músculos da panturrilha apresentarem hiper-reflexia à distensão.
COMPORTAMENTOS MOTORES ADAPTATIVOS
- Em casos de fraqueza muscular unilateral, a criança tenta levantar-se produzindo força principalmente com os musculos da perna normal e isso faz com que o centro de gravidade se desvie para o lado durante o ato de levantar as coxas do assento.
- Se a força dos músculos extensores do membro inferior for inadequada, a criança pode recorrer ao uso das mãos para levantar-se do assento a fim de auxiliar o deslocamento do centro de gravidade para frente; ela pode também balançar os braços para frente e para cima, com o objetivo de aumentar a propulsão horizontal e vertical.
TREINAMENTO
	“O treinamento tem como objetivo fazer a criança adquirir prática, repetindo os atos de levanta e sentar-se um certo número de vezes. A repetição é necessária para melhorar o aprendizado e para fortalecer os músculos que participam do ato em questão. É preciso que a criança o treine como um todo, a fim de aprender a cronologia das rotações segmentares. A execução cronológica correta favorece a transferência Inter segmentar da força e diminui as necessidades no tocante à energia.”
CONSIDERAÇÕES:
- O ato de colocar-se em pé deve ser treinado usando-se um assento de altura adequada para a criança. O assento deve ser plano, sem inclinação para trás, visto que a posição inicial imposta pelos assentos desse tipo aumenta as eventuais dificuldades da criança para levantar-se, porque a rotação das coxas para a frente precisa ser maior que no caso de um assento plano. 
- A altura do assento deve ser de acordo com a capacidade da criança para produzir a força necessária nos músculos extensores. Os assentos mais altos devem ser utilizado em casos onde a criança apresente considerável fraqueza
muscular ou controle precário de membros inferiores.
É aconselhável que a cadeira não tenha braços, pois os braços da cadeira favorece o emprego das mãos para colocar o corpo em posição de pé. 
- É importante que o treino habilite o individuo a executar o ato a partir de uma série de assentos diferentes e em combinação com outros objetivos, tais como levatar-se para sair andando ou segurando um prato. Em todo caso, a criança que apresenta grande dificuldade para controlar o ato dever ser treinada primeiro em um ambiente relativamente restrito.
FEEDBACK RELATIVO AO DESEMPENHO DA CRIANÇA
Pode-se utilizar dispositivos eletrônicos para informar a criança sobre a presença na pressão exercida pelos pés sobre a intensidade dessa pressão;
Pode-se utilizar um dispositivo acionado pela pressão que é montado sob os pés e que esta ligado com um sinal acustico;
- Pode-se utilizar uma imagem interessante para servir de estimulo para levar a criança de mais idade a treinar.
- A demonstração em vídeo para acriança mais velha é bem util para explicar a criança em que pontos o seu desenvolvimento precisa ser aperfeiçoado
EXERCICIOS
	Para assegurar o posicionamento correto dos pés é quase sempre necessário um certo grau de condução manual.
- Exercício de levanta-se de um assento: os ombros podem ser guiados dentro da trajetória normal, enquanto o pé ou os pés são mantidos em contato com o chão, exercendo-se pressão para baixo ao longo da perna; os joelhos são trazidos para a frente, com o objetivo de assegurar a flexão dorsal suficiente ao nível dos tornozelos.
	Na criança que apresenta dificuldades para manter a contração dos músculos extensores pode ser interessante interromper o movimento de levantar-se em vários pontos da fase de extensão. A interrupção do movimento e a regressão da ordem de alguns graus ajudam a criança a desenvolver o controle sobre a transição da contração muscular concêntrica para a concentração excêntrica. Um exercício que consiste em pular repetidamente em cima de uma pequena caixa serve para aumentar a força dos músculos extensores do membro inferior. Pode haver necessidade de promover o alongamento dos músculos da panturrilha, a fim de favorecer o posicionamento correto dos pés no momento de levantar-se. Todos os exercícios e técnicas de alongamento devem ser seguidos imediatamente pelos exercícios de levantar e sentar-se, modificando-se o tipo de assento se for preciso, para melhores condições para a pratica dos exercícios. Dessa maneira a altura é aproveitada para aumentar progressivamente a resistência oposta aos músculos extensores do membro inferior.
	Em alguns casos a criança pode apoiar-se colocando os braços sobre uma mesa diante de si, permitindo que ela se concentre na extensão dos membros inferiores, sem ter de se preocupar com o equilíbrio e com a necessidade de deslocar o tronco para a frente. A criança não deve ser incentivada a se erguer para a posição em pé com auxílio das mãos da mãe ou da mobília, sobretudo se o fizer com os pés colocados para a frente e quase sem usar os membros inferiores. Ela precisa treinar o quanto antes sem fazer uso das mãos, seja para apoiar-se ou para ajudar a empurrar o seu centro de gravidade em sentido vertical, visto que uma característica básica do ato de levantar-se é o ajuste postural simultâneo que tem lugar durante o ato. A musculatura responsável por esses ajustes são principalmente os músculos distais ligando perna e pé.
ALUNOS
GEOVANNA GUIMARÃES
LETICIA THAISA
FRANCIELLE ZATTI
GIOVANNI AMADIO
YAGO BADOLA

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