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Pubalgia: Causas, Sintomas e Tratamentos

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PUBALGIA
Introdução
A pubalgia é um problema relativamente comum em atletas, acometendo cerca de 5% deste grupo de profissionais. Tal patologia afeta principalmente praticantes de esportes nos quais sejam necessários chutes repetitivos e mudanças bruscas de direção do movimento, particularmente no rúgbi, hóquei, tênis e futebol.
Fisiopatologia
A pubalgia é uma inflamação que ocorre na região do osso do púbis, ponto de origem-inserção de diversos músculos, como adutores da coxa (longo, curto, magno e pectíneo) localizados na porção inferior e os abdominais na porção superior.
Existem dois tipos de pubalgia:
Traumáticas: aparecem por agressão a sínfise púbica, em decorrência do estiramento dos ligamentos, de tensão inesperada dos adutores e/ou tração do ramo púbico.
Crônicas: ocorrem por desequilíbrio muscular. Nesse caso a pubalgia é resultante de microtraumatismo de cisalhamento ao nível da sínfise púbica, decorrentes de desequilíbrio de forças aplicadas nos ramos púbicos.
Sintomas foram dividos em 4 erapas:
Etapa I – inclui sintomas unilaterais envolvendo a perna ao chutar, dor inguinal e nos músculos adutores;
Etapa II – consiste em sintomas bilaterais com dor inguinal envolvendo os músculos adutores;
Etapa III – abrange dor bilateral inguinal envolvendo os músculos adutores e sintomas abdominais. O atleta queixa-se de dor quando chuta a bola, correndo a toda velocidade, com ritmo ou mudança de direção, ao mudar de posição, ao sentar-se, e ao andar longas distancias;
Etapa IV – descreve dor dos adutores e músculos abdominais, referindo-se a dor na cintura pélvica e na espinha lombar, quando o atleta defeca, espirra e anda em terreno desigual; 
Diagnóstico 
 O diagnóstico é feito mediante a sintomatologia referida, porém, o exame objetivo da zona afetada e a mobilização da articulação podem confirmar o diagnóstico.
Teste de Grava
O paciente posiciona-se em decúbito dorsal com uma perna em abdução e flexão de setenta graus, o terapeuta força a abertura e pede ao paciente que faça abdominais, se a dor não permitir o movimento a manobra será considerada positiva.
 
Teste de Lacuna da Sínfise
O atleta permanece em decúbito dorsal, com flexão de quadril e joelho a noventa graus, com as pernas apoiadas pelo examinador. O atleta então executa uma contração isométrica dos músculos adutores contra o punho do examinador, a resposta dolorosa do músculo caracterizava o teste como positivo.
DIAGNOSTICO POR IMAGEM
A principal lesão observada nos tendões da musculatura adutora é a avulsão, que geralmente ocorre na sínfise púbica, na sua inserção.
Quando ambos os tendões (reto abdominal e adutores) estão envolvidos, a lesão geralmente é confluente, estendendo-se das fibras insercionais do reto abdominal às fibras imediatamente adjacentes ou mesmo proximais contínuas dos adutores longo e curto, na superfície anterior do osso púbico, lateral à sínfise.
A alteração da medula óssea do osso púbico apresenta padrão de edema do osso subjacente, assimétrica, com predomínio na região anterior, o que auxilia no diagnóstico diferencial com a osteíte púbica. 
Tratamento
O tratamento adequado é multidisciplinar, onde o médico diagnostica e prescreve os medicamentos; o fisioterapeuta elabora um programa adequado de reabilitação e o preparador físico atua na perpetuação dos resultados obtidos, sendo que o tratamento preventivo é a melhor opção. O tratamento clínico inicialmente está baseado no repouso e nas medidas para a redução do quadro álgico, sendo que às vezes, diminuindo a quantidade de treinamentos, os sintomas já aliviam. 
TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO
Tem como objetivo recuperar a qualidade de alongamento dos músculos encurtados e reforçar seus tendões e pontos de inserção. A fase de reabilitação pode ser dividida em:
 aguda - fase de reabilitação, onde inicia-se o treinamento aeróbio, fortalecimento dos grupos musculares e os alongamentos; 
retorno ao esporte - fase onde se trabalha a propriocepção específica, e dependendo da evolução, o retorno total ao esporte.
Recursos Fisioterapeuticos
 Crioterapia;
TENS convencional;
Ultrassom;
Cinesioterapia (exercicios passivos/ativos/isometricos/resistidos, alongamento estático/balistico)
Terapia Manual;
Prevenção
A existência de um trabalho preventivo e de extrema importância, principalmente quando se trata de um esportista de alto nível, em que a lesão significa grande prejuízo financeiro tanto para o atleta quanto para o clube com o qual o atleta mantém vinculo. Para prevenir é necessário ter como base :
Conhecimento das cadeias musculares e mecanismo da lesão;
Corrigir o desbalanceamento do calçado do atleta;
Campos de treinamentos adequados;
Fortalecimento e Alongamento dos músculos abdominais, adutores e abdutores do quadril , isquiotibiais e quadriceps;

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