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TEORIAS FENOMENOLÓGICO EXISTENCIAL DA PERSONALIDADE FAFIRE Josélia Quintas ANTIGOS E NOVOS PARADIGMAS Antiguidade – pensamento mítico /poético. Os filósofos buscando compreender a origem das coisas. Idade Média – Cristianismo e seus dogmas.; o feudalismo. O imperador e o Papa. O homem como criatura de deus, a fé sobre a razão. (sec.XV) RenascimentoMovimento do acontecer do homem para novos valores. ( até o séc. XVIII) Humanismo. ANTIGOS E NOVOS PARADIGMAS A Contra-Reforma – (séc. XVII e XVIII) o Humanismo se retrai e forças reacionárias se impõem, começam a se estruturar os sistemas filosóficos modernos. Idade Moderna- os filósofos da razão. Os racionalistas com o pensamento cartesiano e as verdades absolutas. O empirismo - como reação ao racionalismo, momento decisivo para a Psicologia. ANTIGOS E NOVOS PARADIGMAS Escola Estrutural – Wundt: estudo estrutural e funcional da consciência. Self encapsulado. Escola Funcional – W. James :novo movimento para o estudo dos processos mentais. Self narrador. As psicoterapias e as diferentes abordagens. ANTIGOS E NOVOS PARADIGMAS Ciência Clássica/Moderna – Renê Descartes (1596-1650 - cogito) – as verdades absolutas. Mundo objetivo, medido e quantificado. Modelo reducionista e mecanicista. Ordem e equilíbrio. Relação Sujeito X Objeto Exclui o observador da observação. Postulou a divisão Corpo X Mente. Kant – (1724-1804) – “a razão pura encarnada” Hegel(1770-1831) – causa e efeito, pura razão. Ciência Contemporânea /Pós-Moderna – Pensamento Complexo; Visão Holística; O Fim das Certezas; Modelo Qualitativo. Husserl (1859-1938), Kierkegaard, Nietzsche, Heidegger, Jaspers entre outros. ANTIGOS E NOVOS PARADIGMAS Psicanálise - Freud (1856 -1939) - 1ª força – Teoria psicodinâmica com enfoque determinista. Energia psíquica, inconsciente, estrututas e psicopatologia. Behaviorismo radical – B.F. Skiner (1904 – 1990) – 2ª força - ênfase no meio externo, no comportamento observado em laboratório. Aprendizagem e condicionamento. Enfoque Fenomenológico Existencial – (1940/50/60) C.Rogers, F.Perls, A. Maslow , entre outros. 3ª força - Humanista - Visão Holística. O ser como um todo integrado e dinâmico, multifacetado: bio-psico-social-cultural-espiritual. Interdependência entre os sujeitos. No campo da personalidade encontramos diferentes abordagens numa tentativa dos teóricos de estudar cientificamente e compreender o ser humano em sua complexidade. PERSONALIDADE... Aquelas características de uma pessoa que explicam padrões consistentes de sentimentos, pensamentos e comportamentos em sua vida. Modo de ser de uma pessoa, relativo e circunstancial. 8 PERSPECTIVA FENOMENOLÓGICO EXISTENCIAL Plano Filosófico - aspectos invariáveis da existência. Plano Psicológico – as variações que se apresentam na vivencia do cotidiano do ser. Conjunto de características do existir humano, consideradas e descritas de acordo como são percebidas e compreendidas pela pessoa em sua vivencia cotidiana imediata. FENOMENOLOGIA Considera a singularidade de cada fenômeno(acontecimento), não dissociando o ser de sua vivencia original. Descrição dos dados da experiência imediata; aquilo que se mostra e a relação com o mundo. Método Fenomenológico – não explica o que se mostra, mas compreende por ela mesma, como se re-vela. Existência situada e engajada. FENOMENOLOGIA Filosofia Epistemologia, e, finalmente, Método, que não explica o que se mostra pela relação de causa e efeito. fenomenologia X método fenomenológico Busca os fundamentos. Pergunta dos significados. Fundamental : o sentido. Compreender as manifestações das coisas e seus significados. Próprio das abordagens Humanistas e Existencialistas, nas ciências Humanas e na Saúde. Envolve as dimensões biopsicossociais do sujeito. HUMANISMO Herdeiro da tradição greco-romana. Busca a compreensão do homem como fim e valor superior. Movimento do “acontecer” do homem a novos valores em busca da dignidade da própria natureza humana. EXISTENCIALISMO Movimento popular pós-guerra que rebela-se contra o quietismo e a resignação. Considera o ser- no -mundo e as angústias próprias do humano. Homem único e singular. Kierkegaard (1813 – 1855) Bérgson, Dostoievsky, Nietzsche, Sartre, Camus, Buber, Heidegger, Jaspers, Binswanger, Boss e outros... ENFOQUE FENOMENOLÓGICO EXISTENCIAL DA PERSONALIDADE Opõe-se ao modelo de causalidade, sujeito/objeto e pré-concepção, considerando a existência/revelação. Visão holística do homem. ; o ser como um todo integrado e dinâmico, multidimensional, bio-psico-social-espiritual-cultural. saúde/doença X sofrimento normal/patológico X modo e grau de sofrimento diante dos acontecimentos. Corpo/mente X corporeidade. NOVOS PARADIGMAS Saúde/doença X sofrimento Normal/patológico X modo e grau de sofrimento. Corpo/mente X corporeidade. Causalidade X Motivação Sujeito / objeto X Unidade da existência. Teoria pré-concebida X experiência/ revelação TERAPIAS FENOMENOLÓGICAS Acreditam na possibilidade do sujeito utilizar ajustamentos criativos e mais flexíveis para não “cristalizar” determinadas saídas, que não promovem mudanças. Não negam os transtornos de personalidade. Aceitam as descrições nosográficas tradicionais, sem, no entanto, estabelecer hipóteses etiológicas dos transtornos, nem estratégias terapêuticas. Assumem uma ATITUDE terapêutica nos encontros e narrativas. VISÃO HOLÍSTICA / ORGANÍSMICA Visão de homem como um todo, completo, sistema integrado e dinâmico. Acredita na possibilidade do sujeito utilizar seus ajustamentos criativos, mudar e permanecer sendo. Psicólogos e filósofos europeus – com a teoria organísmica da personalidade, enfatizavam a inter-relação entre consciência e percepção. TEORIA ORGANÍSMICA Kurt Goldstein (1878 – 1965) maior expoente da teoria organísmica. O organismo é uma só unidade, como um conjunto integrado e não como partes independentes. Andras Angyal (1902 – 1960), que criou o termo biosfera para a concepção holística ou ecológica, que compreende o homem integrado ao ambiente como sistemas estruturalmente articulados. SELF E PERSONALIDADE Si mesmo, aspectos organizados e integrados do sujeito compreendido como único, independente e sempre em processo. Self encapsulado – visão metafísica, uma “entidade” abstrata e isolada das demais construções psicológicas. Observado, medido e quantificado. Mente: espaço fechado autosuficiente. Analisa de acordo com preceitos pre-estabelecidos. Self como narrador - resultado de um processo humano de significado/sentido. Comunica-se por meio da ação da linguagem e da narrativa. A experiência humana compreendida em sua humanidade, sem a-prioris. (a-posteriori) SELF COMO NARRADOR Perspectiva pós-moderna. Self – uma expressão, um ser e um devir através da linguagem e na narração, sempre cambiantes. Fenômenos intersubjetivos – o que acontece no “entre” nas trocas com os outros, no diálogo e na comunicação. “Somos sempre tantos “selves” tantos si mesmos potenciais quanto aqueles que estão contidos nas conversações dos narradores criativos”. (1996, p.195) CONVERSAÇÃO TERAPÊUTICA Mudança do papel do terapeuta. Posição do não-saber. Seres criadores de significados e intérpretes do seu próprio self. Terapeuta – abre e mantém o espaço conversacional diante das dificuldades e inquietudes do cliente. Implica um processo de “estar ali juntos”; falam um com o outro.
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